Yeda Crusius: diferenças entre revisões
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{{Info/Político
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|título3 = [[Lista de governadores do Rio Grande do Sul|36º]] [[Governadora]] do [[Rio Grande do Sul]] {{BR-RSb}}
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|partido = [[Partido da Social Democracia Brasileira|PSDB]] {{Pequeno|(1990-atualidade)}}
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'''Yeda Rorato Crusius''' ([[São Paulo (cidade)|São Paulo]], {{dtlink|lang=br|26|7|1944}}) é uma [[Economia|economista]] e [[Político|política]] [[brasil]]eira. Foi governadora do
Nascida na capital paulista, [[imigração italiana no Brasil|descendente de italianos]],
Entre janeiro e maio de 1993, durante o governo de [[Itamar Franco]], ocupou o cargo de [[Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão|Ministra do Planejamento]]. Um ano depois da renúncia como ministra,
Candidata a [[Lista de governadores do Rio Grande do Sul|governadora do Rio Grande do Sul]] nas [[Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 2006|eleições de 2006]], foi eleita no segundo turno e tornou-se a primeira mulher a governar o Estado. Como governadora, zerou o déficit do Estado e foi alvo de críticas por sua conduta no chamado [[CPI do Detran|Escândalo do DETRAN]]. Nas [[Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 2010|eleições de 2010]], quando tentava a reeleição, chegou ao final do pleito na terceira colocação. Nas [[Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 2014|eleições de 2014]], candidatou-se a deputada federal, classificando-se na primeira suplência. Em janeiro de 2017, com a renúncia de [[Nelson Marchezan Júnior]], Yeda retornou à Câmara dos Deputados após uma década.
== Início de vida, família, educação e carreira ==
[[Imagem:Yeda Crusius em 1945.jpg|thumb|esquerda|upright|Yeda ainda criança, em fotografia de cerca de 1945.]]
Yeda é [[Imigração italiana no Brasil|descendente de italianos]]; a família Rorato chegou ao Rio Grande do Sul em 1887, enquanto seu avô permaneceu em São Paulo.<ref>{{Citar web |url=http://www.estado.rs.gov.br/conteudo/131281/governadora-visita-vale-veneto-e-confraterniza-com-descendentes-da-familia-rorato-no-rs |título=Governadora visita Vale Vêneto e confraterniza com descendentes da família Rorato no RS |publicado=Governo do Estado do Rio Grande do Sul |data=14 de maio de 2010 |acessodata=4 de janeiro de 2017}}</ref>
Em 1963, Yeda começou a cursar economia na [[Universidade de São Paulo]] (USP), graduando-se em 1966.<ref name=Terra>{{Citar web |url=http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1219205-EI6678,00-Confira+o+perfil+de+Yeda+Crusius.html |título=Confira o perfil de Yeda Crusius |publicado=Terra |obra=Reuters |data=29 de outubro de 2006 |acessodata=3 de julho de 2013}}</ref> De 1964 a 1966, trabalhou como assistente no [[Tribunal de Contas do Estado de São Paulo]]. Em 1967, foi economista na [[Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo|Federação do Comércio do Estado de São Paulo]], mudando para a [[Viação Aérea São Paulo]] no ano seguinte. Em 1968, concluiu sua pós-graduação em economia na USP e em 1969 trabalhou em uma empresa de engenharia. No mesmo ano foi morar nos [[Estados Unidos]], onde concluiu uma pós-graduação na [[Universidade do Colorado]]. Em 1971, concluiu um mestrado em economia na [[Universidade Vanderbilt]].<ref name="FGV">{{Citar web |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ieda-rorato-crusius |título=IEDA RORATO CRUSIUS |publicado=Fundação Getúlio Vargas |autor=Gisela Moura e Luís Otávio de Sousa |acessodata=5 de janeiro de 2017}}</ref><ref name=g12006 /><ref>{{Citar web |url=http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/520/entrevistados/yeda_crusius_2007.htm |título=Yeda Crusius |publicado=Roda Viva |data=5 de março de 2007 |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u84566.shtml |título=Saiba mais sobre Yeda Crusius |publicado=Folha Online |data=2 de outubro de 2006 |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref>
Na Vanderbilt, ela conheceu o futuro marido, Carlos Augusto Crusius, que também fazia mestrado em economia.<ref name=Terra /> Mudou-se para [[Porto Alegre]] em 1970, após se casar com Carlos. Juntos tiveram dois filhos, César e [[Tarsila Rorato Crusius|Tarsila]]. César mora em [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]], nos [[Estados Unidos]], e tem duas filhas.<ref name="Viagem para São Francisco">{{Citar web |url=http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2009/04/viagem-de-yeda-surpreende-secretarios-e-atica-oposicao-2473005.html |título=Viagem de Yeda surpreende secretários e atiça oposição |autor=Adriano Barcelos |obra=Zero Hora |data=11 de abril de 2009 |acessodata=20 de agosto de 2012}}</ref> Tarsila é psicóloga, foi presidente do Comitê de Ação Solidária durante o governo de Yeda,<ref name="Tarsila é candidata a vereadora" /><ref name="Presidente do Comitê de Ação Solidaria">{{Citar web |url=http://governo-rs.jusbrasil.com.br/politica/4116964/presidente-do-comite-de-acao-solidaria-recebe-foto-da-matriarca-da-familia-rorato |título=Presidente do comitê de ação solidária recebe foto da matriarca da familia Rorato |autor= |obra=Jus Brasil |data=13 de novembro de 2009 |acessodata=20 de agosto de 2012}}</ref> e candidatou-se a vereadora de Porto Alegre na [[Eleição municipal de Porto Alegre em 2012|eleição municipal de 2012]],<ref name="Tarsila é candidata a vereadora">{{Citar web |url=http://www.pampa.com.br/novo/jornalosul/mostra.php?id=14762 |título=Tarsila Crusius é candidata a vereadora |autor= |obra=TV Pampa |data=25 de junho de 2012 |acessodata=20 de agosto de 2012}}</ref> ficando na primeira suplência.<ref name="Tarsila perde a eleição">{{Citar web |url=http://placar.eleicoes.uol.com.br/2012/1turno/rs/porto-alegre |título=Eleições 2012: Porto Alegre |autor= |obra=Uol |data= |acessodata=13 de dezembro de 2012}}</ref> Também era tia da socialite [[Carola Scarpa]].<ref name=Veja99>{{Citar web |url=http://veja.abril.com.br/280499/p_120.html |título=A condessa desbocada |autor=Carlos Maranhão |obra=Veja |data=28 de abril de 1999 |acessodata=3 de julho de 2013}}</ref>
Em Porto Alegre, Yeda tornou-se professora titular do [[Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul|Departamento de Economia]] da [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]] (UFRGS). A partir de 1974, começou a trabalhar como consultora de empresas e em 1976 especializou-se em estatística pela UFRGS. Entre 1983 e 1986 foi coordenadora do curso de pós-graduação em Economia da UFRGS. Em 1988, Yeda foi contratada pela [[Rede Brasil Sul de Comunicações]] (RBS), trabalhando como comentarista da área econômica. Entre 1989 e 1990, foi vice-diretora da Faculdade de Economia da UFRGS, sendo sua primeira diretora de 1991 a 1992. Em abril do mesmo ano, saiu da RBS.<ref name="FGV"></ref><ref>{{Citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,quem-e-yeda-crusius,189712,0.htm |título=Quem é: Yeda Crusius |publicado=O Estado de S. Paulo |data=14 de junho de 2008 |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref>
== Carreira política ==
=== Início e ministra do Planejamento ===
Yeda iniciou-se na política partidária em 1990, ao ingressar no [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB). No final de janeiro de 1993, licenciou-se dos cargos que ocupava na UFRGS e de outras atividades para tornar-se ministra-chefe da [[Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão|Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação]] no governo de [[Itamar Franco]]. Ela havia sido indicada pelo senador gaúcho [[Pedro Simon]] e pelo ministro da Fazenda [[Paulo Haddad]]. Sua indicação correspondeu aos anseios de Itamar, que desejava indicar ao cargo uma mulher e alguém que não fosse de São Paulo. Na época, Yeda era pouco conhecida, mas sua indicação foi bem recebida pelos empresários brasileiros.<ref name="FGV"></ref><ref name="Terra" /><ref>{{Citar web |url=http://www.oexplorador.com.br/site/ver.php?codigo=2197 |título=Primeira mulher a dirigir a tradicional Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS |autor=Carlos Etchichury |publicado=O Explorador |obra=Carlos Etchichury |data=1 de setembro de 2006 |acessodata=3 de julho de 2013}}</ref>
Ao assumir o ministério, Yeda preocupou-se com a política de estabilização econômica e em evitar comparações com a antecessora [[Zélia Cardoso de Melo]]. Seu curto tempo como ministra foi marcado por insinuações sobre sua inexpressividade e suposta pouca iniciativa política; segundo noticiado pela imprensa, o presidente ficou descontente com a falta de agilidade da ministra na finalização de projetos considerados prioritários para o governo, como o plano de combate à miséria. Após a demissão de Paulo Haddad no início de março de 1993, Yeda cogitou renunciar, mas Itamar pediu para que ficasse e colaborasse com o novo ministro [[Eliseu Resende]].<ref name="FGV"></ref>
Em abril de 1993, a imprensa divulgou que Yeda estaria perdendo espaço no governo para Resende. Também foi informado que Resende estava intrometendo-se em assuntos de responsabilidade da ministra, como no programa de privatizações, chegando a desenvolver o Plano de Ação Governamental sem a participação dela. No final daquele mês, enviou sua carta de demissão ao presidente, que não aceitou o pedido e a convidou para participar de reuniões que definiriam os últimos detalhes do plano do governo. Em 7 de maio, oficializou sua renúncia do cargo, mas recusou-se a admitir que tal saída era resultado de sua pouca influência no governo.<ref name="FGV"></ref>
Após deixar o cargo de ministra, onde permaneceu por apenas quatro meses, Yeda reassumiu suas funções na UFRGS, foi nomeada para o Conselho de Administração do [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDS) e exerceu a função de primeira vice-presidente do diretório regional do PSDB-RS.<ref name="FGV"></ref><ref name="Terra"></ref><ref name="Rollingstone">{{Citar web |url=http://rollingstone.uol.com.br/edicao/5/superpoderosas-as-mulheres-que-governam-estados-brasileiros |título=Superpoderosas, as mulheres que governam estados brasileiros |autor=Gustavo Krieger |publicado=Rolling Stone |data=5 de fevereiro de 2007 |acessodata=4 de julho de 2013}}</ref>
=== Deputada federal (1995-2006) ===
Em 1994, Yeda tornou-se a primeira tesoureira do PSDB-Nacional e foi eleita deputada federal na [[Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1994|eleição de outubro daquele ano]], obtendo {{Formatnum:104295}} votos, sendo superada apenas por [[Germano Rigotto]] e [[Paulo Paim]].<ref name=g12006 /><ref>{{Citar web |url=http://www.tse.gov.br/internet/eleicoes/1994/resultado/1_turno/dep_fed_rs.html |título=ELEIÇÕES 1994 Deputado Federal |publicado=Tribunal Superior Eleitoral |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref><ref name="FGV"></ref> Ela assumiu o mandato em fevereiro de 1995 e foi escolhida primeira vice-presidente da Comissão de Orçamento e titular da Comissão de Finanças e Tributação da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]]. No decorrer da reforma constitucional em 1995, acompanhou a orientação da base governista, manifestando-se a favor da abolição do monopólio estatal nas áreas de telecomunicações, distribuição de gás canalizado e exploração do petróleo. Yeda também foi favorável à prorrogação da vigência do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) e ao fim de todas as diferenças jurídicas entre empresas de capital nacional e as de estrangeiro.<ref name="FGV"></ref>
[[Imagem:Deputada Federal Yeda Crusius.jpg|thumb|Yeda falando em reunião da Comissão Especial sobre a reforma da Previdência, em 23 de julho de 2003.]]
Em 1996, Yeda apoiou a aprovação da [[Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]] (CPMF) e foi relatora da Subcomissão de Educação e do Desporto, Cultura, Ciência e Tecnologia, da Comissão do Orçamento do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]]. Naquele ano, também foi candidata à [[Paço Municipal de Porto Alegre|prefeitura de Porto Alegre]] em uma coligação formada por PSDB, PL, PSC, PSL e PFL, tendo [[Onyx Lorenzoni]] como seu candidato a vice. Esta foi a segunda vez que os tucanos lançaram candidatura própria na capital. Eles conseguiram polarizar a disputa com o PT, representado por [[Raul Pont]] e [[José Fortunati]]. Yeda recebeu {{Formatnum:167397}} votos (22,34% dos válidos) e, apesar de perder no primeiro turno para Pont, o PSDB aumentou expressivamente sua votação em relação à disputa anterior.<ref name="FGV"></ref><ref>{{Citar web |url=http://www.sul21.com.br/jornal/pt-e-pmdb-foram-os-partidos-que-mais-lancaram-candidatos-a-prefeitura-de-porto-alegre/ |título=PT e PMDB são partidos que mais lançaram candidatos à prefeitura de Porto Alegre |publicado=Sul 21 |autor=Samir Oliveira |data=21 de agosto de 2012 |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1251071-6306-274,00.html |título=YEDA CRUSIUS (PSDB) |publicado=G1 |data=30 de outubro de 2016 |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref>
Em 1997, foi favorável a emenda constitucional que permitiu uma releição consecutiva para o [[Poder Executivo]] e presidiu o comitê parlamentar da Comissão do Orçamento que examinou obras consideradas com indícios de irregularidades pelo [[Tribunal de Contas da União]] (TCU).<ref name="FGV"></ref><ref>{{Citar web |url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/602.html |título=PARLAMENTARES QUEREM MUDAR LEI QUE REGE O ORÇAMENTO |publicado=Câmara dos Deputados |autor=Sâmia Mendes |data=27 de julho de 2000 |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref> Ainda no mesmo ano, foi relatora na comissão especial de um dos projetos mais importantes do governo, a emenda constitucional que prorrogou a vigência do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) até dezembro de 1999; o relatório final elaborado por Yeda foi aprovado pelo plenário da Câmara.<ref>{{Citar web |url=http://www.profbruno.com.br/const_04.htm |título=HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL (RESUMIDO) |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref> Em outubro de 1998, reelegeu-se para seu segundo mandato como deputada federal com {{Formatnum:77670}} votos.<ref name="FGV"></ref><ref>{{Citar web |url=http://www1.uol.com.br/fernandorodrigues/arquivos/eleicoes98/resultados/1o_turno/camara/riograndedosul-camara.shl |título=Eleições 1998 - Resultados - 1º Turno - Câmara dos Deputados |publicado=Uol |autor=Fernando Rodrigues |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref> Em maio de 1999, foi nomeada diretora de Estudos e Pesquisas do [[Instituto Teotônio Vilela]], o órgão de formação política do PSDB.<ref name="FGV"></ref> Em 1999, Yeda foi presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, tornando-se a primeira mulher a ocupar este cargo.<ref>{{Citar web |url=http://www.al.rs.gov.br/portaleleicoes/ap/noticias/mostra_noticia.asp?txtIDMATERIA=160957 |título=Yeda Crusius poderá ser a primeira governadora do Rio Grande do Sul |publicado=Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul |autor=Mirella Poyastro |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref>
Em 2000, Yeda voltou a ser candidata ao executivo porto-alegrense pelo PSDB e recebeu o apoio formal do PPB e PSDC.<ref>{{Citar web |url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/2000/09/18/ult27u4083.jhtm |título=Candidatos em Porto Alegre apostam em apoio de caciques |publicado=Uol |obra=Reuters |data=18 de setembro de 2000 |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref> Da mesma forma que na disputa anterior, Yeda perdeu ainda no primeiro turno. Ela obteve {{Formatnum:121598}} votos (15,54%), atrás do ex-prefeito [[Tarso Genro]] (48,72%), do PT, e do ex-governador [[Alceu Colares]] (20,07%), do PDT.<ref>{{Citar web |url=http://www.tre-rs.gov.br/eleicoes/2000/result/munic/ele0088013.htm |título=Porto Alegre - Eleições municipais 2000 |publicado=Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref> No ano seguinte, tornou-se presidente do Instituto Teotônio Vilela, ficando neste cargo até 2003, e foi vice-líder do governo [[Fernando Henrique Cardoso]] no Congresso Nacional.<ref name="Uol, eleições 2006">{{Citar web |url=http://eleicoes.uol.com.br/2006/estados/riograndedosul/biografias/yeda.jhtm |título=Tucana, Yeda Crusius tenta quebrar polaridade PT-PMDB |publicado=UOL |autor=Cláudio de Souza |data=2006 |acessodata=3 de julho de 2013}}</ref><ref name="Câmara dos Deputados">{{Citar web |url=http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=73992 |título=Conheça os Deputados: YEDA CRUSIUS - PSDB/RS |publicado=Câmara dos Deputados |acessodata=8 de janeiro de 2017}}</ref> Em 2002, reelegeu-se para seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados com {{Formatnum:170735}} votos, a terceira votação mais expressiva do Estado naquela eleição.<ref name=g12006>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1330413-6282-292,00.html |título=YEDA CRUSIUS SERÁ A PRIMEIRA MULHER A GOVERNAR O RS |publicado=G1 |data=29 de outubro de 2006 |acessodata=13 de julho de 2012}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://eleicoes.uol.com.br/2002/resultados/1turno/RSestadual.jhtm |título=Eleições 2002 RIO GRANDE DO SUL |publicado=Uol |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref> Em seu novo mandato, foi vice-líder dos tucanos na Câmara dos Deputados em 2003 e entre 2004 a 2006.<ref name="Câmara dos Deputados"></ref>
Entre as viagens oficiais como deputada, Yeda foi para o [[México]] em 1996 e 2000; [[Nova York]] em 2000 e 2002; [[Washington, D.C.]] em 1995, 1996, 2000, 2002 e 2004; [[Roma]], [[Reino Unido]], [[Santiago (Chile)|Santiago]], [[Buenos Aires]] e [[Montevidéu]] em 1995; [[Uruguai]] em 1996; [[Paris]], [[Londres]], [[Lisboa]] e [[San José (Costa Rica)|San José]] em 1997; [[Alemanha]] e [[Antártica]] em 1998; [[China]] em 1999; [[Equador]] em 2001; [[França]], [[Bélgica]], [[Peru]] e [[Colômbia]] em 2003; e para a [[Rússia]] em 2004.<ref name="Câmara dos Deputados"></ref>
=== Eleição estadual de 2006 ===
{{Ver também artigo principal|[[Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2006]]}}
[[Imagem:Yeda Crusius em convenção em 2006.JPG|thumb|Yeda na convenção do PSDB gaúcho em [[Torres (Rio Grande do Sul)|Torres]].]]
Yeda foi presidente do PSDB gaúcho de agosto de 2005 a junho de 2006, cargo do qual licenciou-se para ser candidata ao governo do Estado.<ref name="Uol, eleições 2006"></ref> Ela foi escolhida candidata numa coligação do PSDB com o [[Partido da Frente Liberal|PFL]], que indicou o postulante a vice [[Paulo Feijó]], e com o [[Partido Popular Socialista|PPS]], que desistiu da candidatura de Nélson Proença na véspera da inscrição no contexto da aliança nacional em torno de [[Geraldo Alckmin]]. O PPS indicou o candidato ao senado da chapa, [[Mário Bernd]]. No início da campanha, em agosto de 2006, Yeda figurava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-governador [[Olívio Dutra]] e do candidato a reeleição [[Germano Rigotto]].<ref name="g12006" />
No horário eleitoral gratuito, usou o slogan ''Um novo jeito de Governar'' e criticou o governo do estado — do qual seu partido tinha participado durante três anos e meio —, propondo um "choque de gestão" visando a redução do déficit financeiro que já durava mais de trinta anos, através do corte de [[Servidor público|CCs]], reestruturação da máquina pública, contenção de despesas e racionalização da receita.<ref name="g12006" />
[[Imagem:Yeda Crusius em campanha.jpg|thumb
Durante a campanha, Yeda entrou em atrito com o candidato a vice-governador por sua chapa, defensor de privatizações, desautorizando-o a defender tal política como proposta de governo. Em 13 de setembro, faltando dezoito dias para o primeiro turno, o marqueteiro de sua campanha, Chico Santa Rita, deu uma entrevista ao jornal [[Zero Hora]] acusando-a de inadimplência.<ref name="Problemas na campanha">{{Citar web |url=http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/No-RS-%27novo-jeito-de-governar%27-coleciona-atritos-e-trombadas/4/12092 |título=No RS, “novo jeito de governar” coleciona atritos e trombadas |autor=Marco Aurélio Weissheimer |publicado=Carta Maor |data=16 de setembro de 2006 |acessodata=4 de julho de 2013}}</ref> Santa Rita acabou abandonando a campanha, e a equipe técnica, sem conseguir receber os salários atrasados, interrompeu os trabalhos. Dos sessenta profissionais iniciais, seis continuaram trabalhando.<ref name="Problemas na campanha" />
No segundo turno, Yeda recebeu o apoio de partidos de centro e direita, incluindo o [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]] de Rigotto (ainda que não tenha recebido o apoio pessoal do então governador), além de parte do [[Partido Democrático Trabalhista|PDT]], que oficialmente ficou neutro e liberou a militância, e também
=== Governadora do Rio Grande do Sul ===
[[Imagem:
Antes mesmo de sua posse
Ao completar cem dias de governo, Yeda entrou em choque com o Secretário da Segurança, Ênio Bacci, responsável por uma área que vinha recebendo boa aprovação da população. Acusado de ser personalista, de tentar ofuscar Yeda na apresentação de resultados do governo e de ter assessores ligados ao [[Jogo do Bicho]], Bacci foi demitido pela governadora.<ref>{{citar web |url
[[Imagem:
Já no primeiro ano de governo, o déficit estrutural do Estado
Em 19 de março de 2008, Yeda transmitiu pela primeira vez o governo do Estado para o vice-governador Paulo Feijó, que reatou com o governo,<ref>{{Citar web |url=http://www.estado.rs.gov.br/master.php?capa=1&int=noticia¬id=65804&pag=4&editoria=&orig=1 |título=
Em novembro de 2008, Yeda anunciou que, após 37 anos, o Rio Grande do Sul não era mais um
===
{{Ver também artigo principal|[[Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2010]]}}
[[Imagem:José Serra e Yeda Crusius.jpg|thumb|[[José Serra]] e Yeda durante uma passeata da campanha eleitoral de 2010.]]
Em junho de 2010, Yeda
=== Atividades entre 2011 a 2017 ===
Cem dias após ter deixado o governo, Yeda foi entrevistada por um jornal local. Na entrevista, ela disse que seus planos eram formar um grupo para estudar o cenário nacional e o papel do Rio Grande do Sul. Ao ser perguntada sobre sua vida partidária, comentou que não seria candidata à [[Eleição municipal de Porto Alegre em 2012|prefeitura de Porto Alegre em 2012]], declarando que preferia guardar sua imagem para uma eventual eleição à Câmara dos Deputados.<ref>{{Citar web |url=http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=59937&fonte=capa |título=Yeda rompe o silêncio: perder o déficit zero é um retrocesso |publicado=Jornal do Comércio |autor=Pedro Maciel e Guilherme Kolling |data=18 de abril de 2011 |acessodata=31 de janeiro de 2017}}</ref>
Em abril de 2012, Yeda voltou a trabalhar como jornalista, desta vez no programa ''[[Pampa News]]'', da [[Rede Pampa]].<ref>{{Citar web |url=http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=90859 |título=Do sonho ao prejuízo |publicado=Jornal do Comércio |autor=Fernando Albrecht |data=11 de abril de 2012 |acessodata=31 de janeiro de 2017}}</ref> Em julho do mesmo ano, também foi contratada como colunista no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.<ref>{{Citar web |url=http://praiadexangrila.com.br/band-rs-contrata-rigotto-e-yeda-para-o-jornal-gente/ |título=Band RS contrata Rigotto e Yeda para o Jornal Gente |publicado=Praia de Xangrilá |data=26 de julho de 2012 |acessodata=31 de janeiro de 2017}}</ref>
=== Deputada federal (2017-atualmente) ===
[[Imagem:Rodrigo Maia empossa Yeda Crusius na Câmara dos Deputados.jpg|thumb|Yeda sendo empossada deputada federal pelo presidente da Casa [[Rodrigo Maia]], em 5 de janeiro de 2017.]]
Em 2014, Yeda oficializou sua candidatura a deputada federal pelo PSDB nas [[Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 2014|eleições
== Bibliografia ==
Linha 209 ⟶ 147:
*''Papel do sistema eleitoral, dos partidos políticos e do Poder Legislativo'', Brasília, Instituto Teotônio Vilela, 2000.<ref name=yeda2525 />
*''Minha Experiência na UFRGS'', 2000.<ref name=Yeda40 />
{{Referências|col=3}}
Linha 218 ⟶ 153:
{{commonscat|Yeda Crusius|Yeda Crusius}}
* {{Link|pt|2=http://www.twitter.com/blogdayeda |3=Twitter oficial de Yeda Crusius}}
{{s-start}}
Linha 261 ⟶ 195:
[[Categoria:Yeda Crusius]]
[[Categoria:Brasileiros de ascendência italiana]]
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