Grande incêndio de Roma: diferenças entre revisões

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== Os cristãos e o incêndio de Roma ==
Não se sabe exatamente o momento e as razões que levaram os cristãos a serem acusados de responsáveis pelo incêndio. Historiadores cristãos e também romanos (como [[Tácito]] e [[Suetônio]], cujas obras denotam acentuada antipatia pelo imperador) sustentam que se tratou de uma manobra de Nero, para desviar as suspeitas de sua pessoa. Uma vez que a tese de "incêndio criminoso" se disseminara, era necessário encontrar os culpados, e os cristãos podem ter-se tornado "[[Bode expiatório|bodes expiatórios]]" ideais, pelo fato de serem mal vistos em Roma<ref name="InfoEscola"/>. De fato, Suetônio relata que as crenças cristãs eram tidas, na época, como "''superstição nova e maléfica''"<ref>[[Suetônio]], [[Vidas dos Doze Césares]], século I</ref> enquanto Tácito, embora acusando Nero de ter injustamente culpado os Cristãos, declara-se convencido de que eles mereciam as mais severas punições porque cometiam "''infâmias''" e eram "''inimigos do gênero humano''".<ref>Tácito, "Anais". século I</ref>
Segundo o romancista [[Pär Lagerkvist]], é até possível que alguns cristãos [[Fanatismo|fanáticos]], imbuídos de conceitos [[Apocalipse|apocalípticos]], tenham proclamado, publicamente, que o incêndio era um castigo divino pelos "pecados" dos romanos, e que prenunciava o novo advento do [[Cristo]], o que teria tornado todos os cristãos suspeitos de implicação naquela calamidade.<ref>No romance "Barrabás", 1950, de Par Lagerqvist, o personagem-título, que está quase se tornando cristão, ajuda a propagar o incêndio, na convicção de que trata de obra divina.</ref>