Gramática gerativa: diferenças entre revisões

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==Características==
 
Criticando o modelo distribucional e o modelo dos constituintes imediatos da [[linguística]] estrutural, que, segundo eles, descrevem somente as frases realizadas e não podem explicar um grande número de dados linguísticos (como a ambiguidade, os constituintes descontínuos, etc.), N. Chomsky define uma teoria capaz de dar conta da criatividade do falante, de sua capacidade de emitir e de compreender frases inéditas.
 
Nessa perspectiva, a [[gramática]] é um mecanismo finito que permite gerar (engendrar) o conjunto infinito das frases gramaticais (bem formadas, corretas) de uma língua, e somente elas. Formada de regras que definem as sequências de palavras ou de sons repetidos, essa gramática constitui o saber linguístico dos indivíduos que falam uma língua, isto é, a sua competência linguística. A utilização particular que cada autor faz da língua em uma situação particular de comunicação depende da performance.
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Obtiveram-se, portanto, no fim da base, sequências terminais de formantes gramaticais (como número, presente, etc.) e morfemas lexicais; essas sequências são suscetíveis de receber uma interpretação conforme as regras do componente semântico. Para serem realizadas, vão passar pelo componente transformacional.
 
As transformações são operações que se convertem as estruturas profundas em estruturas de superfície sem afetar a interpretação semântica feita ao nível das estruturas profundas. As transformações, provocadas pela presença na base de certos constituintes, comportam duas etapas; uma consiste na análise estrutural da sequência oriunda da base a fim de ver se sua estrutura é compatível com uma transformação definida, a outra consiste numa mudança estrutural dessa sequência (por [[adição]], apagamento, deslocamento, substituição); chega-se então a uma sequência transformada correspondente a uma estrutura de superfície. Assim, a presença do constituinte "passivo" na sequência de base provoca modificações que fazem com que a frase 'O pai lê o jornal' se torne 'O jornal é lido pelo pai'.
 
Essa sequência vai ser convertida numa frase efetivamente realizada pelas regras do componente fonológico (diz-se também morfofonológico) e fonético. Essas regras definem as "palavras" provenientes das combinações de morfemas lexicais e formantes gramaticais, e lhes atribuem uma estrutura fônica. É o componente [[fonologia|fonológico]] que converte o morfema lexical "criança" numa sequência de sinais acústicos [kriãsa].
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{{referências}}
 
=={{Ver também}}==
 
* [[Gramática transformacional]]
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==Bibliografia==
 
*CHOMSKY, Noan. ''Aspects of the theory of syntax''. MIT Press, 1965.
*CHOMSKY, Noan. ''Lectures on Government and Binding: The Pisa Lectures''. Foris Publications, 1981.
*CHOMSKY, Noan. ''Knowledge of Language: Its Nature, Origins, and Use''. Praeger, 1986.
*CHOMSKY, Noan. ''The Minimalist Program''. MIT Press, 1995.
*DUBOIS, Jean. ''Dicionário de Linguística.'' São Paulo: Cultrix, 200?.