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|conhecido_por = [[Bandeirantes (história)|Bandeirante]] [[paulista]]
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'''Manuel de Borba Gato''' ([[1649]] – [[1718]]) foi um [[Bandeirantes (história) |bandeirante]] [[paulista]]. Iniciou suas atividades com o sogro, [[Fernão Dias Pais]]. Quando faleceu, em [[1718]], com quase 70 anos de idade, ocupava o cargo de Juiz ordinário da vila de [[Sabará]]. Ignora-se onde foi sepultado, talvez na ''Capela de Santo Antônio'' ou na ''Capela de Santana'', ambas do arraial velho de Sabará, ou ainda, segundo alguns autores, em [[Paraopeba]] onde tinha um sítio. Além de descobridor de minas, foi hábil administrador no fim da vida.
 
==Biografia==
Filho de [[João de Borba Gato]] e Sebastiana Rodrigues, casou-se em [[1670]] com Maria Leite, filha do bandeirante Fernão Dias Paes Lemes e de sua esposa Maria Betim.
 
Da união, nasceram três filhas que casariam com portugueses provenientes do Reino, aliás três Franciscos: Francisco Tavares, [[Francisco de Arruda]], Francisco Duarte de Meireles, este da [[Ilha de São Miguel]] nos [[Açores]]. E retornaram a Portugal, pois dizem as crônicas que «quando rebentou a guerra dos [[Emboabas]], Borba consentiu que Sr. Arruda (cunhado de [[Leonardo Nardes]] que com ele descobrira o [[ribeirão de Pirapetinga]] no [[Caeté]], como se lê na sesmaria de Nardes doada em [[23 de abril]] de [[1711]]) e Sr. Tavares se repatriassem, acrescentando-lhes o cabedal em ouro ao que já tinham e recomendando-os ao Rei». Consta que compraram na [[ilha de São Miguel]] ricas propriedades e fundaram morgadios. O sobrinho deles, que permaneceu no Brasil casado com a filha caçula de Sr. Borba, Duarte de Meireles, tomaria posteriormente o mesmo destino.»
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===Empreendimentos na bandeira do sogro===
A pedido do Governador governador-geral do Estado do Brasil, [[Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça]] (1671–[[1675 |65]]), Fernão Dias Paes realizou de [[1674]] a [[1681]], uma bandeira em busca da [[mito |mítica]] [[serra do Sabarabuçu]], jazida de [[esmeralda]]s e de [[prata]]. Borba Gato, extraordinário desbravador de sertões, o acompanhou, assim como [[Matias Cardoso de Almeida]] e outros bandeirantes.
 
===O assassinato do fidalgo===
Após a morte do sogro, por ocasião da ida do administrador-geral das Minas, D. [[Rodrigo de Castelo Branco]] à região das [[Minas Gerais]], desentendeu-se com o fidalgo, parece que o emboscou e assassinou no caminho que levava ao arraial do [[Sumidouro]], em 28 de agosto de [[1682]]. Pelo crime, como era costume, evadiu-se – era castigo bastante naqueles tempos. Fugiu para a região desconhecida ainda do Vale do [[rio Doce]], onde se ocultou de [[1682]] a [[1699]], tendo, segundo relatos, chegado até à foz do [[rio Piracicaba]], atual município de [[Ipatinga]].
 
No verbete sobre D. Rodrigo de Castelo Branco se lê: A [[26 de junho]] de [[1681]] [[Garcia Rodrigues Pais]] deu a D. Rodrigo em manifesto as pedras verdes (128 oitavas, em saco lacrado) que o pai descobrira no rio dos índios ''Mapaxós'' (ou iguais às que os Azeredos tinham tirado no rio dos Pataxós). Desta apresentação lavrou-se auto escrito por João de Moura. Emissários de [[Matias Cardoso de Almeida]] como «capitão-mor da entrada de D. Rodrigo» já anunciavam a chegada próxima deste à feitoria de Santana do Paraopeba, como «administrador geral das minas descobertas e por descobrir.» Um intruso, na opinião daqueles paulistas que levavam anos nos sertões! De qualquer jeito, D. Rodrigo quis comprar de Garcia mantimentos e roças, que este colocou à disposição e com o espírito de renúncia que caracterizara a personalidade do pai, e dividiu com ele as esmeraldas… D. Rodrigo partiu para o Sumidouro, onde se deteria para colher informações, e Garcia para São Paulo.
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====A fuga para o sertão====
Borba Gato fugiu e viveu foragido muitos anos nos sertões do rio Piracicaba ou rio Doce tendo atingido a região onde estes dois rios se encontram, local em que hoje está o município de [[Ipatinga]], [[Minas Gerais | MG]]. Teria descoberto também o ouro do [[Rio das Velhas]]. Entre o Sumidouro e a atual Sabará, era o posto da Roça Grande, abundante de ouro… anos depois!{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
 
====O perdão====
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Em [[9 de Junho]] de [[1702]], carta patente de Artur de Sá Menezes nomeou Borba Gato tenente-general substituindo o Superintendente [[José Vaz Pinto]]: com jurisdição sobre as minas do [[rio das Velhas]].
 
Desde carta de [[18 de Abril]] de [[1701]], o governador [[Artur de Sá e Menezes]] autorizara-o a posse das "''terras entre os rios [[rio Paraopeba |Paraopeba]] e das Velhas''", e das "''chapadas da serrania de Itatiaia''", esta última localizada entre os atuais municípios de Ouro Preto e Ouro Branco.
 
Assim, se havia instalado nas lavras de Santana, à margem do rio das Velhas, e ao lado da estrada que ia para as Minas Gerais do [[Ouro Preto]] passando pelo arraial dos Raposos. Continuava a descobrir novas lavras que ia distribuindo pelos amigos e parentes de São Paulo. As ricas faisqueiras dos Ribeirões da Prata e Brumado, manifestara-as logo para as dar aos irmãos Raposo ([[Pedro de Morais Raposo]] era paulista muito considerado, um dos primeiros povoadores do Rio das Mortes). Outros autores comentam que Borba Gato possuía lavras em Santana do rio São João, onde fundara grande fazenda e dividia o tempo entre as duas casas que lhe eram mais caras, a da margem do Rio das velhas e a do Rio de São João, até morrer em [[1717]].