Conspiração dos Suassunas: diferenças entre revisões

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Influenciada pelas idéias do [[Iluminismo]] e pela [[Revolução Francesa]] ([[1789]]), algumas pessoas, entre as quais [[Manuel Arruda Câmara]] - membro da [[Conjuração Carioca|Sociedade Literária do Rio de Janeiro]] - , em [[1796]], fundaram a [[loja maçônica]] [[Areópago]] ([[Areópago de Itambé]]), da qual não participavam europeus.
 
As mesmas idéias e evento também eram discutidasdebatidas por padres e alunos do [[Seminário de Olinda]], fundado pelo bispo dom [[José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho]] em [[16 de fevereiro]] de [[1800]]. Esta instituição teve, entre os seus membros, o padre [[Miguel Joaquim de Almeida Castro]] (''padre Miguelinho''), um dos futuros implicados na [[revolução pernambucana de 1817]].
 
As discussões filosóficas e políticas no Areópago evoluíram para uma conjuração contra o domínio [[Portugal|português]] no [[Brasil]], com o projeto de emancipação de Pernambuco, constituindo-se uma [[república]] sob a proteção de [[Napoleão Bonaparte]]. Integravam o grupo de conspiradores os irmãos Cavalcanti – [[Luís Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque|Luís Francisco de Paula]], [[José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque]] e [[Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque|Francisco de Paula]] –, o último sendo proprietário do ''Engenho Suassuna'', que daria nome ao movimento.
 
A [[21 de Maio]] de [[1801]], um delator informou às autoridades da capitania os planos dos conjurados, o que conduziu à detenção de diversos implicados. Instaurado o processo de devassa, entretanto, vieram a ser absolvidos mais tarde, por falta de provas. O aerópagotomanokuaerópago foi fechado em [[1802]], reabrindo pouco mais tarde sob o nome de ''Academia dos Suassunas'', com sede no mesmo engenho, palco das reuniões dos antigos conspiradores.
 
O episódio é pouco conhecido na [[historiografia]] em [[História do Brasil]], uma vez que a devassa correu em sigilo à época, devido à elevada posição social dos implicados.