Caramuru: diferenças entre revisões

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|nome = Caramuru
|imagem = Anônimo - Episódios da vida de Diogo Álvares Correia, o Caramuru (II).JPG|thumb
|imagem_tamanho =
|legenda = Chegada de Diogo Álvares à Bahia
|nome_completo = Diogo Álvares Correia
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|local_nascimento = [[Viana do Castelo]], [[Portugal]]
|data_morte = {{nowrap|{{morte|5|10|1557||||lang=br}}}}
|local_morte = [[Mata de São João|Tatuapara]], [[Bahia|BA]], [[Brasil]]
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|ocupação =
}}
'''Diogo Álvares Correia''' ([[Viana do Castelo]], [[Portugal]] — [[Mata de São João|Tatuapara]], [[Bahia|Salvador]], 5 de outubro de 1557) foi um náufrago [[Portugal|português]] que passou a vida entre os [[indígena]]s da costa do Brasil e que facilitou o contato dos primeiros viajantes europeus com os povos nativos do Brasil. Recebeu a alcunha de '''Caramuru''' (palavra [[Língua tupi|tupi]] que significa [[lampreia]])<ref>NAVARRO, E. A. ''Método moderno de tupi antigo''. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 213</ref> pelos [[Tupinambás]]. É considerado o fundador do município baiano de [[Cachoeira (Bahia)|Cachoeira]].<ref name="caestamosnos.org">{{citar web |url=http://www.caestamosnos.org/efemerides/148.htm |publicado=Caestamosnos.org |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref>
 
[[Imagem:Caramuru capa.jpg|thumb|"Caramuru. Poema Épico do Descobrimento da Bahia". Fac-simile da capa da primeira edição, 1781.]]
[[Imagem:Victor Meirelles - Moema.jpg|thumb|''Moema'' ([[Victor Meirelles]], [[1866]]. [[MASP]]).]]
Alcançou a costa na altura do [[Arraial do Rio Vermelho]] como náufrago de uma embarcação [[França|francesa]], entre [[1509]] e [[1510]]. Acerca do episódio, afirma-se:{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
{{quote2|Viajando para [[São Vicente]] por volta de 1510, o Fidalgo da Casa Real Diogo Álvares naufragou nas proximidades do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia. Seus companheiros foram mortos pelos índios [[Tupinambás]], mas ele conseguiu sobreviver e passou a viver entre os índios, de quem recebeu a alcunha de Caramuru, que significa ''[[moreia]]''.}}
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Esse apelido faz referência ao fato de Diogo ter sido, supostamente, encontrado pelos indígenas em meio às pedras da praia e às algas, como se fosse uma lampreia.<ref name="caestamosnos.org"/>
 
Posteriormente terá recebido a alcunha de ''filho do trovão'' ou, segundo outras fontes, ''homem trovão da morte barulhenta''{{carece de fontes|data=abril de 2017}}, o que estará na origem da [[lenda]] que afirma que Diogo Álvares Correia, teria recebido o apelido ao afugentar indígenas que o queriam devorar, matando uma ave com um tiro de arma de fogo.
 
[[Imagem:Viana escultura do caramuru e museu do traje (2).JPG|thumb|esquerda|Caramuru e Paraguaçu, Viana do Castelo (Portugal).]]
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Sob o governo do donatário da [[capitania da Bahia]], [[Francisco Pereira Coutinho]], recebeu importante [[sesmaria]], tendo procurado exercer uma função mediadora entre os colonos e os indígenas, não conseguindo, todavia, evitar o reencontro de Itaparica, onde, após naufrágio do bergantim que possuía vindo de [[Porto Seguro]], Pereira Coutinho perdeu a vida devorado pelos tupinambás no local hoje conhecido como [[Cacha Pregos]]. Diogo Álvares, por suas ligações e proeminência entre os indígenas, escapou ileso, retornando a Salvador.
 
Conhecedor dos costumes nativos, Diogo Álvares contribuiu para facilitar o contato entre estes e os primeiros missionários e administradores europeus. Em [[1548]], tendo [[João III de Portugal]] formulado o projeto de instituição do [[Anexo:Lista de governadores do Brasil colonial|governo-geral no Brasil]], recomendou ao Caramuru que criasse condições para que a expedição de [[Tomé de Sousa]] fosse bem recebida, fato que revela a importância que o antigo náufrago alcançara também na Corte portuguesa.
 
Três dos seus filhos (Gaspar, Gabriel e Jorge) e um dos seus genros (João de Figueiredo) foram armados cavaleiros por [[Tomé de Sousa]] pelos serviços prestados à Coroa Portuguesa.