No dia em que Alexandre II foi assassinado, tinha acabado de assinar um decreto que definia a criação de uma comissão consultiva com poderes para aconselhar o monarca. No entanto, quando subiu ao trono, Alexandre III, seguindo o conselho de [[Konstantin Pobedonostsev|Pobedonostsev]], seu amigo pessoal, decidiu cancelar o decreto antes da sua publicação, deixando bem claro que o sistema de governo autocrático não seria limitado.
Todas as reformas internas levadas a cabo por Alexandre III tiveram como objetivoobjectivo reverter as políticas liberais que foram implementadas durante o reinado do seu pai. O novo imperador acreditava que, ao manter-se fiel à [[Igreja Ortodoxa Russa|Igreja Ortodoxa]], à [[autocracia]] e ao [[nacionalismo]] (uma ideologia que tinha sido introduzida pelo seu avô, o czar [[Nicolau I da Rússia|Nicolau I]]), iria salvar a Rússia da agitação revolucionária. O ideal político de Alexandre era uma nação composta por uma única nacionalidade, língua e religião, assim como uma única forma de administração. Tentou levar a cabo esta ideia instituindo o ensino obrigatório da língua russa por todo o império, incluindo a súbditos alemães, polacos e de outras nacionalidades que viviam na Rússia (com a exceçãoexcepção dos [[finlandeses]]), padronizando a Igreja Ortodoxa Oriental, destruindo o que restava das instituições alemãs, polacas e suecas em algumas províncias, e enfraquecendo o judaísmo através da perseguição de judeus. Esta política de perseguição foi legitimada através das "Leis de Maio", publicadas em 1882, que ditaram a expulsão dos judeus de zonas rurais e dos [[shtetl]] (mesmo apesar de existirem [[Zona de assentamento judeu na Rússia|zonas de assentamento judeu na Rússia]]) e restringiu as profissões que estes podiam exercer.
Alexandre enfraqueceu os poderes dos ''zemstva'' (assembleias regionais eleitas que tinham um sistema semelhante aos conselhos paroquiais britânicos) e colocou a administração das comunidades camponesas sob a supervisão dos proprietários de terras, nomeados pelo governo. Estes "capitães da terra" (''zemskiye nachalniki'') eram temidos e odiados por todas as comunidades de camponeses do império. Estas açõesacções enfraqueceram enfraqueceram a nobreza e o povo e fizeram com que o imperador se tornasse o controlador pessoal da administração do império.
Todas estas políticas de Alexandre III eram encorajadas por [[Konstantin Pobedonostsev]], que foi o controlador da Igreja na Rússia ao longo do seu longo mandato como Procurador do Santo Sínodo (entre 1880 e 1905) e que se tornou tutor do filho e herdeiro de Alexandre, [[Nicolau II da Rússia|Nicolau]]. [[Liev Tolstói|Tolstoi]] inspirou-se em Pobedonostsev para criar a sua personagem "Toporov" no romance [[Ressurreição (Tolstói)|Ressurreição]]. Outros conselheiros conservadores incluíam o conde [[Dmitry Tolstoy]], ministro da educação e, mais tarde, da administração interna) e [[Ivan Durnovo]], que sucedeu a Tolstoy como ministro da administração interna. [[Mikhail Katkov]] e outros jornalistas também apoiavam a política autocrática do imperador.
Encorajados pelo fatofacto de terem conseguido assassinar o czar Alexandre II, o movimento [[Naródnaia vólia]] começou a planear o assassinato de Alexandre III. A [[Okhrana]] descobriu o golpe e cinco dos conspiradores, incluindo [[Alexandre Ulyanov]], irmão mais velho de [[Vladimir Lenine]], foram presos e enforcados a 20 de maio de 1887. A 29 de Dezembro de 1888, o comboio imperial onde seguia Alexandre com a sua família, descarrilou-se num acidente em Borki. No momento em que ocorreu o acidente, a família imperial encontrava-se no vagão restaurante. O telhado ruiu e Alexandre terá segurado os seus destroços para que os seus filhos pudessem fugir para o exterior. Mais tarde, muitos membros da família referiram que foi este episódio que despontou a doença nos rins que viria a matar Alexandre.<ref>{{Citar web|url=http://os-romanov.blogspot.pt/2016/01/documentario-uma-familia-real-2004.html|titulo=Documentário "Uma Família Real" (2004)|acessodata=2016-09-30|obra=os-romanov.blogspot.pt}}</ref>
A fome de 1891-1892 e a epidemia de [[cólera]] que se seguiu contribuíram para o aumento da atividadeactividade liberal, uma vez que o governo russo não conseguiu lidar com a crise e teve de dar permissão aos zemstvos para ajudarem os súbditos afetadosafectados. Entre outras personalidades da época, Tolstoi ajudou a organizar cantinas de sopa e [[Anton Chekhov]] dirigiu programas de prevenção de cólera em várias aldeias.
=== Relações externas ===
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