Holocausto Canibal: diferenças entre revisões

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Etiqueta: Possível mudança indevida de nacionalidade
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{{Info/Filme
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'''''Cannibal Holocaust''''' ('''''Holocausto Canibal''''', no [[Brasil]] e em [[Portugal]]) é um filme [[Cinema da Itália|italiano]] de [[1980 no cinema|1980]] dirigido &nbsp;por &nbsp;[[Ruggero Deodato]] e escrito por Gianfranco Clerici. É estrelado por [[Robert Kerman]], [[Carl Gabriel Yorke]], [[Francesca Ciardi]], [[Perry Pirkanen]] e [[Luca Barbareschi]]. Influenciado pelas obras [[Shockumentary|Mondo]] do diretor [[Gualtiero Jacopetti]],<ref name=":0" /><ref name=":6">[[Riz Ortolani|Ortolani, Riz]] &nbsp;(interviewee) (2003). &nbsp;''In the Jungle: The Making of Cannibal Holocaust'' &nbsp;(Documentary). Italy: Alan Young Pictures.</ref> o filme foi inspirado pela mídia italiana em relação a cobertura dos terrorismos das [[Brigadas Vermelhas]], cuja reportagens incluíam notícias que Deodato acreditava serem encenadas, uma ideia que se tornou um aspecto integral da história do filme.<ref name=":1">[[Ruggero Deodato|Deodato, Ruggero]] &nbsp;(12 de novembro de 2000). "Cult-Con 2000". &nbsp;''Cannibal Holocaust DVD Commentary''(Interview). Interview with &nbsp;[[Sage Stallone]], &nbsp;[[Bob Murawski]]. Tarrytown, New York.</ref> ''Cannibal Holocaust'' foi filmado principalmente na [[Amazônia|floresta amazônica]] (no território [[Colômbia]]no) com tribos indígenas interagindo com atores americanos e italianos.<ref>''Cinema Inferno: Celluloid Explosions from the Cultural Margins''. Weiner, Robert G.; Cline, John (Editors). Scarecrow Press, Inc., 2010. {{ISBN|978-0-8108-7656-9}}.</ref>
 
O enredo gira em torno de uma equipe de quatro [[Documentário|documentaristas]] de tribos desaparecidos que haviam ido à Amazônia para filmar tribos [[Canibalismo|canibais]]. Uma missão de resgate, liderada pelo antropólogo da [[Universidade de Nova Iorque]] Harold Monroe recupera as fitas de gravações perdidas feitas pelos documentaristas, que uma emissora de televisão americana deseja transmitir. Ao assistir as filmagens, Monroe fica desgostoso com as ações da equipe, e depois de descobrir seus destinos, ele opõe-se à intenção da emissora de transmiti-la. A forma como foram apresentas as filmagens perdidas da equipe, funcionando de forma semelhante a um ''[[Analepse|flashback]]'', revolucionou o estilo de filmagem [[Found footage|Filmes Perdidos]], mais tarde popularizado por filmes como ''[[The Blair Witch Project]]'' (1999).
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== Produção ==
A produção começou em 1979, quando Deodato foi contatado por produtores de filmes alemães para fazer um filme semelhante ao ''Último Mundo Canibal'', que também fora dirigido por ele. Deodato aceitou o projeto e contratou seu amigo Francesco Palaggi como produtor. Ambos viajaram à [[Colômbia]] para explorarem possíveis locais de filmagem, sendo a cidade de [[Leticia (Colômbia)|Leticia]] a escolhida como o local principal depois que o diretor conheceu um documentarista colombiano no aeroporto de [[Bogotá]] que a sugeriu como "ideal". Outros sítios foram considerados, principalmente onde as filmagens do filme ''[[Queimada!]]'' (1969) ocorreram, porém o diretor os rejeitou devido à falta de [[Floresta húmida|floresta pluvial]].<ref name=":0" /> Leticia era acessível apenas por meio de transporte aéreo, fazendo com que o elenco e a produção tivessem de viajar de barco para chegar ao ''set''.<ref name=":2">Gelend, Antonio (interviewee) (2003). &nbsp;''In the Jungle: The Making of Cannibal Holocaust'' &nbsp;(Documentary). Italy: Alan Young Pictures.</ref><ref name=":5">Yorke, Carl Gabriel (12 de maio de 2005). "Alan Yates Uncovered". &nbsp;''Cannibal Holocaust DVD Extras''(Interview). Interview with &nbsp;[[Sage Stallone]]. [[Palo Alto|Palo Alto, California]].</ref> O local apresentou muitos problemas para a produção, em particular o calor e as súbitas tempestades, que esporadicamente atrasavam a filmagem.<ref name=":2" /><ref>D'Offizi, Sergio (interviewee) (2003). &nbsp;''In the Jungle: The Making of Cannibal Holocaust'' &nbsp;(Documentary). Italy: Alan Young Pictures.</ref>
 
=== Desenvolvimento e roteiro ===
Deodato concebeu o filme enquanto conversava com seu filho sobre os terrorismos das [[Brigadas Vermelhas]], julgando que a mídia se concentrou em retratar a violência com pouca consideração pela [[ética &nbsp;jornalística]] e acreditava que os meios de comunicação inventavam certos [[Artigo (publicações)|artigos de notícias]] para obterem imagens mais sensacionalistas. Ele refletiu esse comportamento no filme, dizendo que isso "simbolizou a mídia italiana".<ref name=":1" />
 
O roteiro foi escrito pelo italiano Gianfranco Clerici sob o título ''Green Inferno''. Ele havia trabalhado com Deodato em seus filmes anteriores ''Ultimo mondo canibale'' e ''The House on the Edge of the Park'', que foram filmados antes de ''Cannibal Holocaust'', porém lançados depois. Os nomes de certos personagens do filme foram alterados do roteiro por Clerici: o nome "Mark Williams" foi mudado para "Mark Tomaso" e "Shanda Tommaso" para "Faye Daniels".<ref name=":3">Clerici, Gianfranco. &nbsp;''Cannibal Holocaust''. Screenplay.</ref><ref name=":16">"The Last Road to Hell: Alternate Version" (supplementary material on DVD release of &nbsp;''Cannibal Holocaust''). DVD. &nbsp;Grindhouse Releasing, 2005.</ref>
 
Clerici também escreveu várias cenas que não foram incluídas no filme; a mais famosa era a de um grupo de Yanomami cortando a perna de uma Shamatari e alimentando um grupo de [[piranha]]s no rio. Se aparecesse no filme, seria logo após a equipe de Monroe resgatar um grupo de Yanomami das mãos dos Shamatari.<ref name=":3" /> Tentativas foram feitas para gravar esta cena, mas a [[Fotografia subaquática|câmera subaquática]] não funcionou corretamente e era difícil de controlar as piranhas. Como resultado, Deodato abandonou esta ideia. Foram tiradas algumas fotos desta cena, que são sua única descrição conhecida.<ref name=":1" />
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===Elenco===
[[Ficheiro:Luca Barbareschi.jpg|miniaturadaimagem|244x244px|[[Luca Giorgio Barbareschi]] interpretou Mark Tomaso.]]
Para o elenco, Deodato contratou vários atores inexperientes do [[Actors Studio]] em Nova Iorque. [[Luca Giorgio Barbareschi]] e [[Francesca Ciardi]] foram contratados por serem italianos e falarem inglês. Para atrair um público mais amplo e dar mais credibilidade ao filme, Deodato decidiu fazê-lo em língua inglesa. No entanto, ele também precisava estabelecer uma nacionalidade européiaeuropeia para que a obra pudesse ser mais facilmente distribuída entre os países europeus.<ref name=":4">Gyory, Michel (2000), &nbsp;''Making and Distributing Films in Europe: The Problem of Nationality'', European Audiovisual Observatory</ref> Segundo a lei italiana, para que o filme fosse reconhecido como deste país, teria de ter pelo menos dois atores que tivessem o italiano como sua [[língua materna]].<ref name=":0" /><ref name=":4" />
 
Deodato também contratou [[Perry Pirkanen]] e outro ator do Actors Studio para interpretarem Jack Anders e Alan Yates, respectivamente. Este último desistiu pouco antes da partida da equipe de produção para a Amazônia (ele aparece no filme como um ex-colega de Yates). O diretor de elenco Bill Williams escolheu então [[Carl Gabriel Yorke]] para o papel. Yorke era ator de teatro que estudara com [[Uta Hagen]] e já havia participado de três turnês nacionais da ''One Flew Over the Cuckoo's Nest''. Em entrevista, afirmou que todos os trajes e botas por ele usados no filme, já tinham sido comprados antes de sua entrada ao elenco, e foi escolhido para o papel pois usava o mesmo número do ator que desistira do papel. Yorke originalmente queria ser creditado sob o [[Pseudónimo|pseudônimo]] Christopher Savage, mas depois decidiu não fazê-lo.<ref name=":5" />
 
[[Robert Kerman]] teve anos de experiência trabalhando em [[Filme pornográfico|filmes para adultos]] sob o pseudônimo R. Bolla. Kerman e Deodato trabalharam juntos no filme anterior de Deodato ''The Concorde Affair'', no qual Kerman interpretou um controlador de tráfego aéreo. Ele passou a protagonizar outros filmes canibais italianos como ''Eaten Alive!'' e ''[[Cannibal ferox|Cannibal Ferox]]'', ambos dirigidos por Umberto Lenzi. A namorada de Kerman, na época, foi escolhida como uma dos executivos da emissora, já que a produção precisava de uma atriz para estar disponível tanto na cidade de Nova Iorque quanto em [[Roma]].<ref name=":9">Kerman, Robert &nbsp;(15 de novembro de 2000). "Robert Kerman Exposed". &nbsp;''Cannibal Holocaust DVD Extras'' &nbsp;(Interview). Interview with &nbsp;Sage Stallone, &nbsp;Bob Murawski. [[Tarrytown (Nova Iorque)|Tarrytown, New York]].</ref>
 
=== Direção ===
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Deodato filmou ''Cannibal Holocaust'' usando a técnica ''[[Cinema Verite|cinéma vérité]]'' que aprendeu com seu mentor [[Roberto Rossellini]], estilo que o ''designer'' de produção Massimo Antonello Gelend chamou de "hiper-realista".<ref name=":2" /> O historiador de cinema David Kerekes afirma que o senso de realidade do filme é baseado na direção e abordagem das filmagens recuperadas da equipe dos cineastas desaparecidos, notando que a "câmera de mão tremia e tremia com certo realismo, e ''The Green Inferno'', o desastroso filme do grupo "[[filme dentro do filme]]", não é exceção", e que "esta mesma instabilidade dá ao filme ''Green Inferno'' a sua autêntica qualidade".<ref name="killing for culture">{{citar livro|último =Kerekes|primeiro =David|autor2 =Slater, David|título=Killing for Culture: Death Film from Mondo to Snuff|data=Janeiro de 1996|publicado=Creation Books|local=UK|isbn=1-871592-20-8}}</ref> David Carter, do ''site'' de terror ''Savage Cinema'', disse que os métodos de Deodato acrescentaram uma qualidade em [[Narrativa em primeira pessoa|primeira pessoa]] às filmagens da equipe de documentaristas, afirmando: "O espectador sente como se estivesse lá, experimentando os horrores com eles." Deodato estava orgulhoso de outros aspectos da [[cinematografia]], nomeadamente as numerosas tomadas feitas em movimento usando uma câmera padrão, sobreposta no ombro do operador, que antecede o uso do ''[[steadicam]]''.<ref name=":1" />
 
Kerekes notou que o abate de animais e a inclusão do documentário feito pela equipe desaparecida foram uma adição ao sentido de realidade do filme.<ref name="killing for culture" /> [[Lloyd Kaufman]], da Troma Entertainment, comparou essas cenas com o estilo de montagem de Vsevolod Pudovkin, dizendo: "Em ''Cannibal Holocaust'', vemos os atores matarem e rasgarem uma tartaruga gigante e outros animais. [...] O cérebro foi condicionado a aceitar essa mistura de violência real e encenada, combinada com o trabalho de uma câmera portátil com uma qualidade chula e sem edição a partir da segunda metade do filme, é certamente o suficiente para convencer alguém de que o que eles estão assistindo é real."<ref name=":10">Kaufman, Lloyd (2002). "''Cannibal Holocaust'': Review by Lloyd Kaufman". In Slater, Jay. &nbsp;''Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies''. London: Plexus Publishing. pp. &nbsp;104–106.</ref>
 
Algumas cenas do filme também foram comparadas às cenas do filme mondo ''Savana Violenta'', de Antonio Climati, especificamente a cena em que Monroe banha-se nu no rio e a do ritual em que uma índia é forçada a [[Aborto|abortar]]. O estilo ''cinéma vérité'', usado excessivamente em ''Cannibal Holocaust'', também foi usado antes no primeiro filme mondo de Climati, ''Ultime grida dalla savana'', em uma cena onde um turista é atacado e morto por um bando de leões. Outra cena, na qual um homem nativo é capturado, torturado e assassinado por mercenários na América do Sul, utiliza um estilo de filmagem semelhante e ambas as cenas podem ter influenciado a direção de Deodato.<ref name="Goodall" />
 
=== Filmagem ===
As filmagens começaram em [[4 de junho]] de [[1979]] e duraram cerca de nove semanas. As cenas em que aparece a equipe de cineastas foram filmadas com câmeras de mão com uma película de [[16 mm|16mm]] no estilo ''cinéma vérité'', que se assemelhava a documentário observacional. Após a conclusão das filmagens com a equipe, Kerman viajou à Colômbia para filmar as cenas na floresta e, em seguida, a Nova Iorque para as cenas na cidade.<ref name=":1" /><ref name=":7">Kerman, Robert &nbsp;(12 November 2000). "Cannibal Holocaust DVD Commentary". &nbsp;''Cannibal Holocaust DVD Extras'' &nbsp;(Interview). Interview with &nbsp;Sage Stallone, &nbsp;Bob Murawski. [[Tarrytown (Nova Iorque)|Tarrytown, New York]].</ref> Durante as gravações na Amazônia, a produção do filme teve de ser adiada diversas vezes. Depois que o ator, que originalmente interpretaria Alan Yates, desistiu em ultima hora, as filmagens foram interrompidas por duas semanas, e iniciou-se a procura por novos atores, até que Gabriel Yorke foi contratado.<ref name=":5" /> Ao chegar no ''set'' para filmar sua primeira cena, ele não fazia ideia do enredo do filme, pois ainda não tinha lido o roteiro. Quando as filmagens com Kerman iniciaram, o pai do ator que interpretou Miguel havia sido assassinado, fazendo com que a produção fosse novamente interrompida, pois o ator teve de voltar a Bogotá para assistir ao funeral.<ref name=":1" />
[[Ficheiro:Aerial view of the Amazon Rainforest.jpg|miniaturadaimagem|276x276px|A maior parte da filmagens aconteceu na [[Amazônia|Floresta Amazônica]].]]
Os problemas para a produção na região amazônica foram altos, em parte devido à localização e ao conteúdo do filme. Sobre a equipe de produção, Yorke disse: "[eles têm] um nível de crueldade desconhecido para mim",<ref name=":5" /> enquanto Kerman descreveu Deodato como uma pessoa sem remorsos e indiferente.<ref name=":7" /> Ele e Deodato discutiam todos os dias de filmagens, geralmente por causa das ideias do diretor.<ref name=":1" /><ref name=":7" /> Outros problemas surgiram, como o pagamento errado dos atores. O primeiro pagamento de Yorke foi em [[peso colombiano]] e bem abaixo do que estava no contrato, fazendo com que ele recusasse continuar as gravações, recebendo posteriormente seu salário no valor combinado e em [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]]. Alguns nativos também foram pagos pelo trabalho no filme por envolverem-se em inúmeras cenas perigosas, incluindo uma cena em que foram forçados a ficar dentro de uma cabana em chamas por um longo período de tempo.<ref name=":5" /> Kerman observou o tratamento injusto dos nativos por parte de Deodato, afirmando: "Ele era um sádico, era particularmente sádico para as pessoas que não podiam reagir, as pessoas colombianas, [e] também as pessoas que eram italianas, pois [essas] poderiam ser mandadas para casa".<ref>The Gore-Met (December 2005). "A Forbidden Feast of Flesh". Rue Morgue Magazine #52, 30–32.</ref>
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== Lançamento ==
''Cannibal Holocaust'' estreou em 7 de fevereiro de 1980 na cidade italiana de [[Milão]]. Embora os tribunais confiscassem o filme por uma queixa de um cidadão, a reação inicial do público foi positiva.<ref name=":0" /><ref name=":1" /> Depois de assisti-lo, o diretor [[Sergio Leone]] escreveu uma carta para Deodato afirmando: "Querido Ruggero, que filme! A segunda parte é uma obra-prima do realismo cinematográfico, mas tudo parece tão real que acho que você enfrentará problemas com todo o mundo".<ref name=":11">Slater, Jay (2002). "''Cannibal Holocaust'': Review by Jay Slater". In Slater, Jay. &nbsp;''Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies''. London: Plexus Publishing. p. &nbsp;108.</ref> Nos dez dias antes da confiscação, o filme havia arrecadado cerca de 2 milhões de dólares. No [[Japão]], arrecadou 21 milhões, tornando-se o segundo filme de maior bilheteria da época no país, após ''[[E.T. the Extra-Terrestrial|E.T. - o Extra Terrestre]]''.<ref name=":0" /> O filme arrecadou um total mundial de 200 milhões de dólares.<ref name=":0" />
 
Uma das jogadas de ''marketing'' foi a inserção explicativa nos letreiros finais de que os rolos de filme foram vendidos a uma pequena produtora cinematográfica, o que originou ''Cannibal Holocaust'', fazendo com que muitos acreditassem.<ref name=":17">{{Citar periódico|ultimo=M. Guerra|primeiro=Felipe|data=30 de junho de 2014|titulo=Cannibal Holocaust (1980)|jornal=Boca do Inferno|doi=|url=http://bocadoinferno.com.br/criticas/2014/06/cannibal-holocaust-1980/|acessadoem=4 de julho de 2017}}</ref>
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Os críticos ficaram divididos em relação ao filme. Os defensores da obra descreveram-na como um comentário social sério e bem-feito sobre o mundo moderno. Sean Axmaker elogiou sua estrutura e montagem, dizendo: "É um filme estranho com uma narrativa incômoda, que Deodato torna ainda mais eficaz com seu brilho sujo de realismo documental, enquanto a trilha sonora de Ortolani, que é incrivelmente linda e [[Elegia|elegíaca]], fornece uma subcorrente estranha."<ref name=":11" /> Jason Buchanan, do [[AllMovie|Allmovie]], disse: "Embora seja difícil defender o diretor de algumas imagens verdadeiramente repugnantes com as quais ele escolheu transmitir sua mensagem, não é um tema subjacente no filme, o que pode ser visto, se deixar de lado alguns aspectos."<ref>{{Citar web|url=http://www.allmovie.com/movie/cannibal-holocaust-v132995/review|titulo=Cannibal Holocaust (1979) - Ruggero Deodato {{!}} Review {{!}} AllMovie|data=|acessodata=2 de julho de 2017|obra=AllMovie|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
No entanto, os contrários criticaram as cenas de mortes dos animais, as performances e a [[hipocrisia]] que é mostrada no filme. Nick Schager criticou a brutalidade, afirmando que "como visto nas cenas chocantes — como a imagem [[Racismo|racista]] que as pessoas têm dos índios — os selvagens de ''Cannibal Holocaust'' são aqueles que estão por de trás das câmeras." Os argumentos de Schager relacionados ao racismo foram baseados nas tribos reais venezuelanas e brasileiras, respectivamente, cujos nomes foram utilizados no filme — os [[Ianomâmis|Yanomami]] e os Shamatari – que não são inimigas, nem praticam canibalismo (embora os Yanomami participem de uma espécie de ritual canibal pós-morte).<ref>Chagnon, Napoleon A. &nbsp;(15 November 1996) [1968]. George and Louise Spindler, ed. &nbsp;''Yanomamö'' &nbsp;(5th ed.). Fort Worth, Texas: Wadsworth Publishing.</ref><ref name=":12">{{Citar web|url=http://www.nickschager.com/nsfp/2005/08/cannibal_holoca.html|titulo=Lessons of Darkness: Cannibal Holocaust (1979): D|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.nickschager.com|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Robert Firsching, do Allmovie, fez críticas semelhantes ao conteúdo do filme, escrevendo: "Embora o filme seja, sem dúvida alguma, terrível o suficiente para satisfazer os fãs, sua mistura de matança de animais monótona, repulsiva e as tentativas de dar uma mensagem social acabou se tornando um desastre moral."<ref name=":13">{{Citar web|url=http://www.allmovie.com/movie/v132995|titulo=Cannibal Holocaust (1979) - Ruggero Deodato {{!}} Synopsis, Characteristics, Moods, Themes and Related {{!}} AllMovie|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=AllMovie|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Eric Henderson, da revista ''[[Slant Magazine|Slant]]'', disse que é "inteligente o bastante para gerar sérias críticas, mas sujo o suficiente para considerar [que] você [que está assistindo, seja] um pervertido, mesmo estando incomodado."<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20070930181453/http://www.slantmagazine.com/film/film_review.asp?ID=1848|titulo=Slant Magazine - Film Review: Cannibal Holocaust|data=2007-09-30|acessodata=3 de julho de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Felipe M. Guerra, escrevendo para o ''site'' Boca do Inferno, afirmou que: "Do começo ao fim, ''Cannibal Holocaust'' é violentíssimo, e certamente não é um filme para todos os tipos de público. Mas é um clássico, um dos melhores filmes de horror já feitos, com uma música espetacular de Ortolani, que passa toda a dramaticidade das situações."<ref name=":17" /> ''Cannibal Holocaust'' atualmente detém uma classificação de aprovação de 65% no agregador de resenhas ''[[Rotten Tomatoes]]'' e uma nota média de 5,1/10 baseado em 17 críticas.<ref>{{Citation|título=Cannibal Holocaust|url=http://www.rottentomatoes.com/m/cannibal_holocaust/?critic=columns|língua=en|acessodata=3 de julho de 2017}}</ref>
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A ideia de Deodato em relação a inclusão da cobertura da mídia italiana sobre as Brigadas Vermelhas no filme, e o foco neste tema para mostrar todo o [[sensacionalismo]] [midiático] também fizeram parte nas revisões críticas. Carter analisa isso, afirmando que "[A falta de integridade jornalística] é mostrada através da conversa entre o Professor Monroe e a agência de notícias que apoiou a equipe de documentaristas. Eles continuam forçando Monroe a terminar de editar o filme porque sangue e tripas são objetos de [[Nielsen Ratings|audiência]]".<ref name="David Carter" /> Lloyd Kaufman afirma que esta forma de jornalismo exploratório ainda pode ser vista na mídia atualmente e em programação de televisão como a telerrealidade.<ref name=":10" /> Goodall e os historiadores de cinema David Slater e David Kerekes também sugeriram que Deodato estava tentando expor os trabalhos documentais do [[diretor de fotografia]] Antonio Climati no filme.<ref name="Goodall" /><ref name="killing for culture" />
 
Apesar dessas interpretações, Deodato disse em entrevistas que ele não tinha intentos [específicos] para o filme, mas que [apenas] fez um filme sobre canibais. O ator Luca Barbareschi confirmou isso e também acredita que o diretor só usa seus filmes para "fazer alarde".<ref>Barbareschi, Luca (interviewee) (2003). &nbsp;''In the Jungle: The Making of Cannibal Holocaust'' &nbsp;(Documentary). Italy: Alan Young Pictures.</ref> Robert Kerman, no entanto, contradisse essas afirmações declarando que Deodato lhe falou sobre suas preocupações políticas envolvendo a mídia na produção do filme.<ref name=":9" />
 
Essas interpretações também foram criticadas como hipócritas e poucas justificáveis para o conteúdo do filme, já que o próprio filme é altamente sensacionalista. Firsching afirma que "o fato de o único defensor no filme contra a exploração ser interpretado pelo ator pornô Robert Kerman deve dar uma indicação de onde vem sua simpatia",<ref name=":13" /> enquanto Schager diz que Deodato está "pateticamente justificando a carnificina contumazmente, condenando postumamente a equipe de cineastas com um 'quem são os verdadeiros monstros – os canibais ou nós?' Moral [[Anti-imperialismo|anti-imperialista]]".<ref name=":12" />
 
== Controvérsias ==
Desde seu lançamento, ''Cannibal Holocaust'' tem sido alvo de censura e críticas por ativistas dos direitos animais e por defensores da moral. Além de ''gore'', o filme contém várias cenas de violência sexual e [[Crueldade para com os animais|crueldade genuína aos animais]], questões que são motivos de controvérsia até os dias atuais. Devido a estas polêmicas, a obra foi proibida em 50 países.<ref>''Cannibal Holocaust 25th Anniversary Edition'' &nbsp;(back cover). &nbsp;[[Ruggero Deodato|Deodato, Ruggero]]. UK: &nbsp;VIPCO (Video Instant Picture Company). 2004. VIP666SE.</ref> Em 2006, a revista ''[[Entertainment Weekly]]'' nomeou-o como o 20º filme mais controverso de todos os tempos.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2008-08-26|titulo=25 Most Controversial Movies Ever|jornal=EW.com|doi=|url=http://www.ew.com/gallery/25-most-controversial-movies-ever|acessadoem=3 de julho de 2017|idioma=en-US}}</ref>
 
=== Acusações de filme ''snuff'' ===
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== Legado ==
A estrutura do filme significou uma inovação na época, especificamente o conceito "''[[Found footage]]''", em que gravações feitas anteriormente por um grupo de pessoas que desaparece misteriosamente são encontradas e trazidas de volta à civilização para ver qual foi o destino delas. Posteriormente, outros filmes foram produzidos usando a mesma estrutura, como ''[[The Last Broadcast]]'' e ''[[The Blair Witch Project]]''. Além disso, da mesma forma como ''Cannibal Holocaust'', as propagandas de ''Blair Witch Project'' promoveram também a ideia que as gravações eram reais.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=22 de julho de 1999|titulo=The Blair Witch Project|jornal=|doi=|url=http://www.avclub.com/articles/the-blair-witch-project,13607/|acessadoem=3 de julho de 2017}}</ref> Deodato reconheceu semelhanças entre seu filme e ''Blair'', embora sem ressentimentos para com os produtores, estava frustrado com a publicidade que o filme promoveu dizendo ser uma gravação original. Os produtores de ''The Last Broadcast'' negaram que ''Cannibal Holocaust'' foi uma influência importante para a obra.<ref>Weiler, Lance &nbsp;(9 December 1999). "The Facts About The Last Broadcast" (Interview). Interview with Guido Henkel.</ref> No entanto, o filme foi citado pelo diretor Paco Plaza como uma fonte de inspiração para as produções ''[[REC (filme)|REC]]'' e ''[[REC 2]]''.<ref>{{citar livro|título=Found Footage Horror Films: Fear and the Appearance of Reality|ultimo=Heller-Nicholas|primeiro=Alexandra|editora=McFarland|ano=2014|local=|páginas=187|acessodata=}}</ref>
[[Ficheiro:Deodato - Roth.jpg|miniaturadaimagem|Deodato (na esquerda) ao lado de [[Eli Roth]] durante as gravações de ''[[Hostel: Part II]]'' (2007).]]
''Cannibal Holocaust'' tem sido considerado como o ápice do gênero canibal,<ref name="killing for culture" /><ref>{{citar livro|último =Slater|primeiro =Jay|editor-sobrenome =Slater|editor-nome =Jay|título=Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies|capítulo="The Cannibal/The Zombie"|ano=2002|publicado=Plexus Publishing|local=London|páginas=14–15}}</ref><ref>{{citar livro|último =Harper|primeiro =Jim|título=Italian Horror|ano=2002|publicado=Midnight Marquee Press, Inc.|local=Baltimore|páginas=63–65}}</ref> e tem semelhanças com outros filmes canibais feitos no mesmo período, com destaque ''[[Cannibal ferox|Cannibal Ferox]]'', que é estrelado por Kerman, Pirkanen e Giovanni Lombardo Radice, este dizendo que "o filme foi feito com base no sucesso de ''Cannibal Holocaust''",<ref>Radice, Giovanni Lombardo. "[[Cannibal ferox]] DVD Commentary". &nbsp;''Cannibal ferox DVD special features''(Interview). Interview with Sage Stallone, Bob Murawski.</ref> embora o diretor Umberto Lenzi não reconhecesse tal influência. Um dos temas semelhantes observados em ''Cannibal Ferox'' foi a comparação da violência ocidental com culturas não civilizadas e o [[anti-imperialismo]]. Em uma revisão mediana, o jornalista de cinema Jay Slater afirma: "Certamente como um aluno difícil, ''Cannibal Ferox'' ainda falha onde Deodato prospera. [...] Lenzi tenta combater a corrupção cultural e questões raciais, mas ''Cannibal Ferox'' não é nada mais do que um exercício de má qualidade no sadismo e na crueldade animal".<ref>{{citar livro|último =Slater|primeiro =Jay|editor-sobrenome =Slater|editor-nome =Jay|título=Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies|capítulo="''Cannibal Ferox'': Review by Jay Slater"|ano=2002|publicado=Plexus Publishing|local=London|página=159}}</ref> O comentarista Andrew Parkinson também observa: "No final, há uma tentativa básica de validar ''Cannibal Ferox'', colocando a velha questão de saber se o homem civilizado é realmente mais selvagem do que os não civilizados".<ref>{{citar livro|último =Parkinson|primeiro =Andrew|editor-sobrenome =Slater|editor-nome =Jay|título=Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies|capítulo="''Cannibal Ferox'': Review by Andrew Parkinson"|ano=2002|publicado=Plexus Publishing|local=London|página=163}}</ref>
 
''Cannibal Holocaust'' também gerou inúmeras continuações não oficiais, algumas das quais tinha copiado algumas das cenas originais. Esses filmes foram originalmente lançados sob diferentes títulos que foram alterados conforme os lançamentos, embora nenhum tenha sido direcionado ou co-produzido por Deodato. O primeiro dos referidos filmes foi lançado em 1985, intitulado ''Schiave bianche: violenza in Amazzonia'', conhecido em inglês como ''Amazonia: The Catherine Miles Story'', também foi lançado como ''Cannibal Holocaust 2: The Catherine Miles Story''.<ref>{{citar livro|último =Harper|primeiro =Jim|título=Italian Horror|ano=2002|publicado=Midnight Marquee Press, Inc.|local=Baltimore|páginas=34–35}}</ref> Slater também observa semelhanças entre a trilha sonora de ''The Catherine Miles Story'' com a de ''Cannibal Holocaust''.<ref>Slater, Jay (2002). ""''Amazonia: The Catherine Miles Story'': Review by Jay Slater"". In Slater, Jay. &nbsp;''Eaten Alive!: Italian Cannibal and Zombie Movies''. London: Plexus Publishing. p. &nbsp;190.</ref> Em 1988, o diretor Antonio Climati produziu o filme ''Natura contro'', que foi lançado como ''Cannibal Holocaust II'' na [[Tailândia]] e no Reino Unido. O cineasta italiano [[Bruno Mattei]] também produziu dois filmes lançados [[diretamente em vídeo]] em 2003, que foram divulgados no [[Japão]] como sequências de ''Cannibal Holocaust''.<ref>{{Citar web|url=http://www.statemaster.com/encyclopedia/Cannibal-Holocaust|titulo=StateMaster: Cannibal Holocaust|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.statemaster.com|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Em 2005, Deodato anunciou oficialmente que planejou uma sequência intitulada ''Cannibals''.<ref>{{Citar web|url=https://www.reddit.com/r/idleshite/comments/3p6aaa/watch_cannibal_holocaust_full_movie_hd_1280p/?st=j4o47qe2&sh=e5fd4955|titulo=Watch Cannibal Holocaust Full Movie {{!}} HD 1280p hindi dubbed streaming online • r/idleshite|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=reddit|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Inicialmente, ele teve receio de dirigir o novo filme, pois pensava que iria ser muito violento para o público estadunidense. Enquanto estava filmando sua [[Cameo|aparição]] &nbsp;para ''[[Hostel: Part II]]'', teve a oportunidade de assistir ao [[Hostel (filme)|primeiro filme]]. Percebendo que ''Hostel'' fez sucesso nos Estados Unidos mesmo com conteúdo muito violento, finalmente decidiu dirigir a sequência.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20070226232652/http://www.bloody-disgusting.com/news/7578/|titulo=Ruggero Deodato Talks 'Cannibal Holocaust 2'!! - BLOODY-DISGUSTING.COM|data=26 de fevereiro de 2007|acessodata=3 de julho de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Porém, devido a motivos financeiro entre Deodato e o produtor, o projeto foi cancelado.<ref>{{Citar web|url=http://www.bloody-disgusting.com/news/12685|titulo=Deodate Holds New 'Holocaust' Hostage? - Bloody Disgusting!|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.bloody-disgusting.com|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bloody-disgusting.com/news/15150|titulo='Cannibal Holocaust' Companion Piece D-E-A-D - Bloody Disgusting!|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.bloody-disgusting.com|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en-US}}</ref> O filme ''[[The Green Inferno]]'' (2013), dirigido por [[Eli Roth]], tem seu título em referência ao documentário feito pelos cineastas em ''Cannibal Holocaust'' e é uma homenagem a este e a outros filmes canibais da época.<ref>{{Citar web|url=http://www.ign.com/articles/2013/03/01/eli-roth-on-the-horrors-of-the-green-inferno|titulo=Eli Roth on the Horrors of The Green Inferno|data=1 de março de 2013|acessodata=3 de julho de 2017|obra=IGN|publicado=|ultimo=Tilly|primeiro=Chris|lingua=en-US}}</ref> A influência do filme estendeu-se a outros meios de mídia. Em 2001, a banda [[Death metal]] [[Necrophagia]] lançou uma canção intitulada "Cannibal Holocaust".<ref>{{Citar web|url=http://web.archive.org/web/20160502122743/http://housecorehorrorfilmfestival.com/hhff-welcomes-controversial-italian-gore-mesiter-ruggero-deodato/|titulo=HHFF Welcomes Controversial Italian Gore-Mesiter Ruggero Deodato {{!}} HOUSECORE™ HORROR FESTIVAL|data=|acessodata=3 de julho de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> O autor britânico Saurav Dutt também publicou ''Cannibal Metropolis'', um romance ambientado em zona urbana. Assim, inspirado no filme, o romance apresenta cenas explícitas de violência, horror e [[estupro]].<ref>{{Citar web|url=http://www.horror-asylum.com/news/article.asp?item=11459|titulo=Saurav Dutt's 'Cannibal Metropolis' Now Available to Buy!, Horror Movie Entertainment News and Reviews|data=|acessodata=3 de julho de 2017|obra=www.horror-asylum.com|publicado=|ultimo=Davies|primeiro=Steven}}</ref>
 
== Versões alternativas ==
Devido seu conteúdo gráfico, existem várias versões da obras em circulação que são editadas em vários níveis. No Reino Unido, o filme foi originalmente lançado em [[Video Home System|VHS]] pela Go Video em 1982 com aproximadamente seis minutos de [[Corte (cinema)|cortes]]. Estes cortes foram autoimpostos pelo distribuidor, possivelmente devido a limitações técnicas da fita. Em 2001, o filme foi aprovado para lançamento em DVD pelo BBFC com 5 minutos e 44 segundos de cortes, para remover as cenas de crueldade animal e violência sexual. Quando relançado em 2011, apenas 15 segundos foram tirados.<ref name=":14" /> No relançamento, incluiu também uma nova edição feita por Deodato que reduz a violência contra os animais.<ref>''Cannibal Holocaust: Ruggero Deodato's New Edit'' (back cover). &nbsp;[[Ruggero Deodato|Deodato, Ruggero]]. UK: Shameless Screen Entertainment. 2011. B0051ZH8CC.</ref> As versões lançadas pela Grindhouse Releasing contêm uma versão "Animal Cruelty Free" do filme que exclui as seis mortes de animais. Outras versões também contêm filmagens alternativas filmadas especificamente para os mercados do [[Médio Oriente|Oriente Médio]] que não retratam a nudez.<ref name=":5" />
 
Existem várias versões das gravações feitas pelos documentaristas no filme, que variavam mesmo entre lançamentos não censurados. Uma versão estendida de ''The Last Road to Hell'' — um dos nomes dado às gravações — inclui aproximadamente dez segundos de filmagens não vistas em uma versão alternativa. Estas filmagens adicionais incluem um bom ângulo de execuções de [[Tomada (cinema)|tomadas]], um ''[[close-up]]'' de uma vítima morrendo e uma sequência estendida de corpos sendo transportados na carroceria de um caminhão. A versão estendida também inclui diferentes títulos que nomeia o elenco do filme, enquanto a versão mais curta conserva os nomes originais do roteiro.<ref name=":16" />
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