Guerra de independência da Grécia: diferenças entre revisões
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=== Preparativos para a revolta ===
Em 1814, três mercadores gregos, [[Nikolaos Skoufas]], Manolis Xantos, e Atanásios Tsakalov, inspirados pelas ideias de Feraios e influenciados pela [[Carbonária]] italiana, fundaram uma organização secreta, a ''[[Filiki Eteria]]'' ("Sociedade dos Amigos"), em [[Odessa]], um centro importante de mercadores da diáspora grega. Com o suporte de exilados gregos na Grã-Bretanha e Estados Unidos e com a ajuda de simpatizantes da Europa Ocidental, eles planearam a rebelião. O objetivo básico da sociedade foi de reviver o Império Bizantino, com Constantinopla como capital, em vez da formação de um Estado nacional.<ref name="Jelavich_Balkan">{{
A sociedade cresceu rapidamente, aliciando membros em diversas regiões povoadas por gregos. Entre eles estavam personagens que assumiriam papéis importantes durante a guerra, como [[Teodoros Kolokotronis]], [[Odisseas Androútsos]] e [[Papaflessas]]. Em 1821, o Império Otomano estava ocupado numa guerra contra a [[Dinastia Qājār|Pérsia]] e com a revolta promovida por [[Ali Paxá de Tepelene|Ali Paxá]] no [[Épiro|noroeste da Grécia]]. Enquanto isso, as Grandes potências, aliadas sob o "[[Concerto da Europa]]", em oposição às revoluções decorrentes do período de [[Napoleão Bonaparte]], estavam preocupadas com revoltas na Itália e na Espanha. Foi sob este contexto que os gregos decidiram mobilizar-se para uma revolta.<ref name="Sowards_Balkan">{{
== Filelenismo ==
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Assim que a revolução começou, as atrocidades otomanas tiveram ampla divulgação na Europa e elevaram a simpatia pela causa grega na Europa Ocidental. Por outro lado, os governos do [[Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda|Reino Unido]] e da [[França]] suspeitaram por certo tempo de que a revolta tenha sido arquitetada pela Rússia, com o objetivo de tomar a Grécia (e possivelmente Constantinopla) dos otomanos. Os gregos se encontravam incapazes de estabelecer um governo estável nas áreas controladas e logo se envolveram em brigas internas. Os conflitos entre gregos e otomanos continuaram até 1825, quando o sultão [[Mehmet Ali]] requisitou a ajuda do [[Egito]], o seu Estado vassalo mais forte da época.
[[Ficheiro:The sortie of Messologhi by Theodore Vryzakis.jpg|thumb|220px|A saída de [[Messolongi]], por Teodoros Vryzakis.]]
Na Europa, a revolução grega adquiriu ampla simpatia do público, mas pouca por parte das Grandes potências. A Grã-Bretanha apoiou a insurreição de 1823 em diante a partir do momento que ficou clara a fraqueza dos otomanos, apesar dos russos procurarem limitar a influência britânica sobre os gregos.<ref name="alexandris">{{
Lord Byron passou certo tempo na [[Albânia]] e na Grécia coletando fundos e suprimentos (incluindo a provisão de muitos barcos), mas faleceu de febre em [[Mesolongi]] em 1824. A morte de Byron teve repercussão pela Europa e adicionou maior apoio à causa grega. Isso finalmente levou as potências ocidentais a intervir diretamente no conflito.
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== Resultados da revolução ==
[[Ficheiro:Flag of Greece (1828-1978).svg|thumb|left|A primeira bandeira nacional da Grécia, adotada em 1822]]
As conseqüências da revolução grega foram ligeiramente ambíguas no curto-prazo. Uma nação independente grega foi estabelecida, mas com Grã-Bretanha, Rússia e França reivindicando por maior influência nas políticas gregas e com a "importação" da dinastia da Baviera e de um exército mercenário.<ref name="Jelavich_Balkan229">{{
A nova nação continha 800 mil pessoas, menos do que um terço dos 2,5 milhões de habitantes gregos do Império Otomano. Durante grande parte do século seguinte, os gregos buscaram pela liberação dos territórios "[[Irredentismo|irredentos]]" do Império Otomano, de acordo com [[Grande Ideia]]: o projeto de unir todos os gregos em um só país.<ref name="Sowards_Balkan"/>
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{{referências}}
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* [http://www.mfa.gr/NR/rdonlyres/2201071A-B2D4-4360-A8A3-6C4C324DA136/0/1832_constantinople_treaty.doc Tratado de Constantinopla]
* [http://www.heraldica.org/topics/royalty/greece.htm#Convention-1832 Protocolo de Londres de 1832]
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