União Nacional para a Independência Total de Angola: diferenças entre revisões
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O MPLA proclama um estado de partido único e a UNITA e a FNLA passam a ser consideradas ilegais, e ambas retomam, sem demora, a luta armada contra o MPLA. Inicia-se assim a [[Guerra Civil Angolana]] que durará até 2002 e, para lá das dinâmicas internas, é condicionada pela [[Guerra Fria]] que prevalecia, internacionalmente, durante boa parte deste período. Ao mesmo tempo, continua a beneficiar de um enraizamento não apenas entre os Ovimbundu, mas também em parte das etnias do Leste<ref>{{citar livro|autor=Assis Malaquias|título=Rebels and Robbers: Violence in Post-colonial Angola|editora=Nordiska Afrikainstitutet|local=Uppsala|ano=2007|páginas=|id=}}</ref>. Esta constelação permite à UNITA manter e diversificar os seus apoios externos, enfrentar as forças governamentais não apenas com tácticas de guerrilha, mas por vezes em combate "convencional", e controlar partes do território durante fases de extensão significativa.<ref> Linda Heywood, ''UNITA and ethnic nationalism in Angola'', ''Journal of Modern African Studies', 27 (1) 1989, pp. 47 - 66</ref>
No fim dos anos 1980, esforços de mediação empreendidos de vários lados convenceram a UNITA a concordar com uma solução política do conflito, desde que o MPLA concordasse com a passagem de Angola para uma democracia multipartidária.
Esta não chegou no entanto a realizar-se, porque a UNITA declarou se imediato que tinha havido fraude nas eleições presidenciais, e retomou as suas actividades militares - enquanto os deputados eleitos pela UNITA assumiam as suas funções de forma regular. A seguir a uma fase de êxitos militares, p.ex. a tomada temporária da cidade do [[Huambo]], a UNITA passou a perder terreno de maneira dramática, devido ao reforço maciço das [[FAA]] (Forças Armadas de Angola), em pessoal, formação e equipamento, no essencial financiado pelas receitas do [[petróleo]]. Em paralelo, constitui-se uma dissidência da UNITA, designada "UNITA Renovada" e liderada por um dos deputados, [[Eugénio Manuvakola]]; esta corrente era a favor do abandono da luta armada e de uma concentração sobre a luta política. No fim dos anos 1990 era patente que a UNITA tinha perdido o combate, em termos militares. Perseguido por uma unidade das forças governamentais, Jonas Savimbi é morto em Fevereiro de [[2002]].
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