Atom Heart Mother: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m ajustando datas nas citações, traduzindo nome/parametro de predefinições do inglês para português, outros ajustes usando JavaScript
Linha 15:
|miscelâneo =
}}
'''''Atom Heart Mother''''' é o quinto álbum de estúdio da banda [[Inglaterra|inglesa]] de [[rock progressivo]] [[Pink Floyd]]. Foi lançada pela [[Harvest Records|Harvest]] e pela [[EMI Records]] a 2 de Outubro de 1970 no [[Reino Unido]], e pela Harvest e [[Capitol Records|Capitol]] a 10 de Outubro de 1970 nos [[Estados Unidos]].<ref name="povey137">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes : The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=137 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012|url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&pg=RA1-PA1986&lpg=RA1-PA1986&dq=atom+heart+mother&source=bl&ots=HdZPGvF9h8&sig=wRo9qs9Gqa-qq2wVMEn8ydDFV3M&hl=en&sa=X&ei=TVZHULbhBurG0QWgz4C4Dw&ved=0CDkQuwUwAQ#v=onepage&q=atom%20heart%20mother&f=false}}</ref> Foi gravado nos [[Abbey Road Studios|estúdios de Abbey Road]], em [[Londres]], e foi o primeiro álbum da banda a chegar ao primeiro lugar nas tabelas de vendas do Reino Unido,<ref name="ukchart">{{citecitar web |url=http://www.officialcharts.com/artist/_/pink%20floyd/|titletítulo=Pink Floyd – UK Chart History|publisherpublicado=[[Official Charts Company]]|accessdateacessodata=30 de Julho de 2012}}</ref> enquanto que nos EUA apenas alcançou a 55ª posição,<ref name=allmusic>{{citecitar web |authorautor =Pink Floyd |url=http://www.allmusic.com/artist/pink-floyd-mn0000346336/awards |titletítulo=Pink Floyd – Awards |publisherpublicado=AllMusic |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref> acabando, no entanto, por receber o [[Recording Industry Association of America| disco de ouro da RIAA]] neste país.<ref>{{cite bookcitar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=aA4EAAAAMBAJ&pg=PA119&lpg=PA119&dq=%22atom+heart+mother%22+gold+certification&source=bl&ots=vKAVcgk23R&sig=ZkjR-dc20rZOEZLCWn0d5tzTVb8&hl=en&sa=X&ei=k3tIUMHLDsTX0QXtzYHYBg&ved=0CEQQ6AEwBQ#v=onepage&q=%22atom%20heart%20mother%22%20gold%20certification&f=false |titletítulo=Record Research (advertisement) |publisherpublicado=Billboard magazine |datedata=15 de Março de 1997 |accessdateacessodata=6 de Setembro de 2012}}</ref> Em 1994, foi comercializado uma versão em CD no Reino Unido e EUA, e, de novo, em 2011. [[Ron Geesin]], que já tinha trabalhado com [[Roger Waters]], teve um papel destacado na elaboração do álbum, recebendo o raro direito de ver o seu nome creditado em uma das músicas.
 
Foi o primeiro álbum dos Pink Floyd a se especialmente produzido em [[Quadrifônico|som quadrifónico]] de quatro canais, e no convencional [[estéreo]] de dois canais. A versão quadrifónica foi comercializada em LP num formato matriz compatível com os [[Toca-discos|gira-discos]] estéreos tradicionais. No Reino Unido também foi lançada uma versão quadrifónica em quatro canais no formato "Quad-8", uma variante em estéreo dos quatro canais nos [[Cartucho (áudio)|cartuchos de oito faixas]].
Linha 24:
 
==Gravação==
[[FileImagem:Roger waters leeds 1970.jpg|left|thumb|[[Roger Waters]] em palco na [[Universidade de Leeds]] em 28 de Fevereiro de 1970. Uma das primeiras actuações de ''Atom Heart Mother''.]]
 
O álbum começou a ser pensado após a banda ter terminado a banda sonora do filme ''[[Zabriskie Point (filme)|Zabriskie Point]]'' em [[Roma]], a qual terminou num ambiente de certa crispação, e voltaram para Londres no início de 1970 para ensaiarem. Algumas das gravações e experiências feitas em Roma foram utilizadas para reunir material novo durante estes ensaios, apesar de algum dele, como ''The Violent Sequence'', mais tarde conhecida como ''[[Us and Them (canção)|Us and Them]]'', permanecer durante algum tempo sem ser usado.<ref name="masonch5">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Mason |firstprimeiro =Nick |titletítulo=Inside Out: A Personal History of Pink Floyd |yearano=2004 |publisherpublicado=Widenfeld & Nicolson |isbn=0-297-84387-7 |editionedição=New |pagespáginas=135–138}}</ref>
 
===Lado 1===
A [[Atom Heart Mother (suite)|faixa que dá título]] a ''Atom Heart Mother'' resultou de várias experiências instrumentais que a banda compôs durante os ensaios, incluindo a progressão de acordes do tema principal, as quais o guitarrista David Gilmour designou por ''Theme from an Imaginary Western''.<ref name="schaffner157">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=157 }}</ref><ref name="Mabbett"/><ref name=toby62>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Manning |firstprimeiro =Toby |titletítulo=The Rough Guide to Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Rough Guides |locationlocal=London |isbn=1-84353-575-0 |editionedição=1st |pagepágina=62 }}</ref>A primeira actuação ao vivo documentada data de 17 de Janeiro de 1970<ref name=toby62/> na [[Universidade de Hull]].<ref name="povey128">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes: The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=181 }}</ref> A banda sentiu que os concertos ao vivo desenvolveram a música e tornaram-na mais trabalhável.<ref name="masonch5"/> A gravação da faixa começou nos estúdios da Abbey Road em Londres, e revelou-se difícil, pois era a primeira gravação a utilizar uma fita de uma polegada com oito faixas, e uma mesa de mistura com transístores [[EMI TG12345]] (oito faixas e 20 entradas para microfones) no estúdio. Com este equipamento, a [[EMI]] insistiu que o grupo não tinha permissão para cortar as fitas e editá-las de outra forma. Assim, Roger Waters e Nick Mason tinham poucas opções e tiveram que tocar o baixo e a bateria, respectivamente, durante os 23 minutos da música numa sessão. Os outros instrumentos que a banda tocou foram [[Overdub|acrescentados]] mais tarde. Mason lembrou que a falta de precisão temporal das faixas causaria problemas mais tarde.<ref name="masonch5"/>
 
A gravação da música ficou terminada em Março,<ref name="povey121">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes: The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=121 }}</ref> mas a banda achava que lhe faltava alguma orientação. Os Pink Floyd conheceram Ron Geesin através do director de digressões dos [[The Rolling Stones|Rolling Stones]], [[Sam Cutler]], e ficaram impressionados com as suas capacidades de composição e desempenho na edição das gravações, nomeadamente Waters e Mason.<ref name="masonch5"/> Geesin recebeu as gravações já efectuadas da banda, e pediu para compor um arranjo para orquestra enquanto o grupo estivesse em digressão nos EUA.<ref name="masonch5"/> Geesin descreveu a composição e os arranjos como "uma imensidão de trabalho. Ninguém sabia o que se pretendia, eles não sabiam ler música …"<ref name="povey121"/> De acordo com ele, Gilmour criou algumas linhas melódicas, enquanto ambos, juntamente com o teclista [[Richard Wright (músico)|Richard Wright]], trabalharam a secção central com o coro.<ref name=toby62/><ref name="schaffner158">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=158 }}</ref> Quando foram gravar o seu trabalho em Junho com a EMI Pops Orchestra,<ref name="theword"/> os músicos presentes na sessão não se mostraram muito impressionados com a sua tendência para a música ''[[avant garde]]'' ao invés da clássica, e, em combinação com as dificuldades relativas de algumas partes, implicaram com ele durante a gravação. [[John Alldis]], cujo coro estaria presente na música, tinha experiência em trabalhar com músicos de orquestra, e conseguiu conduzir a sessão de gravação no lugar de Geesin.<ref name="masonch5"/><ref name=toby63>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Manning |firstprimeiro =Toby |titletítulo=The Rough Guide to Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Rough Guides |locationlocal=London |isbn=1-84353-575-0 |editionedição=1st |pagepágina=63 }}</ref>
 
Originalmente, a música chamava-se ''The Amazing Pudding'', embora o nome dado por Geesin fosse ''Epic''.<ref name="Mabbett">{{Cite bookcitar livro|publisherpublicado=Omnibus |isbn=0-7119-4301-X |lastúltimo =Mabbett |firstprimeiro =Andy |titletítulo=The Complete Guide to the Music of Pink Floyd |locationlocal=London |yearano=1995}}</ref><ref name=toby62/> Uma versão melhorada e aperfeiçoada (com as partes escritas por Geesin) foi tocada no [[Bath Festival of Blues and Progressive Music]] em 27 de Junho.<ref name=toby63/><ref name="schaffner163">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=163 }}</ref> O nome da música foi alterado depois de a banda ter sido convidada para tocar "um concerto" numa emissão para a [[BBC Radio 1]] em 16 de Julho de 1970, e de [[John Peel]] precisar de um nome para a anunciar.{{nota de rodapé|Uma actuação gratuita teve lugar no [[Hyde Park]], em Londres, em Julho de 1970, organizada pelo ex-director dos Pink Floyd [[Peter Jenner]] e [[Andrew King]], com a presença de Geesin, que ficou espantado com o desempenho.<ref name=toby63/><ref name="schaffner163"/>}}<ref name=toby63/><ref name="povey134">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes: The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=134 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012 |url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&lpg=RA1-PA1986&ots=HdZPGvF9h8&dq=atom%20heart%20mother&pg=RA1-PA1983#v=onepage&q=atom%20heart%20mother&f=false}}</ref> Geesin apontou para uma cópia de ''[[Evening Standard]]'', e sugeriu a Waters para ali encntrar um título. A notícia de capa era: ''"ATOM HEART MOTHER NAMED"'', uma história sobre uma mulher que ia receber um ''[[Marca-passo|pacemaker]]'' alimentado por [[energia nuclear]].<ref name="Mabbett"/><ref>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Blake |firstprimeiro =Mark |titletítulo=Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=De Capo Press |isbn=978-0-306-81752-6 |pagepágina=152}}</ref><ref name="schaffner160">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=160 }}</ref>
 
A composição musical, tal como apresentada no álbum, é um desenvolvimento de outras musicas instrumentais anteriores, tais como ''[[A Saucerful of Secrets (música)|A Saucerful of Secrets]]'' e ''[[Interstellar Overdrive]]''. ''Atom Heart Mother'' ocupa todo o Lado 1, e divide-se em seis partes, cada uma com a sua designação. Geesin escolheu o nome da secção de abertura, ''Father's Shout'' (de [[Earl Hines|Earl "Fatha" Hines]]), enquanto que ''Breast Milky'' e ''Funky Dung'' foram inspiradas pela fotografia da capa do álbum.<ref name="theword"/> Os arranjos orquestrais incluem uma secção completa de [[metais]],<ref name="schaffner158"/> um [[violoncelo]]<ref name="schaffner159">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=159 }}</ref> e 16 membros do coro de John Alldis,<ref>{{citecitar web |url=http://www.brain-damage.co.uk/obituaries/john-alldis-atom-heart-mother-choir-conductor-passes.html |titletítulo=Obituary – John Alldis |publisherpublicado=Brain Damage |datedata=21 Decemberde dezembro de 2010 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012}}</ref><ref name="schaffner159-160">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagespáginas=159–160 }}</ref> que executam a maior parte da linha melódica condutora,<ref name="schaffner158"/> enquanto que os Pink Floyd executam os instrumentais de apoio;<ref name="schaffner158"/> uma inversão da prática da música ''pop'' dos anos 1960 em que a orquestra servia de apoio, colocando a banda ''rock'' em primeiro plano.<ref name=toby162>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Manning |firstprimeiro =Toby |titletítulo=The Rough Guide to Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Rough Guides |locationlocal=London |isbn=1-84353-575-0 |pagepágina=162 |editionedição=1st}}</ref> Mesmo assim, em várias ocasiões, a guitarra eléctrica de Gilmour e os teclados de Wright assumem a liderança.
 
===Lado 2===
[[FileImagem:Expo Pink Floyd - Organ.jpg|thumb|right|No início de 1970, [[Richard Wright (músico)|Rick Wright]] começou a tocar num [[Órgão Hammond|órgão Hammond]] em palco, o qual aparece em destaque no álbum.<ref name="mason130">{{citecitar booklivro|lastúltimo =Mason|firstprimeiro =Nick|titletítulo=Inside Out: A Personal History of Pink Floyd|yearano=2004|publisherpublicado=Widenfeld & Nicolson|isbn=0-297-84387-7|editionedição=New|pagepágina=130}}</ref>]]
 
O conceito central do álbum é semelhante ao do anterior ''Ummagumma'', com a primeira parte a ser da respnsabilidade de todo o grupo, e a segunda metade centrada em cada um dos seus membros.<ref name=toby162/><ref name="schaffner156">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=156 }}</ref> O Lado 2 começa com três músicas de cinco minutos cada: uma de cada um dos membros que habitualmente escrevem as músicas; e enceraa com uma suite com efeitos sonoros elaborados, originalmente, por Mason,<ref name=toby64>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Manning |firstprimeiro =Toby |titletítulo=The Rough Guide to Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Rough Guides |locationlocal=London |isbn=1-84353-575-0 |editionedição=1st |pagepágina=64 }}</ref> mas creditados a todo o grupo.<ref name=toby162/> Waters contribuiu com uma balada ''folk'' chamada ''[[If (canção de Pink Floyd)|If]]'', onde toca guitarra acústica.<ref name=toby162/><ref name="schaffner162">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=162 }}</ref> Os Pink Floyd raramente tocaram esta música ao vivo, ao invés de Waters que o fazia a solo nos seus concertose<ref name="schaffner162"/> de divulgação do seu álbum ''[[Radio K.A.O.S.]]'', mais de uma década depois. A música seguinte, ''[[Summer '68]]'', da autoria de Wright, inclui diversas passagens com metais. Foi lançado como ''single'' no Japão em 1971,<ref>{{citecitar web |url=http://www.pinkfloyd.com/music/singles.php |titletítulo=Pink Floyd – The Official Site – Singles }}</ref> e é a única música do álbum que nunca foi tocada ao vivo.
 
Segundo Mason, Gilmour, que não tinha muita experiência na composição de músicas, naquela altura, ficou em Abbey Road a trabalhar num tema que se encaixasse no álbum.<ref name="masonch5"/> Acabou por elaborar uma música influenciada pela ''folk'', ''[[Fat Old Sun]]'',<ref name=toby162/> a qual ele ainda refere como uma das suas favoritas.<ref name="masonch5"/> A música passou por alguns arranjos que a prolongaram por 15 minutos para ser incluída no conjunto de temas dos concertos ao vivo, e permanece uma das canções tocadas por Gilmour nas suas digressões a solo.
 
A última faixa, ''[[Alan's Psychedelic Breakfast]]'', está dividida em em partes, cada uma com o seu próprio título descritivo, interligadas por diálogos e efeitos sonoros, produzidos pelo então ''[[roadie]]'' da banda, Alan Styles, que prepara, discute e come o seu pequeno-almoço.<ref name=toby162/><ref name=toby64/> A ideia para a peça surgiu das experiências de Waters a partir de uma torneira a pingar,<ref name=toby64/> combinada com efeitos de som e diálogos de Mason na sua cozinha<ref name=toby64/> com peças musicais gravadas em Abbey Road.<ref name="povey122">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes : The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=122 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012 |url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&lpg=RA1-PA1986&ots=HdZPGvF9h8&dq=atom%20heart%20mother&pg=RA1-PA1971#v=onepage&q=atom%20heart%20mother&f=false}}</ref> Uma versão um pouco trabalhada foi tocada em palco em 22 de Dezembro de 1970 no [[Sheffield City Hall]], em [[Sheffield]], Inglaterra, com os membros da banda a realizar pausas entre as musicas para comer e beber o seu pequeno-almoço. O LP original termina com o som de uma torneira a pingar que ecoa indefinidamente.<ref name="Mabbett"/><ref name="schaffner163"/>
 
Enquanto as gravações das sessões do seu álbum ''[[Barrett (álbum)|Barrett]]'' decorriam (com o apoio de Gilmour e Wright), o ex-Pink Floyd [[Syd Barrett]] ia, de vez em quando, assistir à sua antiga banda a gravar ''Atom Heart Mother''.<ref name="schaffner159"/><ref name=toby162/><ref name=toby72>{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Manning |firstprimeiro =Toby |titletítulo=The Rough Guide to Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Rough Guides |locationlocal=London |isbn=1-84353-575-0 |pagepágina=72 |editionedição=1st}}</ref>
 
==Concepção artística da capa==
A capa original do álbum, concebida pela [[Hipgnosis]], mostra uma vaca a pastar, sem qualquer texto ou pista sobre o que poderá conter o álbum.<ref name=toby64/><ref name="schaffner161">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Schaffner |firstprimeiro =Nicholas |titletítulo=Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey |yearano=2005 |publisherpublicado=Helter Skelter |locationlocal=London |isbn=1-905139-09-8 |editionedição=New |pagepágina=161 }}</ref> Edições posteriores apresentam o título e o nome dos artistas na capa. Este conceito foi a reacção do grupo ao [[Rock psicadélico|psicadelismo]] do imaginário ''[[space rock]]'' associado aos Pink Floyd na altura do lançamento do álbum; a banda queria explorar todos os tipos de música sem ser limitada a uma imagem ou estilo particular de actuação. Deste forma, solicitaram que o novo álbum tivesse "algo simples" na capa, o que resultou na imagem da vaca.<ref name=toby64/><ref name="schaffner161"/> [[Storm Thorgerson]], inspirado pelo ''[[Cow wallpaper]]'' de [[Andy Warhol]], foi para o campo e fotografou a primeira vaca que encontrou, perto de [[Potters Bar]].<ref name=toby64/><ref name="schaffner161"/> O dono do animal disse ela se chamava "Lulubelle III".<ref name=toby64/><ref name="schaffner161"/><ref>{{citecitar web |url=http://www.virginmedia.com/music/pictures/toptens/best-album-covers-ever.php?ssid=11 |titletítulo=Pink Floyd: Atom Heart Mother – The 20 best album covers ever – Pictures – Music |publisherpublicado=Virgin Media |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref> Na contra-capa e no anterior, surgem mais mais vacas, igualmente sem qualquer texto. Nos EUA, a publicidade da Capitol ao álbum foi feita com recurso a um balão cor-de-rosa com a forma de um [[Glândula mamária|úbere]] de uma vaca.<ref name=toby64/><ref name="schaffner161"/><ref>R. Serge Denisoff, [https://books.google.com/books?id=42Wb1DeDZjcC&pg=PA321&dq=billboard+magazine+october+1971&lr=&cd=16#v=onepage&q=pink%20floyd&f=false Solid gold: the popular record industry], p. 174, Transaction Publishers (1975), ISBN 0-87855-586-2</ref> Os [[Encarte de álbum|encartes]] das versões mais recentes em CD incluem uma receita de camelo guisado num cartão com o título ''Breakfast Tips'' ("Dicas para o pequeno-almoço")).<ref name=UK94>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/368573 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (CD, Album) at Discogs |publisherpublicado=[[Discogs]] |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref> Recordando a concepção artística do álbum, Thorgerson disse: "Penso que a vaca representa, no contexto dos Pink Floyd, parte do seu humor, o qual, acho eu, é, muitas vezes, subestimado ou simplesmente nem se escreve sobre ele."<ref name="stormguitarworld">{{citecitar web |url=http://www.guitarworld.com/interview-designer-storm-thorgerson-reflects-pink-floyd-and-30-years-landmark-album-art?page=0,2 |titletítulo=Interview: Designer Storm Thorgerson Reflects on Pink Floyd and 30 Years of Landmark Album Art |publisherpublicado=[[Guitar World]] |datedata=10 de Agosto de 2011 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012}}</ref>
 
Em meados da década de 1970, surgiu um versão ''bootleg'' com ''singles'' raros e lados B intitulado ''[[The Dark Side of the Moo]]'', com uma capa semelhante. Tal como ''Atom Heart Mother'', a capa não tinha qualquer texto, embora neste caso fosse com o objectivo de proteger a identidade do seu autor e não com um objectivo artístico.<ref name="heylin">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Heylin |firstprimeiro =Clinton |titletítulo=The Great White Wonders – A History of Rock Bootlegs |publisherpublicado=[[Penguin Books]] |yearano=1994 |pagepágina=197 |isbn=0-670-85777-7}}</ref> A capa do álbum ''[[Chill Out]]'' dos [[The KLF|KLF]] também foi inspirado em ''Atom Heart Mother''.<ref>{{citecitar web |firstprimeiro =Stuart |lastúltimo =Young |url=http://www.libraryofmu.org/display-resource.php?id=229 |titletítulo=KLF is Gonna Rock Ya! |publisherpublicado=Library of Mu |datedata= |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012}}</ref>
 
==Lançamento e crítica==
{{Críticas profissionais
|cri1 = [[AllMusic]]
|ava1 = {{Rating|3|5}}<ref>{{citecitar web |url=http://www.allmusic.com/album/atom-heart-mother-mw0000195290 |titletítulo= Atom Heart Mother|publisherpublicado=Stephen Thomas Erlewine
|datedata= |accessdateacessodata=30 de Janeiro de 2017}} </ref>
|cri2 = [[Robert Christgau]]
|ava2 = D+<ref>{{citecitar web |url=http://robertchristgau.com/get_artist.php?id=1085&name=Pink+Floyd |titletítulo=CG: Pink Floyd |publisherpublicado=Robert Christgau |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>
| cri3 = ''[[The Daily Telegraph]]''
| ava3 = {{Rating|2|5}}<ref>{{citecitar newsjornal|lastúltimo =McCormick|firstprimeiro =Neil|datedata=20 Mayde maio de 2014|url=http://www.telegraph.co.uk/culture/music/8790376/Pink-Floyds-14-studio-albums-rated.html|titletítulo=Pink Floyd's 14 studio albums rated|newspaperjornal=[[The Daily Telegraph]]|locationlocal=London|accessdateacessodata=27 de Dezembro de 2014}}</ref>
| cri4 = ''[[The Great Rock Discography]]''
| ava4 = 7/10<ref name="Acclaimed">{{Citation | title título= Pink Floyd ''Atom Heart Mother'' | url = http://www.acclaimedmusic.net/Current/A2329.htm | publisher publicado= [[Acclaimed Music]] | accessdate acessodata= 27 de Dezembro de 2014}}</ref>
|cri5 = [[MusicHound]]
|ava5 = 2/5<ref>{{cite bookcitar livro| last1último1 = Graff | first1primeiro1 = Gary | last2último2 = Durchholz | first2primeiro2 = Daniel (eds) | title título= MusicHound Rock: The Essential Album Guide | publisher publicado= Visible Ink Press | location local= Farmington Hills, MI | year ano= 1999 |pagepágina=872 | isbn = 1-57859-061-2}}
</ref>
| cri6 = ''[[The Rolling Stone Album Guide]]''
| ava6 = {{Rating|1|5}}<ref name="RSguide">{{citecitar web|lastúltimo =Sheffield|firstprimeiro =Rob|authorlinkautorlink =Rob Sheffield|url=http://www.rollingstone.com/music/artists/pink-floyd/albumguide|archiveurlarquivourl=https://web.archive.org/web/20110217230328/http://www.rollingstone.com/music/artists/pink-floyd/albumguide|titletítulo=Pink Floyd: Album Guide|workobra=[[Rolling Stone]]|publisherpublicado=[[Jann Wenner|Wenner Media]], [[Fireside Books]]|datedata=2 de Novembro de 2004|archivedatearquivodata=17 de Fevereiro de 2011|accessdateacessodata=27 de Dezembro de 2014}}</ref>
| cri7 = [[Sputnikmusic]]
| ava7 = 3/5<ref>{{citecitar web |url=http://www.sputnikmusic.com/review/39178/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/ |titletítulo=Pink Floyd Atom Heart Mother |lastúltimo =Tan |firstprimeiro =Irving |publisherpublicado=[[Sputnikmusic]] |accessdateacessodata=26 de Agosto de 2015}}</ref>
| cri8 = ''[[Virgin Encyclopedia of Popular Music]]''
| ava8 = {{Rating|3|5}}<ref name="Acclaimed" />
}}
 
''Atom Heart Mother'' foi lançado no Reino Unido{{nota de rodapé|UK EMI Harvest SHVL 781<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/2644617 |titletítulo=Pink Pink Floyd – Atom Heart Mother (Vinyl, LP, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} e nos Estados Unidos{{nota de rodapé|US Capitol Harvest SKAO-382<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/1862671 |titletítulo=Pink Pink Floyd – Atom Heart Mother (Vinyl, LP, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} em Outubro de 1970, chegando a número 1<ref name="ukchart"/> e à 55.ª posição,<ref name=allmusic/> respectivamente. Foi comercializado na versão quadrifónica no Reino Unido,<ref name=toby64/> Alemanha{{nota de rodapé|UK EMI Harvest/HÖR ZU SHZE 297 Q<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/2308896 |titletítulo=Pink Pink Floyd – Atom Heart Mother (Vinyl, LP, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} e Austrália.{{nota de rodapé|Australia EMI Harvest Q4SHVL-781<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/2453129 |titletítulo=Pink Pink Floyd – Atom Heart Mother (Vinyl, LP, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} Em 1994, foi lançado um CD remasterizado no Reino Unido{{nota de rodapé|UK EMI EMI United Kingdom 7243 8 31246 2 6 / CDEMD 1072<ref name=UK94/>}} e EUA.{{refn|US Capitol CDP 0777 7 46381 2 8<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/525928 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (CD, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} A [[Mobile Fidelity Sound Lab]] comercializou um CD em ouro de 24[[Quilate|KT]] nos EUA em 1994,{{nota de rodapé|US Capitol Harvest/Mobile Fidelity Sound Lab UDCD 595<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/1584712 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (CD, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} e, no mesmo país e ano, foi lançado uma versão em LP.{{refn|US Capitol Mobile Fidelity Sound Lab MFSL 1–202<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/1662710 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (Vinyl, LP, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} Incluída na campanha ''[[Why Pink Floyd...?]]'', foi comercializada uma versão remasterizada em 2011.{{nota de rodapé|Europe EMI 50999 028940 2 7<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/3415716 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (CD, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}}{{refn|US Capitol 50999 028940 2 7<ref>{{citecitar web |url=http://www.discogs.com/Pink-Floyd-Atom-Heart-Mother/release/3282664 |titletítulo=Pink Floyd – Atom Heart Mother (CD, Album) at Discogs |publisherpublicado=Discogs.com |datedata= |accessdateacessodata=4 de Setembro de 2012}}</ref>}} Em 2016, a editora pessoal dos Pink Floyd re-editou de novo, o álbum.<ref>https://www.amazon.com/Atom-Heart-Mother-Pink-Floyd/dp/B019HKK7GK/ref=sr_1_1?s=dmusic&ie=UTF8&qid=1454962049&sr=1-1-mp3-albums-bar-strip-0&keywords=atom+heart+mother</ref>
 
A suite recebeu opiniões mistas da crítica musical, e todos os membros da banda expressaram a sua insatisfação em anos mais recentes.<ref name="schaffner160"/> Por exemplo, Gilmour disse que o álbum era "um monte de lixo. Estávamos mesmo em baixo ... Acho que não tínhamos nada melhor em que trabalhar";<ref name="rubbish">{{cite bookcitar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=nQ1f7Vasrv8C&pg=PA20&lpg=PA20&source=bl&ots=ZndvXFZk-j&sig=kxOPmB1ANvseUMTxuLSJ2sWuYeY&hl=en&sa=X&ei=UVRHUJTcM8SP0AXckIGICA&ved=0CDYQ6AEwAQ#v=onepage&q=alan's%20psychedelic%20breakfast&f=false |titletítulo=Guitar World presents Pink Floyd |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012}}</ref> e afirmou que "era uma boa ideia mas terrível... ''Atom Heart Mother'' parece que não tínhamos uma ideia entre nós, mas tornamos-mos mais prolífico depois dele."<ref name="mojo2001">{{citecitar web |url=http://www.pinkfloydfan.net/t1456-david-gilmour-have-pink-floyd.html |titletítulo=Have Pink Floyd Split Up? |publisherpublicado=Mojo Magazine |datedata=Outubro de 2001 |accessdateacessodata=2010-08-16}}</ref> De forma semelhante, em 1984, numa entrevista à [[BBC Radio 1]], Waters disse: "Se alguém me dissesse agora – Ok! – toma lá um milhão de libras, vai tocar ''Atom Heart Mother'', eu respondia: deves estar a gozar!."<ref name="theword">{{citecitar web |url=http://www.davidgilmour.com/press/2008/july/TheWord_July08.pdf |publisherpublicado=The Word |titletítulo=Dear Diary |datedata=Julho de 2008 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2008}}</ref>
 
== Legado ==
 
[[Stanley Kubrick]] quis usar o título do álbum em ''[[Laranja Mecânica (filme) |A Clockwork Orange]]''.<ref name=toby64/> O grupo recusou a permissão, em primeiro lugar porque Kubrick não sabia quais as peças musicais que queria e o que fazer com elas. Em retrospectiva, Waters afirmou "maybe it's just as well it wasn't used after all".<ref name="povey122"/> Mesmo assim, no filme, o álbum é visível atrás do balcão na loja de discos.<ref>{{citecitar web |url=http://www.johncoulthart.com/feuilleton/2006/04/13/alex-in-the-chelsea-drug-store/ |authorautor =John Coulthart |titletítulo=Alex in the Chelsea Drug Store |accessdateacessodata=5 de Julho de 2015}}</ref>
 
Em 14 e 15 de Junho de 2008, Geesin tocou ''Atom Heart Mother'' com a banda de tributo aos Pink Floyd, Mun Floyd, no Festival de Chelsea Festival.<ref>{{citecitar web |url=http://www.nme.com/news/pink-floyd/37015 |titletítulo=Dave Gilmour to perform 'Atom Heart Mother' with tribute band |authorautor =[[New Musical Express]] |datedata=2 de Junho de 2008 |accessdateacessodata=7 de Agosto de 2012}}</ref> Geesin introduziu a música com uma história e uma projecção de ''slides''. As actuações incluíam o coro de câmara de Canticum,<ref>{{citecitar web |url=http://www.canticum.org.uk/reviews-testimonials.htm |titletítulo=Canticum – Testimonials |authorautor =Canticum |accessdateacessodata=7 de Agosto de 2012}}</ref> e Caroline Dale, intérprete de metais e violoncelo, que tinha tocado com Gilmour. Na segunda noite do concerto, Gilmour juntou-se a Geesin no palco para uma actuação de 30 minutos.<ref>{{citecitar web |url=http://www.brain-damage.co.uk/concerts/ron-geesin-atom-heart-mother-cadogan-hall-london-june-14th.html |titletítulo=Ron Geesin – Atom Heart Mother, Cadogan Hall, London – June 14th 2008 |authorautor =Brain Damage |datedata=15 de Junho de 2008 |accessdateacessodata=7 de Agosto de 2012}}</ref>
 
Em 2013, Geesin editou um livro ''The Flaming Cow'', o qual descrevia a sua experiência de trabalho com os Pink Floyd, incluindo a elaboração do álbum do seu ponto de vista.<ref>{{citecitar web|url=http://www.rongeesin.com/all-the-latest-news/58-atom-heart-mother-book|titletítulo=Ron Geesin – The Flaming Cow (book)|datedata=9 de Maio de 2013|accessdateacessodata=18 de Junho de 2013|authorautor =[[Ron Geesin]]}}</ref>
 
== Actuações ao vivo ==
 
De início, a banda estava entusiasmada em tocar a suite ao vivo nos primeiros anos da década de 1970. Umas das primeiras actuações foi gravada para a estação de televisão de [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]], [[KQED (TV)|KQED]], apenas com a presença do grupo, a 28 de Abril de 1970.<ref name="povey131">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes : The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=131 |accessdateacessodata=5 Septemberde setembro de 2012|url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&pg=RA1-PA1980&lpg=RA1-PA1980&dq=%22atom+heart+mother%22+kqed&source=bl&ots=HdZPGtM8l5&sig=9KtwAVybsDZTc9fn68aPx49xnyQ&hl=en#v=onepage&q=%22atom%20heart%20mother%22%20kqed&f=false}}</ref> Em 27 de Junho, os Pink Floyd, realizaram uma actuação memorável no [[Bath Festival of Blues and Progressive Music]], e outra no "Blackhills Garden Party" em [[Hyde Park]], Londres, a 18 de Julho. Em ambas as ocasiões, a banda foi acompanhada pelo Coro de John Alldis Choir e pelo [[Philip Jones Brass Ensemble]].<ref>{{citecitar web |url=http://www.pinkfloyd.com/history/timeline_1970.php |titletítulo=Timeline : 1970 |publisherpublicado=Pink Floyd – The Official Site |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012}}</ref> Posteriormente, o grupo partiu em digressão com uma secção completa de metais e um coro com o objectivo de tocar a suite.<ref name="schaffner163"/> Contudo, com tantos recursos investidos nesta digressão, o resultado financeiro foi um fracasso. A banda teve problemas com os músicos contratados, que foram sendo alterados de concerto para concerto, e, juntamente com ausência de ensaios e reunião de todos os músicos,as actuações ao vivo foram problemáticas. Ao recordar estas situações, Gilmour disse: "alguns dos intérpretes da secção de metais eram medíocres".<ref name="povey122"/> De acordo com Mason, um dia, a banda chegou a um concerto em [[Aachen]], [[Alemanha]], e apercebeu-se que se tinha esquecido das pautas da música, forçando o director da digressão, Tony Howard, a voltar a Londres para as ir buscar.<ref name="masonch5"/>
 
A partir de 1972, a banda alterou a suite para uma versão diferente para ser tocada ao vivo: passou de 25 para 15 minutos, ao retirar a secção de metais e o coro, assim como as partes de transição entre as diferentes secções da suite, e a parte de encerramento. Por exemplo, durante o primeiro concerto do ano, a meio da digressão de apresentação de ''[[The Dark Side of the Moon]]'' em [[Brighton]], devido a problemas técnicos abandonaram esta apresentação, substituindo-a por ''Atom Heart Mother''.<ref name="povey164">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes : The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=164 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012|url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&lpg=RA1-PA1986&ots=HdZPGvF9h8&dq=atom%20heart%20mother&pg=RA2-PA1972#v=onepage&q=atom%20heart%20mother&f=false}}</ref> A última vez que tocaram a suite foi a 22 de Maio de 1972 no Olympisch Stadion, em [[Amesterdão]], [[Países Baixos|Holanda]].<ref name="povey168">{{cite bookcitar livro|lastúltimo =Povey |firstprimeiro =Glenn |titletítulo=Echoes : The Complete History of Pink Floyd |yearano=2006 |publisherpublicado=Mind Head Publishing |isbn=978-0-9554624-0-5 |editionedição=New |pagepágina=168 |accessdateacessodata=5 de Setembro de 2012|url=https://books.google.co.uk/books?id=qnnl3FnO-B4C&lpg=RA1-PA1986&ots=HdZPGvF9h8&dq=atom%20heart%20mother&pg=RA2-PA1973-IA3#v=onepage&q=atom%20heart%20mother&f=false}}</ref>
 
== Faixas ==