Rua Santos Minho: diferenças entre revisões

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→‎História: Theatro Lisbonense
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A tradição teatral da Póvoa de Varzim pode ser recuada até 1793, quando a Póvoa organizou importantes festejos para celebrar o nascimento de [[Maria Teresa de Bragança, Princesa da Beira|Maria Teresa, Princesa da Beira]], filha de [[João VI de Portugal|D. João VI]], na altura ainda Príncipe Regente. Ao teatro que se tinha construído ao lado da praça de touros, veio o corregedor da comarca Francisco de Almada e Mendonça assistir a uma ópera italiana. Do programa de quatro dias, de 24 a 27 de agosto, constavam duas óperas italianas, várias comédias portuguesas e uma pequena peça italiana, para além de vários combates de touros.<ref name="vencer">{{Referência a livro | autor = Amorim, Sandra Araújo | título = Vencer o Mar, Ganhar a Terra | editora = Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV | ano = 2004}}</ref>
 
No início da rua, no número 10, localizava-se o ''Salão Teatro'', local que era escolhido pelas associações locais para récitas, apresentando teatro e "cinema da elite", cujo edifício dos dias de hoje datará de 1910. Este teatro foi construído no local onde anteriormente funcionavam barracões denominados ''Chalet Lisbonense'' e ''Theatro Lisbonense''. O edifício perdeu a sua utilidade histórica, passando a ser usado até para revenda de gás. Na Era da Informação, a notoriedade histórica do espaço foi reavivada, levando a que um grupo de cidadãos o recuperá-se e devolvesse à cultura com um espaço denominado ''Theatro'' criando um restaurante, livraria e galeria de artes.<ref>{{Citar web| título= Presidente inaugura o Theatro, um espaço "impensável há 3 anos" | url= http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=48728 | acessodata=23 Março 2017 | publicado=IGESPAR |língua=Portuguese}}</ref>

O primitivo [[teatro Garrett]] funcionou inicialmente num elegante edifício de madeira construído em 22 de Agosto de 1873 e tinha sido financiado por cinco cidadãos do Porto.<ref name="monograf" /> A 4 de Setembro de 1876 foi inaugurado o novo teatro Sá da Bandeira, também construído em madeira. Este teatro funcionava no gaveto da Rua do Norte (hoje Rua da Alegria) com o Largo do Rego (hoje Largo David Alves). O Teatro abriu com o drama ''O Cabo Simão'', por uma companhia espanhola e apresentou exitos como «A Filha do Mar».<ref name="monograf" /> Ao lado do novo Teatro Garrett, construído no final do século XIX e encabeçando a Rua Santos Minho, funcionou o ''Salão Recreativo Dramático'', onde actuou a companhia amadora residente ''Troupe Dramática Recreativa Povoense'' nos anos de 1897 e 1898.<ref name="poveirinhos">{{Referência a livro | autor = Azevedo, José de | título = Poveirinhos pela Graça de Deus | editora = Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV | ano = 2007}}</ref>
 
Nos primeiros anos do século XX, A Póvoa era roteiro preferencial de grandes artistas nacionais e internacionais, sobretudo espanhóis. Era na Póvoa que as vedetas da época iniciavam a sua ''tournée'' por Portugal. No Norte, a Póvoa era onde existiam mais casas de espetáculos, em especial cafés-concerto. Cada casa trazia à Póvoa o que havia de melhor na música, arte dramática e bailado. O Teatro Garrett era o grande teatro da época.<ref name="monograf"/>