Darcy Vargas: diferenças entre revisões

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{{Info/Biografia
|nome = Darcy Sarmanho Vargas
|imagem = Getúlio&Darci.gif
|nome_denascimento= =
|imagem_tamanho = 270px
|legenda = Dona Darci, ao lado de Getúlio.
|data_nascimentonascimento_data = {{dni|12|12|1895|si|lang=br|sem idade}}
|local_nascimentonascimento_local= [[São Borja]], {{BR-RS}}
|data_mortemorte_data = {{morte|25|6|1968|12|12|1895}}
|local_mortemorte_local = [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], {{BR-GB}}<!-- Entre 1960 e 1975, o município do Rio de Janeiro situava-se no estado da Guanabara. Só passou a ser capital do estado do Rio de Janeiro em 1975 -->
|título = [[Lista de primeiras-damas do Brasil|Primeira-dama do Brasil]]
|antes = Alice Viana (1°)<br />[[Carmela Teles Leite]] (2°)
|depois = [[Luísa Linhares]] (1°)<br />[[Jandira Café]] (2°)
|nacionalidade = {{BRAb}} Brasileira
|ocupação = [[primeira-dama]] do [[Brasil]] durante dois períodos; o primeiro foi de [[3 de novembro]] de [[1930]] a [[29 de outubro]] de [[1945]] e o segundo foi de [[31 de janeiro]] de [[1951]] a [[24 de agosto]] de [[1954]].
|parentesco =
|cônjuge = [[Getúlio Dornelles Vargas]]
|filhos = [[Lutero Sarmanho Vargas]] ([[1912]]-[[1989]]).<br />Jandira Vargas<br />[[Alzira Vargas]]<br />[[Manuel Sarmanho Vargas]] ([[1916]]-[[1997]]).<br />Getúlio Vargas Filho.
}}
'''Darci Sarmanho Vargas'''<ref>Na antiga norma ortográfica, grafava-se ''Darcy Sarmanho Vargas''</ref> ([[São Borja]], [[12 de dezembro]] de [[1895]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[25 de junho]] de [[1968]]) foi a esposa de [[Getúlio Vargas]], ex-[[presidente do Brasil]], e a [[Lista de primeiras-damas do Brasil|primeira-dama do país]] por dois períodos.
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A fundação de diversas instituições criadas em sua honra e por ela mesma formam o seu maior [[legado]].
 
== Família e casamento ==
Darcy Sarmanho nasceu em uma família [[gaúcha]] de elite. Era a filha mais moça de Antônio Sarmanho, [[estancieiro]] e [[comerciante]], e de Alzira Lima Sarmanho. Entre seus irmãos estava o Dr. Walder ou [[Válder de Lima Sarmanho]], Oficial da [[Ordem Militar de Cristo]] a 20 de Janeiro de 1934.<ref>[http://www.ordens.presidencia.pt/]</ref>
 
Em [[1911]], aos quinze anos de idade, Darcy casou-se com o então [[advogado]] [[Getúlio Dornelles Vargas]], natural da mesma cidade. As meninas, à época, eram criadas desde cedo para o casamento, às vezes interrompendo a vida [[escola]]r, o que aconteceu à Darcy. O casal Vargas, em seis anos de casamento, teve cinco filhos: [[Lutero Vargas|Lutero]] ([[1912]]), Jandira ([[1913]]), [[Alzira Vargas|Alzira]] ([[1914]]), [[Manuel Sarmanho Vargas|Manuel Antônio]] ([[1916]]) e Getúlio Filho ([[1917]])<ref>[http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/I/Ivana_Guilherme_Simili_42.pdf A construção de uma personagem: a trajetória de Darcy Vargas]</ref>. Sua filha Alzira casou-se com [[Ernani do Amaral Peixoto]].
 
Darcy, como esposa, sempre esteve ao lado de Getúlio nas cenas políticas. Antes da [[Revolução de 1930|Revolução de 30]], já havia demonstrado seu compromisso com o Brasil, através de obras sociais. Criou em [[Porto Alegre]] a chamada "Legião da Caridade", formada por mulheres da elite gaúcha que ajudavam a produzir [[roupa]]s e angariar e distribuir [[alimento]]s para famílias cujos homens participavam, ao lado de Getúlio, da Revolução.
 
=== Os adultérios de Vargas ===
O [[diário]] de Getúlio Vargas, que cita mais de 1300 pessoas, menciona uma mulher misteriosa [[alcunha]]da de ''bem-amada'', ''luz balsâmica'' e ''encanto da minha vida'', por quem declarou estar apaixonado em abril de [[1937]]. A mulher é supostamente a [[paranaense]] [[Aimée de Heeren|Aimée Sotto Mayor Sá]], que foi esposa de [[Luís Simões Lopes]], chefe de gabinete de Vargas. ''Aimée'' significa amada em [[língua francesa|francês]]. Os lugares de encontro mencionados são [[Poços de Caldas]] e [[São Lourenço]]<ref>[http://itaim-bibi.blogspot.com/2007/11/aime-de-heeren-aime-sotto-mayor-s.html Blog do Itaim]</ref>.
 
Independente de quem fora realmente a ''bem-amada'', o relacionamento durou até maio de [[1938]] e causou uma crise doméstica entre Getúlio e Darcy Vargas<ref>[http://veja.abril.com.br/010904/pompeu.html A vida sexual no Estado Novo]</ref>. Em um dado momento do casamento, eles passaram a dormir em [[cama]]s separadas<ref>[http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3616&bd=1&pg=1&lg= Trabalhadores do Brasil - Darcy Vargas]</ref>.
 
Na mesma época da ''bem-amada'', houve boatos de que Getúlio estava tendo um caso com a [[poetisa]] [[Adalgisa Nery]]. O próprio [[Benjamim Vargas]], irmão de Getúlio, alertou o presidente de tais rumores; porém, este teria respondido: "Bobagem! Isso é gabolice do [[Lourival Fontes|Lourival]]! Ele é que espalha para se gabar!". De acordo com Ivan Nery, filho de Adalgisa, sua mãe e a primeira-dama eram [[amiga]]s.
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Ao longo de todo o diário, Getúlio insinua dezenas de vezes ter tido aventuras extraconjugais passageiras, chamadas de ''amores mercenários'' por ele mesmo.
 
== Primeira-dama (1930-1945) ==
[[Imagem:Vargas e Roosevelt.jpg|thumb|leftesquerda|280px|Os casais Vargas e [[Franklin Roosevelt|Roosevelt]].]]
Nas [[década de 1930|décadas de 1930]] e [[década de 1940|1940]], a primeira-dama trabalhou no [[Abrigo Cristo Redentor]] e criou a [[Fundação Darcy Vargas]] em [[1938]], cujo principal projeto foi a [[Casa do Pequeno Jornaleiro]], a qual atua até hoje no [[Saúde (bairro do Rio de Janeiro)|bairro da Saúde]] educando 300 jovens [[Pobreza|pobre]]s e cuidando deles.
 
Após a declaração do ingresso do Brasil na [[Segunda Guerra Mundial]] em [[1942]], a primeira-dama criou a [[Legião Brasileira de Assistência]] (LBA), da qual se tornou a primeira presidente. A LBA tinha como função ajudar familiares de soldados brasileiros enviados à Segunda Guerra Mundial.
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Darcy e outras mulheres, através de campanhas na [[imprensa]], conseguiram popularizar a Legião Brasileira de Assistência, e milhares de mulheres voluntárias inscreveram-se nos cursos do órgão. Algumas foram preparadas para atuar na proteção da população caso houvesse bombardeio; outras foram encarregas de ensinar às donas de casa a prática da economia de alimentos; as socorristas samaritanas responsabilizavam-se pelo o atendimento de [[enfermagem]]; e legionárias da [[costura]] produziam materiais médico-hospitalares e roupas para os soldados. Havia também outros tipos de serviços, como a organização da [[biblioteca]] do combatente (pelas ''madrinhas'').
 
== Primeira-dama (1951-1954) ==
Durante a grande [[seca]] no início da [[década de 1950]], Dona Darcy visitou e ajudou os flagelados nos Estados atingidos.
 
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Além disso, Darcy Vargas adquiriu, por doações, na [[Alemanha]], o primeiro [[hospital volante]].
 
Promoveu a assistência a vítimas das [[enchente]]s do [[rio Amazonas]].
 
Mesmo após o [[suicídio]] de Vargas, ela continuou trabalhando na Fundação.
 
== Morte ==
Dona Darcy Vargas faleceu às 8 horas do dia [[24 de agosto]] de [[1954]], aos setenta e dois anos de idade (mesma idade em que Getúlio Vargas cometeu suicídio).
 
Seu corpo, após o [[velório]] na capela da Casa do Pequeno Jornaleiro, foi enterrado no [[Cemitério São João Batista (Rio de Janeiro)|Cemitério São João Batista]], no Rio de Janeiro, próximo à [[lápide]] de Getúlio Vargas Filho, conforme seu desejo.
 
=={{ Ver também}} ==
* [[Lista de primeiras-damas do Brasil|Lista de primeiras-damas do Brasil]]
 
{{referênciasReferências}}
 
=={{ Ligações externas}} ==
{{commonscat}}
* [http://www.fdv.org.br/ Fundação Darcy Vargas - Casa do Pequeno Jornaleiro]
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{{Caixa de sucessão feminina |antes = [[Carmela Dutra]] |título = Primeira-dama do Brasil |anos = [[1951]]—[[1954]] |depois = [[Jandira Café]] }}
{{termina caixa}}
{{Primeiras-damas do Brasil}}
{{Portal3|Biografias|Política|Mulheres}}
 
[[Categoria:Naturais de São Borja]]