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== Os alanos orientais e os hunos ==
Alguns dos demais alanos, que permaneceram sob o domínio [[hunos|huno]], estavam entre os confederados na batalha do rio Hális, na [[Anatólia]] em [[430]]. Esses alanos orientais são citados como ancestrais dos modernos [[Ossétia|ossétiosossetos]] do Cáucaso.
 
Aqueles da divisão oriental, apesar de dispersos nas estepes até a [[Idade Média]], foram forçados pelas novas hordas de invasores para o Cáucaso, onde permaneceram tornando-se os ossétiosossetos. Seu mais famoso líder foi [[Áspar]], o [[mestre dos soldados]] (''magister militum'') do [[Império Bizantino]] durante a [[década de 460]]. Esses alanos formaram uma rede de confederações tribais entre os séculos IX-XII.
 
Acerca de outros [[sármatas]], e povos aparentados, Orientais, consultar:
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[[Imagem:Alania 10 12.png|thumb|400px|O reino medieval de Alânia, na região do [[Cáucaso]].]]
 
No {{séc|VIII}}, um reino alano consolidado, é citado nas fontes do período como ''Alânia'', surgiu no norte do [[Cáucaso]], aproximadamente onde hoje estão a [[Circássia]] e a [[Ossétia]]. Sua capital era [[MaghasMagas]], que controlava a vital rota de comércio da [[Passagem Darial]]. Por algumas vezes eles tiveram uma saída para o mar via o antigo porto da cidade de [[Fásis (cidade)|Fásis]].
 
No {{séc|VIII}}, o reino alano no Cáucaso caiu sob a soberania do [[canato]] [[cazares|cazar]]. Eles foram leais aliados dos cazares, apoiando-os contra uma coalização liderada pelos bizantinos durante o reinado do rei cazar [[Benjamin (cazar)|Benjamin]]. De acordo com o autor anônimo da [[Carta Schechter]], muitos alanos durante esse período aderiram ao [[judaísmo]]. Contudo, no início do {{séc|IX}}, os alanos caíram sob a influência do [[Império Bizantino]], possivelmente devido à conversão de seus governantes ao [[cristianismo]].
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== As invasões mongóis e suas consequências ==
No {{séc|XIII}}, novas hordas de invasores [[mongóis]] empurraram os alanos orientais para o sul do [[Cáucaso]], onde eles se mesclaram aos grupos nativos caucasianos e sucessivamente formaram três entidades territoriais cada uma com desenvolvimento diferente. ''Digor'', no oeste estava sob a influência [[Islão|islâmica]] e cabarda; ''Tuallag'', na região mais ao sul tornou-se parte do que hoje é a [[Geórgia]]; ''Iron'', o grupo mais ao norte, caiu sob o domínio russo em [[1767]], o que fortaleceu o [[Igreja Ortodoxa|Cristianismo Ortodoxo]] consideravelmente. A maioria dos [[Ossétia|ossétiosossetas]] hoje são cristãos ortodoxos orientais.
 
Os alanos remanescentes falam uma língua única sendo eles os ossétiosossetas, divididos entre a [[Rússia]] e Geórgia. Há uma minoria ossétiaosseta na [[Chechênia]] também. [[Jacob Reinegg]], na sua "Descrição do Cáucaso", deve ter sido o primeiro a fazer essa conexão. Ele notou que os [[tártaros]] os chamavam de ''Edeki-Alan''. Sua língua, o [[Língua osseta|ossétioosseto]], pertence ao grupo de línguas norte-iranianas; é a sobrevivente do ramo de línguas iranianas conhecido como cita-sármata, que inclui línguas das estepes russas e da [[Ásia Central]]: [[citas]], [[sármatas]], [[massagetas]], alanos.
 
O moderno ossétioosseto possui dois dialetos principais: o ''digor'', falado na parte ocidental da Ossétia do Norte; e o ''iron'', falado no resto da Ossétia. Um terceiro ramo do ossétioosseto, o ''iássico'', foi anteriormente falado na [[Hungria]]. A língua literária, baseada no dialeto ''iron'' foi estabelecido pelo poeta nacional Kosta Xetagurov (1859-1906).
 
Nos séculos IV-V, eles foram parcialmente cristianizados pelos missionários [[bizantino]]s da [[arianismo|igreja ariana]]. O islã foi introduzido no {{séc|XVII}} pelos cabardianos (uma tribo circassiana oriental). Uma forte re-cristianização foi iniciada com o aumento da influência russa após o reconhecimento pelos ossétiosossetos da soberania russa em [[1802]].
 
{{Referências}}