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{{História da arte}}
O termo '''rococó''' forma da palavra francesa ''rocaille'', que significa "concha", associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como por exemplo a técnica de incrustação de [[concha]]s e pedaços de [[vidro]], usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético que floresceu na [[Europa]] entre o início e o fim do século XVIII, migrando para a [[América]] e sobrevivendo em algumas regiões até meados do século XIX.
 
O Rococó nasceu em [[Paris]] em torno da década de 1720 e perdurou até aproximadamente 1770 como uma reação da [[aristocracia]] francesa contra o [[Barroco]] suntuoso, palaciano e solene praticado no período de [[Luís XIV]]. Caracterizou-se acima de tudo por sua índole [[hedonismo|hedonista]] e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a simetria tinham um papel fundamental na composição da obra. Da [[França]], onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, com importantes centros de cultivo na [[Alemanha]], [[Inglaterra]], [[Áustria]] e [[Itália]], com alguma representação também em outros locais, como a [[Península Ibérica]], os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo às [[Américas]].<ref>[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/506448/Rococo-style ''Rococo style'']. Encyclopaedia Britannica online. 4 de maio de 2009</ref><ref>COHEN, George M. (ed). [http://books.google.com/books?id=P36PrnbEFjYC&pg=PA111&dq=%22rococo+painting%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&as_pt=ALLTYPES&hl=pt-BR#PPA111,M1 ''The Essentials of Art History'']. Research & Education Association, 1995. pp. 111-112</ref><ref>OLIVEIRA, Myriam A. [http://books.google.es/books?hl=pt-BR&lr=&id=Cw_po7q15qQC&oi=fnd&pg=PA11&dq=barroco+joanino&ots=ckbmrryG0G&sig=zqwAEA_kAk4siZbUtryHtQy3Uzk#PPA43,M1 ''Rococó religioso no Brasil e seus antecedentes europeus''] Cosac Naify Edições, 2005. p. 43</ref>
 
 
==História==
O rococó é um movimento artístico [[Europa|europeu]], que aparece primeiramente na [[França]], entre o [[barroco]] e o [[Arcadismo]]. Visto por muitos como a variação "profana" do [[barroco]], surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática [[religião|religiosa]] e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o [[barroco]] levado ao exagero de decoração.
 
A expressão "época das Luzes" é, talvez, a que mais frequentemente se associa ao século XVIII. Século de paz relativa na Europa, marcado pela [[Revolução Americana]] em [[1776]] e pela [[Revolução Francesa]] em [[1789]]. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o [[Iluminismo|Século das Luzes]] começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do [[Neoclassicismo]] dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó. Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais.
 
O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o [[século XVIII]].
 
Em [[Portugal]] aparece na [[numismática]] a cerca de [[1726]] e prolongou-se até [[1790]] nos principais domínios artísticos. Na corte e no Sul do país desaparece mais cedo, dando lugar ao neoclassicismo. É nas [[província]]s do Norte, particularmente Noroeste, que se encontra a versão mais original do património artístico rococó metropolitano, graças à talha dourada de formas «gordas» de certas igrejas do [[Porto]], [[Braga]], [[Guimarães]], etc., executada por notáveis artistas na segunda metade do [[século XVIII]] (Fr. [[José de Santo António Vilaça]], [[Francisco Pereira Campanhã]], etc.) e na escultura ganítica, que decora numerosos edifícios religiosos e profanos na área: igreja da Ordem Terceira do Carmo (1758-68) por [[José Figueiredo Seixas]], Capela do Terço (1756-75); em Viana do Castelo, a capela dos Malheiros Reimões, etc.
 
Os pintores mais representativos foram [[François Boucher]], [[Antoine Watteau]] e [[Jean-Honoré Fragonard]]
 
No [[Brasil]] o estilo revelou-se tardiamente, pois já no início do século XIX, na escultura de madeira e de «[[pedra-sabão]]», na pintura mural e na arquitectura, com [[José Pereira Arouca]], [[Francisco Xavier de Brito]], [[Manuel da Costa Ataíde]] e [[Aleijadinho|António Francisco Lisboa]], o [[Aleijadinho]].
 
==Características==
O rococó tem como principais características:
 
*Cores claras;
*Tons pastel e dourados;
*Representação da vida profana da aristocracia;
*Representação de Alegorias;
*Estilo decorativo;
*Possui leveza na estrutura das construções;
*Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
*Texturas suaves;
*[[Hedonismo]];
*Uso de temas relacionado a vida cotidiana e a sexualidade
 
==Arte rococó==
===Música do periodo rococó===
O estilo de música utilizada no rococó é de difícil definição.
 
É caracterizado por sarabandas, gigas, minuetos e outras galanterias. Um dos compositores deste estilo é [[Johann Christian Bach]], filho mais novo de [[Johann Sebastian Bach]].
 
===Arquitetura rococó===
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Imagem:Queluz Palace fountains.JPG|Fonte e fachada [[Palácio Real de Queluz]], 1747-1807
Imagem:Palacio Queluz pormenor.JPG|Pormenor [[Palácio Real de Queluz]]
Imagem:Palácio Queluz interior 1.JPG|Interior [[Palácio Real de Queluz]]
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===Escultura rococó===
{{Artigo principal|Escultura rococó}}
Devido ao grande desenvolvimento decorativo, a escultura ganha importância. Os escultores do rococó abandonam totalmente as linhas do barroco.As suas esculturas são de tamanho menor. Embora usem o [[mármore]], preferem o [[gesso]] e a [[madeira]], que aceitam cores mais suaves. Os motivos são escolhidos em função da decoração. Até artistas famosos, principalmente ligados a manufactura de [[Sèvres]] apressam-se a preparar, desenhos e modelos. Em função de lembrança, do souvenir, os pequenos grupos representam cenas de gênero e narram, com linguagem espontânea e cores luminosas, episódios galantes, brincadeiras e jogos infantis.
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Imagem:Palacio Queluz geral5.JPG|escultura [[Palácio Real de Queluz]]
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===Pintura rococó===
{{Artigo principal|Pintura do Rococó}}
A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente diferenciados. Um deles forma um documento visual intimista e despreocupado do modo de vida e da concepção de mundo das elites europeias do século XVIII, e o outro, adaptando elementos constituintes do estilo à decoração monumental de igrejas e palácios, serviu como meio de glorificação da fé e do poder civil.
 
Apesar de seu valor como obra de arte autônoma, a pintura rococó era concebida muitas vezes como parte integrante de uma concepção global de decoração de interiores.<ref>ZAGALA, Stephen. [http://books.google.com/books?id=0ig3x1ggKGMC&pg=PA34&dq=%22rococo+%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&as_pt=ALLTYPES&hl=pt-BR ''Aesthetics: a place I've never seen'']. In MASSUMI, Brian (ed). ''A shock to thought: expression after Deleuze and Guattari''. Routledge, 2002. p. 34</ref> Começou a ser criticada a partir de meados do século XVIII, com a ascensão dos ideais [[Iluminismo|iluministas]], [[Neoclassicismo|neoclássicos]] e [[burguesia|burgueses]], sobrevivendo até a [[Revolução Francesa]], quando então caiu em descrédito completo, acusada de superficial, frívola, imoral e puramente decorativa.<ref>KLEINER, Fred. [http://books.google.com/books?id=5QzQ3W4VjvsC&pg=PA754&dq=%22rococo+painting%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&as_pt=ALLTYPES&hl=pt-BR#PPA751,M1 ''Gardner's Art Through the Ages: A Global History'']. Cengage Learning EMEA, 2008. Vol. II. pp. 751-752</ref> A partir da década de 1830, voltou a ser reconhecida como testemunho importante de uma determinada fase da cultura européia e do estilo de vida de um estrato social específico, e como um bem valioso por seu mérito artístico único e próprio, onde se levantam questões sobre [[estética]] que floresceriam mais tarde e se tornariam centrais para a [[arte moderna]].<ref>PLAX, Julie-Anne [http://books.google.com/books?id=e6AOQOkKhdgC&pg=PA26&dq=%22rococo+painting%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&as_pt=ALLTYPES&hl=pt-BR#PPA35,M1 ''Interpreting Watteau across the Centuries'']. In SHERIFF, Mary (ed). ''Antoine Watteau: Perspectives on the Artist and the Culture of his Time''. University of Delaware Press, 2006. pp. 34-35</ref><ref>MELVILLE, Stephen W. [http://books.google.com/books?id=FCvpAAAAIAAJ&pg=PA9&dq=%22rococo+%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&as_pt=ALLTYPES&hl=pt-BR#PPA8,M1 ''Philosophy beside itself: on deconstruction and modernism'']. Manchester University Press ND, 1986. pp. 8-ss</ref>
 
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Imagem:Fragonard, The Swing.jpg|[[Fragonard]], ''[[O Balanço]]''
Imagem:Fragonard, The Reader.jpg|[[Fragonard]], [[A Leitora]]
Imagem:L'Embarquement_pour_Cythere,_by_Antoine_Watteau,_from_C2RMF_retouched.jpg|[[Watteau]], Embarque para Citera
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===Interiores e mobiliário===
{{Artigo principal|Estilo Luís XV}}
O ''estilo Luís XV'' se desenvolve a partir de [[França]] durante o reinado de [[Luís XV]], entre aproximadamente [[1730]] e [[1750]]-[[1760|60]] (não englobando todo o período do reinado até [[1774]]). Este estilo é influenciado pelas linhas fluidas e graciosas do [[rococó]] e pelo seu repertório de motivos ornamentais, situando-se entre o [[estilo regência]], onde já dá os primeiros passos, e o [[estilo Luís XVI]], que se caracteriza por uma maior rigidez e austeridade. É considerado um dos estilos estéticos franceses de maior impacto, sendo, por isso, alvo dos mais diversos revivalismos ao longo do tempo.
{{Referências}}
==Ver também==
* [[Sentimentalismo]]
* [[Empfindsamkeit]]