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[[Imagem:Australian blacksmith.jpg|right|thumb|200px|Ferreiro forjando.]]
O termo ''
== Combustíveis ==
=== Lenha ===
Até à idade média era comum que ferreiros europeus trabalhassem em fornos alimentados por [[Madeira|lenha]]<ref name=":4">{{Citar web|url=http://www.defesa.org/tratamento-termico-rudimentar-para-aco-basico-e-sem-frescura/|titulo=Tratamento térmico rudimentar para aço – Básico e sem frescura.|data=20-03-2015|acessodata=2016-09-25|obra=|publicado=Instituto Defesa|ultimo=Batata|primeiro=Márcio|lingua=pt-BR}}</ref>, os quais, porém, não atingiam as mesmas temperaturas que aqueles alimentados por [[Carvão (desambiguação)|carvão]]<ref>{{Citar web|url=http://www.bushcraftbr.com/forum/printthread.php?tid=4403|titulo=Carvoaria caseira para forja e afins - Versão para Impressão|acessodata=2016-09-25|obra=www.bushcraftbr.com}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Melo|primeiro=Malard, Antonio Augusto|data=2009-01-01|titulo=Avaliação ambiental do setor de siderurgia não integrada a carvão vegetal do Estado de Minas Gerais.|jornal=PPGSEA - Mestrado profissional (Dissertações)|doi=|url=http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2894|acessadoem=25-09-2016|idioma=pt-BR}}</ref>, combustível mais caro à época<ref name=":4" />.
=== Carvão ===
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=== Forno de Lupa ===
Os fornos de lupa são os mais antigos modelos de forjas utilizadas na redução direta do minério de ferro. Estes fornos eram construídos em pedra ou barro<ref>{{Citar web|url=http://www.atlas.cimal.pt/drupal/?q=en/node/308|titulo=Inventário do Património Arqueológico de Odemira|data=|acessodata=2016-09-25|obra=www.atlas.cimal.pt|publicado=Comunidade Intermunicipal Alentejo Litoral|ultimo=Silva|primeiro=Carlos Tavares da|ultimo2=Soares|primeiro2=Joaquina|ultimo3=Duarte|primeiro3=Susana|ultimo4=Covas|primeiro4=Ana Paula}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/?sid=trabalhos.resultados&subsid=128502|titulo=Orada Velha - Portal do Arqueólogo|data=|acessodata=2016-09-25|obra=arqueologia.patrimoniocultural.pt|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> sobre um buraco retangular, circular ou semi-circular cavado na terra, com alcaravizes laterais feitos de argila<ref>{{Citar web|url=https://opiniaosocialista.wordpress.com/2007/07/15/a-producao-negociada/|titulo=A produção negociada|data=2007-07-15|acessodata=2016-09-25|obra=Opinião Socialista|publicado=|ultimo=Proença|primeiro=Alex}}</ref> para entrada do ar pela força do vento, abano ou insuflador<ref name=":9">{{Citar periódico|ultimo=Maia|primeiro=Rafael Rocha|data=2014-05-09|titulo=Análise de inclusões de escória em amostras arqueológicas da fábrica de ferro de Ipanema.|jornal=Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais)|editora=Escola Politécnica - Universidade de São Paulo|doi=10.11606/d.3.2014.tde-29122014-115425|url=http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-29122014-115425/|acessadoem=25-09-2016|idioma=pt-br}}</ref>, e dentro do qual eram depositados o minério de ferro e carvão vegetal.
A produção de ferro<ref name=":10">{{Citar periódico|ultimo=Faciaben|primeiro=Marcos Eduardo|data=2012-06-22|titulo=Tecnologia siderúrgica no Brasil do século XIX: conhecimento e técnica na aurora de um país (o caso da Fábrica de Ferro de São João do Ipanema)|jornal=Dissertação (Mestrado em História Social)|editora=Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo|doi=10.11606/d.8.2012.tde-08112012-113010|url=http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08112012-113010/|acessadoem=|idioma=pt-br}}</ref> e aço<ref name=":1" /> por meio destes fornos ocorria em três etapas<ref name=":9" />. Na primeira, o minério de ferro era submetido ao processo de redução direta que lhe transformava em '''lupa''', a massa esponjosa composta de ferro com baixo teor de carbono e [[Escória (substância)|escória]]. Em seguida, a lupa era retirada por um orifício no fundo do forno e seguia para refino por forjamento. Por fim, o metal refinado era forjado novamente para adquirir sua forma final ('''forjamento secundário''').
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Segundo registros históricos, este tipo de forja lograva produzir pouco mais de 100 toneladas de ferro dúctil em barras por ano, apenas<ref>{{citar livro|url=http://www.14snhct.sbhc.org.br/arquivo/download?ID_ARQUIVO=1709|titulo=A arquitetura do Alto forno e a biblioteca perdida de Ipanema.|ultimo=Landgraf|primeiro=Femando José Gomes|ultimo2=Araujo|primeiro2=Paulo Eduardo Martins|obra=Anais do 14o Seminário Nacional de História da Ciência e Tecnologia|editora=|ano=2014|editor-sobrenome=|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>.
Vale mencionar que, ao longo do tempo, especialistas atribuíram denominações diversas a este tipo de forja: "fornos primitivos", "fornos rústicos", "baixos-fornos", "fornos de cadinho", "fornos de galícia", e, inadequadamente, até de "forja catalã" <ref name=":8">{{Citar web|url=http://www.pmt.usp.br/notas/notas.htm|titulo=Notas sobre a história da Metalurgia no país|data=|acessodata=2016-09-25|obra=www.pmt.usp.br|publicado=|ultimo=Landgraf|primeiro=Femando José G.|ultimo2=Tschiptschin|primeiro2=André P.|ultimo3=Goldenstein|primeiro3=Hélio}}</ref><ref name=":9" />. Contudo, a denominação “forno de lupa”, surgida da tradução do [[Língua inglesa|inglês]] {{lang|eng|''bloomery furnace''}}, tem a vantagem de referir-se mais claramente ao produto da redução direta, chamado ''bloom''.
=== Forja Catalã ===
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