Batalha de Dara: diferenças entre revisões

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|combatente2={{ISAS}}
|comandante1={{flagicon|Império Bizantino}} [[Belisário]]<br />{{flagicon|Império Bizantino}} [[Hermógenes (mestre dos ofícios)|Hermógenes]]<br /> {{flagicon|Império Bizantino}} [[Sunicas]]<br />{{flagicon|Império Bizantino}} [[Egano]]<br /> {{flagicon|Império Bizantino}} [[Faras]]<br /> {{flagicon|Império Bizantino}} [[Buzes]]<br /> {{flagicon|Império Bizantino}} [[Marcelo (duque da Numídia)|Marcelo]]<br /> {{flagicon|Império Bizantino}} João da Lídia
|comandante2={{flag icon|Império Sassânida}} [[Perozes (general)|Perozes]]<br />{{flag icon|Império Sassânida}} [[Pitíaxes (general)|Pitíaxes]]<br />{{flag icon|Império Sassânida}} [[Baresmanas]] †
|território=
|for1={{formatnum|25000}} homens (incluindo 1200 hunos e 300 hérulos)<ref>[http://www.kroraina.com/bulgar/jteall.html "The Barbarians in Justinian's Armies".] John L. Teall. ''Speculum'', vol. 40, No. 2, 1965, pp. 294-322 (ver pp. 300).</ref><ref name=Ref1 >J. Haldon, ''The Byzantine Wars'', pp. 29</ref>
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Apesar de ficar superado em número, Belisário decidiu atacar os persas, que se encontravam fracamente armados. Escavou uma série de valetas na estrada para Dara para bloquear a cavalaria persa, e organizou a maior parte da sua infantaria num único bloco. Nos flancos, situou a cavalaria composta pelos [[hérulos]] sob o comando de [[Faras]] e [[Buzes]]. No flanco esquerdo, também enviou 300 [[hunos]] a cavalo com [[Sunicas]] e [[Egano]] ao comando, mais outros 600 no direito, sob comando de [[Símas (duque)|Símas]] e [[Ascano]]. Ficou uma reserva de cavalaria bizantina dirigida pelo general João na retaguarda do flanco direito. Antes da batalha, estas forças permaneceram ocultas atrás das valetas.
 
Os persas formaram em duas linhas, um flanco direito sob comando de [[Pitíaxes (general)|Pitíaxes]], e o flanco esquerdo dirigido por Baresmanas. A primeira onda do ataque persa marchou contra o flanco direito dos hérulos, que a princípio retrocederam, mas por temor às represálias dos seus aliados hunos contra-atacaram e obrigaram os persas a se retirar. Aparentemente, houve depois uma pausa, na qual um soldado persa desafiou os bizantinos a um combate singular, sendo derrotado por um hérulo chamado Andreas. Depois houve um segundo combate após o qual Andreas voltou a vencer, matando a um segundo adversário. Após isto, os persas retiraram-se a Amódio para passar a noite.
 
No segundo dia de batalha, chegaram de ''Nísibis'' (atual [[Nusaybin]]) mais {{formatnum|10000}} persas. Os dois bandos trocaram ondas de flechas, com algumas baixas, mas sem grande efetividade. Enquanto isso, Belisário escondeu a sua força de cavalaria atrás da colina à esquerda de Dara. Os persas atacaram a linha bizantina e as tropas do centro começaram a retirar-se, mas acudiram a força oculta de Belisário e o flanco direito dos hunos, e obrigaram os persas a se retirarem. Firuz enviou os "[[Imortais]]", as suas tropas de elite, contra a cavalaria bizantina, que foi derrotada. Contudo, Belisário contra-atacou e dividiu as tropas persas em duas partes: a metade das forças persas perseguia a cavalaria, e a outra metade apanhada, com o que {{formatnum|5000}} homens foram aniquilados, entre os quais estava também Baresmanes. A cavalaria também se recuperou, e obrigou a fuga dos seus perseguidores. Belisário permitiu uma perseguição de algumas milhas, mas deixou escapar a maioria dos sobreviventes persas.
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{{Âncora|Queda de Dara}}
==Consequências da batalha e ataques posteriores==
A vitória não durou muito. Após a derrota, o rei [[lacmidas|lacmida]] {{ilc|AlamundarosAlamúndaro IV|al-Mundhir IV}}, vassalo dos sassânidas, mandou às suas tropas ajudar o exército sassânida. Com a sua ajuda, Cavades I derrotou Belisário na [[Batalha de Calínico (531)|Batalha de Calínico]], que levou os bizantinos a pagarem fortes tributos durante vários anos, em troca de um tratado de paz.
 
Em 540 e 544, [[Dara]] foi atacada novamente pelo Império Sassânida, esta vez sob comando de [[{{lknb|Cosroes |I]]}}, que foi incapaz de tomá-la em nenhuma destas tentativas. Cosroes a capturou finalmente em 573 e diz-se que a queda da cidade teria provocado a loucura de [[{{lknb|Justino |II]]}}. A mulher de Justino, [[Sofia (esposa de Justino II)|Sofia]], e o seu amigo [[{{lknb|Tibério |II]]}} tomaram o controle do império até a sua morte em 578. Enquanto isso, os persas puderam adentrar-se ainda mais no império, mas Cosroes faleceu em 579
 
O imperador [[Maurício (imperador)|Maurício]] derrotou os persas em Dara em 586 e recapturou a fortificação, mas os persas voltaram a derrotar os bizantinos em 604, sob o reinado de [[{{lknb|Cosroes |II]]}}. Neste caso, os persas destruíram a cidade, mas os bizantinos reconstruíram-na em 628
 
Em 639, foi capturada pelos [[árabes]], e seguiu em seu poder até 942, quequando foi saqueada pelos bizantinos. Foi saqueada novamente pelos bizantinos durante o reinado de [[{{lknb|João |I Tzimisces]]}} em 958, mas os bizantinos nunca chegaram a recapturá-la.
 
{{Referências|col=2}}
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* John Haldon, ''The Byzantine Wars'', 2001, Arcádia Publishing.
 
=={{ Ligações externas}} ==
* [http://www.satrapa1.com/articulos/antiguedad/belisario/II%20parte/Primeros_enfrentamientos.htm Belisário. Os primeiros confrontos com os sassânidas. A batalha de Daras. Por Satrapa1]
{{Commonscat|Battle of Dara}}