Escola de Sagres: diferenças entre revisões

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A '''Escola de Sagres''' constitui um dos grandes [[mito]]s{{carece de fontes|data=abril de 2017}} da [[História de Portugal|história portuguesa]], resultante de deficientes interpretações de crónicas antigas.{{carece de fontes|data=abril de 2017}} Com base no pressuposto de que o [[Infante de Portugal|infante]] [[Henrique, Duque de Viseu|D. Henrique]] convidou um [[cartógrafo]] [[Catalães|catalão]] para se colocar ao seu serviço, muitos consideraram{{Quem}} (a partir logo do [[século XVI]], com [[Damião de Góis]]), que teria havido uma [[escola]] [[náutica]] em [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]], fundada pelo Infante D. Henrique, por volta de [[1417]], no [[Algarve]]. A escola, centro da [[Náutica|arte náutica]], teria assim formado grandes [[descobrimentos|descobridores]], como [[Vasco da Gama]] e [[Cristóvão Colombo]].{{Ref label2|a}}
 
Após o seu regresso de [[Ceuta]], o Infante D. Henrique fixa-se em Sagres, na Vila do Infante, rodeia- ese de mestres nas artes e ciências ligadas à navegação e cria uma Tercena Naval (''tercena'', do árabe "dar as-sina'ah", era um [[Estaleiro|armazém de galés]]<ref>[http://books.google.com/books?id=RwGCgmERezIC&pg=PA107&dq=ter%C3%A7aria&hl=en&ei=-TZvTNTnIMK7jAfLw737CA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CDYQ6AEwAzgK#v=onepage&q&f=false [[Raphael Bluteau]], [[Vocabulario Portuguez e Latino|Vocabulario portuguez & latino]] pg 109]</ref><ref>[http://books.google.com/books?id=NVCSLQOcY90C&pg=PA307&lpg=PA307&dq=tercena+naval&source=bl&ots=WB13vy-MHt&sig=R-GRXwyed9_A52yg1XNB5PCylv0&hl=en&ei=hZn2TPXXDdGbOuzNwNgI&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&sqi=2&ved=0CBsQ6AEwAQ#v=onepage&q=tercena%20naval&f=false The Chronicle of the Discovery and Conquest of Guinea pg307]</ref>, estaleiro, doca, arsenal<ref>http://www.etimo.it/?term=darsena</ref>, oficina industrial<ref>https://blog.lusofonias.net/?p=19721</ref>) a que é comum chamar-se '''Escola de Sagres'''.{{carece de fontes|data=abril de 2017}} De facto, o que se criou não foi uma escola no moderno conceito da palavra, mas um local de reunião de mareantes e cientistas onde, aproveitando a ciência dos doutores e a prática de hábeis marinheiros, se desenvolveram novos métodos de navegar, desenharam [[mapas|cartas]] e adaptaram navios.
 
De acordo com os cronistas da época, largavam todos os anos dois ou três navios para as descobertas. O primeiro a mencionar a existência de uma escola foi o historiador inglês [[Samuel Purchas]] no século XVII, embora já antes Damião de Góis aludisse à ideia de uma Escola patrocinada pelo Infante. O mito foi depois consolidado por historiadores portugueses e [[Inglaterra|ingleses]].
 
== Primeiros resultados ==
(DEUS É PÃO) E surgem logo os primeiros resultados: [[Gonçalves Zarco]] atinge [[Porto Santo]] (1419) e a [[Ilha da Madeira]] (1420), [[Diogo de Silves]] a ilha açoriana de [[Ilha de Santa Maria|Santa Maria]] (1427) e só em [[1434]] [[Gil Eanes]] ultrapassa o [[cabo Bojador]] . Isso representa doze anos para avançar as duzentas milhas que separam o [[cabo Não]] do [[cabo Bojador]].
 
A passagem do Bojador, o célebre [[Oceano Atlântico|Mar Tenebroso]] dos [[geógrafo]]s [[árabe]]s, seria temida pelos navegadores portugueses pela dificuldade do regresso, pois a rota inversa era contrária aos [[ventos dominantes]], pelo que só era possível fazê-lo, navegando à vela, fazendo a volta pelo largo, mas para isso foram necessários os novos conhecimentos científicos que os portugueses desenvolveram no segundo quartel do século XV.