Frederico II da Prússia: diferenças entre revisões

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==Sexualidade==
[[Ficheiro:Antoine Pesne - Kronprinz Friedrich von Preußen.jpg|thumb|upright=1.0|''Príncipe Frederico da Prússia''<br><small>Por [[Antoine Pesne]], 1736<br>[[Castelo de Hohenzollern]]</small>]]
A sexualidade de Frederico II tem sido motivo de debate entre historiadores<ref>Mitford, Reiners, Steakley, Henderson</ref>. Alguns consideram que era [[homossexual]], outros [[bissexual]], sendo também discutida a possibilidade de que fosse [[celibatário]]. Na corte prussiana alguns consideravam que a relação com [[Hans Hermann von Katte]] seria romântica<ref name="ReferenceA">N. Mitford, ''Frederick the Great'', New York, 1970</ref>, sendo que foi o próprio pai de Frederico II que mandou executar Katte e que forçou o filho a casar com [[Isabel Cristina de BrunswickBrunsvique-Volfembutel-Bevern]], de quem nunca teve filhos. Frederico II acabaria por viver separado da sua mulher logo após a morte do seu pai, em 1740, passando a visitá-la formalmente apenas uma vez por ano<ref>L. Reiners, ''Frederick the Great'', New York, 1960</ref>.
 
Frederico gostava de viver em [[Sanssouci]], o seu palácio preferido em [[Potsdam]]. Nos jardins do palácio mandou erguer um Templo à Amizade, celebrando as ligações homoeróticas da [[Grécia Clássica]], decorado com as figuras de [[Orestes]] e [[Pilades]], entre outros<ref>J.D. Steakley, Sodomy in Enlightenment Prussia, ''Journal of Homosexuality'', 16, 1/2 (1988): 163-175</ref>. Em Sansoucci, Frederico recebia os seus convidados privilegiados, em particular o filósofo francês [[Voltaire]], a quem convidou em 1750 para viver no seu palácio. A correspondência trocada entre Frederico e Voltaire ao longo de 50 anos, está marcada por uma fascinação intelectual mútua. Pessoalmente, contudo, a sua amizade era muitas vezes conflituosa uma vez que Voltaire condenava o militarismo de Frederico. O ataque violento de Voltaire a Maupertuis, o director da academia de Frederico, levou Frederico a ordenar a destruição pública do panfleto de Voltaire e a sua detenção domiciliária. Voltaire seria posteriormente acusado de publicar anonimamente ''A Vida Privada do Rei da Prússia'', depois de regressar da Prússia, onde se referia a homossexualidade de Frederico e se expunha a sua corte de amantes masculinos. Frederico nunca admitiu nem negou as alegações do livro, nem sequer acusou Voltaire de o ter escrito. Alguns anos mais tarde, Voltaire e Frederico reataram a sua correspondência e enterraram as suas recriminações mútuas, acabando amigos de novo<ref>S.W. Henderson, ''Frederick the Great of Prussia: A Homophile Perspective'', Gai Saber,1,1 (1977): 46-54.</ref>.