Grande Vale do Rifte: diferenças entre revisões

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O '''Vale do Rift''' ou '''Grande Vale do Rift''' é um complexo de falhas [[tectônicas]] criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das [[placa tectónica|placas tectônicastectónicas]] [[placa africana|africana]] e [[placa arábica|arábica]], um [[rifte]]. Esta estrutura estende-se no sentido norte-sul por cerca de 5000 km, desde o norte da [[Síria]] até ao centro de [[Moçambique]], com uma largura que varia entre 30 e 100 km e, em profundidade de algumas centenas a milhares de metros.
 
A secção norte forma o vale do [[rio Jordão]], que corre para sul através do [[mar da Galileia]] até ao [[mar Morto]]. O Vale do Rift continua para sul, através do Wadi Arabah, [[golfo de Aqaba]] e [[mar Vermelho]]. Na desembocadura sul do mar Vermelho, o Rift tem uma bifurcação, formando o [[Triângulo de Afar]] (a rosa mais escuro no mapa abaixo): o [[golfo de Aden]], para leste, corresponde à divisão entre a [[península da Arábia]] e [[África]] e continua como parte da [[cordilheira Central]] do [[oceano Índico]]; o outro ramo segue para sudoeste através do [[Djibouti]], para formarfomar o vale do Rift Oriental, que abrange a [[Etiópia]], o [[Quénia]], a [[Tanzânia]], o [[lago Niassa]] e o [[rio Chire]], terminando no [[Zambeze]].
 
[[Imagem:EAfrica.png|thumb|esquerda|O vale do Rift e o Triângulo de Afar (em rosa escuro)]]
Na Tanzânia, pouco a norte do lago Niassa, o vale divide-se mais uma vez, com um ramo que segue para noroeste e depois para norte, formando o [[lago Tanganyika]], que faz a fronteira entre a [[República Democrática do Congo]], a Tanzânia e o [[Burundi]], a seguir [[lago Kivu]], que separa o [[Ruanda]] do Congo, os lagos [[Lago Eduardo|Eduardo]] e [[lago Alberto]], com uma das nascentes do rio [[Nilo]], que o separam do [[Uganda]] e que é chamado Rift Ocidental ou Albertino, onde se encontra a maioria dos [[grandes lagos Africanos]], já mencionados. O [[lago Vitória]] encontra-se entre os dois ramos do vale do Rift.
 
Os rebordos do vale do Rift são formados por [[cordilheira]]s onde se encontram os pontos mais altos do continente, incluindo os Montes [[Virunga]], [[Mitumba]] e [[Ruwenzori]]. Muitos dos seus picos têm (ou tiveram no passado) atividadeactividade vulcânica, como os montes [[Kilimanjaro]], [[Monte Quénia|Quénia]], [[Karisimbi]], [[Nyiragongo]], Meru e Elgon, assim como as ''Crater Highlands'' na Tanzânia. O [[vulcão]] Ol Doinyo Lengai continua ativoactivo, sendo o único vulcão de natrocarbonatite no mundo. Outra zona vulcânica extremamente ativaactiva é o [[Triângulo de Afar]], no [[Djibouti]].
 
No QuêniaQuénia, o vale é mais profundo a norte de [[Nairobi]], e exibe lagos pouco profundos mas com elevado conteúdo [[mineral]]. Por exemplo, o [[lago Magadi]] é quase soda sólida ([[carbonato de sódio]]) e os lagos Elmenteita, Baringo, Bogoria e [[Nakuru]] são todos extremamente [[alcalino]]s; o [[lago Naivasha]] tem fontes de [[água doce]], o que lhe permite ter uma elevada [[biodiversidade]].
 
A parte final do vale junta-se formando o [[lago Niassa]], um dos mais profundos do mundo, alcançando os 706 metros de profundidade. O lago separa o Malawi da província moçambicana do [[Niassa (província)|Niassa]] e logo chega no vale do [[Rio Zambeze]], onde o vale do Rift termina.
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Continuando a separação das placas, dentro de alguns milhões de anos, a [[África Oriental]] será inundada pelo [[oceano Índico]] e formar-se-á uma grande [[ilha]] com a região leste da costa de África.
 
No vale do Rift têm-se depositado, ao longo dos anos, [[sedimento]]s provenientes da [[erosão]] das suas margens e este ambiente é propício à conservação de despojos orgânicos. Por essa razão, tiveram aqui lugar importantes descobertas [[antropologia|antropológicas]], especialmente em Piedmont, no [[Quénia|Quênia]], onde foram encontrados os ossos de vários [[hominídeos]], que se pensa serem antepassados do homem atualactual. O achado mais importante, de [[Donald Johanson]], foi um esqueleto quase completo de um [[australopitecíneo]], que foi chamado "Lucy"; [[Richard Leakey|Richard]] e Maeve Leakey têm também trabalhado nesta região.
 
==UNESCO==
A UNESCO inscreveu o Sistema de lagos do Quénia no Grande Vale do Rift como [[Patrimônio Mundial]] por ''"ser uma bela paisagem, que compreende três lagos interligados (Lagos Bogoria, Nakuru e Elementaita). Lar de 13 espécies de pássaros ameaçados e uma das áreas com mais diversidades de pássaros no mundo."''{{Citar whc.unesco list|1060|Sistema de lagos do Quénia no Grande Vale do Rift|19/06/2014|ref=un}}
 
{{referências}}