Respiração celular: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 28:
Glicólise(ocorrida no citosol) e [[Oxidação]] do [[Ácido pirúvico|piruvato]](ocorrida na matriz mitocondrial) através de um de dois processos: [[Respiração aeróbia]] ou [[Respiração anaeróbia]]
 
=== Oxidação do piruvato ===
De acordo com o tipo de [[metabolismo]], existem duas sequências possíveis para a [[oxidação]] do [[piruvato]] proveniente da [[glicólise]]:
 
Linha 47:
Na ausência de O<sub>2</sub> ou em situação de [[hipóxia]], a cadeia respiratória fica bloqueada ou parcialmente bloqueada, por isso os NADH e FADH2 gerados nas reações de oxiredução não podem ser oxidados. Assim fica faltando NAD e FAD para as reações de desidrogenação. Com isso, o [[ciclo de Krebs]] não pode ocorrer ficando totalmente bloqueado na falta de O<sub>2</sub>. Se houvesse uma forma de repor NAD e FAD sem o envolvimento da cadeia respiratória o ciclo poderia continuar ocorrendo. Na oxidação da glicose na ausência de O<sub>2</sub>, o NADH produzido não irá para a cadeia respiratória; da mesma forma, o piruvato não dará origem ao acetil-CoA. Assim fica acumulado NADH e piruvato. Para que a glicólise mantenha-se, o NADH acumulado transfere seus elétrons e P<sup>+</sup> para o piruvato, originando ácido láctico e regenerando o NAD. Isto representa uma via alternativa de oxidação do NADH. Na oxidação incompleta o rendimento de ATP cai para apenas dois.
 
==== Respiração aeróbica ====
A respiração aeróbia requer oxigênio. Na glicólise, é formado o piruvato (também chamado de ácido pirúvico) bem como 2 ATP. Cada piruvato que entra na mitocôndria e é oxidado a um composto com dois carbonos (acetato) que depois é combinado com a Coenzima-A, com a produção de NADH e libertação de CO<sub>2</sub>. De seguida, inicia-se o [[Ciclo de Krebs]]. Neste processo, o grupo acetil é combinado com compostos com quatro carbonos formando o citrato (6C). Por cada ciclo que ocorre liberta-se 2CO<sub>2</sub>, [[NADH]] e [[FADH2|FADH<sub>2</sub>]]. No ciclo de Krebs obtém-se 2 [[ATP]]s. Numa última fase - cadeia transportadora de elétrons (ou fosforilação oxidativa) os elétrons removidos da glicose são transportados ao longo de uma cadeia transportadora,criando um gradiente protónico que permite a fosforilação do [[ADP]]{{Dn}}. O aceptor final de elétrons é o O<sub>2</sub>, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água. Nesta fase da respiração aeróbia a célula ganha 26 moléculas de ATP. Isso faz um total ganho de 32 ATP durante a respiração celular em que intervém o oxigênio.
 
==== Respiração anaeróbica ====
A [[respiração anaeróbia]] envolve um receptor de [[Elétron|elétrons]] diferente do [[oxigênio]] e existem vários tipos de [[bactéria]]s capazes de usar uma grande variedade de compostos como receptores de elétrons na respiração: compostos nitrogenados, tais como [[nitrato]]s e [[nitrito]]s, compostos de [[enxofre]], tais como [[sulfato]]s, [[sulfito]]s, [[dióxido de enxofre]] e mesmo enxofre elementar, [[dióxido de carbono]], compostos de [[ferro]], de [[manganês]], de [[cobalto]] e até de [[urânio]].