Catarismo: diferenças entre revisões

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De maio de 1243 a março de 1244, a [[Castelo de Montségur|fortaleza cátara de Montségur]] foi [[cerco|sitiada]] pelas tropas do [[senescal]] de Carcassonne e do arcebispo de Narbonne.<ref>Sumption, Jonathan (1999) [1978]. ''The Albigensian Crusade'' (New ed.). London: Faber and Faber. pp. 238–40.</ref> Em 16 de março de 1244, aconteceu um grande e simbolicamente importante massacre, no qual mais de duzentos "perfeitos" cátaros foram queimados em uma enorme [[pira]] no Campo dos Queimados, perto do castelo.<ref>Sumption, Jonathan (1999) [1978]. ''The Albigensian Crusade'' (New ed.). London: Faber and Faber. pp. 238–40.</ref> Além disso, a Igreja decretou castigos menores contra [[Leigo (cristianismo)|leigos]] suspeitos de simpatia para com os cátaros no [[concílio de Narbona]] de 1235.<ref>Inocêncio IV (1252), ''Ad extirpanda'' (bula).</ref> Durante o concílio, o [[Papa Gregório IX]] fez decretar a aplicação de [[Pena (direito)|penas]] muito duras a todos os simpatizantes e colaboradores do catarismo, que incluíam perda sumária de [[Bem (direito)|bens patrimoniais]] e humilhantes [[espancamento]]s em público.<ref name="SOUSA">Alex Amorim Souza. ''[http://books.google.com/books?id=GJN8ugps6j8C&pg=PA168 O Segundo Deus]''. Redes Editora; ISBN 978-85-61638-05-4. pp. 238–40.</ref>
 
Uma crença popular porém com pouco fundamento sustenta que um pequeno número de perfeitos cátaros escapou da fortaleza antes do massacre. É largamente disseminado na região cátara que esses fugitivos levaram, consigo, o tesouro cátaro. O conteúdo desse tesouro tem sido objeto de debate ao longo dos tempos: diz-se que podem ter sido textos sagrados gnósticos ou riqueza acumulada pelos cátaros, incluindo o [[Santo Graal]].
 
Perseguidos pela inquisição e abandonados pelos [[nobre]]s locais, os cátaros se tornaram cada vez mais fugitivos dispersos, se encontrando secretamente em locais ermos em montanhas e florestas. Posteriormente, aconteceram insurreições lideradas por [[Roger-Bernard II]], Conde de Foix, [[Amalrico III de Narbona]] e [[Bernard Délicieux]], um [[frei]] [[franciscano]] posteriormente acusado de participação em outro movimento herético, o dos [[Fraticelli]], no começo do século XIV. Nessa época, a inquisição já havia ganho um imenso poder. Consequentemente, muitos presumidos cátaros foram intimados a comparecer perante a inquisição. Indicações precisas disso encontram-se nos registros de inquisidores como Bernard of Caux, Jean de St Pierre, Geoffroy d'Ablis e outros.<ref>Alphandéry, Paul Daniel (1911). "Albigenses". In Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica. 1 (11th ed.). Cambridge University Press. p. 506.</ref> Diz-se que os "perfeitos" raramente se retratavam, e que centenas deles foram queimados. Os crentes leigos arrependidos eram punidos, mas suas vidas eram poupadas, desde que não sofressem uma recaída. Uma vez se retratando, eram obrigados a costurar cruzes amarelas nas roupas que usavam fora de casa e eram obrigados a viver afastados dos católicos, pelo menos durante algum tempo.
 
===Aniquilação===