José de Melo Carvalho Muniz Freire: diferenças entre revisões

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Ao deixar o governo, foi eleito senador no ano seguinte, para a vaga do próprio [[Henrique da Silva Coutinho]], quando esse assumiu o governo do estado. O mandato durou um ano, tempo restante para completar os 9 anos constitucionais do senador anterior. Ainda em 1905, rompe com seu aliado em virtude de divergências nas eleições da [[Câmara Municipal de Vitória]], passando, a partir de então, a fazer ferrenha oposição ao governante que havia ajudado a eleger.<ref>SANTOS, Estilaque Ferreira dos. José de Melo Carvalho Muniz Freire. Vitória: Espírito Santo em Ação, 2012.</ref> Tendo em vista as dificuldades da oposição perante o sistema oligárquico da Primeira República, enfraqueceu-se politicamente, além de ter contribuído diretamente para rachar politicamente o partido.
 
Em 1906, nas eleições para o Legislativo federal, candidatou-se à reeleição noao Senado, encabeçando uma chapa com diversos correligionários. Concorreu com o antigo correligionário e outrora ferrenho defensor, o deputado estadual Augusto Calmon. A derrota para a máquina do governo do estado foi inevitável, porém, tendo importantes aliados no cenário político nacional - tais como o senador [[José Gomes Pinheiro Machado]] e o então vice-presidente da República [[Afonso Pena]] - conseguiu que sua chapa vencesse o pleito eleitoral, sensibilizando a [[Comissão verificadora dos poderes]] tanto da Câmara federal quanto do Senado, causando considerável dano político a seus adversários.<ref>QUINTÃO, Leandro do Carmo. ''Oligarquia e elites políticas no Espírito Santo'': a configuração da liderança de Moniz Freire. 2016. 421 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-graduação em História Social das Relações Políticas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2016.</ref>
 
De volta ao Senado, teve atuação marcante denunciando diversas ações, consideradas criminosas por ele, do governo de seu adversário, chegando inclusive a pleitear, sem sucesso, junto ao já presidente da República [[Afonso Pena]], uma possível [[Intervenção federal]] no estado do Espírito Santo. Por sua vez, motivou o presidente da República a mediar, por meio do deputado federal [[João Luís Alves]], a sucessão do governo do estado. O nome de consenso escolhido, com a discreta anuência de Muniz Freire, então consultado, foi o de [[Jerônimo de Sousa Monteiro]]. A aproximação desse com o deputado mineiro rendeu-lhe uma vaga no estado para disputar o Senado, episódio denunciado mais tarde pelo senador [[Coelho Lisboa]], como tentativa de [[Afonso Pena]] de montar uma oligarquia no estado.<ref>SUETH, José Cândido Rifan. Espírito Santo, um Estado “satélite” na Primeira República: de Moniz Freire a Jerônimo Monteiro (1892-1912). Vitória: Flor&Cultura, 2006.</ref>