McDonnell Douglas MD-11: diferenças entre revisões

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O '''[[McDonnell Douglas]] MD-11''' é um [[trijato]] comercial [[widebody]] de fabricação [[Estados Unidos|norte-americana]] de médio a longo alcance. Sua base é o [[McDonnell Douglas DC-10]], mas incorpora fuselagem mais alongada, asa maior e winglets, motores mais modernos e mais potentes. O [[cockpit]] possui monitores de EFIS ([[CRT]]), comandos reduzidos para serem usados por 2 membros da tripulação ([[Comandante]] e [[copiloto|1º Oficial]]), ao contrário do seu antecessor, que exigia 3 membros da tripulação (Comandantecomandante, primeiro Oficialoficial e [[Engenheiroengenheiro de voo]]).
 
== História ==
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Posteriormente, os executivos da [[Singapore Airlines]] deram ouvidos ao discurso de Bob Crandall e simplesmente cancelaram as encomendas que a companhia havia feito do MD-11, alegando falha na performance. O mercado cada vez mais olhava com um certo desdém para [[Long Beach (Califórnia)|Long Beach]], as encomendas mantinham-se firmes, mas cada vez mais ficava menor o interesse pelo MD-11. A credibilidade perdida pela [[McDonnell Douglas]] ao longo desses anos e dos deslizes recorrentes não seria recuperada, assim como as vendas que migraram para a [[Boeing]] e a [[Airbus]]. Diante disso, não havia mais espaço para opção de um terceiro fabricante, já que a Boeing e a Airbus estavam liderando e assim, a McDonnell Douglas que sempre foi uma empresa tradicional e competente não era mais levada a sério pelo mercado aeronáutico. Os problemas de alcance foram resolvidos e também superados em relação aos números iniciais. A aerodinâmica foi totalmente refinada até o limite da célula. Na sua concepção final, o MD-11 não somente atende às exigências sobre o alcance da Singapore Airlines como também supera o concorrente [[Airbus A340|A340]] em vários aspectos.
 
Em termos de vôovoo, por exemplo, o MD-11 era mais rápido em algumas rotas longas como as que ligam [[Singapura]] à [[Europa]]. Mas os danos causados à imagem da empresa e do MD-11 já haviam acontecido e somente em [[1996]] a McDonnell Douglas conseguiu uma encomenda firme e importante para o MD-11 vinda da [[Lufthansa|Lufthansa Cargo]]. A versão cargueira do MD-11 tornou-se bem vista no mercado por não haver um concorrente à sua altura.
 
No início de 1996 a McDonnell Douglas anunciou o desenvolvimento de uma nova versão do MD-11, conhecida como MD-11CC, que teria a capacidade para até 380 passageiros e alcance de 14.400 km, tal distância alcançada através de uma asa totalmente nova e motores mais econômicos e potentes. Mas nenhum desses projetos vieram à tona, pois foram cancelados no segundo semestre daquele mesmo ano com 50 encomendas de 6 clientes. Pouco tempo depois, a McDonnell Douglas foi desclassificada da concorrência do [[Joint Strike Fighter]] e em [[14 de dezembro]] de 1996 seria incorporada à sua rival Boeing.
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[[Imagem:Lufthansa Cargo MD11 D-ALCE.jpg|thumb|direita|MD-11F da [[Lufthansa|Lufthansa Cargo]].]]
 
A [[McDonnell Douglas]] teve fim, encerrando-se uma das linhagens mais nobres e tradicionais da indústria aeronáutica. No mundo da aviação, todas as [[aeronave]]s são reconhecidas por algum aspecto marcante, seja ele operacional ou característico. Poderíamos citar algumas aeronaves célebres de outros fabricantes. O [[De Havilland Comet|Comet]] foi a primeira aeronave civil com motores à jato do mundo. O [[Boeing 747]], conhecido também como "Jumbo", foi a primeira aeronave [[Widebody]] [[Double-Decker]] do mundo e é o avião mais antigo em operação. Continua a ser produzido pela [[Boeing]] nos [[Estados Unidos]] e já passou dos 35 anos de operação. O [[Concorde]] foi a aeronave civil [[supersônico|supersônica]] que atingiu [[Número de Mach|Mach 2]] (aproximadamente 2.400 km/h, duas vezes mais rápido que a velocidade do som) fazendo um vôovoo de [[Londres]] para [[Nova YorkIorque]] em apenas 3 horas. O [[Boeing 777]] é o avião que possui a asa mais moderna e avançada do mundo e é equipado com os maiores e mais potentes motores de aviação do mundo (denominados de [[GE90]]). Quanto ao MD-11, que fora projetado para suceder o [[DC-10]], infelizmente ficou conhecido no mercado como o '''Sucessor Sem Sucesso'''. Após a aquisição da McDonnell Douglas pela Boeing por 13 bilhões de dólares em 1997, a Boeing continuou a produzir o MD-11 até o ano de 2001. Os principais motivos que levaram a parar de produzir o MD-11 foram: falta de clientes, evitar concorrência com o Boeing 777 e o fato de que as companhias aéreas buscavam aviões mais modernos e eficientes e não queriam mais os [[trijato]]s.
 
== No Brasil ==
[[Imagem:Varig MD-11 PP-VTI Soccer.jpg|thumb|direita|Um MD-11 da [[Varig]].]]
 
No Brasil, a [[Varig]], a [[VASP]] e a [[TAM Linhas Aéreas|TAM]] operaram o MD-11. A Varig incluiu-o na frota em meados de [[1992]], assim como a VASP, que também o fez com diferença de meses. Na Varig ele serviu para substituir os antigos [[DC-10]] e a companhia chegou a operar um total de 26 MD-11 durante 16 anos de muito sucesso. 23 deles eram do modelo convencional (MD-11) e 3 deles eram do modelo de longo alcance (MD-11ER). Eram responsáveis por fazer os vôosvoos intercontinentais de longa distância que a Varig fazia para [[Tóquio]], com escala em [[Los Angeles]], assim como rotas para a [[Europa]] e ocasionalmente vôosvoos domésticos de grande demanda de passageiros como [[Guarulhos]] a [[Recife]], assim como vôosvoos entre [[Buenos Aires]] e [[Florianópolis]] (durante a alta temporada). O MD-11 foi definitivamente retirado da frota da Varig em [[9 de junho]] de [[2007]], sendo que o último fazia o vôovoo "RG8741" de Guarulhos, [[São Paulo]] para [[Frankfurt]], [[Alemanha]]. Quanto aos restantes, foram arrestados em [[2006]] devido aos problemas financeiros que a Varig sofreu. Já a VASP chegou a operar um total de 10 MD-11, 9 eram do modelo convencional (MD-11) e apenas 1 era do modelo de longo alcance (MD-11ER). Também na VASP ele eram responsáveis pelas rotas intercontinentais de longa distância, como Europa, Asia e [[América do Norte]], alguns países da América do Sul e ocasionalmente vôosvoos domésticos. Os MD-11 da VASP foram retirados da frota em meados de 2[[2000|001]] também por problemas financeiros que a companhia vinha sofrendo, culminando na cassação da autorização de operação em janeiro de [[2005]]. Em janeiro de 2007, a [[Boeing]] cedeu para TAM 3 MD-11 ex-Varig em regime de [[leasing]] e provisoriamente até que a Boeing entregasse no segundo semestre de [[2008]] os 4 novos [[Boeing 777#777-300ER (Extended Range)|Boeing 777-300ER]] comprados pela TAM. Os 3 MD-11 que estiveram na TAM passaram por uma reforma no hangar da [[Varig Engenharia e Manutenção|VEM - Varig Engenharia e Manutenção]] (a maior empresa de engenharia e manutenção aeronáutica da [[América Latina]]) para então retirar a pintura da Varig e fazer a da TAM. Eles foram responsáveis pelas rotas que a empresa fazia para [[Milão]] e [[Paris]], mas saíram gradativamente de serviço a partir de agosto de 2008, para serem substituídos pelos 4 novos Boeing 777-300ER. A última viagem desse modelo de aeronave pela TAM - o PT-MSJ - aconteceu em 12 de dezembro de 2008, com a viagem da aeronave partindo de São Paulo em rota para Paris, França{{Carece de fontes|data=outubro de 2010}}. Com o encerramento das operações deste MD-11, a TAM voltou a voar para Paris exclusivamente com aeronaves Airbus A330, mais modernas e com custo operacional mais baixo.
 
== Variantes ==
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* [[2 de setembro]] de [[1998]], MD-11 da [[Swissair]], de mátricula HB-IWF, partiu às 20h18 de Nova York cumprindo o voo regular SR111 para Genebra. Com menos de duas horas de voo, a tripulação comunica problemas a bordo e solicita pouso em Boston. Alguns minutos depois, declara emergência e solicita pouso no aeroporto mais próximo (Halifax), declarando existir fumaça na cabine. A tripulação solicita ser vetorada para área sobre o mar para poder alijar combustível, pois o MD-11 encontrava-se então acima de seu peso máximo de pouso. O MD-11 inicia curva à esquerda e logo em seguida o contato com Halifax é perdido. Minutos antes da queda, o CVR e o FDR deixam de registrar dados, provavelmente desligados pelo fogo ou por curto-circuito. A situação dentro do MD-11 deteriora-se rapidamente. Os tripulantes perdem a capacidade de controlar a aeronave, que mergulha e cai no mar, a apenas alguns quilômetros da costa. Morrem os 229 ocupantes.
[[Imagem:Md-11hb-iwf.png|thumb|direita|325px|Modelo de Computação Gráfica para o [[Voo Swissair 111]].]]
* [[15 de abril]] de [[1999]], um MD-11F da [[Korean Air]], de mátricula HL7373, fazendo o voo com destino a [[Seul]], caiu logo após decolar de [[ShanghaiXangai]] . Aparentemente, foi um caso de desorientação espacial por parte do piloto, enfrentada quando a aeronave entrou na camada de nuvens. O cargueiro caiu sobre uma fábrica e explodiu, matando seus três ocupantes.
* [[22 de agosto]] de [[1999]], um MD-11 da [[China Airlines]], de matricula B-150, enfrentando fortes ventos associados a um tufão que se encontrava na região de [[Hong Kong]], tocou a pista e, logo em seguida, perdeu o controle. A ponta de sua asa bateu no gramado ao lado, e a aeronave virou de dorso, arrastando-se centenas de metros até parar, invertida. Inacreditavelmente, somente três passageiros dos 315 ocupantes faleceram neste acidente.
* [[17 de outubro]] de [[1999]], um MD-11F da [[Fedex]], de matricula N581FE, sofreu acidente após pousar no aeroporto filipino de Subic Bay, saindo da pista e caindo na baía ao lado do aeroporto. A manobra de aproximação e a alta velocidade foram apontados como responsáveis pelo acidente.
* [[23 de março]] de [[2009]], outro MD-11F da [[Fedex]], de matricula N526FE (ex Delta N813DE) se acidenta em [[Narita]] [[ToquioTóquio]]. O Voovoo saiu de [[Guangzhou]], na [[China]]. O avião teve problemas ao aterrissar devido aos fortes ventos que atingiram o aeroporto naquela hora forçando a aeronave a realizar um "pouso duro" e quicar duas vezes antes de chocar com a asa esquerda contra a pista e explodir em chamas. Os pilotos, Kevin Mosley e Anthony Stephen-Pino, foram levados com vida ao hospital local onde faleceram logo após.
* [[28 de novembro]] de [[2009]], um MD-11F, da [[Avient Aviation]], do Zimbabue, de matricula Z-BAV (c/n 457 - msn 48408), (ex-[[Variglog]] PR-LGD), caiu durante a decolagem no Aeroporto Internacional de Shangai Pudong, na [[China]], em voo para a o Aeroporto Bishkek-Manas, no [[Quirquistão]]. Da tripulação de sete membros, três morreram. O avião ficou totalmente destruído.
* [[27 de julho]] de [[2010]], um cargueiro MD-11, da companhia aérea alemã [[Lufthansa]], se partiu em dois durante aparente aterrissagem forçada no aeroporto rei Khaled de Riad. Momentos antes do acidente, o piloto relatou a torre de controle sobre incêndio no compartimento de carga. Ninguém se feriu gravemente.