Língua caingangue: diferenças entre revisões

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|estados = [[Brasil]]
|região = [[São Paulo]], [[Santa Catarina]], [[Paraná]], [[Rio Grande do Sul]]
|falantes = 18 000<ref>{{citecitar web|url=http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=kgp|titletítulo=Ethnologue Report on Kaingáng}}</ref>
|Atlas UNESCO country = Brasil
|fam1 = línguas macrojês
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|iso3 = kgp}}
{{Incubadora|code=kgp|language=língua caingangue}}
[[FileImagem:Jaguar sitting-edit1.jpg|thumb|''Mĩg'' (onça)]]
[[FileImagem:Stilles Mineralwasser.jpg|thumb|''Goj'' (água). Lê-se "ngoi".]]
[[FileImagem:Flea infected with yersinia pestis.jpg|thumb|''Kempo'' (pulga)]]
[[FileImagem:Aruba Rattle Snake.jpg|thumb|''Sãsã'' (cascavel). Lê-se "xãxã".]]
A '''língua caingangue''' (pronunciada '''caingáng'''), também chamada '''jê'''<ref>''Museu do Índio recebe líder da Terra Indígena de Mangueirinha(PR)''. SERCE/MI. Disponível em http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=29&ID_M=668. Acesso em 11 de agosto de 2012.</ref> e '''kaigang''',<ref>MUNDURUKU, D. ''Contos indígenas brasileiros''. Ilustrações de Rogério Borges. Segunda Edição. São Paulo. Global. 2005. p. 43</ref>, é uma língua [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] falada nos [[Unidades federativas do Brasil|estados]] de [[São Paulo]], [[Paraná]], [[Santa Catarina]] e [[Rio Grande do Sul]], no [[Brasil]]. Ela pertence à [[família linguística]] [[jê]]<ref><!--
-->{{citecitar booklivro
|last último = Rodrigues
|first primeiro = Aryon Dall'Igna
|authorlinkautorlink = Aryon Rodrigues
|title título= {{lang|pt|Línguas brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas}}
|year ano= 1986
|publisher publicado= Ed. Loyola
|location local= São Paulo
|language = Portuguese
}}<!--
--></ref>. A nação caingangue tem cerca de 30 000 pessoas, das quais cerca de 62,5 por cento falam essa língua. A maior parte de sua população também fala [[Língua portuguesa|português]].
== Cultura ==
A linguagem caingangue é classificada como um membro da [[família linguística]] [[jê]], a maior família linguística do [[tronco linguístico]] [[macro-jê]]. O tradicional território caingangue é ocupado atualmente pelos [[Unidades federativas do Brasil|estados]] de [[São Paulo]], [[Paraná]], [[Santa Catarina]] e [[Rio Grande do Sul]], no [[Brasil]]. Hoje, eles vivem em aproximadamente trinta aldeias, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul.
== Primeiros contatos ==
Os primeiros contatos oficiais, amistosos e reconhecidos com comunidades caingangues pela sociedade portuguesa aconteceram nos campos de [[Guarapuava]], no centro do [[Paraná]], a partir de [[1812]] (cf. D'Angelis 1984:8 - 10). Na sequência, estabeleceram-se contatos (por conta, obviamente, da invasão e da ocupação do território indígena) com os caingangues das regiões sul-riograndenses de [[Nonoai]], em ([[1845]]), de [[Guarita]], em ([[1848]]) e do nordeste do [[Rio Grande do Sul]], em ([[1850]]), além das regiões paranaenses de [[Palmas]], em ([[1839]]), do norte do Paraná, em ([[1859]]), do extremo oeste paranaense, em ([[1880]]) e assim sucessivamente. Os últimos grupos forçados às relações pacíficas com os brasileiros foram os caingangues paulistas, da região dos rios [[Rio Feio|Feio]] e [[Rio Aguapeí|Aguapeí]].
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== Influência na toponímia brasileira ==
[[FileImagem:Erechim.jpg|thumb|Portal de entrada da cidade de Erechim]]
A língua caingangue legou à [[toponímia]] brasileira alguns nomes de localidades, como [[Goioerê]] ("campina d'água", através da junção de ''ngoi'', água e ''rê'', campo), [[Candói]] (nome de um líder caingangue), [[Goioxim]] ("rio pequeno", através da junção de ''ngoi'', rio e ''xĩ'', pequeno), Chagú, Dorim, Crim, [[Rio Cantu]], Cherê, [[Arena Condá]] ("Condá" era o nome de um líder caingangue), Jembrê, Pandói, Virí (nome de um líder caingangue), [[Cambé]], [[Chapecó]], [[Xanxerê]] ("campina da cascavel", através da junção de ''xãxã'', cascavel e ''rê'', campo), [[Xaxim (desambiguação)|Xaxim]], [[Anexo:Lista de Terras Indígenas do Brasil|Toldo Chimbangue]] ("Chimbangue" é o nome de um líder caingangue), [[Campo Erê]] ("campo da [[pulga]] ou do [[bicho-do-pé]]", através da junção de ''kempo'', pulga ou bicho-do-pé e ''rê'', campo), Goio-en, [[Erechim]] ("campo pequeno", através da junção de ''rê'', campo e ''xĩ'', pequeno), [[Erebango]] ("campo grande", através da junção de ''rê'', campo e ''mbâgn'', grande), Nicafin (nome de um líder caingangue) e Ventarra.<ref name="portalkaingang.org"/>.
{{referências}}
<References>
{{citecitar booklivro
|last último = D'Angelis
|first primeiro = Wilmar R.
|title título= {{lang|pt|Traços de modo e modos de traçar geometrias: línguas Macro-Jê & teoria fonológica}}
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|series = Tese de Doutorado, 2 vols.
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|date =
|year ano= 1998
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|publisher publicado= IEL-Unicamp
|location local= Campinas, Brazil
|language = Portuguese
}}
</References>