Jimmy Olsen (revista em quadrinhos): diferenças entre revisões
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[[Imagem:Jimmy Olsen em Action Comics 6 (1938).jpg|thumb|200px|A primeira história a incluir o ''office boy'' do [[Planeta Diário]] foi publicada em 1938, em ''Action Comics'' #6.]]
A revista ''[[Action Comics 1|Action Comics #1]]'', lançada em abril de 1938 pela [[DC Comics]] (então denominada [[National Publications|"National Allied Publications"]]), marcou o início da publicação do personagem [[Superman]], criado por [[Jerry Siegel]] e [[Joe Shuster]]<ref name="homens">JONES, p. 80-84</ref> e, já naquele momento, as histórias do personagem se mostraram um sucesso, com a tiragem de 200 mil exemplares<ref name="valor7">{{citar web |url=http://www.independent.co.uk/news/world/americas/comic-with-first-superman-story-sells-for-15m-1930852.html |título=Comic with first Superman story sells for $1.5m |obra=The Independent |
Ainda em 1938, em ''Action Comics'' #6, surgiria um personagem que possuiria algumas das características que posteriormente seriam associadas a Jimmy: um ''[[office boy]]'' usando uma [[gravata borboleta]]. Alguns estudiosos apontam esse personagem como sendo o próprio Jimmy Olsen, embora ele ainda não tivesse sido nomeado na histórias, enquanto outros o indicam como um "protótipo" conceitual do personagem.<ref name="dc history of jimmy olsen" /><ref>{{
Somente em 1940 que um personagem nomeado "Jimmy Olsen" seria incluído numa história de Superman - mas não nos quadrinhos, e sim na série de rádio ''[[The Adventures of Superman (rádio)|The Adventures of Superman]]'' durante um episódio transmitido em 15 de abril de 1940. No ano seguinte, em ''[[Superman (revista em quadrinhos)|Superman]]'' #13, Jerry Siegel e Joe Shuster incluiriam o personagem na história ''Superman versus The Archer''. No rádio, Jimmy fora descrito como um "ruivo sardento", e essas características continuam com o personagem nas histórias em quadrinhos, mas ele não teria a mesma popularidade. Enquanto no programa de rádio, o personagem continuaria aparecendo até 1950, nos quadrinhos ele teria pouco destaque.<ref name="dc history of jimmy olsen" /><ref name="Markstein">{{citar web |url=http://www.toonopedia.com/jimmyo.htm |título=Superman's Pal Jimmy Olsen |autor=Don Markstein |data=2008 |obra=[[Don Markstein's Toonopedia]] |arquivourl=http://www.webcitation.org/6QyZoThLM |arquivodata=10 de julho de 2014 |
Em 1947 teria início a disputa de Siegel e Shuster com a editora pelos direitos do personagem, o que resultaria em um julgamento desfavorável aos criadores, bem como na perda de seus empregos. [[Wayne Boring]], assistente de Shuster, foi promovido à desenhista principal de Superman, trabalhando em diversas edições de ''Action Comics''. Boring permaneceria trabalhando com o personagem até o final da década de 1950 e, ao lado de [[Curt Swan]] e [[Al Plastino]], que ficaram responsáveis pelas histórias menores, trouxe mudanças na caracterização das histórias: os artistas começariam a desenhar Superman com o porte físico comparável ao de um [[halterofilista]]; os cenários passariam a destacar os arranhas-céus de Metropólise; e robôs autômatos se tornariam comumente os oponentes enfrentados pelo personagem nas suas histórias.<ref name="msh2">{{Citar periódico |autor=Eduardo Marchiori |autorlink= |data=
O afastamento dos criadores representaria uma significativa queda na qualidade das histórias durante a primeira metade da década seguinte. O surgimento do "[[Comics Code Authority]]", em 1954, um órgão destinado à supervisionar o conteúdo das histórias em quadrinhos, e a consequente imposição de uma série de regras que visavam impedir que as histórias influenciassem negativamente as crianças americanas, também seria visto como um dos fatos que contribuiriam para que a década de 1950 fosse considerada uma "década perdida" para o personagem.<ref name="msh4">{{Citar periódico |autor=Luciano Lino |autorlink= |data=
A necessidade de se criar histórias "mais leves" para a revista seria imperiosa na caracterização do personagem: os conceitos de "bom-mocismo" começariam a ser fortemente representados<ref name="msh4" /><ref name="msh3">{{Citar periódico |autor=Manoel de Souza; Antônio Santos |autorlink= |data=Agosto de 2006 |titulo=Super Dossiê |jornal=[[Mundo dos Super-Heróis|Revista Mundo dos Super-Heróis]] |volume= |numero=1 |paginas=20-24 |id=97711676609101 ISSN 16766091 |url= |acessadoem=3 de junho de 2011}}</ref> e os atos do personagem fariam com que ele fosse visto de forma pouco elogiosa como um "super-[[escoteiro]]".<ref>Charlie McCollum (26 de junho de 2006). "Times change, but Superman endures as an American cultural icon". ''The Mercury News'', p. 4C. LifeStyle.</ref> Fora dos quadrinhos, a partir de 1952, começou a ser exibida a série de televisão ''[[Adventures of Superman (série)|Adventures of Superman]]'', que logo conquistou grande popularidade. No elenco, o ator Jack Larson aparecia regularmente como "Jim Olsen", e o jovem repórter se tornou um dos personagens mais populares do programa. A National Comics Publications, editora que antecedeu a DC Comics, começaria a publicar uma revista em quadrinhos dedicada a Jimmy nessa época.<ref name="dc history of jimmy olsen" /><ref>''[[Look, Up in the Sky: The Amazing Story of Superman]]'' (2006)</ref>
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{{Outro artigo|[[Superman na Era de Ouro]] e [[Superman na Era de Prata]]}}
Assim como o programa de rádio ''Adventures of Superman'' havia influenciado as características visuais de Jimmy Olsen na década de 1940, o programa de televisão de mesmo nome estabeleceria uma nova profissão para o personagem na década seguinte. Até então, Olsen era caracterizados como "um funcionário de baixo nível", um estagiário ou ''office boy'', mas, a partir da primeira edição de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'', ele se tornaria um fotógrafo.<ref name="dc history of jimmy olsen" /> Swan seria o principal desenhista da série durante os primeiros dez anos de sua publicação.<ref>{{
O principal responsável pelo surgimento de uma revista dedicada a Jimmy Olsen foi o editor [[Mort Weisinger]]. Ele cuidava de todas as revistas dedicadas às histórias de Superman, e costumeiramente perguntava às crianças do bairro onde morava o que elas gostariam de ler nas próximas histórias em quadrinhos - e do interesse infantil pelo personagem surgiria a vontade de produzir uma nova revista integralmente dedicada a ele.<ref name="Amazing">Lillian III, Guy H., "Mort Weisinger: The Man Who Wouldn't Be Superman," in ''The Amazing World of DC Comics'' #7 (July 1975), pp. 2-8</ref> A "[[Era de Prata da banda desenhada|Era de Prata]]" das histórias em quadrinhos americanas é um período em que as histórias incorporariam elementos muito mais fantásticos do que [[Era de Ouro da banda desenhada|o período histórico anterior]], e temas de [[ficção científica]] eram comuns.<ref name="julio">{{citar web|url=http://omelete.com.br/quadrinhos/hqs-de-luto-por-julius-schwartz/|titulo=HQs de luto por Julius Schwartz|autor=Pedro Hunter|data=16 de Fevereiro de 2004|publicado=[[Omelete (site)|Omelete]]|acessodata=}}</ref><ref name="US">{{citar web |url=http://www.usnews.com/usnews/tech/nextnews/archive/next040226.htm |título=Flash Facts |autor=James Pethokoukis |data=26 de fevereiro de 2004 |acessodata=5 de outubro de 2011 |
===Jack Kirby e o Quarto Mundo===
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Embora agissem separadamente, todos os editores possuíam um objetivo comum: tornar as revistas menos fantasiosas, produzindo histórias mais "realistas" e em sintonia com a época.<ref name="era de bronze em amazing heroes" /> Boltinoff trabalharia com [[Leo Dorfman]] e [[Cary Bates]] em ''Action Comics'' e nem sempre havia muito respeito às mudanças então implementadas em ''Superman'' - Bates continuaria utilizando em suas histórias um dos elementos fantasiosos que Schwartz explicitamente queria se livrar: os "super-robôs" da [[Fortaleza da Solidão]].<ref name="lesdaniels133">DANIELS, p. 133-135</ref>
Em 1970, o popular quadrinhista [[Jack Kirby]] decidiria não mais continuar trabalhando na [[Marvel Comics]].<ref name="msh7">{{Citar periódico |autor=Maurício Muniz |autorlink= |data=
Kirby estava particularmente insatisfeito com a falta de reconhecimento que tinha na Marvel, e uma das suas exigências era atuar sozinho nos roteiros das revistas que participasse. Infantino concordou, e a editora firmou um vantajoso contrato com o artista, que pode escolher em qual das revistas da editora gostaria de trabalhar primeiro.<ref name="msh7c">{{Citar periódico |autor=Eduardo Marchiori, Mauricio Muniz |autorlink= |data=
[[Imagem:Superman's Pal Jimmy Olsen 133.jpg|thumb|200px|''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #133]]
A partir da edição 133, Kirby assumiu os roteiros e a arte. Nos desenhos, [[Al Plastino]] contribuiria na arte-final, algumas vezes chegando a redesenhar os quadros produzidos por Kirby, cujo traço característico era muito diferente dos desenhos de [[Curt Swan]]. Para "padronizar" a arte nas diferentes revistas, Plastino alterava os desenhos. Nos roteiros, mais livre, Kirby imediatamente buscaria explorar toda a sua criatividade nas histórias e ao mesmo em que trouxe novos conceitos como os "Novos Deuses", oriundos dos planetas "Nova Gênese" e "Apokolyps", também apresentou novas versões de personagens que havia criado na década de 1940 - a "[[Newsboy Legion]]" e o super-herói [[Guardião (DC Comics)|Guardião]].<ref name="msh7" /><ref name="msh7" /><ref>{{
Quando fora contratado pela editora, em nenhum momento Kirby fora informado de que seus desenhos estavam sujeitos à alteração editorial - ao contrário, seu estilo particular foi justamente o que fora solicitado, com o pedido de que produzisse histórias tão criativas que parecesse que as revistas estavam sendo inventadas de novo. Plastino, à época, já havia abandonado o trabalho de desenhista nas revistas de Superman, e seu retorno à publicação para refazer o trabalho, tornando-o mais parecido com o que era produzido há década, é visto pelo historiador [[Mark Evanier]], um especialista na obra de Kirby, como um retrocesso.<ref name="legends revealed 105" />
Embora seja comum, no meio dos quadrinhos, a percepção de que Kirby estava ciente e concordava com as mudanças, Evanier entrevistara o desenhista inúmeras vezes, e teria declarado, em texto reproduzido pelo ''site'' americano "[[Comic Book Resources]]", que "Jack [Kirby] estava chateado e surpreso, mas ele também era um novato na DC, e estava ansioso para mostrar ao novo empregador que podia se encaixar e 'fazer parte do time'. Ele pode até ter dito que não se importava com as mudanças, mas ele certamente disse a mim e àquelas pessoas mais próximas o quão errada via as alterações, tanto em termos de respeito por seu trabalho quando em termo de contribuir para as vendas da revista".{{Nota de rodapé|Traduzido de "''So Jack was annoyed and Jack was mystified. But he was also new at DC and eager to show his new employer that he could fit in and play well with others. He may have told them it didn’t bother him a lot..but he sure told me and everyone around him how wrong he thought it was, both in terms of respect for his work and for the sales of the comic''.<ref name="legends revealed 105" />}}<ref name="legends revealed 105">{{Citar web |url=http://goodcomics.comicbookresources.com/2007/05/31/comic-book-urban-legends-revealed-105/ |título=Comic Book Urban Legends Revealed #105 |data=31 de maio de 2007 |acessodata=1 de abril de 2015 |
Foi em ''Jimmy Olsen'' que surgiu o vilão [[Darkseid]], o primeiro dos personagens do "Quarto Mundo", história que ele desenvolveria nos anos seguintes não apenas na revista, mas também em outras séries próprias, como ''New Gods'', ''Mister Miracle'' e ''Forever People''. A série de histórias é considerada a [[obra-prima]] de Kirby<ref name="msh7c" /> e entre as edições 135 e 138 de ''Jimmy Olsen'' foi publicada uma das mais criativas tramas de Kirby, visual e narrativamente - Kirby explorou as diferentes formas de ilustração, incluindo fotografias e colagens e produziu uma das primeiras histórias em quadrinhos a lidar com [[clonagem humana]].<ref name="kirby imperdível">{{Citar periódico |autor=Gustavo Vicola |autorlink= |data=
Olsen era o protagonista da revista, mas, ao mesmo tempo, um personagem menor numa trama complexa que Kirby estabelecia em todas as revistas em que colaborava à época na editora. As tramas de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' se ligavam à ''The Tomorrow People'', ''New Gods'' e ''Mister Miracle'' para formar o "Quarto Mundo" de Kirby. Dentre as histórias, destaca-se o conceito do "planeta Transilvânia", um planetoide pequeno, mas tão maligno que possuía chifres formados em seu pólo norte, e a inclusão de "Goody Rickles", um gêmeo maligno do comediante [[Don Rickles]]. Em suas histórias, Kirby convidava o leitor a não pensar sobre o que estava sendo incluído, e a simplesmente comprar cada edição.<ref name="the ten insane" /><ref name="msh7" /><ref>McAvennie "1970s" ''in'' Dolan, p. 146</ref><ref>{{
=== Término e ''Superman Family'' ===
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[[Imagem:Superman Family 164.jpg|thumb|200px|A partir da 164ª edição, a revista mudou de nome e formato. Em ''Superman Family'' eram publicadas, além das histórias de Olsen, as histórias de Supergirl e de Lois Lane, cujas revistas foram incorporadas à nova publicação.]]
[[E. Nelson Bridwell]] atuava como editor da revista ''Lois Lane'' à época, e numa série de histórias publicadas entre 1971 e 1972, nas edições 111 e 119, incluiria elementos da trama desenvolvida por Kirby e sua meta-série "Quarto Mundo", aproximando a revista do trabalho do artista em ''Jimmy Olsen'' e nas revistas ''New Gods'', ''Mister Miracle'' e'' The Tomorrow People''.<ref>{{
O principal conflito de continuidade no período de Bridwell havia sido a caracterização do personagem [[Morgan Edge]], que era retratado nas histórias relacionadas ao "Quarto Mundo" de forma bastante diferente das histórias de outros editores: em ''Jimmy Olsen'', ele era o líder da organização criminosa [[Intergangue]], enquanto em ''Action Comics'' e ''Superman'', ele era um empresário, o proprietário da rede televisiva Galáxia e do Planeta Diário.<ref name="back issue 62b" />
Bridwell se esforçou consideravelmente para manter as histórias coesas, e em conjunto com Schwartz, então editor de ''Superman'', planejaria uma série de histórias publicadas em ''Superman'' e ''Lois Lane'' que estabeleceriam o personagem do "Quarto Mundo" como um clone do empresário. Com a saída de Bridwell, a falta de coesão entre as histórias aumentaria consideravelmente, e, numa tentativa de revitalizar as revistas e também ajustar os problemas com a [[continuidade (ficção)|continuidade]], [[Murray Boltinoff]] assumiria a edição das revistas do personagem em conjunto com Schwartz.<ref name="back issue 62b">{{
Kirby encerraria sua participação em ''Jimmy Olsen'' na 148ª edição, em 1972. À época, a publicação de [[antologia]]s intituladas "DC 100-page Super Spectacular" se tornaria uma prática comercial bem-sucedida na DC Comics, e utilizando esse formato, a editoria decidiria, no ano seguinte, realizar uma reformulação na linha editorial de Superman: as revistas ''Jimmy Olsen'', ''Lois Lane'' e ''[[Supergirl (revista em quadrinhos)|Supergirl]]'' seriam canceladas e substituídas por uma única revista que teria mais páginas que as três somadas, permitindo não apenas a publicação de histórias protagonizadas por cada um dos personagens, como também a republicação de histórias antigas.<ref name="john wells">{{Citation|
O encerramento das revistas inicialmente se daria em novembro de 1973, mas por causa de uma crise na produção de papel, as gráficas só conseguiriam produzir as últimas edições de ''Lois Lane'' e ''Supergirl'' em 1974. À época, as revistas haviam se tornado duas das revistas menos vendidas da editora, ao lado de ''[[Secret Origins]]'' e ''Weird Worlds''.<ref name="john wells" /> Boltinoff, editor de ''Jimmy Olsen'', assumiria o comando de ''Superman Family'', que incluiria histórias de todo o [[elenco de apoio de Superman]].<ref name="back issue 62b" />
Enquanto ''Supergirl'' fora encerrada na sua 10ª edição, e ''Lois Lane'', em sua 137ª, ''Jimmy Olsen'' teria 163 edições publicadas. ''The Superman Family'' começaria a ser publicada como uma continuação da série mais antiga, e sua "primeira edição" já seria numerada como 164ª. [[Nick Cardy]] havia se tornado o artista principal de ''Jimmy Olsen'' a partir da 154ª edição da revista, e permaneceu como o responsável pela arte das capas até o cancelamento. Na nova revista, continuou como o responsável pelas capas até a 169ª edição. A mudança não foi apenas de nome e formato: em ''Superman Family'', o tom das histórias de Olsen também mudaria, deixando de lado as características humorísticas e fantasiosas que o haviam acompanhado até então. O personagem deixaria de ser um jornalista e se tornaria um repórter investigativo que, sob a alcunha de "Mr. Action", se dedicaria a reportagens que denunciassem os criminosos da cidade de Metrópolis. Olsen foi destacado em ''The Superman Family'' #164, 167, 170, 173, 176, 179 e 182 a 222.<ref name="john wells" /><ref>{{
==Histórias publicadas em ''Superman's Pal, Jimmy Olsen''==
[[Imagem:Jerry Siegel (1976) retouched.jpg|thumb|left|180px|[[Jerry Siegel]] foi o roteirista de algumas edições de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen''.]]
163 edições foram publicadas entre 1954 e 1974.<ref>"1950s" ''in'' Dolan, p. 73</ref> As histórias publicadas na "[[Era de Ouro da banda desenhada|Era de Ouro]]" (até 1956) e na "[[Era de Prata da banda desenhada|Era de Prata]]" (1956-1970) são marcadas pelas transformações que Olsen sofria a cada edição. As mais significativas destas transformações foram compiladas num [[Trade paperback|volume encadernado]] intitulado ''Superman: The Amazing Transformations of Jimmy Olsen'', que reúne as edições 22, 28, 31-33, 41-42, 44, 49, 53, 59, 65, 72, 80, 85 e 105 de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen''.<ref name="dc history of jimmy olsen" /><ref name="transformations">{{Citar livro |autor= |título=Superman: The Amazing Transformations of Jimmy Olsen''''' |editora=[[DC Comics]] |ano=2007 |páginas=192 |
Binder seria o responsável pelo roteiro de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' #33, numa história em que o personagem adquiria um "sopro flamejante", oposto ao [[Poderes e habilidades de Superman|"sopro congelante" de Superman]]<ref>BINDER, Otto; SWAN, Curt. ''The Human Flame-Thrower!'', publicado originalmente em 1958 pela DC Comics em ''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #33</ref> e também de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' #44, fazendo o personagem se transformar em um [[lobisomem]].<ref>BINDER, Otto; SWAN, Curt. ''The Wolf-Man of Metropolis!'', publicado originalmente em 1960 pela DC Comics em ''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #44</ref> Siegel, por sua vez, fora o responsável pelo roteiro de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' #53, cuja trama mostrava o personagem se transformando num híbrido gigante homem-tartaruga. Além desta, escreveu ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' #65, narrando a transformação de Olsen em um "porco-espinho-humano"; e ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' #80. Nesta, Olsen se transformava numa versão "[[Bizarro (DC Comics)|bizarra]]" de si mesmo, "Bizarro Jimmy #1".<ref>SIEGEL, Jerry; SWAN, Curt. ''The Giant Turtle Man'', publicado originalmente em 1961 em ''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #53</ref><ref>SIEGEL, Jerry; SWAN, Curt. ''The Giant Turtle Man'', publicado originalmente em 1962 em ''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #65</ref><ref>SIEGEL, Jerry; FORTE, John. ''The Giant Turtle Man'', publicado originalmente em 1964 em ''Superman's Pal Jimmy Olsen'' #80</ref>
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Entre 1999 e 2004, [[Jeph Loeb]] e [[Joe Kelly (roteirista)|Joe Kelly]], acompanhados de uma série de outros profissionais, como o escritor [[Joe Casey]] e os desenhistas [[Mike McKone]], [[Ed McGuinness]] e [[Doug Mahnke]], estabeleceriam uma série de mudanças nas revistas de Superman. Loeb, especificamente, abordaria em suas histórias o relacionamento de Superman com os personagens "básicos": [[Lex Luthor]] e as pessoas do [[Planeta Diário]], incluindo Olsen.<ref name="rebirth of superman1" /><ref name="omelete7" /><ref name="berganza em 2004" />
Numa das primeiras histórias da equipe, ''Y2K'', o vilão [[Brainiac]] infestaria toda a tecnologia da cidade com o vírus B13, vindo do futuro, e, embora ele fosse derrotado, Metrópolis continuaria com o visual futurista, e entre 2003 e 2004, Olsen foi o protagonista de uma minissérie em doze partes intitulada ''Superman: Metropolis'', que retratava o personagem trabalhando numa reportagem dedicada à mostrar os efeitos da tecnologia B13 na vida dos cidadãos de Metrópolis. A minissérie foi escrita por [[Chuck Austen]] e ilustrada por [[Danijel Zezelj]].<ref name="rebirth of superman1">{{Citar web |url=http://www.mania.com/rebirth-superman-part-1_article_21632.html |título=The Rebirth of Superman, Part 1 |autor=Edward Gross |data=2 de junho de 2000 |acessodata=26 de dezembro de 2014 |
Em 2004, Austen sucederia Kelly, numa curta e controversa passagem como roteirista da revista ''[[Action Comics]]''.<ref name="jd finn3">{{Citar web |url=http://www.comicbookresources.com/?page=article&old=1&id=6669 |título=IN DEPTH WITH CHUCK AUSTEN (PART ONE) |autor=Arune Singh |data=14 de fevereiro de 2006 |acessodata=21 de dezembro de 2014 |
As histórias de Austen também mostravam as dificuldade de Superman, como "Clark Kent", com seu novo trabalho, e acabariam por revelar que Olsen estaria assumindo o lugar deixado vago com o rebaixamento de Clark.<ref name="ac822">AUSTEN, Chuck; REIS, Ivan; CAMPOS, Marc. ''Action Comics'' #822. Publicado originalmente nos Estados Unidos pela DC Comics em dezembro de 2004 e no Brasil pela Panini Comics em março de 2006 na revista ''Superman'' #40, com tradução e adaptação para o português por Edu Tanaka e Fabiano Denardin</ref> Inicialmente, Austen pretendia continuar alguns dos temas estabelecidos em ''Superman: Metropolis'',<ref>{{Citar web |url=http://www.comicbookresources.com/?page=article&id=2523 |
Olsen seria destacado entre maio de 2007 e abril de 2008 durante a minissérie semanal em 51 edições ''Countdown''. Um dos [[arco de história|arcos de história]] da minissérie era ''Jimmy Olsen Must Die!'', uma trama cujo objetivo era mostrar "o lugar" que o personagem ocupava dentro do universo ficcional da editora e era relacionada à outra minissérie, ''[[Death of the New Gods]]'', mostrando a morte de diversos personagens relacionados ao "Quarto Mundo", incluindo o vilão [[Darkseid]], que renasceria durante a minissérie ''[[Final Crisis]]''.<ref>{{Citar web |url=http://hqmaniacs.uol.com.br/Spoiler_Countdown_estreia_em_maio_10620.html |título=Spoiler: Countdown estreia em maio |data=21 de fevereiro de 2007 |acessodata=11 de março de 2015
Durante a publicação de ''Countdown'', uma edição especial intitulada ''Countdown Special: Jimmy Olsen'' #1 foi também publicada pela editora em novembro de 2007, reimprimindo três edições de ''Superman's Pal, Jimmy Olsen'' sob uma nova capa, elaborada pelo artista [[Ryan Sook]].<ref>{{Citar web |url=http://www.comicbookresources.com/?page=article&old=1&id=11667 |título=DC COMICS SOLICITATIONS FOR PRODUCT SHIPPING NOVEMBER, 2007 |data=20 de agosto de 2007 |acessodata=11 de março de 2015 |
{{Imagem múltipla
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Em 2008, [[James Robinson]] se tornaria o roteirista da revista ''Superman'' e, ao lado de [[Geoff Johns]], responsável por ''Action Comics'', estabeleceria uma maior ligação entre as duas revistas. Cada um deles escreveria um arco diferente (Robinson, ''[[A Chegada de Atlas]]'' e Johns, ''[[Brainiac (arco de história)|Brainiac]]'') que resultariam numa história que seria publicada no final daquele ano tanto em ''Action'' quanto em ''Superman'' e ''[[Supergirl (revista em quadrinhos)|Supergirl]]'', a saga "[[Novo Krypton]]".<ref>{{Citar web |url=http://www.comicbookresources.com/?page=article&id=16541 |título=GOLDEN AGE JAMES ROBINSON II: SUPERMAN |data=23 de maio de 2008 |acessodata=11 de dezembro de 2014 |
Após "Novo Krypton", o editor Will Moss começou a planejar uma série de histórias curtas com Olsen, e contratou [[Nick Spencer]] para o trabalho.
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{{Quote|Eu certamente queria produzir algo que honrasse o espírito dessas histórias anteriores, mas de forma que parecesse algo novo. Eu não queria simplesmente colocar Jimmy se transformando num rapaz-tartaruga de novo, ou algo assim, mas sim contar histórias que, se você sentasse e as lesse após as histórias antigas, visse o respeito e a admiração que tenho pelo que veio antes. Há muito que fica subentendido nas revistas da Era de Prata, e é isso que eu tive a oportunidade de destacar agora. Jimmy teve uma das revistas mais comentadas da história do gênero, e é divertido rever esse material, quebrá-lo e ver o que forma sua essência, para então aplicá-la num contexto moderno.| Nick Spencer, sobre ''Jimmy Olsen's Big Week''{{Nota de rodapé|Traduzido de "''I certainly wanted to do something that honored the spirit of those stories, but in a way that felt new and fresh. I didn't want to just re-hash Jimmy becoming Turtle Boy over and over or whatever, but I wanted to tell some stories that, if you sat down and read those old issues, then you read mine, you could feel the respect and admiration for what's come before in it. There's so much going on behind the panels in those Silver Age books, stuff we have an opportunity to bring out now. Jimmy has one of the most talked-about runs in comics history, and it's fun to go back and take those stories apart, see what makes them tick, then apply that in a modern setting. ''<ref name="spencer no cbr em 2010" />}}}}
Intitulada ''[[Jimmy Olsen's Big Week]]'', a trama foi rapidamente aclamada como uma das melhores do ano, e foi publicada inicialmente como uma história secundária nas edições de ''Action Comics''. A primeira dessas histórias foi disponibilizada gratuitamente pela editora através de seu aplicativo para venda de versões digitais de suas revistas, e trouxe a introdução da personagem [[Chloe Sullivan]], criada para a série de televisão ''[[Smallville (série)|Smallville]]'', para o universo das histórias em quadrinhos, como uma ex-namorada de Olsen. Meses depois, a editora viria a anunciar que reduziria a quantidade de páginas em todas as suas revistas como forma de manter o preço de cada edição em [[Dólar americano|US$]] 2.99 - assim, não apenas as histórias de Olsen, mas todas as histórias curtas publicadas em outras revistas seriam descontinuadas. Por ainda estar em andamento quando do anúncio, a história envolvendo Olsen teria a sua conclusão publicada numa edição especial totalmente dedicada ao personagem.<ref>{{Citar web |url=http://robot6.comicbookresources.com/2010/10/nycc-10-didio-addresses-fate-of-jimmy-olsen-other-dc-co-features/ |título=DiDio addresses fate of Jimmy Olsen, other DC co-features |autor=Kevin Melrose |data=9 de outubro de 2010 |acessodata=21 de março de 2015 |
Em resenha, o jornalista [[Rich Johnston]], do ''site'' britânico "[[Bleeding Cool]]", apontaria que a história era escrita de forma tão brilhante que descrevê-la deixava-o "sem ar", elogiando a capacidade de Spencer de escrever capítulos de apenas oito páginas mais criativos que muitas revistas de 20, e percebendo influências de [[Douglas Adams]] e [[Jonathan Swift]] nos elementos mais fantasiosos inseridos.<ref>{{Citar web |url=http://www.bleedingcool.com/2011/03/30/jimmy-olsen-the-best-comic-of-2011-wednesday-comics-reviews/ |autor=Rich Johnston |data=30 de março de 2011 |acessodata=21 de março de 2015 |
{{Notas}}
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==Bibliografia==
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==Links externos==
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