Evgeni Zamiatin: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Fontes e novas informações
Linha 1:
{{Info/Escritor
[[Ficheiro:Kustodiev Zamyatin.jpg|thumbnail|250px|Retrato de Yevgeny Zamyatin pintado por [[Boris Kustodiev]].]]
|nome = Yevgeny Zamyatin
|imagem = Kustodiev Zamyatin.jpg
|imagem_tamanho = 280px
[[Ficheiro:Kustodiev Zamyatin.jpg|thumbnail|250px|legenda = Retrato de Yevgeny Zamyatin pintado por [[Boris Kustodiev]].]]
|nome_nativo =
|data_nascimento = {{dni|1|1|1884|si}}
|local_nascimento = [[Lebedian]], [[Rússia]]
|data_morte = {{morte|10|3|1937|1|1|1884}}
|local_morte = [[Paris]], [[França]]
|nacionalidade = {{RUSb}} [[russos|russo]]
|alma_mater =
|ocupação = [[Escritor]]
|gênero = [[Ficção científica]]<br/>[[Sátira]]
|magnum_opus = ''[[Nós (romance)|Nós]]'' (1920)
|influências = [[H. G. Wells]]
|ingluenciou = [[George Orwell]], [[Aldous Huxley]], [[Ray Bradbury]]
|prémios =
}}
'''Yevgeny Ivanovich Zamyatin''' (Евге́ний Ива́нович Замя́тин por vezes traduzido para [[língua portuguesa|português]] como '''Eugene Zamyatin''' ou '''Eugene Zamiatine''' ou '''Ievguêni Zamiátin''') ([[Lebedian]], [[1 de fevereiro]] de [[1884]] - [[Paris]], [[10 de março]] de [[1937]]) foi um [[escritor]] [[Rússia|russo]], famoso pelo seu romance ''[[Nós (romance)|Nós]]'', a história de um futuro [[distopia|distópico]] que influenciou os [[romance]]s ''[[Admirável Mundo Novo]]'', de [[Aldous Huxley]], [[1984 (livro)|1984]], de [[George Orwell]] e ''[[Anthem (livro)|Anthem]]'', de [[Ayn Rand]].
 
Zamyatin também escreveu vários contos, na forma de [[contos de fadas]], que constituíram uma crítica satírica do regime [[comunismo|comunista]] russo. Um exemplo é uma história na qual o presidente de câmara decide que para fazer toda a gente feliz terá de fazer toda a gente igual. Começa por forçar toda a gente, ele próprio incluído, a viver num grande quartel, depois a rapar os cabelos para ser iguais aos calvos, e finalmente a tornar-se mentalmente deficientes para igualizar os níveis de inteligência com os deficientes mentais<ref>''A Soviet Heretic: Essays by Yevgeny Zamyatin'',Edited and translated by [[Mirra Ginsburg]], University of Chicago Press 1970. Page 3</ref>.
'''Yevgeny Ivanovich Zamyatin''' (Евге́ний Ива́нович Замя́тин por vezes traduzido para [[língua portuguesa|português]] como '''Eugene Zamyatin''' ou '''Eugene Zamiatine''') ([[Lebedian]], [[1 de fevereiro]] de [[1884]] - [[10 de março]] de [[1937]]) foi um [[escritor]] [[Rússia|russo]], famoso pelo seu romance ''[[Nós (romance)|Nós]]'', a história de um futuro [[distopia|distópico]] que influenciou os [[romance]]s ''[[Admirável Mundo Novo]]'', de [[Aldous Huxley]], [[1984 (livro)|1984]], de [[George Orwell]] e ''[[Anthem (livro)|Anthem]]'', de [[Ayn Rand]].
 
O pai de Zamyatin era um sacerdote [[igreja ortodoxa russa|ortodoxo russo]] e professor e a mãe era música. Ele estudou [[engenharia naval]] em [[São Petersburgo]] de [[1902]] a [[1908]], período em que aderiu aos [[bolchevique]]s. Foi preso durante a [[revolução russa de 1905]] e exilado, mas regressou a [[São Petersburgo]] onde viveu clandestinamente até partir para a [[Finlândia]] em [[1906]] para concluir os estudos<ref name=Hesperus>{{Citar web |url=https://www.hesperuspress.com/yevgeny-zamyatin.html |título=Ievguêni Zamiátin|publicado=Hesperus Press |editor=Hesperus Press |acessadoem=3 de maio de 2017}}</ref>.
Zamyatin também escreveu vários contos, na forma de [[contos de fadas]], que constituíram uma crítica satírica do regime [[comunismo|comunista]] russo. Um exemplo é uma história na qual o presidente de câmara decide que para fazer toda a gente feliz terá de fazer toda a gente igual. Começa por forçar toda a gente, ele próprio incluído, a viver num grande quartel, depois a rapar os cabelos para ser iguais aos calvos, e finalmente a tornar-se mentalmente deficientes para igualizar os níveis de inteligência com os deficientes mentais.
 
Depois de concluir o curso e se tornar engenheiro naval, Zamyatin começou a escrever ficção como passatempo. Foi preso e exilado pela segunda vez em [[1911]], mas foi [[amnistia]]do em [[1913]]. Em [[1916]] foi para [[Inglaterra]] supervisionar a construção de [[quebra-gelos]] nos estaleiros de [[Newcastle-upon-Tyne]] e escreveu mais tarde ''The Islanders'', satirizando o modo de vida inglês<ref name=Hesperus/>.
O pai de Zamyatin era um sacerdote [[igreja ortodoxa russa|ortodoxo russo]] e professor e a mãe era música. Ele estudou [[engenharia naval]] em [[São Petersburgo]] de [[1902]] a [[1908]], período em que aderiu aos [[bolchevique]]s. Foi preso durante a [[revolução russa de 1905]] e exilado, mas regressou a [[São Petersburgo]] onde viveu clandestinamente até partir para a [[Finlândia]] em [[1906]] para concluir os estudos.
 
Ao regressar à Rússia, Zamyatin escreveu ''Ujezdnoje'' (Coisas de Província) em [[1913]], que satiriza a vida numa pequena cidade russa e lhe trouxe alguma fama. No ano seguinte, foi julgado por maltratar os militares na sua história ''Na Kulichkakh''. Continuou a contribuir para vários jornais [[socialista]]s. Depois da [[revolução russa]], editou várias revistas, deu palestras sobre a escrita e editou traduções russas de trabalhos de [[Jack London]], [[O Henry]], [[H. G. Wells]] e outros<ref name=Hesperus/><ref>Yevgeny Zamyatin: ''Letter to Stalin.'' ''A Soviet Heretic: Essays'' Chicago & London: The University of Chicago Press, 1970; pg. xii.</ref>.
Depois de concluir o curso e se tornar engenheiro naval, Zamyatin começou a escrever ficção como passatempo. Foi preso e exilado pela segunda vez em [[1911]], mas foi [[amnistia]]do em [[1913]]. Em [[1916]] foi para [[Inglaterra]] supervisionar a construção de [[quebra-gelos]] nos estaleiros de [[Newcastle-upon-Tyne]] e escreveu mais tarde ''The Islanders'', satirizando o modo de vida inglês.
 
Zamyatin apoiou a [[Revolução de Outubro]], mas tornou-se crítico da [[censura]] praticada pelos bolcheviques. Os seus trabalhos foram-se tornando cada vez mais críticos do regime e cada vez mais suprimidos à medida que a [[década de 1920]] ia avançando. Por fim, os seus trabalhos foram banidos e ele foi proibido de publicar, em especial depois da publicação de ''Nós'' num jornal de emigrados russos, em [[1927]]<ref name=Hesperus/>.
Ao regressar à Rússia, Zamyatin escreveu ''Ujezdnoje'' (Coisas de Província) em [[1913]], que satiriza a vida numa pequena cidade russa e lhe trouxe alguma fama. No ano seguinte, foi julgado por maltratar os militares na sua história ''Na Kulichkakh''. Continuou a contribuir para vários jornais [[socialista]]s. Depois da [[revolução russa]], editou várias revistas, deu palestras sobre a escrita e editou traduções russas de trabalhos de [[Jack London]], [[O Henry]], [[H. G. Wells]] e outros.
 
==Morte==
Zamyatin apoiou a [[Revolução de Outubro]], mas tornou-se crítico da [[censura]] praticada pelos bolcheviques. Os seus trabalhos foram-se tornando cada vez mais críticos do regime e cada vez mais suprimidos à medida que a [[década de 1920]] ia avançando. Por fim, os seus trabalhos foram banidos e ele foi proibido de publicar, em especial depois da publicação de ''Nós'' num jornal de emigrados russos, em [[1927]].
[[File:Eugene Zamiatine.jpg|200px|thumb|Túmulo de Yevgeny Zamyatin no "[[Cimetière de Thiais]]", lote 21, linha 5, túmulo 36.]]
 
Acabou por obter a autorização de [[José Estaline|Estaline]] para abandonar a [[Rússia]] em [[1931]], depois de [[Gorki]] ter intercedido por ele, e instalou-se em [[Paris]] com a sua mulher, onde morreu na pobreza em [[1937]], devido a um infarto, aos 53 anos<ref name=Hesperus/>.
 
== {{Ligações externas}} ==
Linha 22 ⟶ 41:
* [http://e-nigma.com.pt/criticas/nos.html Nós, por Eugene Zamiatin] uma crítica de Alexandre Beluco em [http://e-nigma.com.pt E-nigma]. Acessado em 02 de [[agosto]] de [[2007]].
 
{{Referências|col=2}}
{{DEFAULTSORT:Zamyatin, Yevgeny}}
 
{{Portal3|Biografia|Literatura|Ficção científica|Rússia}}
 
{{controle de autoridade}}
 
{{DEFAULTSORT:Zamyatin, Yevgeny}}
[[Categoria:Escritores da Rússia|Zamyatin, Yevgeny]]
[[Categoria:Escritores de ficção científica]]