Lúpus eritematoso disseminado: diferenças entre revisões

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== Prevalência ==
A doença ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens, especialmente entre as idades de 15 e 50 anos, sendo mais comum em pessoas de ascendência africana ou nativos-americanos. No Brasil deve haver entre 16.000 e 80.000 casos de Lúpus sistêmico.<ref name=SBR>Sociedade Brasileira de Reumatologia [Homepage na Internet]. São Paulo: A Sociedade. Outras Doenças – Lúpus Eritematoso Sistêmico [Acesso em 18 de março de 2010]. Disponível em: http://www.reumatologia.com.br/index.asp?Pagina=reumatologia/principaisDoencasEorientacoesPacienteResultados.asp</ref><ref>{{citecitar web |url=http://www.lupus.org/education/stats.html#1 |titletítulo=LUPUS FOUNDATION OF AMERICA |accessdateacessodata=2007-07-04 |formatformato= |workobra=}}</ref><ref name=HarrisonsOnline />
 
Existe uma predominância quanto a<ref name=SBR />:
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== Sinais e sintomas ==
 
[[FileImagem:Symptoms of SLE.png|right|thumb|Sintomas gerais do LES]]
 
Possui grande variedade de sintomas que se assemelham ao de várias outras doenças e, em geral, são intermitentes dificultando assim o diagnóstico precoce. Os primeiros sintomas mais comuns são:<ref name = "manual" />
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=== Manifestações muscoloesqueléticas ===
A manifestação muscoloesquelética mais comum, são as dores nas [[articulação|articulações]]. Apesar de todas estarem vulneráveis, a mais afetada é a articulação do punho e da [[mão]]. Segundo a '''Lupus Foundation of America''', existe uma estimativa de que 80% dos pacientes, irão, em alguma fase da doença, experimentar manifestações deste género.<ref>LFA http://www.lupus.org/webmodules/webarticlesnet/templates/new_aboutaffects.aspx?articleid=99&zoneid=17</ref>
Ao contrário da [[artrite reumatoide]], a artrite lúpica apresenta menor risco de incapacidade motora e geralmente não causa graves danos nas articulações. Menos de 10% dos doentes irão apresentar deformidade nos pés e nas mãos.
Os pacientes estão particularmente em risco de desenvolver tuberculose osteoarticular .<ref>Oxford Journals http://qjmed.oxfordjournals.org/content/102/5/321.long</ref>.
O LES aumenta o risco de fractura de ossos nas mulheres mais jovens <ref>Risk factors of certebral fractures in women with systemic lupus erythematosus http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19224131</ref> e a doença tem vindo a ser associada à artrite reumatoide.
 
=== Manifestações hematológicas ===
Em cerca de 50% dos casos há o risco de surgimento de [[anemia]]. É possível que ocorra uma queda significativa na contagem de [[plaqueta]]s e [[leucócito]]s. Esta contagem baixa pode estar associada ao LES, mas também pode ser um efeito colateral dos tratamentos farmacológicos.
Pessoas com LES podem sofrer de [[síndrome de Hughes]]. <ref>Relação do LES com a SAF http://www.springerlink.com/content/y87735l0322gg352/</ref>
 
=== Manifestações cardíacas ===
Uma pessoa com LES apresenta várias infecções no [[coração]], nas suas diversas zonas, como a [[pericardite]], [[endocardite]] e [[miocardite]]. A [[endocardite]] do LES envolve tanto a válvula mitral como a válvula tricúspide.
[[Aterosclerose]] também tende a ocorrer mais frequentemente nas pessoas com LES do que na população geral.<ref>New England Journal of Medicine http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa035611</ref><ref>LES e Aterosclerose Avançada http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp038168</ref><ref>PUB Med http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14681505</ref>
 
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* Aumento da produção de [[citocina]]s Th2.
 
Por causa dessas alterações acredita-se que a patogenia envolva algum defeito básico na manutenção da auto-tolerância com ativação das células B (linfócitos B). Esse processo pode ocorrer secundariamente a alguma combinação de defeitos hereditários na regulação das células T auxiliares (Th-T helper). Acredita-se também que o defeito primário ocorra nas células T CD4 que impulsionam as células B auto-antígeno-específicas a produzir anticorpos. Estes defeitos acabam resultando na degradação celular e produção de auto-anticorpos contra vários antígenos nucleares.<ref>Larissa Lima Vale; Ligiana Leite de Carvalho; Daniele Mendes Felix; Fabiana Maria Rodrigues Lopes de Oliveira; Danilo Rodrigues Cavalcante Leite; Vanessa Lopes Maia Dativo; Diogo Araújo Simões; Thereza Taylanne Souza Loureiro Cavalcanti;
Cristine Hirsch Monteiro; Claudio Roberto Bezerra dos Santos; Rachel Linka Beniz Gouveia. O PAPEL DOS LINFÓCITOS B NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. UFPB-PRG XIII Encontro de Iniciação à Docência</ref>
 
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Assim como outras doenças crônicas, é recomendado um tratamento multiprofissional que inclua psicólogo e assistente social. O portador de Lúpus está sujeito à limitações de longo prazo, provavelmente terá dificuladade em atividades profissionais e acadêmicas devido à fadiga e às dores das articulações e, frequentemente, lida com depressão, ansiedade, estresse, irritabilidade e raiva. Além disso, com a impredictibilidade dos episódios da Lúpus, os problemas causados na aparência pelas manchas e cicatrizes e a dificuldade para obter resposta ao tratamento agravam ainda mais o desgaste psicológico.<ref>Omdal R, Waterloo K, Koldingsnes W, Husby G, Mellgren SI. Fatigue in patients with systemic lupus erythematosus: the psychosocial aspects. J Rheumatol. 2003 February; 30(2):283-7.</ref>
 
Um motivo de desgaste extra nas mulheres são os problemas associados à gravidez e à lactação. Mulheres que desejem ter filhos são obrigadas a esperar até a doença estar sob controle e mesmo esperando os episódios são imprevisíveis e podem causar sérias dificuldades na gravidez e durante o aleitamento.<ref>Neri F, Chimini L, Filippini E, Motta M, Faden D, Tincani A. Pregnancy in patients with rheumatic diseases: psychological implication of a chronic disease and neuropsychological evaluation of the children. Lupus. 2004; 13(9):666-8.</ref>
 
Alguns especialistas defendem que fatores psicológicos (como ansiedade e desgaste emocional) podem aumentar a gravidade dos problemas imunológicos e assim aumentar o risco de desenvolver episódios águdos ([[somatização]]).<ref>Mello J Filho. Concepção Psicossomática: Visão Atual. 9a ed. São Paulo (SP): Casa do Psicólogo; 2002.</ref><ref>Alexander F. Psychosomatic Medicine: Its Principles and Applications. Reissue edition. New York: W W Norton; 1987.</ref><ref>Otto R, Mackay IR. Psycho-social and emotional disturbance in systemic lupus erythematosus. Med J Aust. 1967 September; 2(11):488-93.</ref>