Holocausto Canibal: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m traduzindo nome/parâmetro, ajustes gerais nas citações, outros ajustes usando script Etiqueta: Possível mudança indevida de nacionalidade |
|||
Linha 5:
| imagem = 215px-Cannibal Holocaust movie.jpg
| caption =
| país = {{ITA}}
| ano = [[1980]]
| cor-pb = Cor
Linha 24:
| diretor de iluminação =
| diretor de arte =
| diretor de fotografia =Sergio D'Offizi
| diretor de ação =
| jogo de cena =
Linha 30:
| desempenho da canção tema =
| tipo = LF
| género = [[Filme de terror|Terror]]<br>[[Splatter|''Gore'']]
| idioma = [[Língua inglesa|Inglês]]<br />[[Língua espanhola|Espanhol]]
| lançamento = 7 de fevereiro de 1980
Linha 42:
| código-IMDB = 0078935
}}
'''''Cannibal Holocaust''''' ('''''Holocausto Canibal''''', no [[Brasil]]) é um filme [[Cinema da Itália|italiano]] de [[1980 no cinema|1980]] dirigido por [[Ruggero Deodato]] e escrito por Gianfranco Clerici. É estrelado por [[Robert Kerman]], [[Carl Gabriel Yorke]], [[Francesca Ciardi]], [[Perry Pirkanen]] e [[Luca Barbareschi]]. Influenciado pelas obras [[Shockumentary|Mondo]] do diretor [[Gualtiero Jacopetti]],<ref name=":0" /><ref name=":6">[[Riz Ortolani|Ortolani, Riz]] (interviewee) (2003). ''In the Jungle: The Making of Cannibal Holocaust'' (Documentary). Italy: Alan Young Pictures.</ref> o filme foi inspirado pela mídia italiana em relação a cobertura dos terrorismos das [[Brigadas Vermelhas]], cuja reportagens incluíam notícias que Deodato acreditava serem encenadas, uma ideia que se tornou um aspecto integral da história do filme.<ref name=":1">[[Ruggero Deodato|Deodato, Ruggero]] (12 de novembro de 2000). "Cult-Con 2000". ''Cannibal Holocaust DVD Commentary''(Interview). Interview with [[Sage Stallone]], [[Bob Murawski]]. Tarrytown, New York.</ref> ''Cannibal Holocaust'' foi filmado principalmente na [[Amazônia|floresta amazônica]] (no território [[Colômbia
O enredo gira em torno de uma equipe de quatro [[Documentário|documentaristas]] de tribos desaparecidos que haviam ido à Amazônia para filmar tribos [[Canibalismo|canibais]]. Uma missão de resgate, liderada pelo antropólogo da [[Universidade de Nova Iorque]] Harold Monroe recupera as fitas de gravações perdidas feitas pelos documentaristas, que uma emissora de televisão americana deseja transmitir. Ao assistir as filmagens, Monroe fica desgostoso com as ações da equipe, e depois de descobrir seus destinos, ele opõe-se à intenção da emissora de transmiti-la. A forma como foram apresentas as filmagens perdidas da equipe, funcionando de forma semelhante a um ''[[Analepse|flashback]]'', revolucionou o estilo de filmagem [[Found footage|Filmes Perdidos]], mais tarde popularizado por filmes como ''[[The Blair Witch Project]]'' (1999).
''Cannibal Holocaust'' é conhecido pela controvérsia e polêmica que causou logo após sua estreia. Depois de estrear na [[Itália]], o filme foi apreendido por um [[magistrado]] local, e Deodato foi preso por acusações de [[obscenidade]]. Posteriormente, ele foi acusado de ter feito um [[filme snuff|filme ''snuff'']], devido aos rumores que afirmavam que certos atores foram realmente mortos. Apesar de o diretor ter sido mais tarde inocentado dessas acusações, o filme foi proibido na Itália, [[Reino Unido]], [[Austrália]] e em vários outros países devido à sua representação gráfica de ''[[Splatter|gore]]'', [[violência sexual]] e a inclusão de seis mortes e [[Crueldade para com os animais|violência real de animais.]] Muitos países já revogaram a proibição, mas ele ainda é barrado em várias nações. Essa notoriedade, não obstante, fez com que alguns críticos vissem-no como um comentário social sobre a sociedade civilizada.<ref name="David Carter">{{
== Sinopse ==
Linha 74:
O roteiro foi escrito pelo italiano Gianfranco Clerici sob o título ''Green Inferno''. Ele havia trabalhado com Deodato em seus filmes anteriores ''Ultimo mondo canibale'' e ''The House on the Edge of the Park'', que foram filmados antes de ''Cannibal Holocaust'', porém lançados depois. Os nomes de certos personagens do filme foram alterados do roteiro por Clerici: o nome "Mark Williams" foi mudado para "Mark Tomaso" e "Shanda Tommaso" para "Faye Daniels".<ref name=":3">Clerici, Gianfranco. ''Cannibal Holocaust''. Screenplay.</ref><ref name=":16">"The Last Road to Hell: Alternate Version" (supplementary material on DVD release of ''Cannibal Holocaust''). DVD. Grindhouse Releasing, 2005.</ref>
Clerici também escreveu várias cenas que não foram incluídas no filme; a mais famosa era a de um grupo de Yanomami cortando a perna de uma Shamatari e alimentando um grupo de [[
===Elenco===
Linha 87:
Deodato teve como influência as obras dos cineastas italianos Paolo Cavara, [[Gualtiero Jacopetti]] e Franco Prosperi, por quem ele tinha grande admiração.<ref name=":6" /><ref name=":1" /> Prosperi e Jacopetti produziram vários [[Shockumentary|filmes Mondo]], que são documentários semelhantes aos feitos em ''Cannibal Holocaust''. Estes documentários focaram em temas e conteúdos sensacionalistas incluindo costumes locais bizarros, mortes e crueldades em geral. O diretor seguiu o exemplo, como a violência gráfica e assassinatos de animais. Embora fictícia, Deodato criou uma exposição semelhante de violência mundana, igualmente as vistas em ''[[Mondo Cane]]'' (1962), dirigido por Cavara, Prosperi e Jacopetti.<ref name=":6" />
[[Ficheiro:Ruggero Deodato 2008.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|241x241px|[[Ruggero Deodato]], o diretor do filme.]]
Deodato filmou ''Cannibal Holocaust'' usando a técnica ''[[Cinema Verite|cinéma vérité]]'' que aprendeu com seu mentor [[Roberto Rossellini]], estilo que o ''designer'' de produção Massimo Antonello Gelend chamou de "hiper-realista".<ref name=":2" /> O historiador de cinema David Kerekes afirma que o senso de realidade do filme é baseado na direção e abordagem das filmagens recuperadas da equipe dos cineastas desaparecidos, notando que a "câmera de mão tremia e tremia com certo realismo, e ''The Green Inferno'', o desastroso filme do grupo "[[filme dentro do filme]]", não é exceção", e que "esta mesma instabilidade dá ao filme ''Green Inferno'' a sua autêntica qualidade".<ref name="killing for culture">{{
Kerekes notou que o abate de animais e a inclusão do documentário feito pela equipe desaparecida foram uma adição ao sentido de realidade do filme.<ref name="killing for culture" /> [[Lloyd Kaufman]], da Troma Entertainment, comparou essas cenas com o estilo de montagem de Vsevolod Pudovkin, dizendo: "Em ''Cannibal Holocaust'', vemos os atores matarem e rasgarem uma tartaruga gigante e outros animais. [...] O cérebro foi condicionado a aceitar essa mistura de violência real e encenada, combinada com o trabalho de uma câmera portátil com uma qualidade chula e sem edição a partir da segunda metade do filme, é certamente o suficiente para convencer alguém de que o que eles estão assistindo é real."<ref name=":10">Kaufman, Lloyd (2002). "''Cannibal Holocaust'': Review by Lloyd Kaufman". In Slater, Jay. ''Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies''. London: Plexus Publishing. pp. 104–106.</ref>
Linha 101:
=== Trilha sonora ===
A [[trilha sonora]] do filme foi composta pelo italiano [[Riz Ortolani]], o qual o próprio diretor escolheu por apreciar seu trabalho em ''Mondo Cane''. A trilha tem uma variedade de estilos, desde uma melodia suave no "Tema Principal", a uma [melodia] mais triste e harmônica em "Crucified Women," e chegando a um andamento mais rápido e animado em "Cameraman's Recreation", "Relaxing in the Savannah" e "Drinking Coco". Os instrumentos também são variados, que vão desde [[
O álbum foi lançado na [[Alemanha]] em 1995 pela gravadora Lucertola Media, com um número limitado de mil cópias, e por isso tornou-se difícil de encontrá-lo.<ref name=":8">{{Citar web|url=https://www.discogs.com/Riz-Ortolani-Cannibal-Holocaust/master/61282|titulo=Riz Ortolani - Cannibal Holocaust|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=Discogs|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> Foi relançado em agosto de 2005, desta vez no Estados Unidos, pela Coffin Records.<ref>{{Citar web|url=http://www.soundtrack.net/album/cannibal-holocaust-2005/|titulo=Cannibal Holocaust Soundtrack (1980)|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.soundtrack.net|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Lançamentos posteriores ocorreram em 2014 e 2015.<ref name=":8" /> Faixas compostas por Ortolani:<ref>{{Citar web|url=https://www.discogs.com/Riz-Ortolani-Cannibal-Holocaust/release/389143|titulo=Riz Ortolani - Cannibal Holocaust|acessodata=2017-07-04|obra=Discogs|lingua=en}}</ref>
Linha 153:
''Cannibal Holocaust'' estreou em 7 de fevereiro de 1980 na cidade italiana de [[Milão]]. Embora os tribunais confiscassem o filme por uma queixa de um cidadão, a reação inicial do público foi positiva.<ref name=":0" /><ref name=":1" /> Depois de assisti-lo, o diretor [[Sergio Leone]] escreveu uma carta para Deodato afirmando: "Querido Ruggero, que filme! A segunda parte é uma obra-prima do realismo cinematográfico, mas tudo parece tão real que acho que você enfrentará problemas com todo o mundo".<ref name=":11">Slater, Jay (2002). "''Cannibal Holocaust'': Review by Jay Slater". In Slater, Jay. ''Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies''. London: Plexus Publishing. p. 108.</ref> Nos dez dias antes da confiscação, o filme havia arrecadado cerca de 2 milhões de dólares. No [[Japão]], arrecadou 21 milhões, tornando-se o segundo filme de maior bilheteria da época no país, após ''[[E.T. the Extra-Terrestrial|E.T. - o Extra Terrestre]]''.<ref name=":0" /> O filme arrecadou um total mundial de 200 milhões de dólares.<ref name=":0" />
Uma das jogadas de ''marketing'' foi a inserção explicativa nos letreiros finais de que os rolos de filme foram vendidos a uma pequena produtora cinematográfica, o que originou ''Cannibal Holocaust'', fazendo com que muitos acreditassem.<ref name=":17">{{Citar periódico|ultimo=M. Guerra|primeiro=Felipe|data=30 de junho de 2014|titulo=Cannibal Holocaust (1980)|jornal=Boca do Inferno|doi=|url=http://bocadoinferno.com.br/criticas/2014/06/cannibal-holocaust-1980/|acessadoem=4 de julho de 2017
== Recepção crítica ==
Linha 160:
No entanto, os contrários criticaram as cenas de mortes dos animais, as performances e a [[hipocrisia]] que é mostrada no filme. Nick Schager criticou a brutalidade, afirmando que "como visto nas cenas chocantes — como a imagem [[Racismo|racista]] que as pessoas têm dos índios — os selvagens de ''Cannibal Holocaust'' são aqueles que estão por de trás das câmeras." Os argumentos de Schager relacionados ao racismo foram baseados nas tribos reais venezuelanas e brasileiras, respectivamente, cujos nomes foram utilizados no filme — os [[Ianomâmis|Yanomami]] e os Shamatari – que não são inimigas, nem praticam canibalismo (embora os Yanomami participem de uma espécie de ritual canibal pós-morte).<ref>Chagnon, Napoleon A. (15 November 1996) [1968]. George and Louise Spindler, ed. ''Yanomamö'' (5th ed.). Fort Worth, Texas: Wadsworth Publishing.</ref><ref name=":12">{{Citar web|url=http://www.nickschager.com/nsfp/2005/08/cannibal_holoca.html|titulo=Lessons of Darkness: Cannibal Holocaust (1979): D|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.nickschager.com|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Robert Firsching, do Allmovie, fez críticas semelhantes ao conteúdo do filme, escrevendo: "Embora o filme seja, sem dúvida alguma, terrível o suficiente para satisfazer os fãs, sua mistura de matança de animais monótona, repulsiva e as tentativas de dar uma mensagem social acabou se tornando um desastre moral."<ref name=":13">{{Citar web|url=http://www.allmovie.com/movie/v132995|titulo=Cannibal Holocaust (1979) - Ruggero Deodato {{!}} Synopsis, Characteristics, Moods, Themes and Related {{!}} AllMovie|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=AllMovie|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Eric Henderson, da revista ''[[Slant Magazine|Slant]]'', disse que é "inteligente o bastante para gerar sérias críticas, mas sujo o suficiente para considerar [que] você [que está assistindo, seja] um pervertido, mesmo estando incomodado."<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20070930181453/http://www.slantmagazine.com/film/film_review.asp?ID=1848|titulo=Slant Magazine - Film Review: Cannibal Holocaust|data=2007-09-30|acessodata=3 de julho de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Felipe M. Guerra, escrevendo para o ''site'' Boca do Inferno, afirmou que: "Do começo ao fim, ''Cannibal Holocaust'' é violentíssimo, e certamente não é um filme para todos os tipos de público. Mas é um clássico, um dos melhores filmes de horror já feitos, com uma música espetacular de Ortolani, que passa toda a dramaticidade das situações."<ref name=":17" /> ''Cannibal Holocaust'' atualmente detém uma classificação de aprovação de 65% no agregador de resenhas ''[[Rotten Tomatoes
Nos últimos anos, o filme recebeu elogios em várias publicações, e é reconhecido atualmente como um [[Cult|clássico ''cult'']].<ref>{{Citar web|url=http://www.filmsite.org/controversialfilms13.html|titulo=100 Most Controversial Films of All Time|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.filmsite.org|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> A revista britânica ''[[Total Film]]'' classificou-o como o décimo maior filme de terror de todos os tempos,<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=|titulo=Shock Horror!|jornal=gamesradar|doi=|url=http://www.totalfilm.com/news/shock-horror-1|acessadoem=3 de julho de 2017|idioma=en}}</ref> foi incluído em uma lista semelhante dos 25 melhores filmes de terror compilada pela ''[[Wired]]''<ref>{{Citar web|url=https://www.wired.com/2010/10/25-best-horror-films/|titulo=The 25 Best Horror Films of All Time (NSFW)|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=WIRED|publicado=|ultimo=Culture|primeiro=Author: Wired Staff Wired Staff}}</ref> e também ficou na oitava classificação na lista da ''[[IGN]]'' dos dez maiores filmes ''[[exploitation]]''.<ref>{{Citar web|url=http://www.ign.com/articles/2007/04/04/top-10-grind-house-films|titulo=Top 10 Grind House Films|data=2007-04-04|acessodata=3 de julho de 2017|obra=IGN|publicado=|ultimo=Staff|primeiro=I. G. N.|lingua=en-US}}</ref>
Linha 199:
* Um [[Saimiri|macaco esquilo]], decapitado com machete;
* Um [[porco]], morto com um tiro na cabeça com uma [[espingarda]].
O historiador de cinema Andrew DeVos argumentou que as mortes de animais foram duramente condenadas por causa da classificação do filme como exploração, enquanto, as mutilações de animais em filmes que os críticos consideram clássicos ou [[Cinema de arte|filmes de arte]] são muitas vezes ignoradas. DeVos cita vários exemplos, como ''[[A Regra do Jogo (filme)|A Regra do Jogo]]'', ''[[El Topo]]'' e ''[[Apocalypse Now]]''.<ref>{{
== Legado ==
A estrutura do filme significou uma inovação na época, especificamente o conceito "''[[Found footage
[[Ficheiro:Deodato - Roth.jpg|miniaturadaimagem|Deodato (na esquerda) ao lado de [[Eli Roth]] durante as gravações de ''[[Hostel: Part II]]'' (2007).]]
''Cannibal Holocaust'' tem sido considerado como o ápice do gênero canibal,<ref name="killing for culture" /><ref>{{
''Cannibal Holocaust'' também gerou inúmeras continuações não oficiais, algumas das quais tinha copiado algumas das cenas originais. Esses filmes foram originalmente lançados sob diferentes títulos que foram alterados conforme os lançamentos, embora nenhum tenha sido direcionado ou co-produzido por Deodato. O primeiro dos referidos filmes foi lançado em 1985, intitulado ''Schiave bianche: violenza in Amazzonia'', conhecido em inglês como ''Amazonia: The Catherine Miles Story'', também foi lançado como ''Cannibal Holocaust 2: The Catherine Miles Story''.<ref>{{
Em 2005, Deodato anunciou oficialmente que planejou uma sequência intitulada ''Cannibals''.<ref>{{Citar web|url=https://www.reddit.com/r/idleshite/comments/3p6aaa/watch_cannibal_holocaust_full_movie_hd_1280p/?st=j4o47qe2&sh=e5fd4955|titulo=Watch Cannibal Holocaust Full Movie {{!}} HD 1280p hindi dubbed streaming online • r/idleshite|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=reddit|publicado=|ultimo=|primeiro=
== Versões alternativas ==
Linha 219:
{{Referências|col=2}}
==
* {{Oficial|http://www.cannibalholocaust.net|en}}
* {{imdb title|0078935|Cannibal Holocaust}}
|