Diocleciano: diferenças entre revisões

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Diocleciano reorganizou a administração imperial com a criação da [[Tetrarquia]], sistema de governo baseado na divisão administrativa entre quatro titulares, melhorando a gestão e a defesa do território romano a fim de manter a unidade imperial. Na administração pública, a institucionalização do [[Dominato]] levou a uma forte burocratização do aparato administrativo, devido a hierarquização e especialização de funções e cargos pela separação de tarefas e delimitação de competências dos funcionários públicos. Ideologicamente, o [[Dominato]] é marcado pela aproximação mítico-religiosa feita pelos imperadores, de forma que tudo que os cercava era tido como sagrado, afirmando o direito divino dos soberanos e reforçando a influência oriental, helenística e persa, principalmente. Diocleciano e [[Maximiano]], por exemplo, eram investidos, respectivamente, pelos Jóvio, ou [[Júpiter (mitologia)|Júpiter]], e Hercúlio, remetendo-os a uma origem divina.<ref>SILVA; MENDES, 2006, p. 195-203</ref>
 
Para restaurar a ordem, os imperadores tiveram que se valer de discursos que realçavam seus atributos heroicos que, quando inseridos no contexto pós Anarquia Militar e aliados ao ritual de divinização do imperador, encontravam na justificativa teológicaeológica, ou seja, na pressuposição de que o imperador governa por um direito dado pelos deuses, a explicação para constituição do poder em torno [[Dominus]], ou senhor.<ref>SILVA; MENDES, 2006, p. 201-203</ref>
 
==== O Baixo Império Romano e as teorias sobre o fim do Império Romano ====