Krill: diferenças entre revisões

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== Ecologia e ciclo de vida ==
O krill constitui um importante elemento da [[cadeia alimentar]]. O [[krill antártico]] alimenta-se directamente do [[fitoplâncton]], convertendo energia de [[produção primária]] numa forma mais apropriada ao consumo por animais maiores que não podem alimentar-se directamente das minúsculas algas, mas que são capazes de alimentar-se de krill. Algumas espécies como o [[krill do norte]] têm menos fitoplâncton à sua disposição e caçam [[copépode]]s e [[zooplâncton]] de maiores dimensões. São muitos os animais que se alimentam de krill, desde pequenos peixes ou [[pinguim|pinguins]] até [[foca]]s e mesmo [[baleia]]s.<ref name="noaa_krill">{{carececite web |author=M. J. Schramm |url=http://sanctuaries.noaa.gov/news/features/1007_krill.html |title=Tiny Krill: Giants in Marine Food Chain |publisher=NOAA National Marine Sanctuary Program |date=October 10, 2007 |accessdate=June de4, fontes2010}}</ref>
 
As perturbações dos [[ecossistema]]s que resultam na diminuição de uma população de krill podem ter efeitos de grande alcance. Durante uma explosão de [[cocolitóforo]]s no [[Mar de Bering]] em [[1988]],<ref>Weier, J.: ''[http://earthobservatory.nasa.gov/Study/Coccoliths/bering_sea.html Changing Currents color the Bering Sea a new shade of Blue]'', [[NOAA]] Earth Observatory, 1999. Last accessed [[15 de Junho]] de [[2005]].</ref> por exemplo, a concentração de [[diatomácea]]s diminuiu na área afectada. Porém, o krill não pode alimentar-se dos cocolitóforos (mais pequenos) e, consequentemente, a população de krill (sobretudo de ''E. pacifica'') diminuiu drasticamente naquela região. Esta diminuição, por seu lado, afectou outras espécies: as populações de [[cagarra]]s e [[pardela]]s decresceram, pensando-se até que esta terá sido uma das razões que terá levado o [[salmão]] a não regressar aos rios do [[Alasca]] ocidental nessa temporada.<ref>Brodeur, R.D.; Kruse, G.H.; ''et al.'': ''Draft Report of the FOCI International Workshop on Recent Conditions in the Bering Sea'', pp. 22&nbsp;– 26; [[NOAA]] 1998.</ref>
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=== Ciclo de vida ===
[[Ficheiro:Nauplius Hatching.jpg|right|thumb|200px|Eclosão de um [[náuplio (larva)|náuplio]] de ''[[Euphausia pacifica]]''.]]
O ciclo de vida geral do krill tem sido objecto de vários estudos, efectuados com várias espécies e é por essa razão relativamente bem compreendido, apesar de existirem pequenas variações de pormenor de espécie para espécie.<ref>Gurney, R.: ''Larvae of decapod crustacea.'' Royal Society Publ. 129; London 1942.</ref><ref>Mauchline, J.; Fisher, L.R.: ''The biology of euphausiids.'' Adv. Mar. Biol. 7; 1969.</ref> efectuados com várias espécies e é por essa razão relativamente bem compreendido, apesar de existirem pequenas variações de pormenor de espécie para espécie.{{carece de fontes}}
 
Quando o krill eclode dos ovos, passa por vários estágios larvares sucessivos: ''[[náuplio (larva)|náuplio]]'', ''[[pseudometanáuplio]]'', ''[[metanáuplio]]'', ''[[caliptopsis]]'' e ''[[furcilia]]''. Cada um destes estágios larvares subdivide-se em vários sub-estágios. O estágio pseudometanáuplio é exclusivo das espécies que depositam os ovos em [[bolsa ovígera|bolsas ovígeras]]. As larvas crescem e fazem várias [[ecdise|mudas]] durante este processo, substituindo o exosqueleto rígido sempre que este se torna demasiado pequeno. Até ao estágio de metanáuplio, inclusive, as larvas alimentam-se das reservas do [[vitelo]]. É apenas nos estágios de caliptopsis, que se formam a boca e o tracto digestivo, começando então a alimentar-se de [[fitoplâncton]], o que implica que por esta altura as larvas já tenham atingido a [[zona fótica]], constituída pelas camadas superiores do oceano em que vivem as algas. Durante os estágios de furcilia, são adicionados segmentos com pares de pleópodes, começando pelos segmentos mais frontais. Cada par torna-se funcional na muda seguinte. O número de segmentos adicionados durante qualquer um dos estágios de furcilia pode variar numa mesma espécie, dependendo das condições ambientais.<ref>Knight, M. D.: [http://www.calcofi.org/newhome/publications/CalCOFI_Reports/v25/pdfs/Vol_25_Knight.pdf ''Variation in Larval Morphogenesis within the Southern California Bight Population of ''Euphausia pacifica'' from Winter through Summer, 1977–1978''], CalCOFI Report Vol. XXV, 1984.</ref>