São Francisco do Sul: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 134:
== Cultura ==
=== Museus ===
==== ''Museu Nacional do Mar'' ====
O [[Brasil]] tem um imenso litoral com quase 8.000 km. Some-se a isso as grandes bacias hidrográficas formadas por rios, lagoas e lagos. Por força da utilização pelo homem desses recursos naturais como meio de sobrevivência, existem mais de 250 estilos de embarcações, mais de 100 tipos de canoas, dezenas de espécies de jangadas. O que faz Brasil o mais rico do mundo em tipos de embarcações. O [[Museu Nacional do Mar]] foi criado justamente para preservar um número significativo de embarcações, instrumentos navais e apetrechos de bordo, valorizando a arte e o conhecimento dos homens que vivem das águas. Situado na Ilha de São Francisco do Sul, berço da mais antiga povoação de Santa Catarina, o Museu do Mar ocupa amplos e centenários galpões com mais de 7.000 m². A arquitetura eclética tem influência alemã, com impressionante estrutura de madeira, e está implantada à beira da [[Baía da Babitonga]]. Pelo acervo atual, pelo trabalho que vem sendo desenvolvido e pelo seu potencial, o Museu do Mar já é o mais importante da [[América Latina]] e será o de maior variedade do mundo. Orgulho de Santa Catarina e do Brasil, um lugar para visitantes de todas as idades.
 
==== ''"Palácio da Praia do Motta"'' ====
O [[Museu]] Histórico de São Francisco do Sul, localizado a Ruarua Cel.Coronel Carvalho, é uma das mais antigas edificações da Ilha de São Francisco. Construído no final do século [[XVIII]], foi utilizado, segundo o costume da época, como Câmara dos Vereadores e Cadeia Pública, sendo que, serviu de prisão á líderes revolucionários por ocasião da [[Guerra do Contestado]], era conhecido na época como "Palácio da Praia do Mota". O Museu Histórico Municipal, abriga em suas salas e celas, vários objetos doados pela comunidade francisquense, tais como: documentos, plantas, jornais e utensílios, comuns ao dia a dia dos antepassados do povo francisquense. A história da comunidade francisquense, é belamente ilustrada, nas varias fotografias inseridas nas paredes das celas, sendo que no pátio exterior, encontram-se expostos moinhos de cana e mandioca, bem como, uma máquina utilizada na fabricação de telhas, e um carro fúnebre do início do século, além disso, existe também uma, cela solitária, que era utilizada na detenção de doentes mentais e perigosos criminosos.
 
==== Forte Marechal Luz ====
Linha 144:
 
==== Mercado Público Municipal ====
O prédio do [[Mercadomercado Municipalpúblico municipal]], após quatro anos de construção, foi inaugurado em [[20 de janeiro]] de [[1900]], na administração do [[Luís Gualberto]]. O atendimento ao público era realizado através de uma bateria de boxe na área central e outra na parte externa da edificação, servindo como centro comercial de São Francisco do Sul por várias décadas. As acomodações para comercialização de pescados foram concluídas em [[1928]], anexas ao prédio principal. Os produtos agrícolas oriundos do [[Distrito do Saí]] e a produção pesqueira artesanal da [[Baía da Babitonga]], foram sempre preferidos pela população francisquense. O conjunto arquitetônico do mercado municipal foi restaurado em [[1976]], na administração do José Schmidt, ficando o atendimento restrito a sua parte interior, diversificado em produtos e serviços, com predominância para o artesanato e lembranças locais.
 
==== Igreja Matrizmatriz ====
Em 1768, a população decidiu construir o novo templo. A melhora financeira decorrente da tributação sobre farinha, peixe e aguardente permitia o empreendimento. A construção ficou a cargo do pedreiro Caetano Gomes da Costa. A cobertura foi feita em 1793, com o apoio financeiro da população.
 
Linha 163:
Originalmente construída em [[Veneza|estilo veneziano]] e com uma só torre, a igreja matriz "Nossa Senhora da Graça" sofreu diversas modificações que a descaracterizaram, ignorando-se a que estilo ficou pertencendo. A última delas foi a edificação de uma torre mandada executar pelo Vigário da Paróquia, Frei Sebaldo, com mão-de-obra contratada ao Kurt Kamradt. As despesas com a construção da torre, foram cobertas com donativos deixados em testamento por José Basílio Corrêa.
 
==== Casarões Históricoshistóricos ====
Prédios quase tão antigos quanto à cidade encontram-se distribuídos pelas ruas de São Francisco do Sul, criando um ar melancólico, trazendo saudades de um tempo que já passou e não volta, deslumbrando turistas que deixam transparecer a emoção em seus rostos ao desfrutarem da beleza visual da Ilha de São Francisco. Essas inúmeras casas e sobrados, eram construídos com os materiais mais abundantes daquela época: pedras, areia, argamassa de conchas e [[óleo de baleia]]. Engenhosos frutos da soberba arquitetura colonial açoriana, que por muitas gerações tem sido o lar de tradicionais famílias francisquenses, tombados como [[Patrimônio histórico|patrimônios histórico]], são um pequeno pedaço da história da colonização do sul do Brasil.
 
===== ''Casarão da Família Rhinow'' =====
Casa construída aproximadamente na década de [[1850]] por colonizadores alemães e servindo na época como chácara. Nos idos de [[1920]] pertenceu à [[Igreja Luterana]], onde funcionou uma escola de língua alemã e jardim de infância. Mede aproximadamente 396 metros quadrados, possui 12 quartos e segue o [[estilo arquitetônico germânico]]. As palmeiras plantadas defronte ao casarão, remontam à época da construção. A edificação pertence há mais de 50 anos à família Rhinow. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em Outubro de [[198]]61986 e não se encontra aberta à visitação pública.
 
===== ''Casarão dos Görressen'' =====
[[Faber Marcos Jonhson Görressen]], nascido em [[23 de Junho]]junho de [[1826]] na cidade [[Noruega|norueguesa]] de [[Trondheim]], com mais 73 amigos viajavam para a Califórnia, na América do Norte, quando o navio sofreu avarias e arribou no [[Porto do Rio de Janeiro]]. Impedidos de prosseguir a viagem foram convidados pela Companhia Hamburguesa, que estava recrutando interessados para a implantação da Colônia Dona Francisca e aceitando o desafio, desembarcaram na dita paragem juntamente com os colonos vindas da Alemanha, em [[9 de Março]] de [[1851]]. Tendo passado pela cidade de São Francisco e constatado o seu desenvolvimento, aqui se estabeleceu com casa comercial na Rua Babitonga, esquina com [[Julia Korbes Perera]], até a transferência final para o casarão, mandado construir conforme seu gosto e desejo, onde em 1873 instalou na parte inferior a casa comercial e na superior a sua suntuosa residência. Tendo casado com Carolina Schneider, uma alemã da Colônia Dona Francisca, teve diversos filhos, sendo os mais conhecidos: Marcos Görressen (influente industrial e político francisquense), Olímpio Görressen, Carolina Görressen, que casou com Joaquim Portela, Emília Görressen, que desposou Pedro Celestino de Araújo e Laura Görressen, que contraiu núpcias com Antônio Oliveira Filho. Faber Marcos Jonhson Görressen, veio a falecer em [[23 de Maio]]mio de [[1878]], contemplando da janela de seu quarto, no ainda recém-construído casarão, toda a beleza da contagiante Baía da Babitonga.
 
=== Lendas ===
A seguir algumas das lendas que compõem o folclore do município de São Francisco do Sul<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20050317002603/http://www.cfh.ufsc.br/~allysson/index2.html|titulo=Lendas da Ilha (lendas francisquenses)|ultimo=Vieira|primeiro= Allysson Sérgio |data=2005|acessodata=15 de maio de 2013}}</ref>:
==== ''A Lendalenda da Carroçacarroça sem Cavalo''cavalo ====
Nas noites de inverno, quando o frio nevoeiro que vinha do mar descia sobre a cidade, as pessoas que moravam em uma certa rua de São Francisco, denominada hoje Rua Dez, eram acordadas nas altas horas da madrugada, com o barulho de uma inconveniente [[carroça]].
 
Essa carroça se locomovia de forma tão lenta, que os moradores, já irritados, levantavam-se de suas camas para verificar o que estava acontecendo. Quando abriam as janelas de suas casas para espiar quem era o responsável por tamanho incômodo, tinham um tremendo susto. A carroça não tinha cavalo! Dentro da carroça, panelas velhas, baldes amassados, chaleiras e bules, alguns pendurados no lado de fora da carroça, eram os responsáveis pelo tremendo barulho. As pessoas escondiam-se em suas casas, assombradas com tamanha manifestação do outro mundo, esperando que a carroça e o barulho desaparecesse lá longe.
 
==== ''A Lendalenda da Escravaescrava Maria'' ====
Nos anos em que a [[escravidão]] era a responsável pela movimentação da [[economia]] francisquense, uma escrava chamada Maria, sem entender a razão pela qual foi tirada de sua gente, e trazida a um mundo estranho onde era espancada no pelourinho, o ódio crescia em seu coração.
 
Linha 188:
O Criador, com pena da pobre escrava, transformou-a numa linda [[orquídea]], que floresce todas as manhãs, quando um lindo [[beija-flor]] de asas douradas, seu filho, vem beijá-la com carinho.
 
==== ''A Lendalenda da Ilha do Cação'' ====
Há muitos anos atrás, viviam dois irmãos muito unidos, que pescavam e trabalhavam na lavoura juntos. Um desses irmãos estava noivo e prestes a casar. Em uma ilha, que hoje é chamada [[Ilha do Cação]], resolveram os dois irmãos iniciar uma nova lavoura de feijão. E obtiveram grande êxito, levando-os a dobrar a área de plantio. Numa de sua inspeções pela lavoura, encontraram uma parte destruída. Sem entender o que havia ocorrido, os dois irmãos replantaram a área e voltaram no dia seguinte. A plantação havia sido destruída novamente. Decididos a descobrir quem estava atrapalhando seu trabalho, replantaram o feijão e, escondidos, ficaram de tocaia.
 
A noite, uma grande lua iluminou toda a baía. O silêncio era total. De repente, ouviu-se um forte barulho vindo do mar, as águas tornaram-se revoltas. Os irmãos estavam tremendo de medo, quando viram sair do meio das águas duas enormes [[serpentesserpente]]s, que rastejaram em direção a plantação, destruindo tudo no seu caminho. Quando a luz da lua cheia bateu sobre as serpentes, uma transformação ocorreu. As serpentes foram transformadas em duas belas moças, que assustadas ao perceber a presença dos irmãos, tentaram fugir em direção ao mar. Uma delas fugiu, mas a outra foi presa por um dos jovens, que ao tocar a moça, ouviu essas palavras: "Você quebrou meu feitiço e agora me pertence!" O rapaz ficou apavorado, pois estava de casamento marcado. Mas a moça encantou o rapaz, que voltou ao continente, desfez seu noivado, e voltou para os braços de sua misteriosa amada, com quem deu início a uma família cujos descendentes foram muito influentes na sociedade francisquense.
 
==== ''A Lendalenda da Ilha Redonda'' ====
Em São Francisco do Sul há uma ilha, chamada pelos pescadores de [[Ilha Redonda]] devido ao seu formato. Conta-se que era muito piscosa, atraindo pescadores de vários locais.
 
Entretanto, poucos tinham a coragem de permanecer na ilha à noite, pois dominados pelo medo e o mistério que rondava a ilha ao anoitecer, lançavam suas embarcações ao mar e fugiam apavorados. Os que lá permaneciam, contavam que em noites de lua cheia, exatamente a meia-noite, quando o silêncio era quase fantasmagórico, ouvia-se a distância um solitário lenhador a abater árvores com seu machado. Meia hora depois, o "Lenhador", como passou a ser conhecido, recolhia seu machado e o silêncio tomava conta da Ilha Redonda novamente.
Linha 200:
No dia seguinte, pela fúria com que o "Lenhador" havia trabalhado na noite anterior, todos esperavam encontrar uma grande área desmatada, mas espantavam-se, pois não havia sequer uma árvore lançada ao solo por toda a ilha. Muitos, que não acreditavam nas histórias contadas por aqueles que ouviram o furor do machado do "Lenhador", iam passar uma noite na ilha e voltavam contando que realmente, em noites de lua cheia, ouvia-se nitidamente o som do machado afiado contra as árvores.
 
==== ''A Lendalenda da Roseira''roseira ====
Em uma fazenda, na Ilha de São Francisco do Sul, havia uma menina muito simpática e inocente, que morava com seus tios, pois ainda jovem, seus pais haviam falecido. Eles a tratavam mal, pois a consideravam um empecilho. No caminho que levava até a fazenda havia uma [[roseira]], que teimosamente engatava no vestido da menina, rasgando um pedaço, toda vez que ela se dirigia para a escola ou retornava para sua casa.
Como aquela situação continuava a persistir, a menina, já aborrecida, resolveu queixar-se aos seus tios. Estes não deram muita importância ao fato, e mandaram-na passar longe da roseira e assim evitar o problema.
Linha 207:
 
==== Cidade-irmã ====
* {{FRAb}} '''[[Honfleur]]''', [[França]]
 
==Galeria==