Boni: diferenças entre revisões

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|nome_completo = José Bonifácio de Oliveira Sobrinho
|data_nascimento = {{dni|30|11|1935|lang=br}}
|local_nascimento = [[Osasco]], {{BR-SP}}[[São Paulo]]
|data_morte =
|local_morte =
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== Início da carreira ==
Aos quinze anos, mudou-se para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], para iniciar carreira no rádio. Recomendado por um tio, conseguiu um estágio como ajudante de [[Dias Gomes]], então diretor da [[Rádio Clube]] do [[Brasil]].<ref name="memgl">{{Citar web|url=http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYP0-5271-234311,00.html|título=Perfis: Boni|publicado=[[Memória Globo]]|data=Abril de 2012|língua2=pt|acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> Tempos depois, Dias Gomes o encaminhou para um curso de rádio, promovido pela prefeitura da cidade, na [[Roquette-Pinto FM|Rádio Roquette Pinto]], onde teve as primeiras noções de [[locução]] e [[redação]].<ref name="memgl" />
Ainda em [[1950]], foi contratado como redator do programa "Clube Juvenil Toddy", da [[Rádio Nacional]].<ref name="netsab">{{Citar web|url=http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_4374.html|título=Biografias: Boni|publicado=NetSaber|língua3=pt|acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> Lá, conheceu o [[Rádio (comunicação)|radialista]] e [[humorComédia|humorista]]ista [[Manuel de Nóbrega]], que estava à procura de redatores para trabalhar na filial paulista da rádio, então em fase de implantação. Em [[1951]], retornou a [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], para trabalhar como secretário pessoal de Manuel de Nóbrega e integrante da equipe de redatores da Rádio Nacional de São Paulo.
Em [[1953]], o jovem redator de 17 anos, aceitou o convite para trabalhar na [[Rádio Tupi]]. Na [[Rede Tupi|TV Tupi]], dirigida por [[Dermeval Costalina]] e [[Cassiano Gabus Mendes]], Boni exerceu diversas funções, entre elas as de produtor, diretor e redator do programa "Grêmio Juvenil Tupi".<ref name="netsab" /><ref name="memgl" />
No ano seguinte, foi para a [[TV Paulista]], canal 5, trabalhar como assistente do diretor artístico da emissora, [[Roberto Corte Real]].<ref name=memgl/> A situação econômica da emissora, entretanto, estava muito ruim e, por isso, no mesmo ano, ele foi trabalhar como redator da [[Rádio Bandeirantes]] em São Paulo.<ref name="memgl" />
Em [[1955]], tornou-se chefe do Departamento de Rádio e Televisão da agência de publicidade Lintas Propaganda, onde trabalhou ao lado de [[Rodolfo Lima Martensen]], [[José Scatena]] e [[Maria Augusta Barbosa de Mattos]], a Guta, que mais tarde viria a coordenar o elenco da [[Rede Globo|TV Globo]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].<ref name="memgl" /> Na mesma época, foi o diretor de propaganda da [[RGE|gravadora RGE]]<ref name="netsab" />, lançando discos de artistas como [[Maysa]] e [[Chico Buarque de Holanda]], entre outros.<ref name="memgl" />
Depois de passar por um treinamento na agência de publicidade J. W. Thompson, no [[Reino Unido]], e na [[NBC]], em [[Nova Iorque]], em [[1957]], assumiu a direção de criação da Linx Filmes, a primeira empresa de filmes comerciais para a televisão. Exerceu essa função até [[1959]]. No ano seguinte, passou a chefiar o Departamento de Criação de Rádio e Televisão da agência Multi Propaganda, em São Paulo, onde trabalhou com Jorge Adib. Foi também chefe do Departamento de Rádio e Televisão da agência Alcântara Machado, em São Paulo.
Em [[1962]], assumiu a direção artística da [[Rádio Bandeirantes]] e, em [[1963]], criou – e depois vendeu – sua própria agência, a Proeme Publicidade e Mercadologia. Também naquele ano, trabalhou na [[TV Rio]], a convite de [[Walter Clark]] – de quem já era amigo desde os tempos da Lintas.<ref name="memgl" /> Após rápida passagem pela [[Rede Excelsior|TV Excelsior]], em [[1964]], retornou à TV Tupi para implantar o Telecentro das Emissoras Associadas, o que possibilitaria concretizar o sonho de criar uma televisão nacional, operando com uma só programação, porém o projeto não vingou.<ref name="memgl" />
 
== A Rede Globo ==
[[Walter Clark]] fez novo convite a Boni em [[1967]], desta vez para que ele ocupasse a chefia da direção de programação e produção da Rede Globo.<ref name="veja">{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/180603/entrevista.html|título=A TV está ruim - Entrevista: José Bonifácio de Oliveira Sobrinho|publicado=[[Veja]]|data=18 de junho de 2003|primeiro=Ricardo|último=Valladares|língua3=pt|acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> Era a oportunidade de tentar mais uma vez criar uma rede nacional de televisão. A ideia da rede seria viabilizada em [[1969]], quando a [[Embratel]] inaugurou o seu sistema de micro-ondas. O marco efetivo do início da rede foi a estreia, em setembro daquele ano, do [[Jornal Nacional]], primeiro programa regular transmitido [[ao vivo]] para todo o país.
Ao lado de [[Walter Clark]], Boni concebeu o formato básico da programação da TV Globo até hoje, com a grade do [[horário nobre]] formada por três novelas, o Jornal Nacional entre a segunda e a terceira, e uma atração especial a seguir. Boni promoveu também importantes mudanças na área artística da TV Globo. Foi ele que concluiu ser imprescindível mudar os rumos da [[Telenovela|teledramaturgia]] da emissora, ainda presa ao gênero [[capa e espada]], ao perceber o filão que havia sido aberto com o sucesso da novela "[[Beto Rockfeller]]", exibida em [[1968]] na TV Tupi, com direção de [[Walter Avancini]] e [[Lima Duarte]]. Com o aval de Walter Clark, apostou em uma dramaturgia mais realista que retratava o cotidiano brasileiro contemporâneo, tendo sido responsável pela entrada de [[Daniel Filho]], Dias Gomes e [[Janete Clair]] na Rede Globo.
Era responsável por todas as áreas de programação da emissora, inclusive o [[jornalismo]], que esteve sob a sua supervisão até a entrada de [[Evandro Carlos de Andrade]] na direção da [[Central Globo de Jornalismo]] (CGJ), em [[1995]]. Esteve envolvido na criação de vários programas, como o [[Fantástico]] ([[1973]]), o [[Roberto Carlos Especial]] ([[1974]]), o humorístico [[Superbronco|Super Bronco]] ([[1979]]), protagonizado pelo [[comediante]] [[Ronald Golias]], o [[Você Decide]] ([[1992]]) e o seriado [[Mulher (seriado)|Mulher]] ([[1998]]).<ref name="memgl" /> Chegou até a escrever as letras dos temas de abertura de vários programas, como os do Fantástico (1973) e das novelas "[[Que Rei Sou Eu?]]" ([[1989]]) e "[[Tieta]]" (1989).
Em [[1970]], passou a ser o superintendente de Produção e Programação da Rede Globo. Entre [[1969]] e [[1971]], também foi membro da Convenção Internacional da National Association Broadcasting (NAB) dos [[Estados Unidos]] e da [[União Europeia de Radiodifusão]].<ref name="memgl" /> Em [[1980]], [[Roberto Irineu Marinho]] já ocupava a vice-presidência da Rede Globo de Televisão, e Boni assumiu a vice-presidência de operações da emissora carioca, função que exerceu até [[1997]], quando foi substituído por [[Marluce Dias da Silva]]. Permaneceu, então, como consultor da emissora até [[2001]].<ref name="veja" /> Desde [[2003]], é sócio, com seus quatro filhos, da [[TV Vanguarda]], afiliada à Rede Globo no interior de São Paulo.<ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/213/entrevista/index.htm|título="Só voltaria à televisão como dono" - Entrevista|publicado=[[ISTOÉ Gente]]|primeiro=Rosangela|último=Honor|data=31 de agosto de 2003|língua3=pt|acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref>
 
{{Referências|col=2}}
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Direção geral da [[Rede Globo]]
|anos =1967 – 1997
|antes =—
Linha 72:
{{Termina caixa}}
 
{{Ronald Golias}}
{{Fantástico}}
{{Portal3|Biografias|Televisão|São Paulo|Brasil}}