Guerra dos Farrapos: diferenças entre revisões

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A questão da [[abolicionismo|abolição da escravatura]] também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.<ref name="lopes">LOPES, Nei. Dicionário escolar afro-brasileiro. Publ. Selo Negro, 2006, ISBN 858747829X, ISBN 9788587478290, 174 pp.</ref><ref>MOURA, Clóvis. Dicionário da escravidão negra no Brasil. Editora EdUSP, 2004, 434 p. ISBN 8531408121, ISBN 9788531408120.</ref> [[Bento Manuel Ribeiro]] Lutou em ambos os lados ao longo da guerra, mas quando acabou a revolução ele estava ao lado do imperador.
 
== cuidado com a wikipedia rapaziada ==
== Antecedentes e causas ==
{{Rebeliões do Brasil Império|imagem= [[Imagem:Stampa do theatro da Guerra provincia do Rio de Grande do S. Pedro do Sul (Cartográfico).jpg|300px]]|legenda= [[Teatro de guerra]] na província do [[Rio Grande do Sul]].}}
 
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[[Imagem:MuseuJulio10.jpg|miniatura|upright=0.8|''Bento Gonçalves''<br><small>Por Guilherme Litran, século XIX<br>[[Museu Júlio de Castilhos]]</small>]]
 
Em 15 de março de 1837, Bento Gonçalves tentou escapar da prisão, no Rio de Janeiro, junto de outros companheiros. Porém Pedro Boticário não conseguiu passar por uma janela, por ser muito gordo, e, em solidariedade, Bento Gonçalves desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o coronel Corte Real.<ref name=encicrs_sp/> Depois desta tentativa de fuga, foi transferido para a Bahia, onde chegou em 26 de agosto de 1837, ficando preso no [[Forte do Mar]]. Conseguiu, com auxílio da [[maçonaria]], evadir-se da prisão baiana em 10 de setembro de 1837, poucos dias antes do início da [[Sabinada]]. Permaneceu algum tempo, clandestino, em [[Itaparica]] e [[Salvador (Bahia)|Salvador]], onde teve contato com membros do movimento.<ref>ANDRADE, Manuel Correia de Oliveira. As raízes do separatismo no Brasil. Biblioteca básica. Editora UNESP, 1999, 198pp. ISBN 8571392064, ISBN 9788571392069</ref> Depois de despistar seus perseguidores, que achavam que tinha partido para os [[Estados Unidos]] em uma [[corveta]]<ref name=encicrs_sp/>, chegou, via [[Buenos Aires]]<ref name=crompton/>, de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de dezembro de 1837, tomou posse como [[Presidente da República]].<ref name="francisco">MACEDO, Francisco Riopardense de. Imprensa farroupilha Volume 4 de Coleção Ensaios, Editora EDIPUCRS, 1994, ISBN 8570631405, ISBN 9788570631404, 162 pp.</ref> Nesta época os farrapos dominavam praticamente toda a província<ref name=encicrs_sp/>, ficando os imperiais restritos a Rio Grande e [[São José do Norte]].<ref name=histnav/>
 
A 29 de agosto de 1838, Bento lançou seu mais importante manifesto aos rio-grandenses, onde justificava as irreversíveis decisões tomadas em favor da libertação do seu povo:
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== Queda da "Tranqueira Invicta" ==
{{Artigo principal|[[Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo]]}}
Com a dificuldade em quebrar a resistência de Porto Alegre, os farroupilhas resolveram voltar-se contra [[Rio Pardo]]<ref name=encicrs_sp/>, onde estava concentrada uma divisão do exército imperial, com dois batalhões de infantaria e dois corpos de cavalaria<ref name=genbras/>, comandada pelo marechal [[Sebastião Barreto Pereira Pinto]]. Os brigadeiros [[Francisco Xavier da Cunha (brigadeiro)|Francisco Xavier da Cunha]] comandando a infantaria e [[Bonifácio Calderón]] a cavalaria, num total de 1.200 combatentes. A cidade era, junto com Porto Alegre e Rio Grande, uma das mais importantes do estado, contando com quase o dobro de habitantes da capital<ref name="macedo">MACEDO, Francisco Riopardense de . Imprensa farroupilha: antologia e índice, EDIPUCRS, 1994, ISBN 8570631405, ISBN 9788570631404, 162 pp.</ref>.
 
A concentração de tropas imperiais chamou a atenção dos farroupilhas, conscientes das possíveis consequências desta tropa quando se movimentasse<ref name=macedo />. [[Bento Manuel Ribeiro]], ao lado de [[Antônio de Sousa Neto]], em 30 de abril de 1838, comandando 2.500 homens, 800 deles de cavalaria, surpreenderam a cidade, na batalha do Barro Vermelho, na entrada da cidade<ref name=macedo />, derrotando os imperiais, conquistando [[Rio Pardo]], a ex-tranqueira invicta, matando 71 homens e fazendo mais de 130 prisioneiros.