Martim Afonso de Sousa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 2804:431:F720:D66E:F4C7:3997:18D6:17F9 para a última revisão de 191.179.119.183, de 01h06min de...
m ajustes usando script
Linha 3:
|imagem =Martin Afonso de Souza.jpg
|imagem_legenda =Martim Afonso de Sousa por [[Benedito Calixto]]<ref>[http://www.novomilenio.inf.br/santos/calixt23.htm Telas de Benedito Calixto]</ref>
|título =[[Lista de governadores de São Paulo|1º. Donatário da Capitania de São Vicente]]
|mandato =[[1533]]-[[1564]]
|título2 =Governador da Índia [[Ficheiro:Flag Portugal (1521).svg|border|25px]]
Linha 16:
|nome_pai =Lopo de Sousa, senhor de Prado
}}
'''Martim Afonso de Sousa''' ([[Vila Viçosa]], ca. [[1490]]/[[1500]] — [[Lisboa]], [[21 de julho]] de [[1564]])<ref name=Varnhagen>{{citar livro|autor=Pero Lopes de Sousa|título=''Diario da navegação da armada que foi á terra do Brasil em 1530 sob a Capitania-Mor de Martin Affonso de Sousa''<!--Título com a grafia original-->|local=Lisboa|ano= 1839|URL=https://books.google.com.br/books?id=-F8CAAAAYAAJ&pg=PR14&lpg=PR14&dq=%22Falleceu+a+21+de+Julho+de+1564%22&source=bl&ots=SsgJ21o-9K&sig=oQPNkm3m9v4dSfLx1MwPWDsDKOM&hl=en&sa=X&ved=0CB4Q6AEwAGoVChMIj-3BuKHIxwIVBB-QCh1cBAE9#v=onepage&q=%22Falleceu%20a%2021%20de%20Julho%20de%201564%22&f=false}}</ref><ref name= "infopédia">{{citar web|URL=http://www.infopedia.pt/$martim-afonso-de-sousa|título=Martim Afonso de Sousa|publicado=Infopédia}}</ref> foi um [[nobreza|nobre]] e militar [[Portugal|português]]. Jaz em [[Convento de São Francisco da Cidade|São Francisco de Lisboa]].
 
== Linhagem ==
Martim Afonso de Sousa descendia dos Sousa Chichorro, cujo varão da geração inicial foi [[Martim Afonso Chichorro]], filho bastardo de [[Afonso III de Portugal|D. Afonso III]], elevado a altas posições sociais, políticas e econômicas, no reinado de seu meio imão D Dinis. O mesmo Martim Afonso Chichorro teve um filho homônimo com [[Inês Lourenço de Valadares]]. Este último teve um filho chamado Lopo Martins de Sousa que já em avançada idade (naquele tempo) participou nas Cortes de Coimbra, e contribuiu para aclamação de D. João I. Seu filho chamado, Martim Afonso de Sousa, combateu na Batalha de Aljubarrota na qual integrou a chamada "ala dos namorados", composta por cavaleiros que juraram que, se escapassem com da vida da batalha, correriam imediatamente para os braços das suas namoradas.
 
Martim Afonso de Sousa escapou com vida à batalha e correu imediatamente para os braços de sua namorada que, por sinal, era abadessa de um mosteiro beneditino. Desta ligação nasceu um filho sacrílego (isto é, concebido em violação de votos públicos e solenes), ao qual puseram o mesmo nome do pai: Martim afonso de Sousa.
 
Este último casou-se com Dona Violante Lopes de Távora e teve um filho, Pero de Sousa, que se casou com Dona Maria Pinheiro.
 
Deste casamento nasceu Lopo de Sousa, [[Lista de senhorios em Portugal|Senhor]] do [[Prado]], Alcaide-mor de Bragança, que se casou com Dona Brites de Albuquerque. Deste casamento nasceu Martim Afonso de Sousa, [[Lista de senhorios em Portugal|Senhor]] do [[Prado]] e [[Alcoentre]], capitão-mor da Armada que veio ao [[Brasil colônia|Brasil]] em 1530.{{nota de rodapé|Na linhagem, desde o varão da primeira geração, Martim Afonso Chichorro, houve três pessoas chamadas "Martim Afonso de Sousa"}} Martim Afonso teve quatro irmãos: D. Catarina de Albuquerque, D. Isabel de Albuquerque, João Rodrigues de Sousa (capitão da Armada do Estado Português da Índia) e Pero Lopes de Sousa (capitão na Armada comandada pelo irmão mais velho, que chegou ao Brasil em 1530).<ref name="linhagem">{{citar web|URL=http://www.cham.fcsh.unl.pt/ext/files/varia/tese_alexandrapelucia.pdf|título=Martim Afonso de Sousa e a sua Linhagem|formato=PDF| autor=Alexandra Maria Pinheiro Pelúcia|publicado=Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa|ano=2007 (Lisboa)|wayb= 20150414011216}}</ref>{{p|<sup>p.411- VII</sup>}}
Linha 33:
 
Iniciou sua carreira de homem de mar e guerra ao serviço de Portugal em [[1531]] na armada que o rei determinou mandar ao Brasil, nomeado desde fins 1530, por ser primo-irmão de D. [[António de Ataíde, 1.º Conde da Castanheira|Antônio de Ataíde]], membro do Conselho Real, e por ter a amizade e confiança de El-Rei.
 
[[Ficheiro:Martimafonsodesouza.png|thumb|esquerda|250px|Martim Afonso de Sousa]]
Vivera quatro anos na Espanha, onde se casou com D. Ana Pimentel, dama da Rainha Católica,'' filha de D. Pedro Pimentel, senhor de Tavara, o qual morreu em 6 de fevereiro de [[1504]], e irmã de D. Bernardino Pimentel, 1º Marquês de Tavara. Dado que o pai já havia falecido, a noiva foi dotada pelo irmão, com a assistência do tio, D. Rodrigo Afonso Pimentel, 3º conde de Benavente, sendo o contrato de casamento firmado em Tordesilhas em1523.'' {{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
A [[historiografia]] tradicional brasileira encara sua expedição como a primeira expedição [[colónia|colonizadora]]. Levava Regimento para expulsar os franceses da costa brasileira, colocar padrões de posse desde o Rio Maranhão até ao [[Rio da Prata]], o qual não alcançou em função de ter naufragado antes, e dividir a costa brasilera em capitanias medidas em léguas de costa que seguidamente El-Rei concederia a [[Donatário|donatáriosdonatário]]s.
 
Estava autorizado a escolhe para si mesmo cem léguas de costa da melhor terra e outras oitenta para seu irmão mais novo Pero Lopes de Sousa.
 
Fundou em 22 de Janeiro de 1532 a primeira vila do Brasil, batizando-a de São Vicente, uma homenagem a [[Vicente de Saragoça|São Vicente Mártir]], por ser o dia consagrado a este santo, confirmando o nome dado por [[Gaspar de Lemos]] trinta anos antes, [[Ilha de São Vicente (Brasil)#História|quando chegou àquela ilha]], coincidentemente, em 22 de janeiro de 1502.
Linha 57:
Na região do planalto, na aldeia de Piratininga governada pelo Cacique [[Tibiriçá]] fundaram os jesuítas, por ordem do Padre Manuel José da Nóbrega, o Colégio de S.Paulo, destinado à conversão dos índios, qual esteve na origem da atual [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]].
 
Combateu [[corsário]]s [[França|franceses]] no litoral e foi agraciado pela coroa portuguesa, sob o reinado de [[D. João III]], como capitão-donatário de dois lotes de terras no Brasil: os dois lotes da [[capitania de São Vicente]]. Desde outubro de 1532, recebera comunicação do rei de que o imenso território seria dividido em extensas faixas de terras: as [[capitanias hereditárias]]. Na ocasião, foram-lhe doadas cem léguas na costa e recebeu autorização de retornar a Lisboa.
 
Sua expedição trouxe para o Brasil, como ferreiro contratado por dois anos, para prover as necessidades de [[ferro]] da expedição e da colônia, o mestre Bartolomeu Fernandes, também conhecido como Bartolomeu Gonçalves e Bartolomeu Carrasco. Terminado o contrato, mestre Bartolomeu fixou-se em solo paulista, tornando-se proprietário do sítio dos Jeribás e instalando, nas margens do Jurubatuba, afluente do rio Pinheiros, na [[Santo Amaro (distrito de São Paulo)|vila de Santo Amaro]], a primeira forja no Brasil para produção de aço - fato mencionado pelo padre [[José de Anchieta]], em 1554. Com quatro operários conseguiu-se produzir e forjar cem quilogramas de ferro em seis ou sete horas, consumindo quatrocentos e cinquenta quilogramas de carvão vegetal.
Linha 89:
#Pedro ou [[Pero Lopes de Sousa]], [[Lista de senhorios em Portugal|Senhor]] de [[Alcoentre]] e Tabarro e Alcaide-mor de Rio Maior.
#[[Lopo Rodrigues de Sousa]], morto ao acompanhar o pai à Índia.
#[[Rodrigo Afonso de Sousa]] que entrou na Ordem de S. Domingos e professou como Frei António de Sousa. Foi eleito Prior de S. Domingos em Lisboa, Provincial no ano de 1550, Mestre da Ordem e pregador do rei D. Filipe II. Em [[1580]] passou a Roma, ao [[Capítulo Geral]] da Ordem. Foi nomeado Vigário geral da Ordem dos Pregadores em [[1594]] pelo Papa [[Clemente VIII|Clemente VIII.]]. Foi nomeado Bispo de Viseu em [[1595]], tendo governado com prudência. Morreu em maio de [[1597]].
#[[Gonçalo Rodrigues de Sousa]], morto sem sucessão.
#D. Inês Pimentel, casada com D. [[António de Castro, 4.º Conde de Monsanto]].