Endemismo: diferenças entre revisões

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Em geral o endemismo é resultado da separação de [[espécie]]s, que passam a se reproduzir em regiões diferentes, dando origem a espécies com formas diferentes de [[evolução]]. O endemismo é causado por mecanismos de isolamento, alagamentos, movimentação de placas tectônicas. Por exemplo, devido à [[deriva continental]], as espécies de [[Madagáscar]] ou da [[Austrália]] são exemplos flagrantes de endemismos.
 
A ocorrência de endemismos depende por isso da mobilidade dos organismos. As plantas e [[peixe]]s de [[água doce]] são os mais afetados por processos endémicos, visto que a mobilidade é feita de forma mais restrita do que as [[aves]] ou [[mamífero]]s.
 
Algumas [[doença]]s e [[praga]]s, ao serem próprias de determinadas regiões, por decorrerem de [[factor ecológico|factores ecológicos]] específicos dessas regiões, são também endémicas.
 
Podemos classificar os endemismos, principalmente na área da botânica, quanto à sua origem, em: endemismos ''autóctones'', endemismos ''paleogénicos'' (ou relíquias) e endemismos ''neogénicos''. A [[Mata Atlântica]] é um dos biomas mais ricos em plantas endêmicas do mundo.<ref>{{citecitar web|url=http://sagui.icb.ufmg.br/bot/mataatlantica/projeto.htm|titulo =Mata atlântica|acessodata=06-12-2012|}}</ref>
 
== Endemismo paleogénico ==
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Os patrões de distribuição que geram os padrões de endemismo respondem a uma série de processos que atuaram ao longo do tempo. As áreas de endemismo podem ser consideradas unidades históricas por refletirem a história dos [[organismos]], a qual é fundamental na definição de qualquer padrão biogeográfico. Deste modo, é necessário utilizar informação sobre a [[filogenia]] dos organismos na determinação das áreas endêmicas.
É importante saber que as [[áreas de endemismo]] são hipóteses que podem ser testadas ou modificadas de acordo com a obtenção de novos dados de distribuição, podendo dar suporte à hipótese ou falseá-la.
Tem-se implementado diferentes métodos para o reconhecimento de uma área endêmica. O problema metodológico para a determinação das áreas é identificar o nível de congruência espacial necessário entre as espécies para considerar uma área como endêmica. Um dos aspectos mais simples considerados nestes métodos é que a extensão da área deve ser menor que os limites das distribuições das espécies.
 
A pan-[[biogeografia]] forneceu metodologias adequadas que foram utilizadas na determinação das áreas de endemismo. O “Método dos traços” é um método que se baseia na união de pontos de distribuição de espécies a traves de linhas para estabelecer um patrão de distribuição; a área endêmica pode estar representada na sobreposição de dois ou mais traços. O “Método de Analise Parcimoniosa de Endemicidade” (PAE) utiliza a informação de presença e ausência para construir uma matriz de dados e com ajuda de um programa computadorizado com algoritmo de parcimônia gera hipóteses falseáveis ao maximizar a congruência de distribuição de tantos táxons quanto possível. O “Programa Endemismo e Visualizador de Endemismo” utiliza algoritmos que permitem obter valores de endemicidade para quadriculas estabelecidas; o valor se calcula de acordo com o ajuste das localidades das espécies endêmicas localizadas nas áreas. <ref> Cláudio J. B. de Carvalho. Biogeografia da América do Sul: Padrões e Processos - São Paulo: Editora Roca, 2010 </ref>