Pirâmide de Quéops: diferenças entre revisões

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== História e arquitetura ==
[[Imagem:The Great Pyramid and the Sphinx.jpg|thumb|esquerda|Pirâmide de Quéops e [[Esfinge de Gizé|Esfinge]] em 1858]]
Acredita-se que a pirâmide foi construída como um túmulo pela [[IV dinastia egípcia|IV dinastia]] [[Egito Antigo|egípcia]] pelo [[faraó]] [[Quéops]] (também conhecido como ''Khufu'' através da transliteração dos [[hieróglifo]]s [[egípcio antigo|egípcios]]) e foi construída ao longo de um período de 20 anos. O [[vizir]] de Quéops, [[Hemiunu]] (também chamado Hemon), é acreditado por alguns como o [[arquiteto]] da Grande Pirâmide.{{sfn|Shaw|2003|p=89}} Durante a construção, a Grande Pirâmide tinha originalmente 280 [[côvado]]s egípcios de altura (146,5 metros), mas com erosão e vandalismos, a sua altura atual é de 138,8 metros. Cada lado da base tinha 440 côvados, ou 230,4 metros de comprimento. A massa da pirâmide é estimada em 5,9 milhões de [[tonelada]]s. O volume, incluindo um morro interno, é de aproximadamente 2.500.000 [[metros cúbicos]].{{sfn|Levy|2005|p=17}} Com base nessas estimativas, a construção da pirâmide em 20 anos envolveria a instalação de aproximadamente 800 toneladas de pedra todos os dias. Além disso, uma vez que consiste em uma estimativa de 2,3 milhões de blocos, concluir o edifício em 20 anos envolveria mover uma média de mais de 12 dos blocos por hora, dia e noite. As primeiras medições de precisão da pirâmide foram feitas pelo [[egiptólogo]] [[Sir]] [[Flinders Petrie]] em 1880-82 e publicadas como ''As Pirâmides e Templos de Gizé''.{{sfn|name=Pet1883|Petrie|1883}} Quase todos os relatórios são baseados em suas medidas. Muitas das pedras de revestimento e blocos da câmara interna da Grande Pirâmide se encaixam com extrema precisão. Com base nas medições feitas nas pedras de revestimento nordeste, a abertura média das juntas é de apenas 0,5 milímetros de largura (1/50 de polegada).{{sfn|Edwards|1986|p=285}}{{sfn|name=Sha2006|Shaw|2006}}
 
A pirâmide permaneceu a estrutura sintética a mais alta no mundo por mais de {{fmtn|3800}} anos,{{sfn|Collins|2001|p=234}} insuperável até que o pináculo de 160 metros de altura da [[Catedral de Lincoln]] fosse terminado por volta de 1300. A precisão da mão-de-obra da pirâmide é tal que os quatro lados da base têm um erro médio de apenas 58 milímetros de comprimento.{{ref label2|a}} A base é horizontal e plana até ± 15 mm (0,6 pol).{{sfn|Lehner|1997|p=108}} Os lados da base quadrada estão estreitamente alinhados com os quatro [[pontos cardeais]] da [[bússola]]{{sfn|Petrie|1883|p=38}} com base no [[norte verdadeiro]], não no [[norte magnético]].{{sfn|Petrie|1883|p=125}} A base acabada era quadrada por um erro de canto médio de apenas 12 [[Segundo de arco|segundos de arco]].{{sfn|Petrie|1883|p=39}}
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[[Imagem:PyramidDatePalms.jpg|thumb|Grande Pirâmide no {{séc|XIX}}]]
 
As dimensões de projeto concluído, como sugerido pelo levantamento de Petrie e estudos subsequentes, são estimadas em ter originalmente 280 côvados reais de altura por 440 côvados de comprimento em cada um dos quatro lados de sua base. A relação entre o [[perímetro]] e a [[altura (geometria)|altura]] de 1760/280 côvados reais equivale a 2[[Pi|π]], uma precisão melhor que 0,05% (correspondendo à bem conhecida aproximação de π como 22/7). Alguns egiptólogos consideram que este foi o resultado da proporção deliberada do projeto. Verner escreveu: "Podemos concluir que, embora os antigos egípcios não pudessem definir com precisão o valor de π, na prática o usaram".{{sfn|Verner|2003|p=70}} Petrie concluiu: "mas essas relações de áreas e de proporção circular são tão sistemáticas que devemos conceder que elas estavam no projeto do construtor".<ref>{{sfn|Petrie Wisdom of the Egyptians |1940: |p=30</ref>}} Outros argumentaram que os antigos egípcios não tinham nenhum conceito de pi e que não teriam pensado em codificá-lo em seus monumentos. Eles acreditam que a inclinação da pirâmide observada pode ser baseada em uma simples escolha de inclinação, sem levar em conta o tamanho total e as proporções do edifício acabado.<ref name=Rossi>{{citationsfn|last=Rossi|first=Corina|title=Architecture and Mathematics in Ancient Egypt |publisher=Cambridge University Press|year= 2007 |ISBN=978-0-521-69053-9}}</ref>
 
Em 2013 os rolos do [[papiro]] foram descobertos escritos por alguns daqueles que entregaram a pedra e outros materiais de construção ao irmão de Quéops em [[Gizé]].<ref>{{Cite websfn|title = The World's Oldest Papyrus and What It Can Tell Us About the Great PyramidsStille|url = http://www.smithsonianmag.com/history/ancient-egypt-shipping-mining-farming-economy-pyramids-180956619|accessdate = 2015-09-27|first = Alexander|last = Stille}}</ref>
 
== Materiais ==
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=== Pedras de revestimento ===
[[Imagem:KhufuPyramidCasingStone-BritishMuseum-August19-08.jpg|thumb|Pedra de revestimento da Grande Pirâmide no [[Museu Britânico]]<ref>{{cite web|url=https://www.britishmuseum.org/explore/highlights/highlight_objects/aes/l/limestone_block_from_the_pyram.aspx|title=British Museum – Limestone block from the pyramid of Khufu|work=britishmuseum.org}}</ref>]]
 
Após a conclusão da estrutura, a Grande Pirâmide foi revestida com "pedras brancas", blocos de [[pedra calcária]] branca altamente polidos. Estes blocos foram cuidadosamente cortados com um declive com um [[seked]] de 5 ½ palmos para dar as dimensões necessárias. Visivelmente, tudo o que resta da pirâmide é a estrutura básica de degraus, vista até hoje. Em 1303, um forte [[terremoto]] afrouxou muitas das pedras exteriores, que foram transportadas pelo [[Dinastia Bahri|sultão Bahri]] {{ilc|Nácer al-Haçane||An Nasir Nasir-ad-Din al-Hasan}} em 1356 para construir [[mesquita]]s e fortes no [[Cairo]] medieval. Muitas outras pedras foram removidas das grandes pirâmides por [[Mehmet Ali]] no início do {{séc|XIX}} para construir a parte superior da [[Mesquita de Mehmet Ali]] no Cairo, não muito longe de [[Gizé]]. Estes invólucros de calcário podem ainda ser vistos nas partes externas destas estruturas. Exploradores posteriores relataram pilhas maciças de entulho na base das pirâmides deixadas por conta do colapso contínuo das pedras, que eram removidas e subsequentemente afastadas durante as escavações no local. No entanto, algumas das pedras de revestimento da parte mais baixa podem ser vistas até hoje ''[[in situ]]'' ao redor da base da Grande Pirâmide e exibem a mesma precisão relatada há séculos. Petrie também encontrou uma orientação diferente no núcleo e no revestimento medindo 193 centímetros [[±]] 25 centímetros. Ele sugeriu que uma redeterminação do norte foi feita após a construção do núcleo, mas um erro foi feito e o invólucro foi construído com uma orientação diferente.<ref name=Pet1883 /> Petrie relacionou a precisão das pedras de revestimento como sendo "igual ao trabalho dos ópticos de hoje, mas em uma escala de [[Acre (unidade)|acres]]" e que "colocar tais pedras em contato exato seria um trabalho cuidadoso, mas fazê-lo com cimento nas juntas parece quase impossível".{{sfn|Romer|2007|p=41}} Posteriormente, foi feita a sugestão de que foi a [[argamassa]] (o "cimento" de Petrie) que tornou possível esta tarefa aparentemente impossível, fornecendo um leito nivelado que permitiu aos pedreiros definir as pedras com exatidão.<ref>{{cite booksfn|last=Clarke|first=Somers|title=Ancient Egyptian construction and architecture|year=1991|publisherp=Dover Publications|isbn=97878-0-486-26485-1|url=https://books.google.com/?id=L0Uiat5EAaMC&pg=PA78&dq=mortar+%22great+pyramid%22#v=onepage&q=mortar%20%22great%20pyramid%22&f=false|author2=Reginal Engelbach|pages=78–7979}}</ref><ref>{{cite booksfn|last=Stocks|first=Denys Allen|title=Experiments in Egyptian archaeology: stoneworking technology in ancient Egypt|year=2003|publisherp=Routledge|isbn=978182-0-415-30664-5|url=https://books.google.com/?id=oLDuHvQODoIC&pg=PA182&dq=mortar+%22great+pyramid%22+surface#v=onepage&q=mortar%20%22great%20pyramid%22%20surface&f=false|pages=182–183183}}</ref>
 
=== Teorias da construção ===
[[Imagem:Khufu_seal.jpg|thumb|esquerda|Selo da argila que carrega o nome do Quéops da grande pirâmide. Em exibição no [[Museu do Louvre]]]]
 
Muitas teorias alternativas, muitas vezes contraditórias, têm sido propostas em relação às técnicas de construção da pirâmide.<ref>{{cite web|titlename=Building the Great Pyramid |url=http://www.bbc.co.uk/history/ancient/egyptians/great_pyramid_01.shtml |publisher=BBC |date=3 de fevereiro deSha2006 2006}}</ref> Muitos discordam sobre se os blocos foram arrastados, levantados, ou até mesmo rolados até o local de construção. Os [[gregos antigos]] acreditavam que o [[trabalho escravo]] era usado, mas descobertas modernas feitas em campos de trabalhadores próximos associados com a construção da [[Necrópole de Gizé]] sugerem que ela foi construída por dezenas de milhares de trabalhadores qualificados. Verner postulou que o trabalho era organizado em uma [[hierarquia]], consistindo em duas equipes de 100 mil homens, divididos em cinco ''zaa'' ou {{ilc|filas||tribo (Grécia Antiga)|phylai}} de 20 mil homens cada, que podem ter sido divididos ainda mais de acordo com as habilidades dos trabalhadores.{{sfn|Verner|2001|p=75–82}}
 
Um mistério da construção da pirâmide é o seu planejamento. [[John Romer]] sugere que eles usaram o mesmo método que tinha sido usado para construções anteriores e posteriores, colocando partes do plano no chão em uma escala de 1 para 1. Ele escreve que "tal diagrama de trabalho também servia para gerar a arquitetura da pirâmide com precisão incomparável com qualquer outro meio".{{sfn|Romer|2007|p=327, 329–337}} Ele também defende um período de 14 anos para sua construção.{{sfn|Romer|2007}}
 
Um moderno estudo de gestão da construção, em associação com [[Mark Lehner]] e outros [[egiptólogo]]s, estimou que o projeto total exigia uma força de trabalho média de 14.567 pessoas e uma [[força de trabalho]] máxima de cerca de 40 mil pessoas. Sem o uso de [[polia]]s, [[roda]]s ou ferramentas de [[ferro]], eles usaram métodos de análise do [[caminho crítico]], o que sugere que a Grande Pirâmide foi concluída do início ao fim em aproximadamente 10 anos.<ref name="civilengineer">{{cite journalsfn|title=Civil Engineering Smith|date=Junho de 1999 |url=http://www.pubs.asce.org/ceonline/0699feat.html |deadurl=yes |archiveurl=https://web.archive.org/web/20070608101037/http://www.pubs.asce.org/ceonline/0699feat.html |archivedate=8 de junho de 2007 }}</ref>
 
== Interior ==
[[Imagem:007_Khufu.jpg|thumb|upright=1.4|Modelo em 3D do interior da Pirâmide de Quéops]]
A entrada original para a Grande Pirâmide tem 17 metros verticalmente acima do nível do solo e 7,29 metros a leste da linha central da pirâmide. A partir desta entrada original, há uma Passagem Descendente de 0,96 metros de altura e 1,04 metros de largura, que desce em um ângulo de 26° 31'23 "através da alvenaria da pirâmide e, em seguida, na base rochosa abaixo de 105,23 metros, a passagem torna-se nivelada e continua por mais 8,84 metros até a Câmara Baixa, que parece não ter sido concluída. Há uma continuação da passagem horizontal da parede sul da câmara inferior, há também um poço escavado no chão da câmara. Alguns egiptólogos sugerem que esta câmara inferior foi concebida para ser a câmara funerária original, mas o faraó Quéops mais tarde mudou de ideia e quis que ela fosse mais alta na pirâmide.<ref>{{cite websfn|url=http://www.pbs.org/wgbh/nova/pyramid/explore/khufuunfhi.htmlPBS|publisher=[[Public Broadcasting Service]]|title=Unfinished Chamber|accessdate=11 de agosto de 20081997}}</ref>
 
=== Câmara da Rainha ===
 
A "Câmara da Rainha"{{sfn|name=Rom8|Romer|2007|p=8}} está exatamente a meio caminho entre as faces norte e sul da pirâmide e mede 5,75 metros de norte a sul, 5,23 metros de leste a oeste e tem um telhado pontiagudo com um ápice 6,23 metros acima do chão. No extremo oriental da câmara há um nicho 4,67 metros de altura. A profundidade original do nicho era de 1,04 metro, mas tem sido aprofundado por caçadores de tesouro. Nas paredes norte e sul da Câmara da Rainha há eixos que, ao contrário daqueles na Câmara do Rei que imediatamente inclinam para cima, são horizontais por cerca de 2 m antes de serem inclinados para cima.<ref name="Mundo Estranho"/>
 
[[Imagem:Reine-niche.jpg|thumb|esquerda|upright|Interior da Câmara da Rainha]]
 
A distância horizontal foi medida em 1872 por um engenheiro [[britânico]], Waynman Dixon, que acreditava que um eixo semelhante à Câmara do Rei também deve existir. Foi provado que ele estava certo, mas como os eixos não estão ligados às faces externas da pirâmide ou da Câmara da Rainha, seu propósito ainda é desconhecido. No final de um de seus poços, Dixon descobriu uma bola de [[diorito]] preto (um tipo de rocha) e um implemento de [[bronze]] de propósito desconhecido. Ambos os objetos estão atualmente no [[Museu Britânico]].<ref>{{cite websfn|url=http://www.cheops.org/startpage/thefindings/thelowernorthshaft/lowernorth.htmGantenbrink|publisher=[[The Upuaut Project]]|title=Lower Northern Shaft|accessdate=11 de outubro de 20101999}}</ref>
 
Os eixos na câmara da rainha foram explorados em 1993 pelo engenheiro alemão Rudolf Gantenbrink usando um [[robô]] que desenhou, ''[[Upuaut 2]]''. Depois de uma subida de 65 metros,<ref>{{cite news|url=http://www.foxnews.com/scitech/2011/12/12/will-great-pyramids-secret-doors-be-opened/?test=faces |work=Fox News |title=Will the Great Pyramid's Secret Doors Be Opened? |date=12 de dezembro de 2011 |deadurl=yes |archiveurl=https://web.archive.org/web/20120212091739/http://www.foxnews.com/scitech/2011/12/12/will-great-pyramids-secret-doors-be-opened/?test=faces |archivedate=12 de fevereiro de 2012 }}</ref> ele descobriu que um dos eixos foi bloqueado por "portas" de calcário com duas "alças" erodidas de [[cobre]]. Alguns anos mais tarde, a [[National Geographic Society]] criou um robô similar que, em setembro de 2002, perfurou um pequeno buraco na porta sul, apenas para encontrar outra porta atrás dela.<ref>{{cite web|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2002/09/0910_020913_egypt_1.html|publisher=[[National Geographic Society|National Geographic]]|title=Ancient Egyptian Chambers Explored|date=4 de abril de 2003|first=Nancy|last=Gupton|accessdate=11 de agosto de 2008}}</ref> A passagem do norte, que era difícil de navegar por causa de voltas e voltas, também estava bloqueada por uma porta.<ref>{{cite web|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2002/09/0923_020923_egypt.html|publisher=[[National Geographic Society|National Geographic]]|title=Third "Door" Found in Great Pyramid|date=23 de setembro de 2002|accessdate=11 de agosto de 2008}}</ref>
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A "Câmara do Rei"<ref name=Rom8 /> tem 10,47 metros de leste a oeste e 5,234 metros de norte a sul. Tem um telhado plano 5,82 metros acima do chão. Há 0,91 m acima do chão existem dois eixos estreitos nas paredes norte e sul (um é agora preenchido por um canal de ventilação na tentativa de circular o ar dentro da pirâmide). A finalidade destes eixos não é clara: eles parecem estar alinhados com as [[estrela]]s ou áreas do céu do norte e do sul, mas um deles segue um curso comum através da alvenaria, indicando que não havia intenção de ver as estrelas diretamente através deles. Eles foram muito creditados pelos egiptólogos como "poços de ar" para a ventilação, mas essa ideia tem sido amplamente abandonada em favor dos poços que servem a um propósito ritualístico associado com a ascensão do espírito do rei aos céus.{{sfn|Jackson|2002|p=79, 104}}
 
A Câmara do Rei é inteiramente revestida com granito. Acima do telhado, que é formado por nove lajes de pedra pesando no total cerca de 400 toneladas, existem cinco compartimentos conhecidos como câmaras de alívio. Os primeiros quatro, como a Câmara do Rei, têm telhados planos formados pelo piso da câmara acima, mas a câmara final tem um telhado pontiagudo. Vyse suspeitou da presença de câmaras superiores quando descobriu que podia empurrar um pedaço de pau comprido através de uma rachadura no teto da primeira câmara. De baixo para cima, as câmaras são conhecidas como "Câmara de Davison", "Câmara de [[Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington|Wellington]]", "Câmara de [[Horatio Nelson|Nelson]]", "Câmara de Lady Arbuthnot" e "Câmara de Campbell". Acredita-se que os compartimentos foram destinados a salvaguardar a Câmara do Rei da possibilidade do telhado desabar sob o peso de pedra acima da Câmara. Como as câmaras não tinham a intenção de serem vistas, elas não tinham acabamentos e algumas das pedras ainda mantêm marcas da construção. Uma das pedras na Câmara Campbell tem uma marca, aparentemente o nome de uma equipe de trabalho.<ref name="archive.org">{{cite websfn|url=https://archive.org/details/operationscarrie01howaVyse|title=Vyse, H. (1840) ''Operations Carried on at the Pyramids of Gizeh in 1837: With an Account of a Voyage into Upper Egypt, and an Appendix. Vol I.''|work=Internet Archive|accessdate=15 de setembro de 2014}}</ref><ref name="bbc.co.uk">{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/programmes/p00h590c|title=Dallas and Dr Zahi Hawass inside the Great Pyramidsfn|work=BBCCampbell|accessdate=15 de setembro de 2014}}</ref>
 
[[Imagem:Pyramid_of_Khufu_-_Entrance.jpg|thumb|Entrada da pirâmide]]
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[[Imagem:Spelterini_Pyramids.jpg|thumb|esquerda|[[Fotografia aérea]] tirada do [[balão]] de [[Eduard Spelterini]] em 21 de novembro de 1904]]
 
A Grande Pirâmide é cercada por um complexo de vários edifícios, incluindo pequenas pirâmides. O Templo da Pirâmide, que se situava no lado leste da pirâmide e media 52,2 metros de norte a sul e 40 metros de leste a oeste, quase desapareceu completamente, à parte da pavimentação de [[basalto]] negro. Há apenas alguns restos da calçada que ligava a pirâmide com o vale e o Templo do Vale. O Templo do Vale está enterrado sob a aldeia de Nazlet el-Samman; a pavimentação de basalto e as paredes de calcário foram encontradas, mas o local não foi escavado.<ref>{{cite booksfn|last=Shafer|first=Byron E.|title=Temples of Ancient Egypt|year=2005|publisherp=I.B. Tauris|isbn=97851-1-85043-945-5|url=https://books.google.com/?id=cv08amI7lkUC&pg=PA51&dq=khufu+%22valley+temple%22#v=onepage&q=khufu%20%22valley%20temple%22&f=false|author2=Dieter Arnold|pages=51–5252}}</ref><ref>{{cite booksfn|last=Arnold|first=Dieter|title=The encyclopaedia of ancient Egyptian architecture|year=2002|publisher=I.B. Tauris|isbn=978-1-86064-465-8|author2=Nigel Strudwick |author3=Helen Strudwick |pagep=126}}</ref> Os blocos de basalto mostram "evidência clara" de terem sido cortados com algum tipo de serra com uma lâmina de corte estimada em 4,6 m de comprimento, capaz de cortar a uma taxa de 38 mm por minuto. [[John Romer]] sugere que este "super serra" pode ter tido dentes de [[cobre]] e pesava até 140 kg. Ele teoriza que tal serra poderia ter sido anexada a um [[cavalete]] de madeira e possivelmente usada em conjunto com óleo vegetal, areia de corte, esmeril ou quartzo picado para cortar os blocos, o que teria exigido o trabalho de pelo menos uma dúzia de homens para operá-la.{{sfn|Romer|2007|p=164,165}}
 
No lado sul estão as pirâmides subsidiárias, popularmente conhecidas como Pirâmides das Rainhas. Três permanecem em pé quase a toda altura, mas a quarta foi tão arruinado que sua existência não foi suspeitada até a descoberta do primeiro caminho de pedras. Escondida sob a pavimentação ao redor da pirâmide estava o túmulo da rainha {{lknb|Hetepherés|I}}, esposa-irmã de [[Seneferu]] e mãe de [[Quéops]]. Descoberto acidentalmente pela expedição de Reisner, o túmulo estava intacto, embora o caixão cuidadosamente selado estivesse vazio.
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A [[Necrópole de Gizé]], que inclui entre outras estruturas as pirâmides de Quéops, [[Pirâmide de Quéfren|Quéfren]] e [[Pirâmide de Miquerinos|Miquerinos]], é cercado por um muro de pedra [[Construção ciclópica|ciclópica]], o Muro do Corvo. O arqueólogo estadunidense Mark Lehner descobriu uma cidade de trabalhadores fora da parede, também conhecida como "A Cidade Perdida", datada por estilos de cerâmica, impressões de selos e [[estratigrafia]] que pode ter sido construída e ocupada em algum momento durante os reinados de [[Quéfren]] ({{fmtn|2520}}-{{AC|2494|x}}) e [[Miquerinos]] ({{fmtn|2490}}-{{AC|2472|x}}).<ref>{{cite web|url=http://www.aeraweb.org/projects/lost-city/|title=Egyptian Pyramids – Lost City of the Pyramid Builders – AERA – Ancient Egypt Research Associates|work=aeraweb.org}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.aeraweb.org/lost-city-project/dating-the-lost-city/|title=Dating the Lost City of the Pyramids – Mark Lehner & AERA – Ancient Egypt Research Associates|work=aeraweb.org}}</ref> Recentes descobertas de Lehner e de sua equipe na cidade e nas proximidades, incluindo o que parece ter sido um porto próspero, sugerem que a cidade e as dependências associadas a ela, constituídas por quartéis chamados "galerias", podem não ter sido para os trabalhadores da pirâmide, mas sim para os soldados e marinheiros que utilizavam o porto. À luz dessa nova descoberta, a respeito de onde então os trabalhadores da pirâmide podem ter vivido, Lehner agora sugere a possibilidade alternativa que eles podem ter acampado nas rampas que ele acredita terem sido usadas ​​para construir as pirâmides ou possivelmente em pedreiras próximas.<ref>{{cite web|url=http://www.livescience.com/42902-giza-pyramids-port-discovered.html |title=Ruins of Bustling Port Unearthed at Egypt's Giza Pyramids |publisher=Livescience.com |date=28 de janeiro de 2014 |accessdate=21 de agosto de 2014}}</ref>
 
No início dos anos 1970, o arqueólogo australiano Karl Kromer escavou um monte no Campo Sul do planalto. Este monte continha artefatos, incluindo selos de tijolos de barro de Quéops, que ele identificou com um assentamento de [[artesão]]s.<ref>Zahi {{sfn|Hawass: '"Giza, workmen’s community", In: ''Encyclopedia of the Archaeology of Ancient Egypt''. Compiled and edited by Kathryn A. Bard. London/New York |1999, ISBN 0|p=423-415-18589-0 pp. 423–426</ref>426}} Os edifícios de tijolos de barro ao sul do Templo do Vale de Quéops continham vedações de lama e foram sugeridos como um assentamento que serviria ao culto de Quéops após sua morte.<ref>{{cite booksfn|last=Hawass|first=Zahi|title=Old Kingdom Pottery from Giza|year=2008|publisher=Supreme Council of Antiquities|isbnp=978127-977-305-986-6|author2=Ashraf Senussi|pages=127–128128}}</ref> O cemitério de um trabalhador utilizado pelo menos entre o reinado de Quéops e o final da [[V dinastia egípcia|V dinastia]] foi descoberto ao sul do Muro do Corvo por [[Zahi Hawass]] em 1990.<ref>{{cite websfn|last=Hawass|first=Zahi|title=The Discovery of the Tombs of the Pyramid Builders at Giza|url=http://www.guardians.net/hawass/buildtomb.htm|accessdate=21 de outubro de 20101997}}</ref>
 
== Barca funerária ==
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== Pilhagem ==
[[Imagem:Model of Giza pyramid complex-Kunsthistorisches Museum.jpg|thumb|[[Maquete]] da [[Necrópole de Gizé]] em seu auge no [[Museu de História da Arte em Viena]]]]
Embora as pirâmides posteriores fossem menores, a edificação de pirâmides continuou até o fim do [[Império Médio]]. No entanto, como os autores Briar e Hobbs afirmam, "todas as pirâmides foram roubadas" pelo [[Império Novo]], quando começou a construção de túmulos reais em um vale deserto, agora conhecido como o [[Vale dos Reis]].<ref>{{cite booksfn|url=https://books.google.co.uk/books?id=jPgHx4gfJkIC&pg=PA164&dq=pyramids+robbed+end+of+old+kingdom&ei=mBnaSIGxMpS4yQSR3ZSNDQ&client=firefox-a&sig=ACfU3U1nC_eucZoNlre6Lv0MOyhxeuYJpg Brier|title=Brier 1999, |p. =164 |publisher=Books.google.co.uk |accessdate=19 de maio de 2011}}</ref>{{sfn|Cremin|2007|p=96}} A arqueóloga britânica Joyce Tyldesley afirma que a Grande Pirâmide "é conhecida por ter sido aberta e esvaziada pelo Império Médio", antes do [[califa abássida]] [[Almamune]] entrar na estrutura em torno de 820.<ref name=Tyl38 />
 
[[I. E. S. Edwards]] discute a menção de [[Estrabão]] de que a pirâmide "um pouco acima de um dos lados há uma pedra que pode ser retirada, onde há uma passagem inclinada para as fundações". Edwards sugeriu que a entrada foi introduzida por ladrões após o fim do [[Império Antigo]] e selada e, em seguida, reaberta mais de uma vez até a porta de Estrabão ser adicionada. E acrescenta: "Se esta suposição altamente especulativa estiver correta, também é necessário supor que a existência da porta foi esquecida ou que a entrada foi novamente bloqueada com pedras de revestimento", para explicar por que Almamune não encontrou a entrada.{{sfn|Edwards|1986|p=99–100}}
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=== Bibliografia ===
{{refbegin|col=2}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Arnold|nome=Dieter|coautor=Strudwick, Nigel; Strudwick, Helen|título=The encyclopaedia of ancient Egyptian architecture|ano=2002|editora=I.B. Tauris|isbn=978-1-86064-465-8|local=Nova Iorque|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Brier|nome=Bob|coautor=Hobbs, Hoyt A.|título=Daily Life of the Ancient Egyptians|ano=1999|editora=Greenwood Publishing Group|local=Westport, Connecticut; Londres|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=Campbell|nome=Dallas|coautor=Hawass, Dr. Zahi|url=http://www.bbc.co.uk/programmes/p00h590c|título=Dallas and Dr Zahi Hawass inside the Great Pyramid|publicado=BBC|ano=2014|ref=harv}}
 
*{{Citar livro|sobrenome=Cole|nome=J. H.|título=Survey of Egypt, Paper No. 39|capítulo=Determination of the Exact Size and Orientation of the Great Pyramid of Giza|ano=1925|local=Cairo| editora=Government Press|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Collins|nome=Dana M.|título=The Oxford Encyclopedia of Ancient Egypt|idioma=inglês|local=Oxford|editora=Oxford University Press |ano=2001|isbn=978-0-19-510234-5|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Clarke|nome=Somers|título=Ancient Egyptian construction and architecture|ano=1991|editora=Dover Publications|local=Mineola, Nova Iorque|isbn=978-0-486-26485-1|ref=harv}}
 
*{{Citar livro|sobrenome=Cremin|nome=Aedeen|título=Archaeologica|ano=2007|isbn=978-0-7112-2822-1|editora=Frances Lincoln Publishers|local=Londres| ref=harv}}
 
*{{Citar livro|sobrenome=Edwards|nome=Iorwerth Eiddon Stephen|autorlink=Iorwerth Eiddon Stephen Edwards|título=The Pyramids of Egypt|editora=Penguin Books|local=Nova Iorque|ano=1986ref1986|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=Follath|nome=Erich|coautor=Zand, Bernhard|título=Dubai está prestes a inaugurar edifício mais alto do mundo|ano=2009| publicado=[[Bol]]|url=http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2009/12/18/dubai-esta-prestes-a-inaugurar-edificio-mais-alto-do-mundo.jhtm|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Gantenbrink|nome=Rudolf|url=http://www.cheops.org/startpage/thefindings/thelowernorthshaft/lowernorth.htm|publicado=[[The Upuaut Project]]|título=Lower Northern Shaft|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=Hawass|nome=Zahi|url=http://www.guardians.net/hawass/buildtomb.htm|título=The Discovery of the Tombs of the Pyramid Builders at Giza|ano=1997|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Hawass|nome=Zahi|título=Encyclopedia of the Archaeology of Ancient Egypt|ano=1999|local=Nova Iorque e Londres|capítulo=Giza, workmen’s community|editora=Kathryn A. Bard|isbn=0-415-18589-0|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Hawass|nome=Zahi|coautor=Senussi, Ashraf|título=Old Kingdom Pottery from Giza|ano=2008|editora=Conselho Supremo de Antiguidades|local=Cairo|isbn=978-977-305-986-6|ref=harv}}
 
*{{Citar livro|sobrenome=Jackson|nome=K.|coautor=Stamp, J.|título=Pyramid: Beyond Imagination. Inside the Great Pyramid of Giza|ano=2002|isbn=978-0-563-48803-3|editora=BBC Worldwide Ltd|local=Londres|ref=harv}}
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*{{Citar livro|sobrenome=Lehner|nome=Mark|título=The Complete Pyramids|ano=1997|isbn=0-500-05084-8|local=Londres|editora=Thames and Hudson|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Levy|nome=Janey|título=The Great Pyramid of Giza: Measuring Length, Area, Volume, and Angles|ano=2005|isbn=1-4042-6059-5|local=Nova Iorque|editora=Rosen Publishing Group|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=PBS|url=http://www.pbs.org/wgbh/nova/pyramid/explore/khufuunfhi.html|publicado=[[Public Broadcasting Service]]| título=Unfinished Chamber|ano=1997|ref=harv}}
 
*{{CiteCitar booklivro|sobrenome=Petrie|nome=Sir William Matthew Flinders|autorlink=Flinders Petrie|url=http://www.ronaldbirdsall.com/gizeh/index.htm|title título=The Pyramids and Temples of Gizeh|yearano=1883|isbn=0-7103-0709-8|last=Petrie|first=Sir William Matthew Flinders|publishereditora=Field & Tuer|local=Londres|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Petrie|nome=William Matthew Flinders|título=Wisdom of the Egyptians|editora=Escola Britânica de Arqueologia do Egito|local=Cairo|ano=1940|ref=harv}}
 
*{{CiteCitar booklivro|titlesobrenome=Romer|nome=John|título=The Great Pyramid: Ancient Egypt Revisited|first=John|last=Romer|yearano=2007|isbn=978-0-521-87166-2|publishereditora=Cambridge University Press, |local=Cambridge|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Rossi|nome=Corina|título=Architecture and Mathematics in Ancient Egypt|editora=Cambridge University Press|local=Cambridge| ano=2007|isbn=978-0-521-69053-9|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Shafer|nome=Byron E.|coautor=Arnold, Dieter|título=Temples of Ancient Egypt|ano=2005|editora=I.B. Tauris|isbn=978-1-85043-945-5|local=Nova Iorque|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Shaw|nome=Ian|título=The Oxford History of Ancient Egypt|ano=2003|editora=Oxford University Press|local=Oxford|isbn=0-19-815034-2|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=Shaw|nome=Ian|url=http://www.bbc.co.uk/history/ancient/egyptians/great_pyramid_01.shtml|título=Building the Great Pyramid| ano=2006|publicado=BBC|língua2=en|ref=harv}}
 
* {{Citar web|sobrenome=Smith|nome=Craig B.|url=https://web.archive.org/web/20070608101037/http://www.pubs.asce.org/ceonline/0699feat.html| título=Civil Engineering|ano=1999|ref=harv}}
*{{Cite book|url=http://www.ronaldbirdsall.com/gizeh/index.htm|title=The Pyramids and Temples of Gizeh|year=1883|isbn=0-7103-0709-8|last=Petrie|first=Sir William Matthew Flinders|publisher=Field & Tuer|ref=harv}}
 
*{{Cite book|title=The Great Pyramid: Ancient Egypt Revisited|first=John|last=Romer|year=2007|isbn=978-0-521-87166-2|publisher=Cambridge University Press, Cambridge|ref=harv}}
* {{Citar web|sobrenome=Stille|nome=Alexander|título=The World's Oldest Papyrus and What It Can Tell Us About the Great Pyramids|ano=2015| url=http://www.smithsonianmag.com/history/ancient-egypt-shipping-mining-farming-economy-pyramids-180956619|ref=harv}}
*{{Cite book|title=The Oxford History of Ancient Egypt|first=Ian|last=Shaw|year=2003|isbn=0-19-815034-2|publisher=Oxford University Press |ref=harv}}
 
*{{Cite book|title=Egypt: How a lost civilization was rediscovered|first=Joyce|last=Tyldesley|year=2007|isbn=978-0-563-52257-7|publisher=BBC Books|ref=harv}}
* {{Citar livro|sobrenome=Stocks|nome=Denys Allen|título=Experiments in Egyptian archaeology: stoneworking technology in ancient Egypt|ano=2003| editora=Routledge|local=Londres|isbn=978-0-415-30664-5|ref=harv}}
*{{Cite book|title=The Pyramids: The Mystery, Culture, and Science of Egypt's Great Monuments|first=Miroslav|last=Verner|year=2001|isbn=0-8021-1703-1|publisher=Grove Press|ref=harv}}
 
*{{Cite book|title=The Pyramids: Their Archaeology and History|first=Miroslav|last=Verner|year=2003|isbn=1-84354-171-8|publisher=Atlantic Books|ref=harv}}
*{{CiteCitar booklivro|titlesobrenome=Tyldesley|nome=Joyce|título=Egypt: How a lost civilization was rediscovered|first=Joyce|last=Tyldesley|yearano=2007|isbn=978-0-563-52257-7|publishereditora=BBC Books|local=Londres|ref=harv}}
 
*{{CiteCitar booklivro|titlesobrenome=Verner|nome=Miroslav|título=The Pyramids: The Mystery, Culture, and Science of Egypt's Great Monuments|first=Miroslav|last=Verner|yearano=2001|isbn=0-8021-1703-1|publishereditora=Grove Press|local=Nova Iorque|ref=harv}}
 
*{{CiteCitar booklivro|titlesobrenome=Verner|nome=Miroslav|título=The Pyramids: Their Archaeology and History|first=Miroslav|last=Verner|yearano=2003|isbn=1-84354-171-8|publisherlocal=Londres| editora=Atlantic Books|ref=harv}}
 
* {{Citar livro|sobrenome=Vyse|nome=H.|título=Operations Carried on at the Pyramids of Gizeh in 1837: With an Account of a Voyage into Upper Egypt, and an Appendix. Vol I.|ano=1840|local=Londres|editora=James Fraser, Regent Street|ref=harv}}
 
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