Enciclopédia: diferenças entre revisões

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A enciclopédia como conhecemos hoje foi desenvolvida a partir do [[dicionário]] no [[século XVIII]]. Um dicionário concentra-se principalmente em [[palavra]]s e as suas definições e, normalmente, dá uma informação limitada, a análise do uso linguístico ou o contexto para cada termo definido. Essa definição linguística pode deixar de informar ao leitor o significado, a importância ou as limitações de um prazo, ou as relações do termo com um vasto campo de conhecimento.
 
[[Imagem:Soviet_Lithuanian_Encyclopedia.Lietuviskoji_tarybine_enciklopedija.jpg|200px|thumb|"Enciclopédia [[Lituânia|Lituano]]-[[URSS|Soviética]]", ''Lietuviskoji tarybine enciklopedija''.]]
Para fazer face a essas necessidades, um artigo de enciclopédia aborda, além da palavra, o próprio conceito e também o tema ou disciplina, tratando-os com profundidade, a fim de transmitir o conhecimento acumulado sobre esse tema. Uma enciclopédia muitas vezes também inclui [[mapa]]s e [[imagem|ilustrações]], bem como bibliografias e estatísticas. Historicamente, tanto a enciclopédia como o dicionário foram pesquisados e escritos com o fim de contribuir para a educação e informação, muitas vezes com a contribuição de peritos, ou especialistas.
 
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As primeiras compilações de conhecimento [[Islão|muçulmanas]] de que se tem notícia na [[Idade Média]] incluía muitas obras já completas, e um desenvolvimento respeitosamente vasto do que, agora, chamamos [[método científico]], [[método histórico]], e [[citação]]. Por volta do ano [[960]], os [[Irmãos da Pureza]] de [[Baçorá]]<ref>P.D. Wightman (1953), ''O Nascimento das Ideias Científicas'' (título original, em [[língua inglesa|inglês]]: ''The Growth of Scientific Ideas'')</ref> se empenharam na confecção de sua obra ''"Enciclopédia dos Irmãos da Pureza"''. Obras notáveis incluem: enciclopédia de [[ciências]] de [[Rasis|Abu Bakr al-Razi]], a prolífica produção de [[Al-Kindi]] de 270 livros, e a enciclopédia [[medicina|médica]] de [[Avicena|Ibn Sina]], que foram, por séculos, padrões de referência para trabalhos. Também notáveis são obras de [[História|história universal]] (ou [[sociologia]]), como ''História de Profetas e Reis'' de Asharites, al-Tabri, [[al-Masudi]], Tabari, Ibn Rustah, [[Ali ibn al-Athir|al-Athir]], e [[Ibn Khaldun]], cuja ''Muqadimmah'' contém alertas quanto a confiança em registos escritos que permanecem totalmente aplicáveis hoje. Esses estudiosos tiveram uma incalculável influência sobre os métodos de investigação e edição, em parte devido à prática islâmica isnad que destacou a fidelidade do registo escrito, verificando fontes, e céticos inquéritos.
 
[[Imagem:Brockhaus Lexikon.jpg|direita|thumb|250px|''[[Brockhaus Enzyklopädie|Brockhaus Konversations-Lexikon]]'', [[1902]].]]
=== Idade Moderna ===
Hoje em dia, é creditada a criação da primeira enciclopédia moderna à ''[[Encyclopédie]]'', de 28 volumes, 71&nbsp;818 artigos, e 2&nbsp;885 ilustrações, editada por [[Jean le Rond d’Alembert]] e [[Denis Diderot]] em [[1772]], tendo como colaboradores [[Jean-Jacques Rousseau|Rousseau]], [[Voltaire]], [[Montesquieu]] e outros ensaístas ilustres. Porém, antes destes respeitáveis [[iluminismo|iluministas]] terem atingido um grau de amplitude muito superior, [[John Harris]] havia escrito anteriormente, em [[1704]], a ''Lexicon technicum'', e a ele é creditado o estabelecer do formato moderno de uma enciclopédia, tal como a conhecemos hoje.