Jorge Ben Jor: diferenças entre revisões

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|website = [http://www.jorgebenjor.com.br/ www.jorgebenjor.com.br]
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'''Jorge Duílio Lima Meneses''' ([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[22 de março]] de [[1945]]<ref>[http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus176399.shtm "Idade de Jorge Ben Jor gera polêmica na web"]. ''Território Eldorado''</ref>),<ref>[http://br.noticias.yahoo.com/jorge-ben-jor-nega-idade-tim-maia-alcan%C3%A7ou-221601932.html Jorge Ben Jor nega a idade que Tim Maia não alcançou]</ref>),<ref>[http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus176399.shtm "Idade de Jorge Ben Jor gera polêmica na web"]. ''Território Eldorado''</ref> conhecido como '''Jorge Ben''' e '''Jorge Ben Jor''', é um [[guitarrista]], [[cantor]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro.
 
Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: [[rock and roll]], [[samba]], [[samba rock]]{{Nota de rodapé|Termo que não gosta de usar.<ref name="Trip" />}} [[bossa nova]], [[jazz]], [[maracatu]], [[funk]], [[ska]] e até mesmo ''[[hip hop]]'', com letras que misturam [[humor]] e [[sátira]], além de temas [[esoterismo|esotéricos]]. A obra de ''Jorge Ben'' tem uma importância singular para a [[música brasileira]], por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar [[violão]], com características do [[rock]], [[soul]] e [[funk]] [[Estados Unidos|norte-americanos]]. Além disso, trouxe influências [[árabe]]s e [[África|africanas]], oriundas de sua [[mãe]], nascida na [[Etiópia]]. <ref name="Trip">{{Citar jornal|data=10/11/2009|titulo=O Homem Patropi|jornal=[[Revista Trip]] |editora=Trip Editora e Propaganda SA|volume=183|paginas=15 a 26|issn=1414-350X|url=http://revistatrip.uol.com.br/revista/183/paginas-negras/o-homem-patropi.html}}</ref>
 
Influenciou o [[sambalanço]] e foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações da [[música brasileira]], como ''[[Mundo Livre S/A]]'', ''[[Os Paralamas do Sucesso]]'', ''[[Racionais MC's]]'' e ''[[Belô Velloso]]''. Jorge Ben Jor explodiu com a música ''"[[Mas Que Nada]]"'' e, logo em seguida, ratificou seu talento com outro grande sucesso, ''"[[Chove Chuva]]"''. Duas canções que nada tinham a ver com a [[bossa nova]], nem com o [[samba]]. Os puristas achavam que sua música era moderna demais. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo, tanto assim que seus primeiros discos foram gravados com um conjunto que tocava [[jazz]] no [[Beco das Garrafas]], o ''Meirelles e os Copa 5'', liderado pelo saxofonista [[J. T. Meirelles]].
 
== História ==
[[Carioca]] de [[Madureira]], mas criado no [[Rio Comprido (bairro do Rio de Janeiro)|Rio Comprido]], ''Jorge Ben'' queria ser [[jogador de futebol]] e chegou a integrar o time infanto-juvenil do [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]]. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro [[pandeiro]] aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no [[canto coral|coro]] de [[igreja]]. Também participava como tocador de [[pandeiro]] em [[Bloco carnavalesco|blocos de carnaval]]. Aos dezoito, ganhou um [[violão]] de sua mãe e começou a se apresentar em [[festa]]s e [[boate]]s, tocando [[bossa nova]] e [[rock and roll]]. É conhecido como ''Babulina'', por conta da pronúncia do [[rockabilly]] ''"Bop-A-Lena"'' de [[Ronnie Self]] (apelido que [[Tim Maia]] tinha pelo mesmo motivo).<ref name="motta">[http://sintoniafina.com.br/pdf/noitestropicais.pdf Sintoniafina - Gazeta Mercantil, caderno Fim de Semana, Perfil, "Poeta da simpatia e da energia".] - atualiazada em 11/02/2006, pág. 5</ref> Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a [[música brasileira]] estava dividida entre a [[Jovem Guarda]] e o [[samba]] [[tradicional]], de [[letra (música)|letra]]s [[Crítica social|engajadas]]. Ao passar a ter interesse pela [[música]], o [[artista]] vivenciou uma época na qual a [[bossa nova]] predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por [[João Gilberto]], mas, desde o início, foi bastante inovador.
 
=== O início com o sucesso de "Mas que Nada" ===
No início dos [[década de 1960|anos 1960]], apresentou-se no [[Beco das Garrafas]], que se tornou um dos redutos da [[bossa nova]]. Em [[1963]], ele subiu no palco e cantou "[[Mas que Nada]]" - que já tinha gravado como [[vocalista]] do conjunto do organista Zé Maria, para uma pequena plateia, que incluía um executivo da [[gravadora]] [[Philips]]. Dois meses depois, era lançado o primeiro [[disco de vinil|compacto]] de Jorge Ben, que inclui ainda ''"Por Causa de Você Menina"''. No mesmo ano lançou o primeiro LP, ''[[Samba Esquema Novo]]'', acompanhado pelo conjunto de [[samba jazz]] ''Meirelles e os Copa Cinco''.<ref>{{Citar livro|autor=[[Tárik de Souza]]|título=Tem mais samba: das raízes à eletrônica|editor=Editora 34 |publicação=2003|páginas=16247|isbn=9788573262872}}</ref> Nessa época, Jorge Ben tornou-se unânime entre os críticos musicais da época, pois vinha com uma batida nova, o chamado [[samba rock]], que agradava ao mesmo tempo grupos extremos como a [[bossa nova]] e a [[Jovem Guarda]]. "Mas que Nada" foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos [[Estados Unidos]] até hoje, na versão do [[piano|pianista]] brasileiro [[Sérgio Mendes]] com o grupo de [[hip hop]] norte-americano [[Black Eyed Peas]]. E também foi uma das poucas a obterem êxito nesse país (como "[[Garota de Ipanema]]"), tendo ainda sido regravada por artistas como [[Ella Fitzgerald]], [[Dizzy Gillespie]], [[Al Jarreau]], [[Herb Alpert]], [[José Feliciano]], [[Trini Lopez]] e [[Coldplay]] (este, no festival [[Rock in Rio]] [[2011]]). Outras composições como "[[Zazueira]]" e "Nena Naná" fizeram relativo sucesso no país.
Nessa época, Jorge Ben tornou-se unânime entre os críticos musicais da época, pois vinha com uma batida nova, o chamado [[samba rock]], que agradava ao mesmo tempo grupos extremos como a [[bossa nova]] e a [[Jovem Guarda]]. ''"Mas que Nada"'' foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos [[Estados Unidos]] até hoje, na versão do [[piano|pianista]] brasileiro [[Sérgio Mendes]] com o grupo de [[hip hop]] norte-americano [[Black Eyed Peas]]. E também foi uma das poucas a obterem êxito nesse país (como "[[Garota de Ipanema]]"), tendo ainda sido regravada por artistas como [[Ella Fitzgerald]], [[Dizzy Gillespie]], [[Al Jarreau]], [[Herb Alpert]], [[José Feliciano]], [[Trini Lopez]] e [[Coldplay]](Este, no festival [[Rock in Rio]] [[2011]]). Outras composições como ''"[[Zazueira]]"'' e ''"Nena Naná"'' fizeram relativo sucesso no país.
 
=== Era de Festivais e fase esotérica-experimental ===
Em [[1968]], Jorge Ben foi convidado para o programa [[Divino, Maravilhoso]] que [[Caetano Veloso]] e [[Gilberto Gil]] faziam na [[Rede Tupi]]. Ele também participou de [[Show Dois na Bossa|"O Fino da Bossa"]] (comandado por [[Elis Regina|Elis Regina]] e [[Jair Rodrigues]]) e da [[Jovem Guarda]] (de [[Roberto Carlos]]). Nesta época, Jorge Ben obteve enorme sucesso com as músicas "[[Cadê Tereza?]]", "[[País Tropical]]", "[[Que Pena]]" e "[[Que Maravilha]]", além de concorrer com "[[Charles, Anjo 45]]" no [[festival]] ''Internacional da Canção'', da [[TV Globo]], em [[1969]]. Na [[década de 1970]], venceria este festival com "[[Fio Maravilha (canção)|Fio Maravilha]]", interpretado por [[Maria Alcina]]. ''"País Tropical"'' também teve êxito, na voz de [[Wilson Simonal]]. Ainda nos [[anos 1970]], ''Jorge Ben'' lançou álbuns mais esotéricos e [[Música experimental|experimentais]], como ''[[A Tábua de Esmeralda]]'' ([[1974]]), ''[[Solta o Pavão]]'' ([[1975]]) e ''[[África Brasil]]'' ([[1976]]). Embora não tenham obtido sucesso comercial, estes álbuns são, hoje, considerados clássicos da [[música brasileira]].
 
=== Mudança de nome e fase pop ===
Na década seguinte, ''Jorge Ben'' dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em [[1989]], ele mudou o [[nome artístico]] de "''Jorge Ben''" para "''Jorge Benjor''", logo depois alterado para "''Jorge Ben Jor''". Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela [[numerologia]], mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o [[músico]] [[Estados Unidos|americano]] [[George Benson]], pois ''Jorge Ben'' estava começando a se tornar muito conhecido nos [[Estados Unidos]] na época.<ref>O alquimista lança o som do verão Revista Veja (24 de novembro de 1993).</ref> Nesta nova fase, sua música tornou-se mais [[música pop|pop]], ainda que com [[estilo]] ''[[groove]]''. Ele afirma ter começado a usar [[guitarra elétrica]] por não conseguir ouvir o som do [[violão]] nos ''shows''.<ref>[http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/jorge-ben-jor-cade-o-novo-do-preferido-da-mpb- Jorge Ben Jor: cadê o novo do preferido da MPB?]</ref> Sua música ''"[[W/Brasil (Chama o Síndico)]]"'', lançada em [[1990]], estourou nas pistas de dança em [[1991]] e [[1992]], tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao [[cantor]] [[Tim Maia]]. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal de [[Washington Olivetto]], proprietário da [[agência de propaganda]] ''[[W/Brasil]]'', que lhe pediu para criar uma música sobre a agência. Em [[2004]], ''Jorge Ben Jor'' lançou ''[[Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum)]]'', primeiro álbum com canções inédita desde [[1995]].

Ainda na ativa, seus ''shows'' costumam durar cerca de três horas, para plateias formadas principalmente por jovens.{{Carece de fontes}} Fez uma participação especial no [[DVD]] ''[[1000 Trutas, 1000 Tretas (vídeo)|1000 Trutas, 1000 Tretas]]'', do grupo de ''[[rap]]'' [[Racionais MC's]], onde cantou a música ''"Abenção Mamãe, Abenção Papai"''.
 
== Discografia ==
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* MORAIS JUNIOR, Luís Carlos de. ''O Sol nasceu pra todos: A História Secreta do Samba''. Rio de Janeiro: Litteris, 2011.
 
 
== Ligações externas ==
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