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{{Artigo principal|Fordismo}}
 
É tenso amigo o modelo de produção instituído pelo estadunidense Henry Ford em 1914<ref name="ref 16"/> que é a variante mecanizada do taylorismo, onde acrescenta-se às características do modelo anterior o ajuste dos operários às máquinas.<ref name="ref 25"/><ref name="ref 26"/> Consiste em aumentar a produção por meio do aumento da eficiência, repassar a diminuição dos custos de produção decorrente do aumento da eficiência para os consumidores e assim vender mais, o que permite manter o baixo preço do produto.<ref name="ref 18"/><ref name="ref 14">{{citar web |url=http://www.infoescola.com/economia/fordismo/ |título=Fordismo |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |data=4 de março de 2009 |publicado=[[InfoEscola]] |citação=Fordismo é o nome dado ao modelo de produção automobilística em massa, instituído pelo norte-americano Henry Ford. Esse método consistia em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto, resultando no aumento das vendas que, por sua vez, iria permitir manter baixo o preço do produto.}}</ref> O aumento da eficiência se deu, em sua fábrica, pelo aperfeiçoamento da Linha de Montagem: os trabalhadores realizavam apenas uma função específica, portanto não necessitando de qualificação, e para tal ficavam parados em frente a uma esteira rolante que trazia as peças, como em uma empacotadora de carne, de onde a ideia surgiu.<ref name="ref 17"/><ref name="ref 18"/><ref name="ref 16">{{citar web |url=http://www.suapesquisa.com/economia/fordismo.htm |título=Fordismo |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |publicado=[[Sua Pesquisa]] |citação=Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de automóveis[...]. […] Desta forma, dentro deste sistema de produção, uma esteira rolante conduzia a produto, no caso da Ford os automóveis, e cada funcionário executava uma pequena etapa. Logo, os funcionários não precisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção. Também não era necessária utilização de mão-de-obra muito capacitada, pois cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção.}}</ref><ref name="ref 15">{{citar web |url=http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=qnpe5a2mn |título=O Fordismo E O Modelo T |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |data=Janeiro de 2007 |publicado=[[RH Portal]] |citação=Uma das marcas do Fordismo foi o aperfeiçoamento da Linha de Montagem. Com isto, os automóveis eram construídos em esteiras rolantes que funcionavam enquanto os operários ficavam, praticamente, parados nas “estações”, quando realizavam pequenas etapas da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. […] Mas o sucesso de tamanha produção e grande venda estava na Linha de Montagem idealizada por Ford, quando esta fazia com que cada peça chegasse ao trabalhador que tinha função específica. Aí, as peças se moviam de “estação” em “estação de trabalho”. Este sistema de estações, curiosamente, foi idealizado por Ford, depois que ele tinha conhecido o trabalho dos empacotadores de carne, em Chicago, onde os pedaços de carne se moviam em ganchos, que corriam pela Linha, para que a carcaça do animal fosse desmontada. Assim, juntando com as teorias do Taylorismo, Ford pensou na reversão do processo, ou seja, a Linha de Produção para montagem de automóveis.}}</ref><ref name="ref 20">{{citar web |url=http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/fordismo-toyotismo-546155.shtml |título=Fordismo e toyotismo |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |publicado=[[Revista Escola]] |citação=O termo "fordismo" faz referência a Henry Ford (1863-1947), introdutor da linha de montagem na indústria automobilística. Nas fábricas da Ford Motor Company, fundada por ele, o automóvel a ser montado se deslocava por uma esteira rolante, enquanto os operários, dispostos junto à esteira, realizavam operações padronizadas. […] Enquanto o trabalhador fordista repetia mecanicamente gestos padronizados, o trabalhador toyotista trabalhava em ágeis equipes, encarregadas não apenas da produção, mas também do controle de qualidade do produto. O trabalho tornou-se menos burocrático, impulsionado por operários polivalentes, capazes de operar mais de uma máquina.}}</ref> Com isto, a indústria precisava de apenas uma pequena quantia de trabalhadores especializados e uma enorme de operários não-qualificados.<ref name="ref 21"/> A maior inovação, entretanto, era a fragmentação do processo produtivo, o que permitia que os engenheiros encontrassem mais facilmente os problemas e que fossem feitas alterações em apenas parte do processo.<ref name="ref 21">{{citar web |url=http://www.scielo.br/pdf/ln/n24/a07n24.pdf |título=CRISE DO FORDISMO OU CRISE DA SOCIAL-DEMOCRACIA? |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |data=1990 |formato=PDF |obra=[[Telos]] |publicado=[[Scielo]] |citação=Embora as realizações de Ford sejam popularmente atribuídas à sua introdução da linha de montagem, esta foi apenas uma pequena parte da revolução. A introdução da linha de montagem pressupunha a produção em massa de peças padronizadas e intercambiáveis em um grau muito elevado, o que só se poderia obter organizando a maquinaria especializada de maneira tal que permitisse tanto a desqualificação do operário qualificado como a separação rigorosa entre produção e montagem. Uma vez que isto foi conseguido, o desenvolvimento da linha de montagem foi quase uma formalidade. […] A fragmentação de tarefas significava que os engarrafamentos na produção podiam ser identificados de imediato, oferecendo problemas tecnológicos e/ou organizacionais bem definidos para os engenheiros de Ford. Significava também que as mudanças tecnológicas podiam ser introduzidas uma a uma, substituindo-se determinadas ferramentas ou alterando-se a organização de uma determinada seção da fábrica sem ter de transformar o sistema como um todo. Neste sentido, a fragmentação fordista de tarefas e a padronização de componentes introduziu uma nova flexibilidade que abriu o caminho para o dinamismo tecnológico. […] O fordismo envolvia não só uma revolução na tecnologia e no consumo, mas também nas relações sociais de produção. Primeiro, a rigorosa decomposição de tarefas, incluindo a separação precisa entre tarefas especializadas e não-especializadas, permitindo a diferenciação rigorosa da força de trabalho, o que reforçou a existência de um “mercado de trabalho duplo”, composto de uma pequena camada de trabalhadores especializados e uma grande massa de operários não-qualificados, imigrantes.}}</ref>
 
O fordismo teve seu auge da metade da década de 50 até o fim da de 60, e já no começo dos anos 70 mostrou-se enfraquecido e seriamente contraditório.<ref name="ref 24">{{citar web |url=www2.cddc.vt.edu/digitalfordism/fordism_materials/bonanno.pdf |título=A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA E DA SOCIEDADE: FORDISMO E PÓS-FORDISMO NO SETOR AGROALIMENTAR |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |formato=PDF |publicado=[[Center for Digital Discourse and Culture]] |citação=O Fordismo funcionou em níveis próximos ao ótimo, da metade da década de 50 até o final da década de 60. Entretanto, no começo dos anos 70 já estava enfraquecendo e expondo sérias contradições [...].}}</ref> A crise deste modelo é creditada a dois fatores distintos: pode ser devido ao seu sucesso, que pode ter atingido já o máximo que o modelo poderia oferecer; ou causada pela mudança dos padrões de consumo.<ref name="ref 23">{{citar web |url=http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_17/rbcs17_03.htm |título=O MODELO JAPONÊS EM DEBATE: pós-fordismo ou japonização do fordismo |acessodata=5 de fevereiro de 2012 |autor=[[Stephen Wood]] |data=Julho de 1991 |publicado=[[Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais]] |citação=Primeiro, há diferenças entre as teorias quanto à natureza exata do ‘problema do fordismo’. Para. Piore e Sabel [...], o problema reflete a maior fragmentação das preferências dos consumidores e o desajuste entre os antigos regimes de produção em massa e a necessidade de atender a demandas de mercado crescentemente heterogêneas. Para a escola francesa da regulação, a crise do taylorismo e do fordismo originou-se não de seu fracasso, mas do seu êxito, já que a ênfase recai sobre os limites ao aumento da produtividade dentro das condições de organização existentes, consideradas fordistas. O argumento é que as linhas de montagem estão perfeitamente equilibradas, os cargos foram analisados à perfeição quanto aos ‘conteúdos de trabalho’ e os tempos definidos aos operários foram estabelecidos em níveis ótimos. Para Piore e Sabel, a crise é um reflexo da obsolescência do fordismo diante dos novos padrões de consumo, enquanto para os teóricos da escola da regulação trata-se mais exatamente da exaustão do fordismo, que não pode gerar ganhos adicionais de produtividade. É importante terem mente essas diferenças. No modelo da especialização flexível, os problemas do fordismo são exógenos ao sistema produtivo; na teoria da regulação, eles residem em seu interior - para sermos mais precisos, em seus limites. […] A aproximação entre fordismo e inflexibilidade negligencia um aspectó básico do taylorismo: o de ter buscado um tipo de projeto de postos de trabalho que permitisse reduzir ao mínimo os tempos de treinamento, de modo que as empresas pudessem auferir ao máximo o que hoje se chama flexibilidade numérica ou externa [...]; ou seja, facilitar a demissão e admissão de pessoal.}}</ref>