Arquidiocese de Braga: diferenças entre revisões

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Após a [[reconquista]] cristã, mesmo antes da fundação da [[Monarquia]], foi definitivamente restaurada a Arquidiocese ([[1070]]), tomando o seu arcebispo o título de metropolita de Braga. Depois de contendas com a [[Arquidiocese de Santiago de Compostela|Sé de Compostela]], [[Papa Pascoal II|Pascoal II]], em [[1103]], dá a Braga como [[:wikt:sufragâneo|sufragânea]]s as Dioceses de Porto, Coimbra, Lamego e Viseu (em [[Portugal]]), e mais cinco em território da [[Espanha]].
 
Célebre ficou também a contenda com [[Toledo (Espanha)|Toledo]] sobre a primazia — ainda hoje, de resto, o arcebispo de Braga usa o título de ''Primaz das Espanhas''. Nos fins do [[século XIV]], as Dioceses dos reinos de [[Leão]] e [[Galiza]] deixaram de prestar obediência a Braga. A área da Arquidiocese foi posteriormente reduzida com a criação das Dioceses de Miranda ([[1545]]), [[Bragança (Portugal)|Bragança]] ([[1770]]), [[Vila Real]] ([[1922]]) e [[Viana do Castelo]] ([[1977]]) e ainda pela anexação à de Bragança-Miranda do [[Arcediagado]] de [[Moncorvo]] ([[1881]]). De igual forma, a elevação de [[Lisboa]] a arquidiocese em [[1394]] subtraiu ao seu controlo as antigas [[:wikt:sufragâneo|sufragânea]]s do Sul do País.
 
Entre as particularidades mais notáveis desta Sé, considerada das mais antigas da [[Península Ibérica]], está a de possuir um rito litúrgico próprio ([[rito bracarense]]), semelhante ao [[rito romano]]; aquando da reforma litúrgica [[Concílio de Trento|tridentina]], Braga pôde manter os seus livros, por terem mais de 200 anos e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. [[Frei Bartolomeu dos Mártires]]; depois de algumas tergiversações resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo [[Sínodo de 1918]]: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de [[1919]] e [[1924]] respectivamente, tomaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924. O [[rito bracarense]] permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do [[Concílio Vaticano II]], mas o seu uso tornou-se facultativo, aquando desta reforma, em [[18 de Novembro]] de [[1971]].
 
Actualmente, a Arquidiocese confina-se ao [[Distrito de Braga]] e às trinta paróquias do Porto, situadas a norte do [[Rio Ave]], nos Concelhos de [[Santo Tirso]], [[Póvoa de Varzim]] e [[Vila do Conde]]. Abrange 551 [[paróquia]]s, agrupadas em 14 [[Arciprestado]]s, numa área de 2832 km², com cerca de 1.000.000 de habitantes. Os Arciprestados, por sua vez, formam três zonas pastorais. Esta organização conflui para o vértice da pastoral na Arquidiocese, com três órgãos consultivos (os Conselhos Presbítera e Pastoral e o Colégio Arciprestal) e um executivo (o Conselho Episcopal).