Jornalismo cívico: diferenças entre revisões

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=== Sobre Jornalismo Público ===
O jornalismo público, também conhecido como jornalismo cívico, é um conceito que surgiu na década de 90, nos Estados Unidos, como uma tentativa de resgatar a credibilidade dos jornais americanos perante os [[cidadão]]s. Este novo posicionamento foi necessário por causa da desconfiança gerada em relação aos meios de [[comunicação de massa]] durante asa eleiçõeseleição presidencial de 1988. O movimento ocorrido nos Estados Unidos, liderado por jornalistas, professores e profissionais da mídia, tentou demonstrar e questionar, através de projetos, conceitos fundamentais do jornalismo e propor uma nova atitude de relacionamento com os sujeitos. O que ocorre é uma falta de cumprimento com as obrigações relativas à vida pública e a profissão para conseguir esse objetivo. O jornalismo público não é um novo jornalismo, mas uma forma de cumprir mais fundamentada, participativa, voltada para o interesse do cidadão.
 
Para Danilo Rothberg, o pleito para se ganhar a eleição nos [[Estados Unidos]] teria sido uma espécie de exacerbação da cobertura em formato de enquadramento de jogo, em que a disputa não focou nas propostas ou temas dos candidatos aos problemas do país, apenas nas chances de se ganhar a eleição, caracterizando a disputa como uma corrida de cavalos.<ref>{{citar livro|título=Jornalismo público: informação, cidadania e televisão|ultimo=Rothberg|primeiro=Danilo|editora=Editora UNESP|ano=2011|local=São Paulo|páginas=153-169|acessodata=10 de maio de 2017}}</ref>
 
Ainda segundo Rothbergo autor, ao invés do jornalismo apenas retratar os fatos da comunidade, ele deveria se envolver efetivamente na busca por soluções aos problemas comunitários, propondo um diferente relacionamento entre a prática do jornalismo e a atividade [[Democracia|democrática]] dos cidadãos em uma [[república]] autogovernada.<ref>{{citar livro|título=Jornalismo público: informação, cidadania e televisão|ultimo=Rothberg|primeiro=Danilo|editora=Editora UNESP|ano=2011|local=São Paulo|páginas=153-169|acessodata=10 de maio de 2017}}</ref> Enquanto o Jornalismo convencional, típico das redações, em muitos países exige que os jornalistas se distanciem da vida cívica das comunidades em busca da imparcialidade, o jornalismo cívico incentiva os profissionais a se inserir nela em busca de guias sobre quais tópicos e assuntos são importantes para a comunidade. DeIsso de forma que o jornalista esteja integrado diretamente com a comunidade.
 
Para Danilo Rothberg<ref>{{citar livro|titulo=Jornalismo Público: informação, cidadania e televisão.|ultimo=ROTHBERG|primeiro=Danilo|editora=Unesp|ano=2011|local=São Paulo|paginas=|acessodata=Maio de 2016}}</ref>, o Jornalismo Cívico recebe críticas e ressalvas. Os jornalistas poderiam não perceber a existência de interesses escondidos sob a face idealizada das discussões "democráticas" em um fórum comunitário e acabar servindo de instrumento para busca de propósitos particulares. Outra crítica apontada por Rothberg é a existência de pouca transparência da metodologia utilizada para obtenção de sugestões de pautas. No Brasil, o Jornalismo Público ainda é recente, mas espera-se que ao longo do tempo ele seja aprimorado, tanto pelos profissionais da Comunicação, como o público, além da interrelação entre esses dois atores sociais.