Myrtaceae: diferenças entre revisões

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[[Ovário (botânica)|Ovário]] geralmente ínfero a semi-ínfero, com placentação axial ou menos frequentemente parietal, com placentas intrusivas (por exemplo na [[feijoa]]). Óvulos 2 a numerosos por lóculo, anátropos a campilótropos. Disco epiginoso presente, ou ausente. Tegumento externo contribuindo ou não para o [[micrópilo]]. Células antípodas formadas, ou não formadas, mas quando formadas não proliferantes. Muito efémero. [[Endosperma]] de formação nuclear.
 
As flores de Myrtaceae são visitadas por múltiplas espécies de insectos, com destaque para as pertencentes ao grupo [[Meliponini]] ([[abelhas-sem-ferrão]]), especialmente pela espécie ''[[Melipona bicolor]]'', que recolhem [[pólen]] das plantas desta família.<ref>Hilário, S. D., and V. L. Imperatriz-Fonseca. "Pollen foraging in colonies of Melipona bicolor (Apidae, Meliponini): effects of season, colony size and queen number." Genetics and Molecular Research 8.2 (2009): 664-671.</ref>
 
;Frutos e sementes
Do tipo [[baga]], raramente cápsula. O [[embrião]] das [[semente]]s é muito utilizado para a classificação das Myrtaceae em tribos. Cápsulas septicidas, loculicidas ou denticidas, por vezes circunscissíveis (tornando-­se então operculadas por remoção do disco epiginoso). Sementes não-­endospérmicas, aladas (por exemplo em algumas espécies de ''[[Eucalyptus]]'') ou sem  asas. Embrião com [[cotilédone]]s pequenos a grandes, às vezes conados, ou ambos dobrados ou retorcidos. [[Endosperma]] escasso ou ausente.
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Plantas hermafroditas (geralmente). Polinização [[entomófila]] ou [[ornitófila]], com mecanismo visivelmente especializado (''[[Chamelaucium]]'' e alguns parentes, com a apresentação do [[pólen]] através de uma parte modificada do estilo), ou não  especializado (principalmente).<ref>{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|titulo=Polinização e dispersão de sementes em Myrtaceae do Brasil|jornal=Scielo|doi=|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042006000400002|acessadoem=23 de janeiro de 2017}}</ref>
 
O [[número cromossómico]] básico predominante é n=11 (2n=22), mas varia no intervalo de 5 a 12. Conhecem-se casos de [[ploidia|diploidia]] e poliploidia, com n=22 até n=88, a nível intra e interespecífico.<ref name = DELTA/><ref name = ABD>[http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/00087114.2006.10797916 Oudjehih B. & Abdellah B., Chromosome numbers of the 59 species of ''Eucalyptus'' L'Herit. (Myrtaceae), ''Caryologia'', vol. 59:3, p. 207-212, 2006]</ref>
<ref name = RYE>[https://www.researchgate.net/publication/248898412_Chromosome_Number_Variation_in_the_Myrtaceae_and_Its_Taxonomic_Implications Rye B.L., Chromosome Number Variation in the Myrtaceae and Its Taxonomic Implications, ''Australian Journal of Botany'', vol. 27(5), pp. 547-73, 1979]</ref><ref name = ATCH>[https://www.jstor.org/stable/2437370?seq=1#page_scan_tab_contents Atchison E., Chromosome Numbers in the Myrtaceae, ''American Journal of Botany'', Vol. 34, No. 3,), pp. 159-164, 1947]</ref>
=== Diversidade===
Estimativas recentes sugerem que a família Myrtaceae inclui aproximadamente 5950 espécies repartidas por cerca de 132 géneros.<ref name="Christenhusz-Byng2016"/><ref>Govaerts, R. et al. (12 additional authors). 2008. World Checklist of Myrtaceae. Royal Botanic Gardens, Kew. xv + 455 pp.</ref> A família apresenta uma [[distribuição natural]] alargada, estando presente nas regiões tropicais e temperadas quentes de toda a [[Terra]], sendo comum em muitos dos [[centros de biodiversidade]]. Muitas novas espécies continuam a ser descritas anualmente, oriundas das vasta região onde as Myrtaceae estão presentes. Pelas mesmas razões, são descritos novos géneros quase todo os anos e a [[circunscrição taxonómica]] de outros continua a não ser consensual, levando a frequentes revisões.