Guerra árabe-israelense de 1948: diferenças entre revisões

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A partir de [[30 de novembro]] de 1947, logo após a aprovação do Plano, a [[Haganah]], organização [[paramilitar]] judia, entrou em confronto com a população civil árabe. Em dezembro a [[Liga Árabe]] organizou o [[Exército de Liberação Árabe]], uma força de voluntários [[palestinos]], sob a liderança de [[Fawzi al-Qawuqji]] para resistir ao [[Plano de Partição da Palestina]].<ref>[http://www.palestineremembered.com/Acre/Palestine-Remembered/Story564.html#1947 Palestinian History, A Chronology.]</ref> Ao mesmo tempo, os britânicos, até então responsáveis pela administração do território, retiravam-se. As forças palestinas foram derrotadas, e várias cidades mistas, à exceção de [[Jerusalém]], passaram ao controle das forças judias. 350.000 a 400.000 palestinos iniciaram o caminho do êxodo.
 
Segundo [[Tariq Ali]], ''"esse acontecimento teve pouco impacto em outros lugares. Os recém-independentes Estados muçulmanos do [[Paquistão]] e da [[Indonésia]] estavam imersos em preocupações próprias. O [[Irã]] ficou indiferente. Mas, no [[mundo árabe]], era impossível permanecer desligado. A ocupação da [[Palestina]] por colonos [[sionistas]] da [[Europa]] afetava o mundo todo. Um [[Egito|egípcio]], um [[Iraque|iraquiano]], um [[Arábia Saudita|saudita]], um [[Síria|sírio]] não eram afetados do mesmo modo que um [[árabe palestino]], mas todos tinham um sentimento de perda. O que até então fora uma cultura comum para árabes muçulmanos, cristãos e judeus, sofreu uma séria fratura, uma ruptura profunda que viria a se tornar conhecida como ''[[Nakba|al Nakba]]'', o desastre. A vitória sionista tinha desafiado a [[modernidade]] árabe, e alguns escritores se perguntavam se a continuidade da presença árabe na história fora destruída para sempre."'' <ref>ALI, Tariq. ''Confronto de Fundamentalismos''. Rio de Janeiro. Record. 2002.</ref>
 
Ao longo da segunda metade do [[século XX]], a partir da criação do [[Estado de Israel]], o [[Oriente Médio]] - região predominantemente ocupada por populações arabizadas, seja pela língua, pela religião ou pelos costumes - seguirá um padrão de instabilidade nas [[relações internacionais]].