Cruzada Albigense: diferenças entre revisões

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Nos primórdios do {{séc|XIII}}, as regiões do [[Languedoc]] encontravam-se sob o domínio de vários senhores:
* O condado de Tolosa, governado por [[Raimundo VI de Toulouse]], dominava a zona compreendida entre os vales do [[Garona]], [[Rouergue]] e [[Quercy]], aos quais se acrescentavam as suas posses na [[Provença|Alta Provença]].
* O [[condado{{ilc|Condado de Cominges]]||Condado de Comminges}}, sob o poder de [[Bernardo IV de Cominges]], conde de [[{{ilc|Cominges]]||Comminges}} e de [[Bigorra]], primo carnal do conde de Tolosa e vassalo do mesmo enquanto que senhor de [[Samatan (Gers)|Samatan]] e [[Muret]].
* O [[condado de Foix]], cujo intitular era [[Raimundo Rogério I]], vassalo do conde de Tolosa.
* O [[viscondado de Béarn]].
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Daí pôs cerco a [[Minerve]]. Em junho de 1210, com a queda da vila, 140 cátaros seriam queimados vivos.<ref name="Dalmau 2006: 289-291">(Dalmau 2006: 289-291)</ref> A seguir, durante quatro meses, assediou o [[Castelo de Termes]] e depois o de [[Castelo de Puivert|Puivert]] que cairia em só três dias. Após a queda destes dois bastiões, Pedro Rogério de Cabaret decidiu entregar os [[Castelos de Lastours]] ao chefe cruzado em troca da libertação de Bouchard de Marly, senhor de [[castelo de Saissac|Saissac]].
No fim desse mesmo ano, Monforte controlava o leste do Languedoque e foi nomeado visconde de Rasez. Estava preparado para se adentrar nos domínios dos dois senhores mais poderosos da Occitânia, os condes de Toulouse e Foix.
Penetrou pela vila de [[Lavaur (Tarn)|Lavaur]], a pouco mais de 30 &nbsp;km da cidade do Garona. A 3 de maio de 1211 as suas tropas entraram na cidade desencadeando uma feroz repressão. O senhor Aymeri de Montréal e oitenta dos seus cavaleiros foram enforcados, a sua irmã Guiraude, grávida, foi lapidada no fundo de um poço e quatrocentos cátaros foram queimados vivos.<ref name="Dalmau 2006: 289-291"/> A seguir dirigiu-se à próxima Toulouse sem conseguir submetê-la. Então, Raimundo VI tinha já pedido ajuda a todos os seus vassalos e ao rei de Aragão e dispôs-se a apresentar batalha.
===A batalha de Muret===
{{AP|Batalha de Muret}}
A primeira batalha com o bando occitano ao completo travou-se em [[Castelnaudary]] em setembro de 1211. O resultado é incerto e, embora as abundantes baixas, ambos os bandos reclamaram a vitória. Mas apenas seria o preâmbulo de um confronto maior.
Chamado por Raimundo VI de Toulouse, Bernardo IV de Cominges e Raimundo Rogério de Foix, Pedro II de Aragão decidiu finalmente acudir na ajuda dos seus súbditos no verão de 1213. Veio precedido pela auréola do seu sucesso na [[batalha das Navas de Tolosa]], na qual participara com os outros reinos cristãos peninsulares.
A 30 de agosto pôs cerco ao castelo de [[Muret]], a uns 20 &nbsp;km a sudoeste de Toulouse, onde se refugiavam uns trinta cavaleiros cruzados. Simão de Montfort, que se encontrava naquele momento em Fanjeaux, partiu para Muret na companhia de outros mil cavaleiros chegando na véspera da batalha.
A 12 de setembro de 1213 as ruas de Muret, estreitas e cheias de barricadas, serviram de refúgio aos cruzados, amplamente superados em número pela aliança occitano aragonesa, que porém acabaria sofrendo uma derrota sem paliativos.
Num mesmo dia os occitanos perderam entre 10 000 e 15 000 homens, Aragão o seu rei, e [[Foix]], [[Narbona]] e [[{{ilc|Cominges]]||Comminges}} passaram às mãos de Simão de Monfort. Em novembro de 1215 o [[Concílio de Latrão IV]] despossuiu Raimundo VI e Raimundo II Trencavel das suas terras de Toulouse, nomeando a Montfort duque de [[Narbona|Narbonne]], conde de Toulouse e visconde de Carcassonne e Rasez, e arcebispo de Narbonne a Arnaud Amaury. Aparentemente a cruzada venceu.
===A reconquista occitana e a intervenção real francesa===
Inocêncio III faleceu em 1216 e a sua morte desencadeou uma sublevação geral em todo o Midi. Raimundo VI, que estivera rearmando-se no [[Condado de Barcelona]] com o seu filho Raimundo VII, desembarcou em [[Marselha]] (o Concílio de Latrão preservara as suas posses provençais) e retomou a luta.
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