Campo gravitacional: diferenças entre revisões

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== Formulação relativística ==
Na formulação de [[Einstein]] da [[Relatividade geral]], o conceito de campo gravitacional não existe. Isso porquêporque a ideia de campo está intimamente ligada à capacidade de separar os efeitos dos diferentes "geradores do campo", que por conseguinte se adicionam num ponto. Por outro lado, a descrição relativística da atração gravitacional, através do [[princípio deda equivalência]], implica uma formulação matemática que apresenta duas diferenças fundamentais em relação à descrição Newtoniana:
* As trajetórias livres de forças são [[Geodésica (relatividade geral)|geodésicas]] do [[espaço-tempo]].
* A métrica <math>g_{ij}</math> do espaço-tempo é solução dadas [[equaçãoequações de campo de Einstein]] <math>R_{ij} - \frac{1}{2} g_{ij} R = \frac{8 \pi G_N}{c^4} T_{ij}</math> onde <math>R_{ij}</math> é ao [[Curvaturatensor de curvatura de Ricci]] da métrica g, <math>R</math> aé suao [[escalar de curvatura de Ricci|escalar de curvatura]], <math>c</math> é a [[velocidade da luz]] e <math>T_{ij}</math> é o [[tensor de energia-impulsãomomento]] descrevendo a distribuição da energia do universo.
 
Como aas equaçãoequações de Einstein ésão não-linearlineares, não vale necessariamente o [[princípio deda superposição]] que garantia a decomposição da força gravitacional sentida por uma massa como a soma das forças gravitacionais "emanadas" de cada corpo do universo. Como além disso os efeitos da métrica sobre uma força gravitacional "equivalente" sentida por um objeto dependem (entre outros) da curvatura da métrica, faz pouco sentido introduzir um campo gravitacional neste caso.
 
Entretanto, '''localmente''' (no espaço-tempo), podemos utilizar o princípio de equivalência. Assim, para uma partícula de massa desprezível — para não alterar a solução da equação de campo — é indiferente dizermos que seu movimento será dada por "desvios" em relação às geodésicas do espaço-tempo, ligados às forças que agem sobre ela, ou que existe uma força virtual, que interpretamos como um campo gravitacional, que se adiciona às outras forças agindo sobre a partícula. Um exemplo bastante simples é o de uma partícula submetida unicamente ao campo gravitacional. No primeiro ponto de vista, a partícula simplesmente segue uma geodésica, parametrizada pelo tempo; assim, suas outras coordenadas (espaciais) não mudam e a partícula está "parada". No outro ponto de vista, a partícula sofre uma força gravitacional (que depende do ponto onde ela está) que a faz mudar de coordenadas espaciais ao mesmo tempo que muda de coordenadas temporais.