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[[Imagem:Caliphate 750-pt.svg|thumb|A expansão do [[Expansão islâmica|Califado Islâmico]]]]
 
Durante os séculos VI e VII é frequente a permeabilidade de credos religiosos entre o [[Império Sassânida]] e o [[Império Bizantino]]. O [[judaísmo]] fora uma fé missionária ativa, e a cristandade possuía [[missões]] que competiam com o [[zoroastrismo]] persa na procura de conversos, sobretudo entre habitantes da [[península da Arábia]]. Com a emergência do [[Islão]] na [[Arábia]] durante a vida de [[Maomé]], assistir-se-ia à unificação religiosa da região.{{harvref|Collins|1999|p=143-145}} Depois da morte de Maomé em 632, as forças islâmicas conquistaram grande parte do Império Oriental, bem como o [[Império Sassânida]], começando com a [[Conquista muçulmana da Síria|conquista da Síria em 634-635]] e mais tarde de todo o território até ao [[Conquista muçulmana do Egito|Egito em 640-641]], a própria [[Conquista islâmica da Pérsia|Pérsia entre 637 e 642]], o [[Conquista muçulmana do Magrebe|Norte de África no fim do {{séc|VII}}]] e a [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|Península Ibérica em 711]].{{harvref|Collins|1999|p=149-151}} Em 714, as forças islâmicas controlavam já a maior parte da penínsulaPenínsula, região que denominaram por [[Al-Andalus]].{{harvref|Reilly|1993|p=52–53}}
 
A expansão islâmica atingiu o apogeu em meados do {{séc|VIII}}. A derrota das forças muçulmanas na [[Batalha de Poitiers (732)|batalha de Poitiers]] em 732 proporcionou a reconquista do sul de França pelos [[Francos]], embora o principal fator para a interrupção da expansão tenha sido a deposição da [[Califado Omíada|dinastia omíada]] e a sua substituição pela [[Califado Abássida|dinastia abássida]]. Os Abássidas transferiram a capital para [[Bagdad]] e concentraram o seu interesse no Médio Oriente em desfavor da Europa, ao mesmo tempo que perdiam o domínio de uma vasta extensão territorial. Os descendentes dos Omíadas obtiveram o domínio da Península Ibérica, os [[Aglábidas]] do norte de África e os [[Tulúnidas]] passaram a governar o Egito.{{harvref|Brown|1998|p=15}} Em meados do {{séc|VIII}}, assiste-se ao renascimento a ao aparecimento de novas rotas comerciais no [[Mediterrâneo]], tendo as antigas rotas romanas sido substituídas pelo comércio entre os reinos dos Francos e dos [[Árabes]]. Os reinos Ocidentais exportavam lenha, peles, armamento e escravos para os Árabes em troca de sedas e vários géneros de tecido, especiarias e metais preciosos.{{harvref|Cunliffe|2008|p=427-428}}
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Dominada pela [[dinastia capetiana]], a corte francesa aumenta gradualmente a sua influência sobre a nobreza, permitindo-lhe exercer maior controlo nos territórios para além da [[Ilha de França]] do que durante os séculos XI e XII.{{harvref|Backman|2003|p=187-189}} No entanto, encontrariam resistência por parte dos [[Duque da Normandia|Duques da Normandia]], que em 1066 tinham já subjugado grande parte de Inglaterra e criado um império em ambas as margens do canal que duraria até ao fim da Idade Média.{{harvref|Jordan|2004|p=59-61}}{{harvref|Backman|2003|p=189-196}} Durante a [[dinastia Plantageneta]] do rei {{lknb|Henrique|II|de Inglaterra}} e dos seus sucessores, o reino dominaria a totalidade de Inglaterra e grande parte de França.{{harvref|Backman|2003|p=263}} No entanto, viria a perder a Normandia e a maior parte das possessões do Norte de França durante o reinado de [[João de Inglaterra|João]] em 1204. Isto esteve na origem de divergências entre a nobreza Inglesa, ao mesmo tempo que as obrigações financeiras decorrentes da tentativa de reconquista da Normandia obrigaram o rei a assinar em 1215 a ''[[Magna Carta]]'', um documento que limitaria o poder absoluto do rei e foi o primeiro passo de um longo processo que levaria ao [[parlamentarismo]]. Durante o reinado de {{lknb|Henrique|III|de Inglaterra}}, foram feitas ainda mais concessões de poder à nobreza e diminuído o poder da corte.{{harvref|Backman|2003|p=286-289}} A monarquia francesa, no entanto, continuaria a fortalecer a sua influência perante a nobreza durante o {{séc|XIII}}, centralizando a administração e aumentando o número de territórios que directamente controlava.{{harvref|Backman|2003|p=289-293}} Além da sua expansão para Inglaterra, os [[Normandos]] chegaram a estabelecer colónias na [[Sicília]] e no sul de Itália, depois de [[Roberto de Altavila]] ter desembarcado no território em 1509 e estabelecido um ducado que mais tarde se tornaria o [[Reino da Sicília]].{{harvref|Davies|1996|p=294}}
 
Na [[Península Ibérica]], os estados cristãos confinados à região noroeste do território iniciam o processo de [[Reconquista]] dos estados islâmicos no sul.{{harvref|name=Davies345|Davies|1996|p=345}} Por volta de 1150, o norte cristão estava dividido em cinco reinos principais – [[Reino de Leão|Leão]], [[Reino de Castela|Castela]], [[Reino de Aragão|Aragão]], [[Reino de Navarra|Navarra]] e [[Reino de Portugal|Portugal]].{{harvref|Barber|2004|p=341}} O sul da penínsulaPenínsula continuava dominado pelos estados islâmicos, inicialmente pelo [[Califado de Córdova]], que no entanto se viria a fragmentar em 1031 numa série de pequenos estados voláteis denominados [[taifa]]s,<ref name=Davies345/> que continuaram a combater os reinos cristãos até o [[Califado Almóada]] restabelecer o governo central no sul durante a década de 1170.{{harvref|Barber|2004|p=350-351}} As forças cristãs fazem novos avanços durante o início do {{séc|XIII}}, culminando na captura de [[Sevilha]] em 1248.{{harvref|Barber|2004|p=353-355}}
 
=== Cruzadas ===