Pax deorum: diferenças entre revisões

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Trata-se de um conceito central para a compreensão das relações entre política e religião no interior do [[Roma Antiga|Estado romano]], por um lado, e entre a religião romana e outras religiões, de outro. A antiquidade desse conceito é atestada tanto pela sua presença já em [[Plauto]],<ref>Plauto, ''Mercator'' 678; [[Lutécio]], ''De rerum natura'' V, 1227; [[Lívio]], III 5, 14.</ref> como na sua recorrente espressão nas fórmulas [[Direito romano#Período Arcaico|arcaicas]] de ''pax divom'' ou ''pax deum'', juntamente com a [[Direito romano#Período clássico|clássica]] ''pax deorum''. Juntamente com sua [[antítese]], ''ira deorum'' ("ira dos deuses"), a ''pax deorum'' liga-se à ideia arcaica de que entre homens e deuses existisse uma relação insondável, e, por isso, o homem poderia incorrer, não obstante a sua boa-fé, na ira das divindades, frequentemente apenas em razão de imprecisões na execução dos ritos (''religio''). O erro no ritual (''vitium'') e a negligência nas práticas religiosas conduziriam à desarmonia com a divindade e à ''ira deorum''.
 
Somente em uma condição de ''pax deorum'', os deuses, gratificados pelo respeito e pela reverência dos homens, garantiriam saúde, prosperidade e proteção, em caso de guerra, a Roma e a seus cidadãos. Em caso de ruptura dessa relação, acreditava-se que pudessem advir doenças, desventuras e derrotas.<ref name=zetesis/> É importante observar também que a ''pax deorum'' liga-se à ''concordia civium'' (concórdia civil) no interior da sociedade, isto é, a paz entre as várias [[classes sociais]].
<!-- la funzione di far mantenere la ''Pax deorum'' all'interno della società era affidata al collegio dei [[pontefice (storia romana)|pontefici]] che affiancava spesso il ''[[rex (storia romana)|rex]]'' in ogni sua scelta e che la ''Pax deorum'' è collegabile anche al raggiungimento della ''concordia civium'' (concordia civile) all'interno della società cioè la pace tra le varie [[classi sociali]].
 
A função de mater a ''pax deorum'' no interior da sociedade era confiada ao [[Colégio dos Pontífices]], que frequentemente auxiliava o ''[[Lista de reis de Roma|rex]]'', o supremo magistrado que governava Roma, em suas escolhas.
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È opportuno sottolineare che la commissione di un [[delitto]] da parte di un ''cives'', arrecava grave offesa agli dei, provocandone l'ira (secondo le comuni convinzioni di quel tempo) nei confronti della comunità. Onde evitare la reazione divina, si rendeva sostanzialmente necessario sopprimere il colpevole, oppure (nei casi meno gravi) [[sacrificio|sacrificare]] alla divinità un animale a titolo di [[espiazione]]. Successivamente, in età classica, il colpevole veniva dichiarato ''[[Homo sacer|sacer]]'', cioè gli veniva tolta la protezione degli dei sicché potesse essere ucciso da un qualunque vendicatore. -->