Circuito impresso: diferenças entre revisões

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Em circuitos de alta velocidade é comum se empregar placas multicamadas, pois os outros tipos apresentam maior influência do efeito de acoplamento por impedância-comum. É recomendado que as trilhas em camadas subsequentes sejam traçadas formando ângulos de 90°, diminuindo os acoplamentos indesejáveis dos sinais.<ref>{{citar livro|título=Interferência Eletromagnética|ultimo=Sanches|primeiro=Durval|editora=Interciência|ano=2007|local=Rio de Janeiro|páginas=124|acessodata=24/04/2017}}</ref>
 
= Reciclagem dasde Placas de Circuito Impresso =
 
As placas de circuito impresso estão presentes em praticamente todos os equipamentos da indústria de eletroeletrônicos e são importantes componentes dos computadores. Dentro do gabinete (torre de computador) existe um conjunto de placas de circuito impresso, como a placa mãe, placa de rede, placa de modem e placa de vídeo, que estão presente em praticamente 90% dos computadores. O material que compõe a base, chamada laminado, de uma placa de circuito impresso, pode ter diferentes composições, alguns exemplos são: fenolite (papelão impregnado com uma resina fenólica), [[fibra de vidro]], [[Composite (material)|composite]] (mistura de resina fenólica com a fibra de vidro) e cerâmicos. O laminado é recoberto por uma fina camada de cobre, sobre a qual são montados os componentes eletrônicos. As conexões entre os componentes ocorrem do lado recoberto com cobre através de caminhos condutores. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Gerbase|primeiro=Annelise Engel|ultimo2=Oliveira|primeiro2=Camila Reis de|titulo=Recycling of e-waste: an oportunity for chemistry|jornal=Química Nova|volume=35|numero=7|paginas=1486–1492|issn=0100-4042|doi=10.1590/S0100-40422012000700035|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-40422012000700035&lng=en&nrm=iso&tlng=pt}}</ref>
 
Os equipamentos eletrônicos contêm várias frações de materiais valiosos sendo que a maioria destas substâncias está nas placas de circuito impresso. As quantidades de metais valiosos são significativas considerando-se, por exemplo, que a concentração de ouro existente na PCI é superior à encontrada no minério de ouro bruto
 
O tratamento de uma placa de circuito impresso (PCI) é complexo, assim, várias tecnologias têm sido desenvolvidas ou aprimoradas para a reciclagem deste componente. Os processos para reciclagem de uma PCI podem ser mecânicos, químicos ou térmicos. Os principais processos são os mecânicos (cominuição, classificação e separação), pirometalúrgicos, hidrometalúrgicos, eletrometalúrgcos e biometalúrgicos. Dentre os tratamentos possíveis, o tratamento mecânico é o menos agressivo ao meio ambiente e aos seres humanos por gerar menos resíduos contaminantes.
 
As diferenças na gestão do lixo eletrônico entre os países desenvolvidos e os emergentes são visíveis. Países da África, Ásia e América Central e do Sul não possuem estratégias e tecnologias para o recolhimento e tratamento do lixo eletrônico. No Brasil são poucas as empresas especializadas na reciclagem de equipamentos eletrônicos e a completa reciclagem do lixo eletrônico ainda não ocorre no país. As placas de circuito impresso são trituradas e exportadas para outros países, tais como Canadá, Bélgica e Cingapura. O refino dos metais não é feito no Brasil, pois necessita alto investimento financeiro e uma grande quantidade de sucata para se tornar economicamente viável. Dos diversos processos e tecnologias utilizadas no tratamento do lixo de informática, a parte mais complexa e cara é a recuperação dos metais presentes nas placas de circuito impresso, pois envolve processos metalúrgicos que demandam uma elevada quantidade de energia. Portanto, os processos mecânicos, que são mais baratos que os processos metalúrgicos, utilizam equipamentos mais simples e de mais fácil operação, são os realizados no Brasil. Através do processamento mecânico pode-se obter um concentrado de metais que ultrapassa os teores de metais presentes nos respectivos minérios. Por exemplo, após as etapas de cominuição e classificação granulométrica das PCIs obtém-se uma fração de concentrado com cerca de 24% de cobre, enquanto que no minério o valor varia de 1 a 3% de cobre. Obtido o concentrado de metais este pode, então, ser vendido para uma metalúrgica para o devido refino.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Gerbase|primeiro=Annelise Engel|ultimo2=Oliveira|primeiro2=Camila Reis de|titulo=Recycling of e-waste: an oportunity for chemistry|jornal=Química Nova|volume=35|numero=7|paginas=1486–1492|issn=0100-4042|doi=10.1590/S0100-40422012000700035|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-40422012000700035&lng=en&nrm=iso&tlng=pt}}</ref>
 
== {{Ver também}} ==