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A monarquia dos visigodos era electiva. Com a morte do rei [[Vitiza]] em c.710, as [[Cortes (política)|cortes]] reuniram-se para eleger o seu sucessor, constituindo-se duas facções em disputa pela eleição: o grupo do seu filho [[Ágila II]] e o de [[Rodrigo]], o último [[Reino Visigótico de Toledo|rei visigodo de Toledo]]. Rodrigo foi eleito em Cortes muito disputadas, provavelmente na Primavera de 710, mas a facção que apoiava o filho de Vitiza não aceitou a sua eleição e iniciou-se um período de [[guerra civil]].
 
Os partidários de Ágila solicitaram, então, apoio ao governador muçulmano de [[África]], [[Tárique]], abrindo-lhe as portas de [[Ceuta]] e incitando-o a enviar uma expedição militar à penínsulaPenínsula, já que, desde o final do [[século VI]], os [[judeus]] vinham sendo perseguidos naquela região e, de acordo com a [[xariá]], a lei islâmica, é obrigação do [[muçulmano]] defender os [[adeptos dos livros]] ([[judeus]] e [[cristãos]]) <ref name=mackenzie>Portal Mackenzie [http://www4.mackenzie.com.br/6936.html O cristianismo e o islamismo no Ocidente medieval]</ref>. Esta defesa era sustentada pelo facto de, desde [[612]], os regentes terem decretado o [[batismo]] compulsório de [[judeu]]s, por decreto real, sob pena de confisco dos bens ou expulsão daquela terra.
[[Ficheiro:Covadonga.jpg|thumb|left|Santuário de [[Covadonga]], gruta que foi quartel-general de [[Pelágio das Astúrias]]]]
 
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[[Abdulaziz]] (ou [[Abdul-el-Aziz]]), primeiro [[Lista dos Walis do Al-Andalus|walis]] (governador muçulmano) do Al-Andalus, subjugou a [[Lusitânia]] e a [[Cartaginense]], saqueando as cidades do Norte que lhe abriam as portas e atacando aqueles que lhe tentaram resistir. Às suas investidas escapou, porém, uma parte das [[Astúrias]], no Norte, onde se refugiou um grupo de visigodos sob o comando de [[Pelágio das Astúrias|Pelágio]]. Uma [[caverna]] nas montanhas servia simultaneamente de [[paço]] ao rei e de templo de [[Cristo]]. Por vezes, Pelágio e seus companheiros desciam das montanhas em surtidas para atacar os acampamentos islâmicos ou as aldeias despovoadas de cristãos. Um desses ataques, a designada [[batalha de Covadonga]], travada em [[722]], marcou, segundo muitos historiadores, o início do longo processo de retomada dos territórios ocupados ao qual se deu o nome de [[Reconquista Cristã]].
 
A partir do pequeno território que Pelágio designou como [[Reino das Astúrias]], os cristãos (hispano-[[godos]] e [[Lusitanos|lusitano]]-[[suevos]]), acantonados nas serranias do Norte e Noroeste da penínsulaPenínsula, foram, gradualmente, formando novos reinos, que se estenderam para o Sul. Surgiram, assim, os reinos de [[Reino de Castela|Castela]], [[Reino de Leão|Leão]] (de onde derivou, mais tarde, o [[Condado Portucalense]] e, subsequentemente, [[Portugal]]), [[Reino de Navarra|Navarra]] e [[Reino de Aragão|Aragão]]. O reino das Astúrias durou de [[718]] a [[925]], quando o rei asturiano [[Fruela II]] ascendeu ao trono do [[Reino de Leão]], unificando os dois reinos.{{clear}}
 
== Cultura visigótica ==